Acordar e despertar



Washington Araújo

Individualismo, um outro nome, bem mais cortês, que o egoísmo, parece avançar a passos largos na sociedade. 

Tirar vantagem em qualquer situação parece ser a regra. Buscar o aplauso fácil, a bajulação, o destaque para aptidões individuais — tanto suas quanto de seus entes mais chegados, os filhos, por exemplo — também parecem estar na moda.Uma moda perigosa, diga-se. 

Em uma sociedade que cultua o deus Mercado, o consumismo parece ser a prática mais obedecida. 

O mesmo mercado que nos inunda com publicidade de coisas que não nos interessam, que são, em geral, supérfluas.

A cada dia uma nova marca de biscoito, a cada mês, novo modelo de impressora e a cada minuto, uma nova propaganda na TV, sempre mais sedutora e atraente que a anterior.

E assim vamos levando a vida, adquirindo e nos descartando de produtos, itens, “coisas”. 

O pior ocorre quando passamos a descartar os relacionamentos, as amizades, os momentos de estarmos juntos com familiares, com amigos. 

Nossa mente está sempre cheia de mensagens do tipo “é só hoje, aproveite esta promoção”, “seja feliz, compre esta…”, “ao sucesso a bordo deste…”E não encontramos nem tempo para, como fazemos em nosso computador, dar uma “limpa” em nossas lixeiras mentais. Elas se enchem muito rapidamente e parecem ser inesgotáveis em sua capacidade de armazenamento.

É por isso que penso que vivemos em um constante mal-estar na sociedade, porque descartamos valores humanos essenciais, tais como o bom senso, o espírito de serviço desinteressado (e desinteresseiro).

Vamos às academias correr horas nas esteiras, levantar os pesos que fortaleçam nossa musculatura.

Mas, e quanto aos exercícios da alma, do espírito humano? Será que arranjamos tempo para fazê-los? 

Refiro-me ao uso constante das esteiras da solidariedade, de levantar o peso dos decaídos e sofridos que na estrada da vida nos estendem as mãos. E aqueles sempre saudáveis exercícios da solidariedade, de nos sentirmos partes do todo, responsáveis pelo bem-estar de todos?

Hoje, acordei com estes pensamentos. Mas preciso mesmo é de um despertar geral, de me sentir útil, de fazer alguma diferença no sempre almejado mundo melhor que tanto desejamos criar. Durante todo o dia pensarei nisso. 

Amanhã, talvez ao acordar, me sinta despertado, alerta às inúmeras possibilidades de mudar as coisas, começando por aquelas que estão ao meu alcance.


Postado no blog Cidadão do Mundo em 26/02/2014


O tempo do tempo



Não atropele o tempo do tempo.

Se você já semeou,
agora é esperar as sementes germinarem.

Se já teve o primeiro encontro,
é aguardar as emoções aflorarem.

Se já saiu na chuva,
se descobriu o calor e passou pelo frio,
é tempo de observar da janela da vida o tempo passar,
como ás águas do rio...

Não coma as palavras,
respire.

Não fale o que vier na telha,
pense.

Não se atrapalhe com mil pensamentos,
medite.

Não se envolva com energias negativas,
ore.

Não perturbe o seu coração,
confie.

Não se orgulhe de nada, nem do bem e nem do mau.

Apenas dirija o seu barco, seja o capitão da sua nau.

Observe as pessoas correndo,
vão apressadas para o nada.

Não entre nessa fila, 
tenha uma direção,
não vá com a manada.

Saia mais cedo e contemple o dia.

A noite enluarada, cheia de estrelas, é a vida.

Vida que pede tempo para se apresentar e te mostrar.

Que você é o próprio tempo que se refaz a cada segundo em que se amar.

É tempo de deixar o tempo agir, ser, estar e prosseguir,
com a certeza de que o tempo não age contra ninguém,
é aliado amigo de quem sabe como seguir bem.


Paulo Roberto Gaefke


Maquiagem Carnaval 2014 !



 





5carnaval























Pessoas com deficiência mandam recado para Rafinha Bastos em vídeo


rafinha bastos vídeo pessoas deficiência


Em janeiro de 2012, a Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) iniciou uma ação judicial contra Rafinha Bastos.

O motivo: o humorista teria ofendido pessoas com deficiência. Agora, em janeiro de 2014, o apresentador ganhou a causa em primeira instância. Este foi o entendimento do juiz Tom Alexandre Brandão, da 2ª Vara Cível de São Paulo. A decisão, é claro, não agradou a todos e a campanha #falapramimrafinhabastos foi lançada.

O publicitário Alexandre Peralta é um dos criativos por trás da concepção do filme. Em seu Facebook, ele quesitona a decisão da justiça. “Já que esse resultado sinaliza que ele pode continuar falando o que quiser, chamando deficientes de retardados, por que ele não fala direto para eles?”, pergunta.

“Esse é um movimento meu, em pessoa física, com outros pais e colegas. A Apae não tem nenhum envolvimento com esse filme”, ressalta ao site Adnews.

O filme da campanha, postado hoje (25) no Youtube, mostra exatamente isso: pessoas com deficiência pedindo que Rafinha Bastos os chame de retardados. Ele foi feito com vários pequenos vídeos e a ideia, segundo a descrição, é fazê-lo cada vez maior, à medida que mais gravações forem enviadas.

Segundo o site Consultor Jurídico, a Apae pediu que o humorista deixasse de fazer duas brincadeiras que constam do DVD “A Arte do Insulto”. 

A primeira, que cita expressamente a Associação, é a seguinte: 

“Um tempo atrás eu usei um preservativo com efeito retardante … Efeito retardante… Retardou… Retardou… Retardou… Tive que internar meu pinto na Apae… Tá completamente retardado hoje em dia”.

A segunda, que atinge os direitos tutelados pela Constituição, de acordo com a petição da Apae, envolve o posicionamento do humorista em relação à fila preferencial. 

“As pessoas na cadeira de rodas… Ah, fila preferencial! Haha adivinha amigo, você é o único que tá sentado. Espera quieto! Cala essa boca!”.

Vale lembrar que a Band confirmou a data de estreia do programa “Agora é Tarde”, com Rafinha Bastos como apresentador, para o dia 5 de março, à meia-noite.

Assista ao vídeo:



Postado no site Pragmatismo Político em 25/02/2014



Prática espírita



Se você já consegue:

encontrar no serviço a fonte da paz;

impedir a intromissão do desânimo, à frente das boas obras, e continua trabalhando;

ouvir a incompreensão e prosseguir compreendendo;

sustar o impulso da cólera;

guardar paciência em todas as provações;

colocar-se em lugar do próximo, nas horas difíceis;

perceber que as suas dores são iguais às dores do próximo;

auxiliar sem esperar esse ou aquele pedido de auxílio;

discernir entre consciência e conveniência e seguir a consciência por mais áspero que seja o caminho que ela esteja indicando;

e confiar, sem desfalecer, na vitória do bem, ainda mesmo quando tudo pareça sob o domínio do mal...

então guarde a certeza de que a sua prática espírita estará alcançando valioso nível de elevação.


Médium: Chico Xavier   Autor: Albino Teixeira


Postado no site Mensagem Espírita


Ninguém é a favor de bandidos







Sobre as expressões que atravessam as gerações, passando de pai para filho e o pensamento ignorante que elas geram.


Ramon Kayo

Algumas expressões vem se propagando por gerações. Como uma espécie de roteador que só replica o sinal, a nova geração repete os discursos da geração anterior. Me assusta ver que jovens, como eu, que tiveram acesso a boas escolas, conteúdos e discussões, estejam dando continuidade às falácias mal estruturadas dos mais velhos.

“Bandido bom é bandido morto.”

“Tem idade para matar, mas não tem idade para ir preso.”

“Direitos Humanos só serve para bandido.” 

“Esse povinho defensor de bandido… quero ver quando for assaltado.” 

Olha só: ninguém é a favor de bandido. Ninguém mesmo. Muito menos os direitos humanos. Ninguém quer que assalto, assassinato, furto e outros crimes sejam perdoados ou descriminalizados. 

Você é que entendeu errado. 

Por que alguém, em sã consciência, seria a favor de assaltos, homicídios, latrocínios e furtos? 

Você não deveria sair gritando palavras de ódio sem entender o argumento do qual discorda  —  a não ser que você se aceite como ignorante, isto é, que ignora parte dos fatos para manter-se na inércia do conforto. 

Depois que este texto terminar, você pode continuar discordando, mas espero que desta vez com outros argumentos, argumentos fundamentados. 

Antes de mais nada, o que você prefere? 

Gostaria de propor dois cenários e que você escolhesse o que mais te agrada. 

I) Uma sociedade onde há muitos criminosos, logo há muitos assaltos, latrocínios e homicídios. Entretanto, nesta sociedade, 99% dos crimes são resolvidos e os indivíduos são presos. Após voltarem as ruas, tornam-se reincidentes, ou seja, cometem novamente um crime. Mas nesta sociedade, este criminoso é pego novamente em 99% das vezes. Há pena de morte. 

II) Uma sociedade onde quase não há criminosos. Os poucos criminosos que existem, quando pegos, são presos. Além de punidos com tempo de reclusão, os criminosos também são reabilitados (as maneiras são indiferentes, se com cursos profissionalizantes, tratamento psicológico, ambos ou outros) para que possam tentar uma nova vida. Não há pena de morte. 

Qual você prefere? 

Nenhum destes casos é o do Brasil. No nosso país e em muitos outros, temos altos índices de criminalidade, poucos programas de reabilitação e o senso comum vingativo de que o Lex Talionis desenvolvido há cerca de 4.000 anos ainda serve como solução. 

Todavia, há países parecidos com os dois casos propostos, o que torna tangível a estrutura. Mas e para o Brasil? Qual dessas você preferiria para o nosso país? 

Posso te ajudar neste raciocínio com alguns pontos: 

No primeiro caso, apesar de quase todos os criminosos serem pegos, o sofrimento das vítimas permanece. Como só se prende depois do crime, os lesados nunca terão a vida de um ente querido de volta, por exemplo. 

No primeiro caso, além de muitos crimes, os criminosos ainda tem maior probabilidade de reincidir, ou seja, de cometer um crime por mais de uma vez. 

Como são muitos criminosos, a economia do país perde força produtiva. Pessoas que poderiam estar trabalhando, pesquisando, empreendendo, estão no crime. 

No primeiro caso, como são muitos casos a serem avaliados, o sistema jurídico pode vir a se tornar lento e ineficaz. 

OBS: Em nenhum momento quero impor uma falácia de falsa dicotomia. Existem infinitas possibilidades de combinações aqui. Entretanto, este é apenas um exercício que facilita o entendimento do argumento. 

A pessoa nasce bandida ou torna-se bandida? 

Pergunta importante: você acha que as pessoas já nascem bandidas? O bebê  —  sim, aquele de colo  —  já é um bandido? 

Prefiro pensar que ninguém acredita que as pessoas já nascem criminosas. 

É um pouco lunática a visão de um mundo Minority Report, onde o bebê será preso ali mesmo, nos primeiros momentos de vida. Mesmo para quem acredita neste mundo, o próprio filme trata do problema que isso poderia causar. 

Partindo da pressuposição de que ninguém nasce bandido, vou utilizar um personagem fictício como exemplo: João, o bebê. 

Imagine o bebê da maneira como quiser, isso pouco importa, a única certeza que temos sobre João, o bebê, é que ele não nasceu bandido. 

É uma criança como qualquer outra, ainda dependente dos pais, que pouco faz da vida além de dormir e chorar. Mas neste mundo fictício, o tempo passou, e João cresceu. 

Aos 16 anos cometeu um latrocínio. Se João não nasceu bandido, então tornou-se bandido. A palavra "tornou-se" implica transformação e esse é o X da questão. 

Os seres humanos se constroem com as experiências e aprendizados, portanto o meio em que se vive tem grande influência sobre ele. 

Sabendo disso, temos a visão clara de que algo acontece na sociedade que transforma as pessoas em marginais. (E se você acha que não, talvez seja curioso saber que a taxa de homicídios no Brasil em 2008 era de 26,4 a cada 100.000 habitantes, enquanto que na Islândia o índice não passou de 1,8 a cada 100.000 no mesmo ano.) 

O fato é: há algo na sociedade (que não será discutido neste texto) que leva as pessoas a cometerem crimes. 

Quando você diz que reduzir a maioridade penal é uma boa ideia, você não está focando na raiz do problema, está apenas sugerindo uma maneira de remediar. 

E como veremos a frente, dado o nosso sistema, isto só aumenta a chance de criar um delinquente reincidente. 

Então note, pouco importa se a maioridade penal é de 16, 18 ou 21 anos se o país continua a formar criminosos. 

Devemos pensar em maneiras de diminuir a criminalidade, no processo que transforma as pessoas em transgressoras da lei, ou logo teremos mais presídios do que universidades e mais marginais do que cidadãos comuns.


Construir mais penitenciarias e prender mais gente diminui a criminalidade? 

O olhar crítico que às vezes não permeia a cabeça das pessoas é que prender as pessoas não faz com que menos pessoas se transformem em criminosas. Penitenciando apenas, você não resolve o problema, apenas posterga enquanto gasta o dinheiro público. 

Assim como todo fumante sabe dos males do cigarro, todos que entram para o mundo do crime sabem o risco envolvido. Todo dia no noticiário vemos corpos estirados ao chão, seja do cidadão, do criminoso ou do policial. 

Não adianta termos penas mais severas: o brasileiro que se torna assaltante já não tem nada a perder, sabe que tem grandes chances de morrer de forma cruel. 

Os criminosos brasileiros, depois de presos, ficam ainda mais propensos a perpetuar sua vida marginal. 

São três os principais motivos: (I) poucas empresas se propõem a contratar ex-presidiários, (II) o trauma vivido dentro da cadeia  —  como ela é aqui no Brasil  —  agrava as problemáticas psicológicas do indivíduo e, por fim, (III) não há um programa grande e estruturado de reabilitação de criminosos para que deixem a vida do crime. 

Ninguém quer que criminosos não sejam punidos. Eles devem pagar suas penas conforme previsto em lei. 

O único problema é que a pessoa só vai presa depois de cometer o crime, isto é, depois que alguém já foi lesado. 

Não seria muito melhor se ao invés de precisar prender as pessoas depois do crime consumado, houvesse menos bandidos? 

Não seria melhor se os criminosos, após cumprirem suas penas, se reintegrassem a sociedade como parte da massa trabalhadora? 

Ah, não dá? Dá sim. Na Suécia dá, por que aqui não daria? 

Vamos supor que você responda, de maneira óbvia, que é por causa da "cultura brasileira". Eu devo concordar que, realmente, a cultura é diferente: aqui muita gente acredita que pena de morte resolve o problema enquanto lá eles fazem uso da reabilitação. 

Deve ser por isso que aqui se constroem presídios e lá se fecham presídios. 

Nils Öberg, responsável pelo sistema prisional da Suécia, disse sobre o fechamento presídios no país por falta de condenados: 

“Nós certamente esperamos que nossos esforços em reabilitação e prevenção de reincidência tenham tido um impacto, mas nós achamos que isso sozinho não pode explicar a queda de 6%”  —  reafirmando que a Suécia precisa se esforçar ainda mais em reabilitar os prisioneiros para que eles possam retornar a sociedade. 

Direitos Humanos para você também 

O artigo 3 da Declaração Universal dos Direitos Humanos diz que: 

“Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.” 

O trecho "Toda pessoa (…)" do artigo 3 inclui você. 

Ninguém quer que você seja vítima de um crime. Todas as leis do código penal são pensadas para tentar lhe garantir este e outros direitos comuns a todos os seres humanos. 

Ninguém quer que os bandidos sejam especiais: o que o "povinho dos Direitos Humanos" quer é que a sociedade não crie mais marginais e que a quantidade dos existentes diminua. 

E é aí que está: infringindo os direitos humanos, você não alcança este objetivo. 

O trecho “Toda pessoa (…)” do artigo 3 também inclui o marginal. 

É confuso que o cidadão que clama tanto por justiça, que a lei seja cumprida, fique ávido para descumpri-la: tortura, homicídio e ameaça são crimes, mesmo que sejam contra um condenado. Então, não, bandido não tem que morrer, porque isso te tornaria tão marginal quanto. 

Se você quer uma sociedade com menos criminosos, conforme discutido no começo deste texto, entenda o papel dos Direitos Humanos. 

O artigo 5 diz: 

“Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante.” 

Ninguém lhe nega o direito a sentir dor, raiva e/ou tristeza após ter sido vítima de um crime. A culpa não é sua e isto nunca foi dito. Só quem é vítima sabe da própria dor. 

Mas o fato é que o olho por olho não te trará paz, não trará um ente querido de volta, não removerá seus traumas. O dente por dente só te levará para mais perto de uma sociedade violenta, onde o crime se perpetua e você pode ser vítima mais uma vez. Ninguém quer que você seja vítima outra vez. 

A punição deve ser aplicada, sim. E com certeza será ainda melhor quando este indivíduo estiver apto a se tornar um cidadão comum, após cumprir sua pena, e nunca mais venha a causar problemas para a sociedade e para você. E é sobre isso que os Direitos Humanos falam. 

Portanto entenda 

Se você leu o texto um pouco mais exaltado, talvez tenha perdido algum trecho importante, portanto aqui vão alguns dos principais pontos: 

Ninguém nasce bandido. A estrutura social, de alguma maneira, transforma as pessoas em criminosas. 

Entender os motivos que levam a formação de criminosos e resolvê-los é mais importante do que puni-los com mais severidade. Se não formarmos criminosos, as pessoas não precisam ser vítimas. 

Todo crime deve ser devidamente punido, mas a maneira de punir pode influenciar na reincidência do criminoso, que fará novas vítimas. 

Construir presídios, prender mais pessoas, não evita que mais pessoas se transformem em bandidos. 

O que aprendemos com os países mais desenvolvidos é que reabilitar marginais colabora com a redução da criminalidade. 

Infringir os Direitos Humanos de qualquer pessoa é atentar contra a vida e, no caso do marginal, vai na contra-mão da reabilitação. 

E novamente: 

Você tem o direito de ficar desolado e/ou enfurecido por ter sido vítima. Ninguém é a favor do crime. Você é que não tinha entendido antes.

Alguns vídeos para relaxar

Os vídeos que listarei a seguir NÃO são sugestões de atitudes que podem ser aplicadas diretamente. São apenas vídeos curiosos, interessantes, inusitados ou informativos.










    Ramon Kayo "Penso demasiadamente em maneiras de se pensar melhor. Escrevo nas pausas".


Postado no site Made in Brazil em 17/02/2014