Dizem que ...



Dizem que, em uma certa idade, nós mulheres nos fazemos invisíveis. Que nossa atuação na cena da vida diminui e que nos tornamos inexistentes para um mundo onde só cabe o impulso dos anos jovens.

Eu não sei se me tornei invisível para o mundo, mas pode ser. Porém, nunca fui tão consciente da minha existência como agora, nunca me senti tão protagonista da minha vida, e nunca desfrutei tanto cada momento da minha existência.
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Descobri que não sou uma princesa dos contos de fadas; descobri o ser humano sensível que sou e também muito forte. Com suas misérias e suas grandezas. Descobri que posso me permitir o luxo de não ser perfeita, de estar cheia de defeitos, de ter fraquezas, de me enganar, de fazer coisas indevidas e de não corresponder às expectativas dos outros. E, apesar disso…

Gostar de mim.

Quando me olho no espelho e procuro quem fui… sorrio àquela que sou…

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Me alegro pelo caminho andado, assumo minhas contradições. Sinto que devo saudar a jovem que fui com carinho, mas deixá-la de lado porque agora me atrapalha. Seu mundo de ilusões e fantasias já não me interessa. É bom viver sem ter tantas obrigações. Que bom não sentir um desassossego permanente causado por correr atrás de tantos sonhos.  A vida é tão curta e a tarefa de vivê-la é tão difícil que quando começamos a aprendê-la, já é hora de partir.

Blandinne Faustine


A direita já está preparando outro





Desesperada, a direita já está preparando outro.
Depende de você, evitar que o Brasil repita esta burrada em menos de 60 anos


O varredor


O Caçador


O Martelador

Postado no blog Contraponto em 10/02/2014


Nota 

Teria vários adjetivos, muito pertinentes, para colocar após a palavra OUTRO que o colega blogueiro usou em sua postagem, para qualificar os Senhores acima. 

Mas prefiro deixar para os queridos leitores usarem a criatividade...

Só peço que lembrem que toda a vez que a direita e a mídia uniram-se para eleger um Salvador da Pátria ?! deu em ...

Usem a criatividade e completem a frase !

Rosa Maria - editora do blog



Espiritualidade - o poder da manifestação dos nossos ideais





Marcos Porto


Os estímulos mais positivos do ato de servir e do idealismo altruísta derivam-se diretamente do impulso dado pelo nosso espírito divino residente em nossos corações.

O ideal de fazer o bem aos outros -o nosso impulso de negar o ego, para o benefício do próximo - podemos dizer inicialmente é muito circunscrita.

Vamos lá refletir sobre o tema?

Nós, seres humanos espirituais, ainda trazemos características primitivas, e consideramos como próximo apenas aqueles que estão 'a pouca distância' de nós - família, relacionamentos afetivos, amigos e os que nos tratam com boa vizinhança.

À medida que os conceitos espirituais da civilização evoluem, o conceito que se tem de nossos semelhantes expande-se, até abranger não só toda a humanidade, mas também todos os seres vivos.

Os líderes espirituais, Mestre Jesus, Sidarta Gautama - o Buda e outros todos importantes ampliaram a noção de próximo, de modo a abranger a humanidade como um todo, chegando ao ponto em que devemos amar até mesmo os nossos inimigos.

E há algo no nosso interior como seres humanos espirituais, nos dizendo que esse ensinamento é fraternal - portanto correto.

Grande parte de nós seres humanos espirituais reconhecemos a moralidade desse movimento universal como sendo generoso e altruísta. Faz sentido?

O humanista atribui a origem desse impulso a um trabalho natural da mente.

Bertrand Russel (1872-1970) um dos mais influentes filósofos humanistas que viveram no século XX, nos diz: "Se houvesse no mundo de hoje, maior número de pessoas desejando suas próprias felicidades, mais do que desejassem a infelicidade do próximo, poderíamos então, ter o paraíso na Terra dentro de alguns anos".

O espiritualista, no entanto, reconhece que o impulso verdadeiramente não-egoísta da mente, surge como resposta às orientações espirituais interiores.

Mahatma Gandhi (1869-1948) líder espiritualista pacifista hindu - Mahatma em sânscrito significa 'grande Alma' - nos diz: "A melhor forma de encontrar-se a si mesmo, é perder-se no serviço para outros".

Apenas uma personalidade suficientemente bem unificada poderá refletir sobre os conflitos entre os desejos do ego e a consciência que nasce do ato de servir. 

Nosso "eu interior" tem direitos, do mesmo modo que o do próximo os tem. Nenhum dos dois poderá fazer reivindicações de atenção exclusiva. O insucesso em resolver esse dilema dá origem ao tipo mais primitivo de sentimento humano, qual seja a culpa. Está claro?

O filme francês Homens e Deuses (Des Hommes et Des Dieux) conta a história verídica de oito monges trapistas que vivem em um mosteiro no interior da Argélia em 1996, dedicados a ajudar a população muçulmana local muito pobre, e moram pacificamente, buscando sustento do cultivo e plantio próprio. No entanto recebem ameaças de extremistas islâmicos, e precisam decidir se devem ou não abandonar o local.

O roteiro descreve muito bem de forma individual os pensamentos e sentimentos de cada um dos monges, e trata os assuntos relevantes com uma cautela admirável. A opção passa a ser aceitar a eminência de entregar a própria a vida diante da ameaça de serem assassinados, ou se transferirem para outros mosteiros da Ordem.

Um diálogo significativo e pertinente a esta reflexão se passa quando dois monges conversam com o casal morador em uma das casas muçulmanas, e ponderam a verdadeira missão deles na comunidade, se metaforicamente 'era a de pássaros ou de galhos', no que a esposa, dona da casa, acrescenta: "nós somos os pássaros, vocês são os galhos onde podemos pousar com segurança!"

Este diálogo é marcante no filme, e representa a realidade do poder da manifestação de nossos ideais.

Não poderemos servir se não aceitarmos ser 'galhos', para que os 'pássaros' possam pousar e se acolherem com segurança.

Neste aspecto podemos acrescentar que nossa felicidade como seres humanos espirituais só será alcançada quando o desejo egoístico e individualista que, voltando ao filme representaria a transferência dos monges para outro mosteiro da Ordem e o impulso altruísta do Eu Superior - o Espírito Divino encontram-se coordenados e reconciliados pela vontade unificada de permanecer no mosteiro, quaisquer que sejam as conseqüências. 

Nossa mente como seres humanos espirituais evolucionários está sempre se confrontando com o problema intrincado que é ser árbitro na disputa entre a expansão natural dos impulsos emocionais e o crescimento moral dos impulsos não-egoístas, baseados no discernimento espiritual, onde o poder de nossos ideais se manifesta. Correto? 

A tentativa de assegurar um bem ao nosso 'eu', que seja igual ao de um número maior de outros 'eus', apresenta um problema que não pode ser sempre resolvido satisfatoriamente de acordo com expectativas imediatistas. 

Durante a vida eterna, esses antagonismos serão resolvidos, mas em nossas curtas vidas temporais, as soluções ficarão mais difíceis. 

Mestre Jesus referiu-se a esse paradoxo, quando disse: "quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á, mas quem perder a sua vida por causa do Reino encontrá-la-á". Mateus 10:39

A busca de um ideal - nosso esforço para ser semelhante ao Ser Maior Criador Deus - é uma luta contínua, antes e depois de deixarmos o corpo.

A vida depois de deixarmos o corpo não é diferente, no essencial, da existência mortal.

Tudo o que fazemos nesta vida, que é bom, contribui diretamente para o engrandecimento da vida futura.

A verdadeira espiritualidade não fomenta acomodações ou preguiça espiritual, encorajadas nestes casos pela esperança vã de ter todas as virtudes de um caráter nobre, conferidas a alguém em conseqüência da passagem pelos portais da morte natural, e não deprecia os esforços em progredir durante nosso contrato da vida temporal.

Todo ganho espiritual enquanto mortais, será contribuição direta para o enriquecimento dos primeiros estágios da experiência de nossa sobrevivência imortal, não é verdade?

Seria fatal para o nosso idealismo, se nos fosse ensinado que todos os nossos impulsos altruístas são meramente o desenvolvimento dos nossos instintos gregários naturais. 

Contudo, o poder da manifestação dos nossos ideais é enobrecido e poderosamente energizado quando compreende que os anseios mais elevados de Alma, emanam de forças espirituais que residem em nossos corações.

Uma vez que compreendamos plenamente que dentro de nós vive e luta algo que é eterno e divino, isso o eleva para fora de nós e para além de nós próprios.

E assim é que a fé viva na origem supra-humana do poder de manifestação de nossos ideais legitima a crença de que somos filhos e filhas do Ser Maior Criador Deus; e torna presente nossas convicções altruístas, o sentimento da irmandade entre nós, seres humanos espirituais.


Marcos Porto - Terapeuta Holístico, modalidade Psicoterapia Holística Transpessoal - CRT 44432, Diplomado em ITC - Integrated Therapeutic Counselling, Stonebridge, Inglaterra, trabalha auxiliando pessoas na busca da sua essência, editor do OTIMIZE SEU DIA!, autor do livro - Redescobrindo o Eu Verdadeiro, é facilitador de Grupos de Reflexão



Postado no site Somos Todos Um


Dentro de você



E se eu disser que 
dentro de você mora um anjo que se reveste de luz 
para fazer novos amigos?

E se eu disser que dentro de você existe uma paz infinita que o torna tão amigo e querido?

E se eu disser que dentro de você existe luz e que essa luz apaga a inveja, a discórdia e a guerra?

E se eu disser que dentro de você existe
um cupido que espalha amor e que flecha meu coração?

E se eu disser que você é iluminado pelas estrelas e seus olhos parecem reflexo dessa luz?

E se eu disser que você é divinamente concebido e tem dentro de si tudo o que precisa para viver?

E se eu disser que dentro de você existe uma fera que sabe lutar e defender os seus?

E se eu disser que dentro de você habita uma chama que é capaz de incendiar uma cidade? 

E se eu disser que dentro de você mora um inventor capaz de criar mil maneiras de fazer a mesma coisa? 

E se eu disser que dentro de você existe um construtor que é capaz de criar novos caminhos?

E se eu disser que dentro de você existe um elo de corrente que o liga ao sobrenatural tão facilmente? 

E se eu disser que você é um deus, e que possui a chave da vida eterna... 

Da alegria que não acaba, dos sonhos que se realizam, da saúde que se perpetua, dos amigos que nunca o esquecem!
 
Da saudade gostosa, do desejo que realiza, do prazer da vida? 

Você é a própria luz. 

Acredite nisso e brilhe, 
por amor a você e a quem o criou. 

Construa, viva, conquiste, 
não aceite as derrotas, os "nãos”! 

O impossível é apenas uma força te convidando para realizar.

Acredite. 

Dentro de você existe um universo em permanente construção.


Paulo Roberto Gaefke



A pedagogia dos médicos cubanos





Emir Sader no sítio Carta Maior

“As médicas cubanas parecem empregadas domésticas.” A afirmação, a mais expressiva da onda de expressões de intolerância e de discriminação racista, feita por uma jornalista brasileira de direita, representa, sem perceber, o mais significativo elogio de Cuba.

Diante das necessidades de atendimento médico da população, o governo brasileiro, depois de convocar a médicos brasileiros a ocupar os postos nas regiões do país com mais necessidades e menor atenção, fez um convênio com o governo de Cuba para trazer ao Brasil a profissionais de saúde do país que inquestionavelmente tem uma das melhores, senão a melhor medicina social do mundo.

Os extraordinários índices de saúde da população cubana – da mortalidade infantil à expectativa de vida ao nascer -, ainda mais pelo nível de desenvolvimento econômico do pais, confirmam essa avaliação.

Esse convênio, que poderia passar simplesmente como um a mais entre tantos outros assinados entre o Brasil e Cuba, gerou uma onda de reações que propiciam um diagnóstico social de uma e de outra sociedade, inédito e de uma profundidade inesperada. 

Começando pelos próprios médicos brasileiros, na sua grande maioria formados em universidades públicas – as melhores do país -, mas que não são obrigados a entregar praticamente nenhuma contrapartida à sociedade que os formou, de forma gratuita. Frequentemente concluem seus cursos e abrem consultórios nos bairros melhor situados das grandes cidades brasileiras, para atender a uma clientela de grande poder aquisitivo.

Como resultado, o mapa das doenças do país e a localização dos médicos costuma ser brutalmente desencontrado, praticamente oposto: onde estão as doenças, não estão os médicos; onde estão os médicos, não estão as doenças.

Mesmo assim, depois de se negar a atender a população mais pobre – a grande maioria – tentaram impedir que o governo brasileiro trouxesse médicos de fora do pais – de outros países, além de Cuba – para atender à população. 

Fizeram manifestações, criaram situações de constrangimento para os médicos cubanos na sua chegada, anunciaram que fariam campanhas contra a reeleição da Dilma, acreditando dispor de autoridade política com seus pacientes.

A declaração com que começa este artigo se insere nesse cenário de elitismo e de falta de sensibilidade social de médicos brasileiros. A frase, que pretende desqualificar a médicas cubanas, porque no lugar da imagem do médico homem, branco, com fisionomia dos doutores dos filmes de Hollywood, são pessoas nascidas no meio do povo cubano, se revela como um imenso elogio da sociedade cubana e em uma crítica da brasileira. Mulheres de origem humilde, que no Brasil seria empregadas domésticas, em Cuba é normal que possam se formar como médicas e expressar sua solidariedade com outros povos, necessitados dos profissionais que Cuba consegue formar em excesso para as necessidades do seu país.

Essa reversão do sentido da frase se deu também no plano mais geral da sociedade brasileira que, confundida no começo, muito rapidamente reagiu de forma muito positiva, com mais de 80% apoio a vinda dos médicos cubanos ao Brasil. Pelas necessidades que passaram a ser atendidas por esses médicos, assim como também pela atenção que imediatamente começaram a receber setores populares muito amplos do Brasil, até ali sem nenhuma assistência ou com atenção médica absolutamente precária. 

Cidades que nunca tinham tido a presença de médicos, em que a população tinha que se deslocar quilômetros de distância para ter uma assistência esporádica, começam a conhecer um direito essencial à atenção médica direta e permanente, graças aos médicos cubanos.

É um programa de saúde pública, mas que encerra em si mesmo uma lição, uma pedagogia política de grande evidência – que é o que mais incomoda à direita brasileira. 

Pessoal formado em universidades públicas – e em Cuba todas o são – tem que atender prioritariamente as necessidades fundamentais do seu povo, que além de tudo paga os impostos que financiam as universidades públicas, mas que, via de regra, não pode ter seus filhos com acesso a essas mesmas universidades – mais ainda aos cursos de medicina.

O Brasil está avançando como nunca na sua história no combate à desigualdade, à pobreza e à miséria, mas não encontra ainda correspondência nas estruturas educacionais que formam os profissionais de medicina. Daí o apoio de Cuba – que a Dilma agradeceu a Fidel, por ocasião da recente reunião da Celac em Havana, quando se inaugurou a primeira parte do porto de Mariel, que o Brasil constrói na Ilha, colaborando com a ruptura do bloqueio imposto pelos EUA.

Os médicos cubanos são melhores que grande parte dos médicos que o Brasil tem hoje porque – além da sua excelente formação profissional -, são melhores cidadãos, formados por uma sociedade orientada não pela medicina mercantil, mas pelas necessidades reais da população.

A vinda dos médicos cubanos permite, como nenhum manual de educação política, esclarecer princípios das sociedades capitalistas – voltadas para os valores de troca – e das sociedades socialistas – voltadas para os valores de uso. Uma atendendo demandas do mercado, a outra, as necessidades das pessoas.



A boa música brasileira !