Tolerância e perdão




  Adamastor Martins Oliveira


" Não existem soluções mágicas, não existem salvadores da pátria, o que devemos fazer é escolher o melhor, republicanamente, para àquele determinado momento "

A morte de Nelson Mandela, que foi e continuará sendo um exemplo histórico da tolerância e do perdão, ao mesmo tempo em que preocupa o seu povo, nos remete aqui no Brasil a uma profunda reflexão acerca da distensão nas discussões políticas recrudescidas com as recentes conquistas eleitorais das forças progressistas brasileiras, pois que esse grande líder foi um dissipador fundamental das tensões que resultaram no fim da política oficial de segregação dos negros na África do Sul, papel exercido aqui, guardadas as devidas proporções, pelo presidente Lula na luta pela inclusão dos mais pobres.

E foi com aumento dessas vitórias das esquerdas democráticas, desde a primeira eleição do próprio presidente Lula, que começaram a brotar também um ódio estranho e irascível e que tem sido disseminado largamente por meio dos setores mais conservadores e radicais da mídia brasileira. Setores que teimam em não se conformar com os avanços dos pobres sobre nichos de mercado que antes, pensavam, seriam cativos dos mais abastados e daqueles sempre favorecidos pelo Estado privatizado. Para esses ainda é insuportável sentar-se ao lado do garçom em férias na ponte aérea Rio-São Paulo.

É muito triste ver amigos quase irmãos - antes pessoas articuladas e ponderadas, comprometidas com o bem estar social - destilando um ódio que não parecia lhes pertencer. Transfiguraram-se. Não discordam mais racionalmente, apenas rosnam grosserias, compartilham impropérios nas redes sociais e em comentários anônimos por meio de sítios de notícia e blogs dos mais variados. Não são muitos, mas os que vagam incólumes como zumbis virtuais são tão presentes e agressivos que é até saudável ignorá-los, muitas vezes.

Quando médicos e profissionais da saúde voltam a comemorar mortes e a deturpar laudos; advogados e operadores do direito retomam as rotinas dos subterfúgios condenatórios e do açoitamento dos direitos e garantias individuais, devemos redobrar as nossas atenções, pois alguma coisa não vai bem.

Quando grupos radicalizados deixam de tentar construir e não apresentam mais propostas ou alternativas, apenas almejam desconstituir, destruir inimigos engendrados em seus imaginários pela grande mídia monopolizada, oligopolista e oligarquizada (Globo, Folha, Estadão, Veja, etc.), algo precisa mudar.

O incrível é que esses grupos não defendem um lado, apenas entrincheiram-se e atacam cegamente o outro, como se quisessem criar alguma coisa do vazio gerado pela simples destruição. Esquecem que não existe transformação gerada no vácuo do total aniquilamento. Mal percebem que desse nada aparecerão àqueles que estavam presentes apenas nas mensagens subliminares implantadas a fórceps, por essa mesma velha mídia, no córtex pré-frontal de cada um desses incautos.

Parecem esquecer também que transformações sociais, políticas e econômicas devem se dar em ambiente de debate livre, democrático e plural, no devir da dialética e do inexorável caminhar do processo histórico transformador.

Ora, se almejam mudanças, apontem os defeitos e as mazelas daqueles dos quais discordam, mas não sem antes mostrar o caminho que pretendem seguir, apontando quais seriam as suas melhores soluções e opções, com coragem, mostrando suas identidades, suas cores politicas e partidárias, defendendo suas posições ideológicas com clareza, sem escamoteá-las.

Devemos discutir soluções apenas no amplo e profícuo espaço erigido pela constituição de 1988 e, nesse passo, a nossa participação é fundamental, principalmente nas discussões eleitorais, e o único ambiente que vislumbro podemos encontrar alguma pluralidade no arranjo das forças de disseminação de informação com um mínimo de isenção é na internet, na blogosfera, pois que, repiso, a grande e velha mídia há muito se partidarizou e escolheu o seu lado, escamoteada e sorrateiramente, sem se constranger nem um pouco por isso.

Lembrando que ser isento não significa não ter um lado, pois isso é quase impossível, isenção significa apenas e tão somente a ausência de interesses não republicanos. E por falar em isenção, pergunta-se: nesses 12 anos de governo progressista no Brasil, quantos grandes impérios econômicos ou de comunicação foram erigidos contando com nomes dos atuais lideres das esquerdas democráticas, sob os auspícios e por meio dos enormes poderes conquistados por Lula e Dilma? Eu repondo, nenhum. Muitos deles são lideres eleitos pelo povo, com seus defeitos (pelos quais alguns estão pagando muito mais caro do que deviam) e qualidades, mas escolhidos pela velha grande mídia como inimigos do grande capital, daí o quase linchamento.

E só os tolos (Trolls, Orcs e Ogros) não enxergam isso. E são esses mesmos tolos que desconhecem ou fingem desconhecer que os grandes impérios de comunicações (Globo, Folha, Estadão, Veja, etc.) floresceram exatamente à sombra do Estado ditatorial à que eles mesmos ajudaram a criar, por puro interesse privado, "enquanto dormia a pátria mãe tão distraída".

Mas, infelizmente, também é nesse ambiente virtual que ora exalto - que deveria ser o difusor maior das boas práticas, a caixa de ressonância dos bons debates, a nova praça de encontro das ideias e dos ideais -, que assistimos cães raivosos babando, grunhindo e balbuciando impropérios com o destemor dos bárbaros, a volúpia dos fariseus diante do julgamento de Cristo, anônimos em sua grande maioria.

O anonimato na internet tem lá sua importância, desde que não seja apenas para destilar um veneno sem sentido, pois o anonimato pode, por exemplo, incentivar àquele que detêm certo tipo de informação – que pode ser útil para uma determinada investigação – a disseminá-la, ao sentir-se mais confortável e em segurança para isso, por não achar que não será identificado pelo infrator que lhe parecer ameaçador. Mas esse anonimato, por óbvio, não pode ser utilizado em infringência à lei.

Aos anônimos. Não gostavam do Lula? Então, criticá-lo é importante para o debate, mas digam também quais seriam as suas alternativas? Não gostam da Dilma? Então, tentar destituí-la por meio dos instrumentos constitucionais é legitimo, mas digam também em favor de quem vocês a preteririam? Declarem suas opções sem esconderem-se por detrás apenas das críticas.

A filiação partidária para alterar os rumos das práticas políticas é um caminho, importante caminho, o engajamento social e político não partidário é outro. Mas não me parece ser uma boa alternativa democrática a crítica pela crítica, o ato de criticar e lavar as mãos, como Pilatos. É desonesto, no mínimo, antirrepublicano.

E no espaço democrático em que vivemos hoje no Brasil, nem cabe mais desperdiçarmos nosso tempo com quem acha, por exemplo, que os militares devem voltar. E também não escrevo para quem vota nulo ou acha que nenhum político é digno de seu respeito ou do seu escrutínio, pois, esses que assim pensam e agem, merecem bem os governos que criticam e, muito provavelmente, não suportaram nem mesmo o primeiro parágrafo.

É lamentável que ainda tenhamos esses ignóbeis nesse nosso modernoso tempo, principalmente os anônimos, que se reúnem nessas novas alamedas virtuais, alguns encapuzados, como se reuniam os antigos carrascos em torno dos pelourinhos, uivando palavras de ordem em momentos da execução de condenações dadas por Capitães-do-Mato: Chicoteiem! Enforquem! Esquartejem! Crucifiquem! Depois disso, saciados da carnificina, recolocam suas peles de cordeiro, voltam a compartilhar mensagens cheias de amor e carinho, repletas de coraçõezinhos, e vão passear no Shopping, como se nada tivesse acontecido.

Não existem soluções mágicas, não existem salvadores da pátria, o que devemos fazer é escolher o melhor, republicanamente, para àquele determinado momento, sabendo que o melhor, muito provavelmente, não é e nem será o perfeito.

O perdão é o habeas corpus impetrado em favor de nossas almas, a tolerância é o banho refrescante nas águas purificadas pela humildade, mas que ainda são virtudes de poucos como Mandela. 

Mas fica aqui a minha torcida para que nos alcancem, e até mais do que isso, tenham acompanhado Dilma e os quatro ex-presidentes (Collor, Sarney, FHC e Lula) no voo rumo à terra de Madiba, e que retornem de lá com renovadas forças, como sementes abençoadas pelo grande líder negro a semear nosso fértil chão, de maneira a confirmar nossa vocação de grande nação livre, plural e democrática.


Postado no site Brasil 247 em 12/12/2013


O Judiciário e o MP são petefóbicos, pois o PT é o problema deles


Eugênio Aragão disse que há promotores engajados contra o PT. São os petefóbicos. 



  Davis Sena Filho


Eugênio José Guilherme de Aragão, vice-procurador-geral eleitoral, afirmou à IstoÉ: “(...) Toda ação de um ser humano é seletiva. Você tem de optar sempre. (...) Na verdade, um procurador pode investigar um caso porque envolve pessoas importantes. Ou porque o caso é mais grave. Ou porque irá prescrever logo se não for investigado. O problema é que hoje não existem critérios objetivos nessas escolhas”.

O procurador eleitoral nos brindou com várias pérolas, que, no entanto, muitos brasileiros sabem ou desconfiam como a banda toca pelos lados dos juízes togados e os procuradores xerifes. A verdade é que Eugênio Aragão fez assertivas sobre as realidades de promotores e juízes, a grande maioria filha da classe média tradicional e da classe média alta. Como seres humanos que são, trazem consigo preconceitos e intolerâncias de classe social, raciais, ideológicos e políticos. Ponto.

Muitos desses homens e mulheres não conhecem as realidades sociais e as dificuldades econômicas e financeiras do povo brasileiro, são politicamente conservadores e, consequentemente, agem e atuam como políticos, porque todo ser humano, até os coxinhas reacionários e alienados, que se dizem “apolíticos” e “apartidários” sabem por instinto o que querem. E o que essa gente na quer é inclusão social, a independência e autonomia do Brasil e a emancipação do povo brasileiro.

Eugênio Aragão continua: “(...) A maioria dos integrantes do MP é formada por brasileiros de classe média, que pensam como cidadãos de classe média, leem a nossa mídia e fazem parte dessa corrente de opinião. (...) Nos debates internos, você pode notar que há, no máximo, 30 ou 40 pessoas especialmente engajadas contra o PT. São petefóbicos. Mas a maioria é silenciosa e não expõe. Está preocupada com a qualidade de seu trabalho”.

Ledo engano, os petefóbicos, como bem o define o procurador, são os que fazem estardalhaços publicitários e tentam politicamente parar, irresponsavelmente, obras como as da transposição do Rio São Francisco ou a da construção da Hidrelétrica de Belo Monte, dentre inúmeras obras que foram paralisadas e depois retomadas no decorrer dos últimos 11 anos com prejuízos para o País e a população, bem como desgastaram o Governo trabalhista, constantemente atacado pelos donos das mídias de mercado, que são os magnatas bilionários da imprensa corporativa.

Toda pessoa com um mínimo de discernimento sabe disso. Não tem como não sabê-lo. O resto é fingimento de gente hipócrita e cínica e que manipula e tergiversa a realidade que se apresenta para dar razão a seus propósitos políticos e econômicos conservadores, de direita, e divorciados dos interesses do povo brasileiro. Só isso. Há muito tempo afirmo que o MP e o Judiciário são os últimos redutos das nossas “elites” carcomidas pelo tempo e corrompida por sua ganância e perversidade.

Não existe a possibilidade de tergiversar sobre esses fatos: A PGR (MPF), o STF e o STJ se transformaram, institucionalmente, em casamatas ou fortificações dos interesses da burguesia e dos partidos de direita e se dispõem a fazer o jogo político desses grupos sociais, que controlam a economia brasileira há 513 anos e que consideram o Partido dos Trabalhadores o inimigo a ser derrotado, destruído e aniquilado, porque se atreveu a conquistar a Presidência da República e a governar de forma republicana, a dar como primeiro passo cuidar dos mais pobres e dos que sempre, gerações após gerações, foram abandonados pelos poderes públicos, pois sempre voltados para atender aos interesses e aos desejos de nossas “elites” patrimonialistas. Lula e Dilma deram visibilidade aos que nunca tiveram voz e força de reivindicação.

Governar é cuidar dos mais pobres, dos mais fracos e dos que podem menos. É dessa forma que se alcança a isonomia entre os cidadãos de uma nação. Isonomia é igualdade, ou seja, acesso às oportunidades de crescer e se desenvolver. Justiça social. Ponto. A burguesia e seus porta-vozes e representantes nas esferas estatais e civis lutam contra a ascensão financeira e social das classes populares e se incomodam profundamente quando tem de compartilhar ou conviver com pessoas desses segmentos, pois a intolerância e o preconceito são o que movem os nossos burgueses e pequenos burgueses e a mistura disso tudo é o combustível do ódio.

Eis que o juiz do STF, o condestável e agressivo Gilmar Mendes dá outro piti, mais um para sua enorme coleção de grosserias e de opiniões açodadas e descabíveis a um juiz que deveria se calar quando vai decidir sobre o destino das pessoas, como o faz todo juiz sensato para não influenciar o julgamento e não ser influenciado. O substantivo ponderação ou o verbo ponderar são palavras que inexistem no dicionário dele, o juiz nomeado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso – o Neoliberal I, aquele senhor que governou para os ricos, deveras incompetente, que vendeu o Brasil e mesmo assim foi ao FMI três vezes, de joelhos e com o pires nas mãos, porque quebrou o Brasil três vezes.

Sempre açodado, politicamente defensor de causas antipopulares e ideologicamente de direita, o juiz mais uma vez em sua magistratura já de triste memória gritou no plenário do STF, com a fúria de sempre e a demonstrar sua vocação ditatorial. Gilmar Mendes não age como juiz e, sim, como promotor. É a sua origem.

O magistrado, inconformado com a opinião e a votação de colegas que querem o fim do financiamento privado para campanhas eleitorais, afirmou categoricamente e sem um mínimo de ética que a proibição de as empresas financiarem as campanhas dos partidos vai beneficiar o PT, como se o partido estivesse no poder há 100 anos. Um absurdo! A total falta de escrúpulo, pois se trata de uma mentira para inglês ou coxinha ver.

O condestável juiz, na verdade, quer manter as coisas como estão, porque a direita partidária, à frente o PSDB, o DEM e o PPS vai ser prejudicada, pois são os políticos conservadores que representam o status quo, o establishment e a intimidade deles com os homens do capital remonta à chegada de Pedro Álvares Cabral no Brasil.

Balela e manipulação na veia, mas a mentira tem perna curta e, sem sombra de dúvida, os juízes que vão votar pelo fim do financiamento privado às campanhas eleitorais vão explicar direitinho o porquê de os partidos serem financiados pelo poder público. É mais democrático, isonômico e justo, porque elimina o favorecimento do candidato que tem apoio do poder econômico e depois fica submetido aos interesses empresariais, porque lhe deve favores. A direita ama o privilégio, como o mentiroso ama a mentira.

O MPF e o STF se partidarizaram e muitos de seus juízes e promotores fazem política ao invés de defender a sociedade e julgar, de forma isenta, aqueles que porventura cometeram malfeitos contra o povo. O que dizer então de promotores, principalmente aquele do Ceará, que todo ano tenta sabotar o Enem, sendo que, uma vez, ele pediu o fim do exame e deixou setores da sociedade brasileira desconfiados, pois parecia que ele estava a defender os interesses dos cursinhos pré-vestibulares e das escolas e faculdades privadas.É o ódio da direita à inclusão dos mais pobres, bem como sua vocação para o sectarismo.

E os casos dos mensalões do DEM e do PSDB, que foram propositalmente desmembrados e, consequentemente, os processos tramitam de maneira lenta, a permitir que o mensalão tucano possa prescrever e que o do DEM caia aos poucos no esquecimento, porque o ex-governador cassado do DF, José Roberto Arruda, que foi preso e está solto pretende disputar uma cadeira na Câmara Legislativa do DF.

Arruda responde a processo em tribunal de primeira instância. Como seu processo foi desmembrado, o prazo de seu término não foi definido. Não tem como. Se o ex-governador do DEM for eleito, José Roberto Arruda vai poder recorrer à instância superior. Enquanto isso, o “mensalão” do PT nunca foi comprovado, os processos não foram desmembrados e políticos históricos do partido foram condenados à prisão. É a Justiça do um peso e duas medidas e que para milhões de brasileiros não tem credibilidade. Por uma reforma do Judiciário já!

O PT não conseguiu ainda romper o status quo, porque mesmo a estar no poder setores como o Judiciário e o Ministério Público Federal ainda são ocupados por pessoas contrárias a políticos eleitos pelo povo e que estabeleceram para suas agendas políticas a distribuição de riqueza e renda, assim como a inclusão social. Muitos desses juízes e promotores não conhecem de fato a sociedade e muitos menos querem saber como vivem as pessoas que estão em situação de risco, inclusive o alimentar.

O Partido dos Trabalhadores tem de voltar a ser estilingue e pedra, porque somente no papel de vidraça vai ficar impossibilitado de efetivar o programa de governo e o projeto de País apresentado ao povo nas eleições, que elegeu Lula e Dilma Rousseff. Os juízes e os promotores profissionalmente são técnicos do Direito e não políticos eleitos para soberanamente e constitucionalmente governar.

O STF e o MPF se partidarizaram e quando podem criminalizam a política, com o apoio da imprensa meramente de negócios privados, alienígena, pois de caráter entreguista e totalmente sem compromisso com os interesses do País. A burguesia brasileira morre de saudade da Guerra Fria, tempo em que se aproveitava da neurose ideológica para perseguir a esquerda e calar seus políticos e militantes.

Porém, esse tempo acabou e vencer o PT somente por meio de golpe, o que não vai ser possível, como gostariam muitos togados e xerifes em plena vigência da Constituição e do estado democrático de direito.

O Judiciário e o MPF são de direita e lutam no lugar dos empresários e dos partidos políticos conservadores para dominar o estado e evitar que governantes trabalhistas continuem no poder. 

Não foi assim com Getúlio Vargas, João Goulart e Leonel Brizola? O PT vence, mas tem de deixar de ser apenas vidraça, apesar dos procuradores e juízes petefóbicos, como afirmou Eugênio Aragão. É isso aí. 


Postado no blog ContrapontoPig  e no blog Palavra Livre em 14/12/2013


Sobremesa com panetone !







Pavetone de Abacaxi



Ingredientes



Panetone tradicional 400g ou 500g 

1 lata de leite condensado 

2 medidas da mesma lata de leite comum 

3 gemas 

3 colheres (sopa) de açúcar 
2 colheres (sopa) de maisena 
1 colher (chá) de essência de baunilha 
1 caixa de 200ml de creme de leite 
1 lata de abacaxi em calda 

Preparo:

Em uma panela coloque o leite, leite condensado, as gemas batidas e misturadas com o amido em um pouquinho de leite, o açúcar e gotas de essência de baunilha. 

Leve ao fogo brando mexendo até engrossar. 

Desligue e adicione o creme de leite. 

Coloque na geladeira, um pouquinho, antes da montagem. 

Montagem: 

Na travessa de doce intercale em camadas o creme, fatias de panetone picadas, creme, abacaxi picado. Termine com o creme. 

Decore com chantili, suspiros, cerejas ou a gosto. 

Rendimento: 12 poções


Agora é o seu momento !



Sonia Carvalho

Vamos acorde para a vida!

Não desista! Não!

Se ainda não atingiu o cume almejado e as dificuldades lhe parecem tantas, persevere, meu irmão, porque só com perseverança pode passar pelas pedras do caminho.

Vamos, não desanime! 

Desanimado ficará pela estrada e não poderá contemplar a nascente da renovação, que tanto espera a sua presença.

Continue, sempre poderá continuar.

A dor é forte? Se permanecer parado, essa dor nunca cessará, é caminhando que encontrará o remédio que aliviará seus males.

Um deles se chama trabalho.

Sim, trabalhe!

Sempre há algo a ser realizado e mesmo que tenha limitações físicas, sempre haverá algo que possa fazer.

Trabalhe em prol do semelhante e estará também, trabalhando em benefício próprio.

Trabalhe o amor e grandes obras surgirão de suas mãos. Trabalhe!

É dotado de inteligência, alie-se também à vontade.

Vamos, prossiga! Não está sozinho. Pare com as lamentações e dúvidas e busque verdadeiramente pela espiritualidade maior, assim, sentirá que ela está ao seu lado, como sempre esteve e estará!

Confie!

Mesmo que ao seu redor pareçam existir apenas sombras.

Recorde-se que toda noite por mais sombria que seja, sempre é vencida pelos raios da luz que anunciam um novo dia.

Assim, a luz também não faltará em sua existência, mas é preciso acreditar na Providência Divina.

Acredite! Acredite e também prossiga.

Afinal, a transformação não ocorre apenas quando acreditamos, mas quando começamos a construí-la, passo a passo.

Adiante!


Postado no site Somos Todos Um


Alguns produtos muito úteis



Leve sua cadeira pra qualquer lugar dentro da mala

Esconda os cabos de forma criativa e bonita

Marcador de página e de linha 

Cortando legumes e folhas

Tomada extensível

Se molhe menos ainda

Evitando a sujeira com esse brilhante acessório para panela

Medidor digital de sal

Recarregue seu celular sem problemas

Tampa para qualquer tipo de pacote


A macarronada é pra quantas pessoas?




Natal para ateus




Martha Medeiros

A semana que antecedeu o Natal foi de caixa de e-mails lotada: diversas mensagens chegaram, algumas bem alegres, outras com apelos um pouco melodramáticos, em especial as que recrutavam Jesus, o aniversariante esquecido. De fato, vivemos numa época megaconsumista e muitos não dão valor à data, mas a tragédia não é absoluta.

De minha parte, não festejo o aniversário de Jesus, mas nem por isso minha casa se transforma num iglu habitado por abomináveis corações de gelo. Me emociono, confraternizo, abraço, beijo e brindo à paz, acreditando que essa abertura sincera para o afeto é uma espécie de religião também.

Recentemente, o escritor e filósofo suíço Alain de Botton esteve no Brasil lançando Religião para Ateus, livro em que ele defende a tese de que, mesmo sem acreditar em Deus, é possível ter fé. E mesmo sem ter fé, é possível encontrar na religião elementos úteis e consoladores que suavizam o dia-a-dia.

Botton condena a hostilidade que há entre crentes e ateus, e diz que em vez de atacar as religiões, é mais salutar aprender com elas, mesmo quando não compactuamos com seu aspecto sobrenatural.

Não é de hoje que admiro esse autor, e mais uma vez ele me empolga com sua visão. Fui criada numa família católica, mas já na adolescência minha espiritualidade se divorciou dos rituais de celebração, já que deixei de acreditar em fatos bíblicos que me pareciam implausíveis. Nem por isso fiquei órfã dos valores éticos que as religiões pregam.

Solidariedade, gentileza, tolerância, princípios morais, nada é furtado daqueles que descartam a existência de Deus. Claro que, se não houver o hábito constante da reflexão, podemos nos tornar materialistas convictos e acabar exercendo a bondade só em datas especiais.

É nesse ponto que Alain de Botton defende o lado prático e benéfico das religiões: elas funcionam como lembretes sobre a importância de nos introspectarmos e de fazermos a coisa certa todos os dias. Quem prefere não buscar esses lembretes na igreja, pode buscar na arte, no contato com a natureza ou onde quer que sua alma se revitalize.

Do que concluo que é possível encontrar o sentido do Natal sem montar presépio, sem assistir à missa do Galo e sem servilismo religioso. Basta que sejamos uma pessoa do bem, consciente das nossas responsabilidades coletivas e que passemos adiante a importância de se ter uma conduta digna. Nós todos podemos ser os pequenos “deuses” de nossos filhos, de nossos amigos e também de desconhecidos.

Dentro desse conceito, posso afirmar que o Natal é frequente aqui em casa: hoje, amanhã, depois de amanhã. A diferença é que nos outros dias estamos de moletom em vez de vestido de festa, e a ceia vira uma torrada americana, mas o espírito mantém-se em constante estado de alerta contra o vazio e a superficialidade da vida.