A burrice ou má fé da direita antinacional



Pearl Harbor e Mariel 



Aqui no Brasil existe uma extrema direita radical, mal informada e burra, que acha que, para ir contra o governo, precisa torcer contra o país.

A inauguração, na semana passada, da primeira fase da expansão do Porto de Mariel, em Cuba, e da Zona Especial de Desenvolvimento do mesmo nome, com a presença da Presidente da República, serviu de pretexto, para o lançamento, pelos anticomunistas de plantão, de nova campanha na internet.

Alguns deles se comportam como se a obra fosse uma surpresa e tivesse sido feita sob o mais rigoroso sigilo, quando trata-se do maior projeto em execução na região - a duplicação do canal do Panamá está parada porque as empreiteiras espanholas e italianas contratadas querem receber mais do que foi combinado - envolveu, até agora, centenas de empresas brasileiras e gerou mais de 150 mil empregos no Brasil.

Para os hitlernautas, e os “inocentes” úteis que os seguem, o Brasil estaria dando um “presente” para Cuba, e o BNDES sendo usado para apoiar governos esquerdistas na América Latina quando deveria estar aplicando seus recursos exclusivamente dentro do Brasil.

Ora, essa política de estado - até mesmo FHC fazia isso - vem desde o governo militar, com obras na Mauritânia e no Iraque, por exemplo. 

O Brasil não empresta dinheiro para projetos de infraestrutura na América Latina nem por filantropia nem comunismo. Primeiro, porque os recursos emprestados a outros países pagam juros ao BNDES, e precisam ser gastos com a compra de equipamentos e contratação de técnicos e profissionais brasileiros, ou não são liberados.

E, também, porque normalmente esses projetos estão ligados ao desenvolvimento futuro de nossa economia. A linha de 500 Kv de interligação elétrica de Itaipu com o Paraguai, por exemplo, permitirá que centenas de empresas brasileiras que precisam de energia mais barata para concorrer com os chineses, por exemplo, no mercado internacional, se instalem ali. E o crescimento da economia, do emprego e renda no Paraguai, propiciado pela instalação de novas empresas, levará ao aumento do poder de consumo da população e à importação de mais produtos brasileiros, multiplicando, também, os empregos e as oportunidades de negócio por aqui.

O mesmo ocorre, com as obras de ligação ferroviária e rodoviária dos corredores bioceânicos que estão sendo construídas em nossas fronteiras com o Peru e a Bolívia. Por essas estradas, chegarão, com um preço mais competitivo, produtos brasileiros aos mercados desses países, e, por meio de portos peruanos e chilenos, ao Oceano Pacífico, à China e ao Extremo Oriente, sem precisar passar pelo Estreito de Magalhães ou o Canal do Panamá. 

As pessoas que denigrem a construção, pelo Brasil, de Mariel - e que se pudessem, parece que gostariam de bombardear o porto recém inaugurado, como o Japão fez com a base de Pearl Harbor na Segunda Guerra Mundial - são as mesmas que desprezam e ridicularizam as relações de nosso país com nações como Venezuela e Argentina, e que gostam de citar, na internet nas rodinhas, textos escritos por “analistas” antibrasileiros nos jornais de Miami e da Cidade do México.

Mas foram Argentina e Venezuela que nos deram 10 bilhões de dólares de superávit no ano passado, e não os EUA ou a Europa, que cortaram as importações do Brasil em 2013 e foram responsáveis por um déficit de quase 20 bilhões de dólares em nossa balança de comércio exterior. 

Se o Brasil não tivesse financiado a expansão do Porto de Mariel, outro país o faria. Países capitalistas, e até de orientação conservadora, como a Itália e a Espanha, ou grandes potências econômicas, como a China, investem mais que o Brasil em Cuba, e ninguém em seus países reclama disso como ocorre por aqui.

O BNDES está investindo bilhões de reais em obras de infraestrutura no Brasil. Mas elas não avançam por motivos que não têm nada a ver com os investimentos do BNDES no exterior, financiando - como fazem bancos de desenvolvimento do Japão, da Europa e dos Estados Unidos - a criação de empregos em seus países e a exportação de serviços e equipamentos para outras nações.

As obras no Brasil não andam, e às vezes saem por três vezes mais do que deveriam, porque são sabotadas, e paradas a todo momento, por qualquer razão, como já ocorreu, por dezenas de vezes, com as hidrelétricas de Belo Monte, Jirau e Telles Pires e com as novas refinarias e complexos petroquímicos que estão em construção - e dos quais dependemos para diminuir a importação de combustíveis - como o COMPERJ e a RNEST.

E também porque, enquanto em Cuba a busca do desenvolvimento é consenso, aqui existe uma extrema direita radical, mal informada e burra, que acha que, para ir contra o governo, precisa torcer contra o país.


De onde veio o dinheiro para Genoino e Delúbio?



Carlos Motta

São várias as manifestações nas chamadas redes sociais e de políticos oposicionistas questionando a origem das contribuições que permitiram a José Genoino e Delúbio Soares quitarem a pesada dívida que a justiça (?) brasileira lhe impôs, além da pena de prisão, no processo da AP 470 - aquele simulacro de julgamento no qual a oligarquia brasileira se vingou das políticas trabalhistas que diminuíram um pouco a tremenda desigualdade do país, coisa que, para quem vive na Casa Grande, é inaceitável.

"De onde vem o dinheiro?", perguntam parlamentares que até outro dia nadavam de braçada nos cofres públicos e indivíduos que têm ódio patológico do Partido dos Trabalhadores e parece que vivem em meio às trevas da Guerra Fria dos anos 50 - ou no, para eles saudoso, interregno ditatorial com que os militares nos brindaram.

A resposta para tal questão aflitiva, se essas pessoas tivessem um mínimo das virtudes que diferenciam o ser humano das bestas, é muito simples.

O dinheiro vem da s-o-l-i-d-a-r-i-e-d-a-d-e, esse nobre sentimento que muitos carregam e que nos faz sentir como nossos os problemas dos outros.

As doações, todas com CPF identificado, foram e continuam sendo inúmeras e generosas. 

Cada uma delas tem um significado que extrapola o entendimento dos pobres de espírito, dos sociopatas e de quem faz de sua vida um culto à futilidade do consumismo desenfreado do capitalismo.

A corrente de solidariedade que tem apoiado os presos políticos da AP 470 é uma prova inequívoca de que nem tudo está perdido nestes difíceis tempos nos quais a sociedade brasileira está frente a duas opções, uma que visa superar um passado ignominioso de vil exploração da imensa maioria por uma elite rapace, e outra que quer, por todos os meios, que esse passado nunca seja superado.

Quem ainda sonha com um Brasil quebrado, submisso a interesses alienígenas, dividido entre a Casa Grande e a Senzala, com um mercado consumidor raquítico, com dezenas de milhões de subcidadãos a passar fome, sem investimentos em infraestrutura, saúde, educação e moradia, fadado a pedir esmolas em organismos financeiros internacionais, não deve mesmo entender como existe gente que se condói com a injustiça e transforma o seu inconformismo em atos concretos.

A solidariedade é apenas um desses atos de grandeza.Outros certamente virão desses milhões de brasileiros.


Postado no blog Crônicas do Motta em 03/02/2014



Propina para reeleição de FHC


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ALSTOM RECONHECE PROPINA EM USINA DO GOVERNO FHC


Um dos pivôs dos escândalos de suborno de governos tucanos em São Paulo, a Alstom reconheceu também ter pago uma comissão, em janeiro de 1999, para vender equipamentos para a hidrelétrica de Itá, em Santa Catarina. O valor correspondia a R$ 1,6 milhão (em valores de hoje, R$ 6 milhões). A revelação consta em documentos de uma auditoria interna, publicados pela  Folha de S. Paulo.

A hidrelétrica de Itá foi um dos projetos do programa de privatização no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Em 1995, a Eletrobras assinou a concessão para o consórcio AAI (Associação de Autoprodutores Independente), formado pela CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), OPP Petroquímica e OPP Polietilenos (empresas do grupo Odebrechet) e a Companhia de Cimento Itambé.

Segundo fontes ouvidas pela Folha, a Eletrobras e a Eletrosul eram as empresas que tinham relações com a Alstom porque a multinacional é uma tradicional fornecedora do setor elétrico.

Em São Paulo, segundo depoimento à Justiça do ex-diretor comercial da multinacional, o engenheiro francês André Botto, a direção da Alstom na França autorizou o pagamento de propina de 15% sobre um contrato de US$ 45,7 milhões (R$ 52 milhões à época) para fechar um negócio com uma estatal paulista em 1998.

O esquema resultou no contrato com a EPTE (Empresa Paulista de Transmissão de Energia) e a Eletropaulo para a venda de equipamentos para três subestações de energia.

O documento também menciona propina à Secretaria de Energia e às diretorias administrativa, financeira e técnica da EPTE. Na época, a pasta era comandada por Andrea Matarazzo - hoje vereador em São Paulo pelo PSDB, que arrecadou US$ 3 milhões para a própria reeleição de FHC (relembre aqui).

Propina para o presidente e todos os diretores

Reportagem desta segunda-feira do jornal Estado de S. Paulo também informa que, em depoimento à Polícia Federal, o ex-diretor administrativo da EPTE Gerson Kozma afirmou que ouviu nos corredores da extinta estatal que a multinacional francesa Alstom pagava propina para o presidente da EPTE, o diretor técnico, o diretor financeiro, bem como para funcionários da área técnica.

Segundo a Procuradoria, a Alstom ofereceu propina de R$ 23,3 milhões a funcionários públicos do Estado entre 1998 e 2003, nas gestões Mário Covas e Geraldo Alckmin, ambos do PSDB (leia mais aqui).


Postado no site Brasil247 em 03/02/2014

Nota

FHC tem um discurso moralista na Grande Mídia, mas deixou um rastro de corrupção incomparavelmente maior que quaisquer outros governos. É a velha prostituta pregando recato e castidade (para os outros, é claro).



Irmãos de três e cinco anos salvam idoso de afogamento em condomínio de Caxias do Sul






Raquel Fronza

Caso você aviste por aí duas crianças vestidas de Batman e The Flash pelas ruas de Caxias do Sul, fique atento: elas são, de fato, dois heróis. 

Na última terça-feira, os irmãos Daniel Michelin de Lima, 3 anos, e João Pedro Michelin, 5 anos, resgataram o vizinho Armindo Gargioni, 65, da piscina do condomínio onde moram. 

Gargioni teve um mal súbito após dar um mergulho e precisou do resgate da dupla imbatível, que surpreendeu a vizinhança inteira com ato heroico.

Gargioni é síndico do condomínio há quase três décadas. Na terça, ele fazia companhia a Daniel e João Pedro enquanto a mãe dos guris, a advogada Roberta Calegari Michelin, subia para buscar toalhas de banho. As crianças estavam fora da água. O síndico resolveu dar um mergulho na piscina, mas não encontrou forças para sair. 

— Eu estava olhando ele mergulhando e disse: mano, faz tempo que o Mindo tá na piscina. Acho que ele tá mal. Vamos tirar o Mindo da água? — recorda João Pedro.

Os manos uniram forças e articularam um plano que, felizmente, deu mais do que certo: se lançaram na piscina e alcançaram Gargioni, já há minutos embaixo d'água.

A duplinha sequer consegue ficar de pé na piscina devido à profundidade de 1,5 metro, mas graças às aulas de natação e à frequência com que brinca na água, não tem grandes dificuldades de locomoção.

Eles ergueram o idoso pelos braços e pela cabeça, levando-o até a beira da piscina e avisando adultos do que se passava.

O síndico foi socorrido por vizinhos ao Hospital Saúde e levado imediatamente para a UTI, com água no pulmão, falta de ar e outros sintomas típicos de afogamento.

O reencontro

Neste domingo, os pais de João Pedro e Daniel resolveram animar o coração de Gargioni, enquanto se recupera aos cuidados da esposa, Teresinha Tormen Gargioni.

Ele até pregava um cochilo no quarto do Hospital Saúde quando escutou as vozes das crianças. Instantaneamente, ao reconhecer quem se aproximava, o síndico começou a chorar. As crianças não desgrudaram do amigo.

— Meus grandes amigos, meus heróis! Venham aqui! Me deem um abraço, devo minha vida a vocês! — dizia, emocionado, Gargioni.

Os pais das crianças, Roberta e João Paulo, estão orgulhosos da ação dos filhos. A mãe, inclusive, custou a acreditar na versão dada pelos pequenos.

— Pedi para que eles repetissem inúmeras vezes a forma como salvaram para ver se era verdade. O mais impressionante é eles terem percebido que algo estava errado com o Armindo — explica a mãe.

Quanto ao ímpeto dos irmãos, Gargione explica:

— Eles souberam o que fazer direitinho porque são anjos, sabe? Anjinhos sempre sabem o que fazer — descreve.




A idade de ser feliz



Existe somente uma idade para a gente ser feliz. 

Somente uma época na vida de cada pessoa 
em que se pode sonhar e fazer planos, 
e ter energia bastante para realizá-los, 
a despeito de todas as dificuldade e obstáculos. 

Uma só idade para a gente se encontrar com a vida 
e viver apaixonadamente, com o entusiasmo dos amantes 
e a coragem dos aventureiros. 

Fase dourada em que se pode criar e recriar a vida 
à imagem e semelhança dos nossos desejos; 
e sorrir e cantar, e brincar e dançar, 
e vestir-se com todas as cores 
e experimentar todos os sabores 
e desfrutar de tudo com toda a intensidade, 
sem preconceito nem pudor. 

Tempo em que cada limitação humana 
é só mais um convite ao crescimento; 
um desafio a lutar com toda energia 
e a tentar algo novo, de novo e de novo 
e quantas vezes for preciso.

Essa idade tão especial e tão única 
chama-se presente... 

E tem apenas a duração do instante que passa... 

Mário Quintana


Porto de Mariel : o Brasil no Caribe : pensando o Brasil grande com visão de futuro