O Brasil de várias Justiças - e injustiças



Carlos Motta

A Justiça deveria ser uma só no Brasil. Mas tudo indica que não é bem assim. Há várias Justiças pelo país afora, cada uma delas a serviço do chefe local.


A Justiça de São Paulo, todos sabem, é amicíssima dos políticos tucanos, que fazem do Estado seu feudo há 20 anos. 

As denúncias sobre a podridão em que se converteram os negócios do metrô paulistano são renovadas diariamente, mas encontram pela frente uma má vontade imensa por parte do Judiciário.

Em Minas Gerais, pelo que se lê, não é diferente.

O Estado, também dominado pelas aves bicudas, mostra um interessante repúdio pela prática democrática, pelo exercício do contraditório e pela tão aclamada "liberdade de imprensa".

Lá, quem não reza na mesma cartilha do senador Aécio Neves não se dá bem.

É o caso do dono do Novo Jornal, Marco Aurélio Carone, que foi preso, acreditem, preventivamente por causa das constantes críticas que faz ao grupo político que domina o Estado.

Parece coisa do outro mundo - o mundo não civilizado.

Uma juíza mandou prender o empresário para que ele deixe de criticar o clã Neves e seus amigos!

Além disso, os advogados de Carone não conseguem nem ter acesso ao processo para decidir sobre que atitude tomar.

Estamos falando de Minas Gerais, de um senador da República, não de algum ditador perdido na imensidão da África ou dos cruéis bolivarianos da Venezuela e seus comparsas sul-americanos.

O sujeito foi preso porque uma juíza acha que ele vai cometer um crime!

Incrível, extraordinário senso de Justiça!

Sensacional interpretação das leis do país!

O fato é que, do jeito como as coisas vão indo no Brasil, com juízes agindo como se fossem capangas daqueles velhos coronéis nordestinos, logo mais não teremos mais Legislativo ou Executivo.

Os juízes, que cada vez mais se intrometem na competência dos outros poderes, vão mandar em tudo.

E, como já estão tentando fazer, rasgarão de vez a Constituição.

Não sei quem, mas alguém tem de colocar essa turminha em seu devido lugar. 

Postado no blog Crônicas do Motta em 22/01/2014


É isto que acontece quando a mídia tenta manipular e desinformar : Mainardi paga mico na Globo News





Magazine Luiza detona Mainardi



Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A empresária Luiza Trajano, dona do Magazine Luiza, com aquele seu ar de tia que veio do cabeleireiro, deu um “sabão” histórico no pretensioso Diogo "Veja" Mainardi no programa Manhattan Connection.

Aliás, nele e em Caio Blinder também.

Desmontou a história da crise no varejo, na inadimplência, do “acabou a bolha”. 

“Como acabou a bolha? Bolha são vinte e três milhões de pessoas que moram com o sogro, com a sogra…” 

Luiza não faz caras e bocas a la Miriam Leitão e estuda economia na frente da registradora e do balcão. 

Embora seja uma das mais antigas praticantes do e-commerce - desde os anos 90 – sua loja não teve dúvida em desativar o site por um dia e promover um “rolezão” de compras em toda a rede, com o maior sucesso. 

Enquanto isso, o Mainardi fica deslumbrado com o “drone” de entregas da Amazon. 

Bem se vê que o país dele é por lá. 

Assista o vídeo sensacional:



tomou

Serasa confirma Luiza e desmoraliza Mainardi: inadimplência cai em 2013, depois de 14 anos

Fernando Brito  no Tijolaço 21 de janeiro de 2014

Da Folha, agora há pouco:



Foi o que Luiza Trajano falou ontem ao pretensioso Diogo Mainardi, que repetia a cantilena – de toda a mídia – de que a inadimplência estaria crescendo. 
Mainardi invocava o Serasa para desmentir Luiza.

E o Serasa, hoje, deixa Mainardi pendurado em seu papel ridículo

“A queda de 2,0% na inadimplência dos consumidores em 2013 foi puxada pelo recuo de 9,4% no volume de cheques devolvidos (2ª devolução por falta de fundos) e pela queda de 4,8% na inadimplência das dívidas não bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica, água, etc.). Já junto aos bancos, a inadimplência em 2013 subiu 0,6%, ao passo que o ano passado também presenciou uma alta de 5,8% no volume de títulos protestados.”
  
Mainardi, como se sabe, emigrou do Brasil e de seu blog na Veja, diz ele que para fugir do dilmismo.

Luiza Trajano disse que ia mandar um e-mail para Mainardi, para ele se convencer de que estava errado.

Não precisa, basta mandar um link.

Já deixo aqui prontinho para a dona Luiza.



Os sinos dobram por todos nós, Miruna


miruna

Miguel do Rosário

A carta abaixo, de Miruna Genoíno, é um testemunho lindíssimo sobre solidariedade e sobre o bem que ela pode trazer ao mundo. É um documento de inocência ainda mais emocionante por vir de um espírito tão atormentado, de uma filha que vê o pai sendo massacrado por uma mídia e um Judiciário corrompidos pelos interesses baixos da política. Por um momento, todos fomos Miruna, porque – como no poema de John Donne – nenhum homem é uma ilha.

“Cada homem é uma partícula de um continente, uma parte da terra. Se um torrão desta terra é arrastado para o mar, o continente fica diminuído, como se fosse a casa de teus amigos ou a tua própria; a morte de qualquer homem me diminui, porque sou parte do gênero humano”.

Por isso, Miruna, não precisa agradecer. Não pergunte por quem os sinam dobram. Eles não dobram apenas para seu pai, o nobre Genoíno, nem por todos os heróis que lutaram na ditadura e na democracia contra as arbitrariedades. Os sinos dobram por ti, Miruna. Os sinos dobram por todos nós. Essa pequena vitória de sua família, é também nossa.

A VIDA E SUAS ESCOLHAS

Será que eu teria tido coragem de lutar como eles lutaram?

Alcançamos o valor da multa em dez dias de campanha familiar. Essa é uma vitória que tem um significado enorme dentro de nossa incansável luta em busca de verdadeira justiça para José Genoino.

por Miruna Kayano Genoino, especial para Rede Brasil Atual publicado 20/01/2014 

Brasília – Quando eu tinha por volta de 13, 14 anos, comecei a ter consciência de tudo o que meu pai e minha mãe tinham feito na época da ditadura. Abriram mão de família, amigos, conforto, estabilidade e entraram em clandestinidade, fuga, medo, prisão e tortura porque não duvidaram um minuto sobre de que lado estavam: o de quem lutava pela liberdade para todos. Apesar de ser para mim claro o fato de que tinham lutado por algo sem dúvida muito importante, sempre me vinha à mente uma pergunta: será que se eu vivesse naquela época, teria tido coragem de fazer tudo isso? Será que eu teria tido essa força? Será?

Hoje percebo que em alguns momentos da vida não temos escolha quanto a tomar essa ou aquela decisão, quando tudo em que acreditamos está em risco, seja, como naquela época, a liberdade, seja, como agora, a justiça para uma pessoa honesta, como meu amado pai, José Genoino Neto. Ao longo de mais de oito anos de martírio e sofrimento, foram muitas as situações de desespero, de angústia e de muita, muita solidão.

E por isso, quando de repente percebemos pequenos espaços de luz e força que vão se abrindo e se construindo por meio de atitudes generosas de tantas pessoas, o alívio e a emoção são sentimentos que ocupam totalmente tudo aquilo que pensamos e vemos acontecer nessa trilha tão difícil que temos percorrido nos últimos tempos.

Gostaria de mencionar uma grande amiga que no dia 15 de novembro levou meus filhos para passear, dispondo de seu tempo para nos ajudar a lidar com toda a perseguição que estávamos sofrendo na casa sitiada pela mídia. Com seu pequeno gesto, poupou duas crianças de 7 e de 5 anos, de presenciar o momento em que o avô saiu de casa para ser preso injustamente.

Aquele gesto, de dar carinho e acolhimento para meus filhos, quando eu apenas podia ser filha, e não mãe, vai marcar sempre minha vida e meu coração, porque mostra que mesmo em meio a tanta desgraça, sempre existe o lado da humanidade pura, bondosa, generosa, e capaz de acolher, verdadeiramente.

Esse gesto pequeno, individual, pode ser comparado ao que estamos vivendo agora, com a multa imposta a meu pai em decorrência de sua condenação injusta. No primeiro momento de desespero, pelo valor solicitado, tão enormemente distante de nossas possibilidades, já surgia um primeiro site que se dispôs a unir muita gente e assim iniciar uma primeira arrecadação para meu pai. E ainda que aquele site não tenha seguido em frente por questões técnicas, acredito profundamente que foi uma ação que nos deu força para prepararmos o segundo site que possibilitou a arrecadação do valor total da multa.

Foram muitas doações, muitas. Pessoas que dedicaram parte de seu tempo para enviar a nós R$ 10, R$ 20, R$ 50, R$ 100 reais, às vezes mais, R$ 1.000, R$ 5.000… e mensagens, muitas mensagens, de carinho e solidariedade.

Aposentados, desempregados, professores, advogados, secretárias, jornalistas, dentistas, bordadeiras, gente, muita gente, que quis de alguma maneira, mostrar que estão conosco, que sabem que apenas assim poderíamos pagar esta enorme multa, porque José Genoino nunca acumulou riqueza material, nunca, ainda que alguns tenham tido coragem de condená-lo por corrupção. Sua riqueza é apenas de ideias, de sonhos, de esperança, de verdade e de justiça – que um dia, de alguma forma, acreditamos que chegará.

Essa campanha foi criada pela mulher e pelos filhos de José Genoino. Nós mesmos elaboramos e escrevemos cada uma das palavras que aparecem no site. Nós mesmos mandamos os e-mails a amigos e familiares contando sobre o início desse pedido de ajuda. Nós mesmos fomos em busca de tentar compreender e organizar toda a burocracia necessária para que tal arrecadação desse certo.

E com a ajuda de amigos queridos, que nunca deixaremos de agradecer, fomos lendo os e-mails um a um, cadastrando cada pessoa, respondendo cada mensagem, ainda que, pela forma familiar de ação, esteja acontecendo em uma velocidade nem sempre compreendida por um mundo sempre recheado de grandes grupos administrando eficazmente grandes gestões e situações. Nossa resposta não é automática, mas sim manual, e foi feita por outras tantas pessoas especiais que também dedicaram seu tempo e sua alma, para permitir que a campanha funcionasse.

Alcançamos o valor da multa em dez dias de campanha familiar. Essa é uma vitória que tem um significado enorme dentro de nossa incansável luta em busca de verdadeira justiça para José Genoino. Em nome dele, que está impedido de falar publicamente, precisamos agradecer com toda a intensidade possível a todas essas pessoas que tornaram esse momento de vitória possível.

A você, que contribuiu. A você que divulgou o site. A você que respondeu os emails. A você que nos informou. A você que escreveu honestamente sobre nós. A você que são tantos vocês, nosso agradecimento por não terem tido nenhuma dúvida de que sim, quando chega o momento de dificuldade, vocês são daquele grupo de pessoas que têm coragem de lutar por algo que é verdadeiro e no qual acreditam. De verdade.

Obrigado, sempre.

Miruna Genoino, em nome da família Genoino

Brasília, 19 de janeiro de 2014.

(Observação: Em breve divulgaremos o total arrecadado e as resoluções práticas quanto a possíveis excedentes.)

Nota da Redação: Nos últimos dez dias, Miruna Kayano Genoino, junto com os irmãos Ronan e Mariana, a mãe Rioco Kayano e um grupo de apoiadores, mantiveram uma mobilização para arrecadar recursos e poder pagar dentro do prazo, que expira nesta segunda (20), a multa de R$ 667 mil determinada pelo Supremo Tribunal Federal, como parte da condenação na Ação Penal 470. A defesa do ex-deputado considerou o valor injustificável e passível de contestação. A família, com apoio de amigos e do Partido dos Trabalhadores, conseguiu alcançar no último sábado o valor necessário para cumprir a determinação. O feito tem forte significado político, ao demonstrar o representativo contingente de pessoas que contestam a forma e o conteúdo do julgamento STF. No ano passado, quase 22 mil pessoas haviam assinado a carta de solidariedade intitulada Estamos Aqui, com o mesmo objetivo. E na noite deste domingo Miruna enviou à RBA este artigo-agradecimento.


Postado no blog Tijolaço em 20/01/2014




A bolsa saco voltou !







Bolsas Saco tendência para dia e noite





Os donos da mídia e a batalha de 2014




Laurindo Lalo Leal Filho, na Revista do Brasil


Assumida como principal partido de oposição, a mídia brasileira faz lembrar a peça de Pirandello, Seis Personagens à Procura de um Autor. Aqui, são seis famílias à procura de um candidato à Presidência da República. Enquanto não descobrem (ou não decidem) quem será o seu líder, vão montando os quadros de apoio e os cenários para sustentá-lo.

Quando se esperava que as cenas do avião da Polícia Federal levando os condenados para Brasília fosse o epílogo de uma campanha iniciada em 2005 com a criação do “mensalão”, eis que a mídia consegue estender ainda mais a história. 

Deixa tudo de lado (meia tonelada de cocaína num helicóptero de parlamentar mineiro, por exemplo) para acompanhar a vida dos presidiários, com o requinte – no caso da Globo – de enviar uma equipe de reportagem ao Panamá para descobrir um possível dono do hotel que havia oferecido emprego para José Dirceu. A Folha de S. Paulo acompanhou as visitas aos presos como se esta fosse a principal preocupação do país. 

O desejo de esticar ao máximo o assunto é visível. Novas prisões (escrevo antes delas), como a do deputado João Paulo Cunha (PT-SP), vão reavivar o noticiário. 

A recuperação da presidenta Dilma Rousseff nas pesquisas, depois da queda verificada no meio do ano passado, deixou a mídia ainda mais ouriçada. A Folha chegou a publicar carta de leitor lamentando que as manifestações de rua de junho de 2013, fator que teria abalado a liderança de Dilma, não tivessem sido retardadas para as proximidades do pleito presidencial. 

Torcida e incentivo para que elas voltem não faltam. Se não voltarem, sobrarão as imagens e os sons daqueles atos repetidos à exaustão. O que aliás já ocorreu com as indefectíveis resenhas jornalísticas de final de ano. A rádio Estadão foi mais longe e fez uma série de programas só para lembrar “as jornadas de junho”. 

Para dar conta da campanha eleitoral de 2014, as empresas reforçam seus quadros com comentaristas vinculados à oposição. 

A TV Cultura de São Paulo traz para a apresentação do Roda Viva um jornalista que se especializou, na revista Veja, em assacar impropérios contra o presidente Lula. Nessa linha, ele não perde a oportunidade durante o programa de forçar o entrevistado a fazer criticas à presidenta e ao seu antecessor. Fez isso, por exemplo, com o historiador Ronaldo Costa Couto, que saiu da armadilha com elegância e com o cantor Lobão, que fez o contrário. 

Com cenário e personagens prontos, ainda que estes últimos tendam a crescer em 2014, resta conhecer o ator principal. 

O sonho dourado dessa mídia, escancarado pela revista Veja, é o presidente do STF, Joaquim Barbosa. As inúmeras capas e matérias laudatórias tornam o desejo evidente, sem nenhuma preocupação com o perigo que uma candidatura desse tipo representa para o país. Seria a combinação, numa pessoa só, do desequilíbrio político-emocional de figuras como Jânio Quadros e Fernando Collor. 

Se não der certo apostarão em Eduardo Campos e Aécio Neves, nessa ordem de preferência. Marina, com seus discursos tortuosos, é uma alternativa pouco confiável para a mídia que, em último caso, correrá para os braços de Serra e de sua obstinação pela presidência. 

A situação não seria tão trágica se tivéssemos por aqui veículos impressos de alcance nacional capazes de dar conta das várias tendências políticas existentes no pais. Que cada um então defendesse a sua. 

Mas não é assim, há um pensamento uniforme alinhado aos interesses do grande capital financeiro internacional e avesso às políticas de transferência de renda e de maior inclusão social. Vigora na mídia o pensamento único. 

No rádio, importante formador de opinião, e na TV a situação é ainda mais grave. Usam o espaço público das concessões recebidas para defender privilégios privados. Fazem desses veículos instrumentos de propaganda política afrontando as leis e a ética. 

2014 promete. 

Postado no Blog do Miro em 20/01/2014


A masculinidade está em crise?




Flávio Bastos

"Se um dia tiver que escolher entre o mundo e o amor, lembre-se: se escolher o mundo ficará sem o amor, mas se escolher o amor com ele você conquistará o mundo". (Albert Einstein)

Todos os dicionários definem a masculinidade como sendo a virilidade uma qualidade do homem, ou seja, que dá ideia de força e energia própria do homem másculo, viril. No entanto, nos últimos "velozes" anos, esta condição herdada dos ancestrais, que define o perfil masculino na espécie humana, parece passar por uma fase de alteração do paradigma comportamental que acompanha há milênios o indivíduo masculino.

O homem estaria passando por uma lenta mutação genética do gênero masculino, com efeito direto na sua química hormonal? Creio não ser esta a situação que envolve o homem do século XXI, mas sim, uma alteração gradual na forma de perceber, a partir de si mesmo, o mundo e a sua realidade circundante. É um novo olhar, onde a sensibilidade começa a substituir a antiga imagem do indivíduo masculino forte, agressivo, preparado para a luta, porém, insensível e brutalizado.

A mudança estaria ocorrendo na faculdade de captar ou transmitir impressões capazes de causar emoções. Fato que está, lentamente, aproximando o masculino do feminino, isto é, o homem da mulher. Quer dizer: a partir do milênio em curso, a fase de transmutação do planeta Terra dá início à Nova Era, também denominada por estudiosos, holísticos e espiritualistas, de Era de Cristal ou Era da Sensibilidade.

Portanto, o homem começa a desenvolver e a manifestar uma sensibilidade que era própria do sexo feminino e a sua longa história de experiência maternal. E a energia do amor e do bem comum, que acompanha a alteração energética do planeta, começa a fazer efeito no indivíduo que, desde tempos imemoriais, apresenta bloqueios na sua forma de expressar sentimentos e emoções.

Na esteira da Nova Era, o homem moderno está fazendo uma nova leitura de sua inserção no universo, ou seja, a partir de um olhar mais profundo sobre si mesmo, o outrem e o mundo que o rodeia, ele está percebendo a inutilidade da violência implícita, das guerras e da brutalidade como ferramentas de conquista pessoal e de evolução da espécie humana.

Nesta direção, lembremos a mensagem do grande educador Paulo Freire quando registrou em um de seus livros "que a carícia nasce do centro e confere repouso, integração e confiança. Como a ternura, a carícia exige total altruísmo, respeito e renúncia a qualquer outra intenção que não seja a da experiência de querer bem e amar". Pois a ternura, o carinho e outros atributos da pessoa sensível, amorosa, começa a fazer parte do dia a dia do indivíduo do sexo masculino, embora de forma ainda um tanto tímida ou pontual nas relações afetivas, e menos ainda nas relações sociais ou profissionais.

Tal aprendizado passa pela prática do "ato de dar" da mulher: dar carinho, afeto e amor ao filho que gerou em seu ventre. Experiência que o homem, até então, percebia como "ato de receber" da mulher-mãe, esposa ou amante. Nesta caminhada, o homem está aprendendo com o sexo oposto a também dar carinho, amor, a acolher, proteger, tornar-se menos egoísta e a abrir-se para a vida.

O homem moderno não está em crise de identidade sexual, mas aprendendo a conectar-se de uma forma direta com a própria essência, a alma em sintonia com a energia vital. Aprendendo a compartilhar a vida de uma forma mais sensível e honesta com o semelhante, e menos autoafirmativa no sentido de provar a sua masculinidade ou poder, a partir do núcleo familiar.

A alteração do padrão mental e comportamental do indivíduo masculino, vem a reboque da Era da Sensibilidade. É um processo inexorável que independe de sua vontade, pois envolve dimensões ainda desconhecidas do ser humano. Resta ao homem deixar-se orientar pelo foco de luz da Nova Era de transformações para o planeta Terra e a sua gente.

A fase que experenciamos neste alvorecer de milênio nos estimula ao despertar de consciência interior, da lucidez diante de muitas situações da vida, de rever com inteligência e sabedoria o poder de acreditar, de transformar realidades e de perceber o verdadeiro sentido da existência.

A era do predomínio de sentimentos de amor aproxima o homem da luz emitida pelo sentimento de compaixão e de ternura da mulher. É o renascimento do novo homem através do simbolismo da mãe-mulher, o que aproxima os polos humanos da criação divina e restabelece o equilíbrio natural e a harmonia no planeta Terra.

Situação que contemplaria as expectativas de Charles Chaplin, uma das sensibilidades masculinas mais expoentes do século XX: "Pensamos demasiadamente. Sentimos muito pouco. Necessitamos mais de humildade do que máquinas. Mais de bondade e ternura que de inteligência. Sem isso a vida se tornará violenta e tudo se perderá".

Postado no site Somos Todos Um