Nelson Mandela convida a humanidade à grandeza


"A luta é a minha vida. Continuarei a lutar pela liberdade até o fim de meus dias".

“A luta é a minha vida. Continuarei a lutar pela liberdade até o fim de meus dias” (18/07/1918 - 05/12/2013)


Marco Weissheimer


Nelson Mandela foi um dos que foram mais longe naquilo que podemos ser.

Sua vida e sua obra, que são indistinguíveis, representam um convite à grandeza. 

Um convite dirigido a cada um de nós individualmente e à humanidade em seu conjunto. 

Um convite alicerçado numa experiência humana que viveu os extremos do que a nossa espécie é capaz: os extremos de vilania, da maldade e da sordidez e os extremos da generosidade, da beleza e da coragem.

Paul Valéry escreve em “Introdução ao Método de Leonardo da Vinci”: 

“O que fica de um homem é o que nos leva a pensar seu nome e as obras que fazem desse nome um signo de admiração, de ódio ou de indiferença. Pensamos o que ele pensou e podemos reencontrar entre suas obras esse pensamento que lhe é dado por nós: podemos refazer esse pensamento à imagem do nosso”. 

A melhor homenagem que podemos prestar a Nelson Mandela é, tomando a formulação de Valéry, pensar o que ele pensou e no que ele pensou. 

Aqui vão alguns pensamentos desse homem que nos apontou a possibilidade de um destino de grandeza para toda a humanidade: 

O que mais nos amedronta 

Nosso grande medo não é o de que sejamos incapazes. Nosso maior medo é que sejamos poderosos além da medida. 

É nossa sabedoria, não nossa ignorância, o que mais nos amedronta. Nos perguntamos: “Quem sou eu para ser brilhante, belo, talentoso e incrível?” Na verdade, quem é você para não ser tudo isso?… 

Bancar o pequeno não ajuda o mundo. Não há nada de brilhante em encolher-se para que as outras pessoas não se sintam inseguras em torno de você. 

E à medida que deixamos nossa própria luz brilhar, inconscientemente damos às outras pessoas permissão para fazer o mesmo. 

Não poderás encontrar nenhuma paixão se te conformas com uma vida que é inferior àquela que és capaz de viver. 

Sobre amar e odiar 

Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar. 

Uma boa cabeça e um bom coração 

Se você falar com um homem numa linguagem que ele compreende, isso entra na cabeça dele. Se você falar com ele em sua própria linguagem, você atinge seu coração. Uma boa cabeça, um bom coração, formam uma formidável combinação ! 

Coragem e medo 

Aprendi que a coragem não é a ausência do medo, mas o triunfo sobre ele. O homem corajoso não é aquele que não sente medo, mas o que conquista esse medo. Conforme nos libertamos do nosso medo, nossa presença, automaticamente, libera os outros. 

A minha missão na Terra 

Quando penso no passado, no tipo de coisas que me fizeram, sinto-me furioso, mas, mais uma vez, isso é apenas um sentimento. 

O cérebro sempre domina e me diz: tens um tempo limitado de estada na Terra e deves tentar usar esse período para transformar o teu país naquilo que desejas. 

Honra tua profissão 

Considero isso como um dever que tinha, não apenas com meu povo, mas também com minha profissão, praticar a lei e a justiça para toda a humanidade, gritar contra esta discriminação que é essencialmente injusta e oposta a toda a base de atitude através da justiça que integra a tradição do treinamento legal neste país. 

Eu acreditei que ao me opor contra esta injustiça eu deteria a dignidade do que seria uma profissão honrada. (Mandela era advogado) 

Acordo e conflitos 

Devemos promover a coragem onde há medo, promover o acordo onde existe conflito e inspirar esperança onde há desespero. 

Se tu queres fazer as pazes com o teu inimigo, tens que trabalhar com o teu inimigo. E então ele torna-se o teu parceiro. 

A educação e a alma de uma sociedade 

Não existe revelação mais nítida da alma de uma sociedade do que a forma como esta trata as suas crianças. 

A educação é o grande motor do desenvolvimento pessoal. É através dela que a filha de um camponês se torna médica, que o filho de um mineiro pode chegar a chefe de mina, que um filho de trabalhadores rurais pode chegar a presidente de uma grande nação. 

O apartheid e a luta pela liberdade 

O apartheid permanecerá para sempre como uma mancha que não será apagada da história da humanidade o mero fato de que o crime do apartheid ocorreu. 

Sem dúvida as gerações futuras perguntarão: ‘Que erro se cometeu para que esse sistema pudesse vigorar depois de ter sido aprovada a Declaração Universal dos Direitos Humanos? 

Permanecerá para sempre como uma acusação e um desafio a todos os homens e mulheres o fato de que demoramos tanto tempo para bater o pé e dizer já basta. 

Não existe nenhum passeio fácil para a liberdade em lado nenhum, e muitos de nós teremos que atravessar o vale da sombra da morte vezes sem conta até que consigamos atingir o cume da montanha dos nossos desejos. 

A luta é a minha vida. Continuarei a lutar pela liberdade até o fim de meus dias. 

Ser honesto consigo mesmo 

A prioridade é sermos honestos conosco. Nunca poderemos ter um impacto na sociedade se não nos mudarmos primeiro. 

Os grandes pacificadores são todos gente de grande integridade e honestidade mas, também, de humildade.

Postado no site Sul21 em 06/12/2013

4 vídeos que vão te fazer dançar e ver que a vida é maravilhosa !





Veja quatro videos de pessoas que estão batalhando contra o câncer e mesmo assim encontram a alegria de viver! 
E você, já parou pra dançar e celebrar a vida hoje?










Postado no site O Lado Bom do Mundo em 05/12/2013

Make Festas 2014 !









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A maquiagem bronze e preta é um luxo, e além de linda é como uma carta coringa para qualquer mulher, perfeita para quase todas as ocasiões essa maquiagem bronze e preta pode ser usada em festas, como casamentos e formaturas, até ocasiões mais casuais como baladas, ou barzinhos. 

Vale lembrar que para as mulheres que tem os olhos claros, principalmente os olhos verdes, essa maquiagem fica ainda mais legal, devido ao contraste da sombra bronze com a cor dos olhos.

Para fazer a maquiagem preta e bronze para festas é muito simples, vamos ao passo a passo:

1° Depois de preparar a pele, comece passando um primer de sua preferência em toda a pálpebra móvel.

2° De maneira uniforme aplique a sombra bronze em toda a pálpebra móvel. 

3° Agora comece a passar na lateral externa dos olhos a sombra preta, esfumando para dentro até a metade do olho. Para fazer o ‘puxadinho’ do olho no canto, estilo gatinho, e dar um ar mais sexy, podemos colocar um papel inclinado para a lateral, assim conseguimos uma linha perfeita com a sombra preta. 

4° Agora no meio do olho, onde a sombra preta e a sombra bronze se encontram, esfume com um pincel, para que não fiquei marcado, e se necessário apliquei mais um pouco da sombra bronze na parte central. 

5° Apliquei um iluminador na parte superior próximo às sobrancelhas e no canto interno do olho. Você pode usar o iluminador próprio para isso, ou iluminar essas áreas com sombra branca ou bege. 

6° Para finalizar passe um delineador preto rente aos cílios superior, lápis preto na linha d’água e duas camadas generosas de rimel. Se preferir, para fazer uma maquiagem para festas com um ar mais glamoroso pode colocar também os cílios postiços. 

Vale lembrar que essa é uma maquiagem preta e bronze para festa, ela é um coringa para a noite, usar essa maquiagem durante o dia não vai cair muito bem, porém se você realmente quer usá-la durante o dia, tente misturar a sombra bronze com tons de terra, para fazer um look mais natural e deixe a sombra preta somente para arrasar durante a noite! 













Dicas de Maquiagem




Tecnologia de passividade e submissão





Sergio da Motta e Albuquerque*

O New York Times (27/11) publicou um artigo de opinião que já traz uma pequena, mas importante, reflexão sobre o ano de 2013, as novas tecnologias digitais e o uso muitas vezes irrefletido que fazemos delas. O que elas oferecem aos usuários e a que custo é a questão que incomoda o autor – o cientista da computação, compositor e autor Jaron Lanier.

O estudioso acredita que 2013 será lembrado como um ano muito ruim para o universo digital, “apesar dos avanços maravilhosos que aconteceram”:

“Foi o ano no qual tablets tornaram-se ubíquos e gadgets avançados – como impressoras 3D e interfaces ‘vestíveis’ (como os óculos de realidade aumentada) – emergiram como fenômenos pop; todos muito divertidos. Nossos gadgets alargaram o acesso ao nosso mundo. Nós agora podemos regularmente nos comunicar com gente que não estaria disponível antes da era da navegação em rede. Podemos encontrar informação sobre quase tudo a qualquer tempo.”

Isso seria suficiente para compor um grande ano, se não fosse o fato de os gadgets que irrefletidamente usamos estarem sendo empregados para nos espionar. O alerta dado por Edward J. Snowden, o ex-espião “terceirizado” da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, deixa bem claro que estamos sendo “dissecados” de modo sistemático, em vez de “dissecar” o mundo que nos rodeia. Estamos rodeados e apaixonados por geringonças digitais que nos vigiam e atentam contra nossos direitos e liberdades.

Lanier gostaria de separar os dois fenômenos que ele considera os mais importantes no mundo digital em 2013: o alarme de Snowden sobre a espionagem digital e o lançamento de novos aparelhos digitais idolatrados por legiões de consumidores. Mas isso não é possível dada à íntima e vergonhosa associação entre os dois: assumimos nosso amor por pequenas maravilhas digitais que bisbilhotam nossas vidas para muitas vezes informar remotas organizações que não conhecemos. Colocamos a segurança de nossos dados a serviço dos interesses das grandes corporações digitais sem maiores considerações ou cuidados.

Objetos mágicos

Em 2013, os usuários das tecnologias digitais acabaram numa posição incômoda. Estamos encurralados, de acordo com Lanier, graças ao uso que fazemos da pequena mídia: smartphones e tablets são espiões móveis. Ostablets reforçam as estruturas de poder na sociedade porque, ao contrário dos velhos PCs, “rodam apenas programas e aplicativos aprovados por uma autoridade comercial central”, explicou o cientista. Que disse mais: “Você controla os dados no seu PC, enquanto dados armazenados em tablets são frequentemente controlados por outra pessoa”.

O autor também comentou o conceito apressado e equivocado de Steve Jobs sobre o PC, que ele via ultimamente como uma ferramenta a mais do trabalhador comum, mais do que uma novidade alvo do consumo das classes móveis e sofisticadas. Jobs estava certo apenas em parte. Como o bom comerciante que foi, Jobs vendia o iPhone e o iPad como novidades relevantes e inovadoras. Interessava à Apple a expansão das pequenas mídias móveis entre o mercado de maior poder aquisitivo. E muito. A expansão da mídia móvel salvou a Apple da incerteza gerada pela perda do mercado dos computadores pessoais para os clones genéricos de arquitetura aberta e deu a ela um caminho para expandir-se pelo mundo.

A segurança (mesmo que limitada) dos computadores foi abandonada em favor das pequenas mídias espiãs. O resultado, na realidade prática, foi bem diferente do que Jobs esperava: consumidores ricos acabaram por trocar “influência e autodeterminação por lazer e status”. Abandonaram PCs e laptops por tablets e maravilhas digitais portáteis que são levadas a todos os lugares e informam tudo o que armazenam a centrais de controle comerciais ou governamentais. Mas têm um excelente design e acabaram no caldeirão contemporâneo do consumo irracional. São objetos mágicos que mostram ao mundo tudo o que a gente abastada e exibida acumulou em suas vidas.

Restrição da liberdade

Esta é uma grande verdade presente nas redes sociais: a exibição e exaltação do consumo de bens produzidos para as elites são lugar comum no Facebook. Fotos de mansões, viagens caras, carros e outros símbolos de opulência são rotineiramente postados, em uma celebração desavergonhada do hiperconsumo das elites nos países emergentes carregados de discrepâncias sociais como o Brasil. Uma imagem bem distante da generosa concepção dos pioneiros da web, que viram nela a possibilidade de produzir “ferramentas para alavancar a inteligência humana para maiores realizações e conquistas”. Doce sonho desfeito pela ganância dos homens.

É difícil explicar por que cedemos tão facilmente dados importantes de nossas vidas. Ou porque temos a necessidade de expor tanto de nós mesmos em rede. Também é tarefa árdua descobrir quem é responsável pelo que o autor chamou de “passividade digital”. A coisa ainda fica mais difícil com a ascensão da “economia da vigilância”. Lanier diz que “os consumidores não só priorizaram o estrelismo e a preguiça; nós também concordamos em sermos espionados o tempo todo”.

As duas principais tendências de 2013 apontadas por ele – os novos gadgets e o grito de Snowden contra a espionagem subcontratada do governo americano – reduzem-se a uma só, segundo o autor: a restrição da liberdade. Não é muito difícil fazer um usuário padrão abrir mão de seu direito à privacidade de seus dados. “O único jeito para convencer pessoas a aceitar voluntariamente a perda da liberdade é fazer com que tudo pareça com um grande negócio”, ensinou o cientista.

Dados como moeda de troca

E as redes oferecem toda uma gama de serviços ao internauta que, no fim das contas, acaba convencido que tudo não passou de uma grande barganha onde ele, o usuário, saiu ganhador. Muita gente tem dificuldade de perceber o perigo da exposição de dados pessoais na web. “Qual o problema?”, interrogam-se alguns. Ou então: “Não tenho nada a esconder. Não faz diferença”, dizem outros, incautos. Esta é uma ilusão perigosa. Tudo o que as grandes empresas digitais oferecem não é gratuito: em troca do que proporcionam, elas querem nada mais nada menos que a nossa liberdade:

“Ser livre é possuir uma zona privada na qual você pode estar a sós com seus pensamentos e experimentos. Que é onde você se diferencia e aumenta seu valor pessoal. Quando você carrega um smartphone com GPS e câmera e constantemente transmite dados a um computador controlado por uma corporação paga por anunciantes para manipulá-lo, você é menos livre. Você não apenas está beneficiando a corporação e os anunciantes, você está também aceitando um assalto à sua livre determinação, bit por bit.”

Isso pode soar radical demais, mas não é. Para uma megaplataforma digital da web, como Google, Facebook e outras, nós, que nos consideramos usuários, na realidade somos o produto que elas vendem. Nossas representações e perfis digitais estão à venda. Os usuários de fato são os anunciantes e as marcas que trazem lucros para elas. Nossos dados são vendidos ou usados como moeda de troca. A reportagem da redação do site Canaltech (17/12) mostrou graficamente como a coisa toda funciona.

Livre expressão e autodeterminação

Cabe a nós reverter a situação. Nós somos os bilhões que proporcionam os fantásticos lucros das corporações digitais, mas vivemos na inconsciência e na preguiça. Mudar para que, se no Facebook tudo já está feito e ajustado para nós? Se o Google tanto lhe oferece sem cobrar nada?

O exibicionismo dos egos nas redes sociais torna os usuários frágeis e inconscientes do que pode acontecer com seus dados no futuro. Muitos entregam suas vidas, seus momentos preciosos em família e tudo o que lhes é mais caro em nome da autopromoção e da ostentação de suas posses. Enquanto isso, executivos do Google, Facebook, Apple e outros mamutes digitais engordam mais e mais seus lucros, garantidos pelos dados que fornecemos a eles em troca da chance de exibirmos nossas realizações e provar nossa superioridade diante daqueles que não podem ter o que temos.

No Brasil, a legislação para proteção de dados na web encontra-se ainda em fase embrionária. O Marco Civil da Internet (ainda em tramitação no Congresso Nacional) é nossa principal esperança para evitar abusos aos nossos dados pessoais, comentou a EBC (28/08), mas precisamos de legislação e profissionais que tratem da proteção de dados de forma ainda mais direta. Como os temidos tecnologistas alemães, que já encurralaram e muitas vezes mudaram os rumos do Facebook, quando a rede abusava de seu poder de mercado e invadia a privacidade germânica.

Por isso foi elaborado no Brasil o anteprojeto de proteção de dados pessoais, fruto de consulta pública como sua matriz de referência, o Marco Civil da Internet. As denúncias de Snowden e a persistência dos americanos em seguir em frente com a espionagem de aliados e inimigos tornaram mais evidente a necessidade da aprovação do Marco Civil, uma peça avançada de legislação importante na proteção de dados de pessoas e governos contra abusos de corporações digitais e governos abelhudos e mal-intencionados.

Juntos, se aprovados, o Marco Civil e a legislação de proteção de dados pessoais, mesmo que não sejam capazes de acabar com a espionagem na rede, atuarão como uma barreira de dissuasão de considerável poder contra os abusos aos nossos direitos de livre expressão e autodeterminação dentro da web.

*Sergio da Motta e Albuquerque é mestre em Planejamento urbano, consultor e tradutor.


Postado no blog Cidadão do Mundo em 05/12/2013


A maldade pura, o ódio absoluto




Chega às raias do absurdo, para não dizer da pura maldade e do ódio absoluto, a perseguição da imprensa contra os dois José, o Dirceu e o Genoíno.

Não contentes em patrocinar um julgamento de araque, no qual os réus tinham de provar a inocência, como fazia a Inquisição, a imprensa agora se insurge contra qualquer ação que os dois, já presos, fazem para que se cumpra a punição que lhes foi aplicada - eles têm a prerrogativa da prisão em regime semiaberto e podem, portanto, passar o dia fora do presídio desde que trabalhem. 

Coisa incrível, esses órgãos da imprensa que assumiram o papel de partidos políticos de oposição, se dispuseram até mesmo a fazer reportagens investigativas para desacreditar o hotel que ofereceu emprego a Dirceu! 

Se agissem sempre assim, investindo na reportagem e não na fofoca e boataria políticas, quem sabe estariam muito melhor hoje, não exibindo números que indicam uma situação de quase falência. 

No fundo, a gente sabe que tudo não passa de disputa pelo poder, travada desde que Lula venceu pela primeira vez a eleição presidencial. 

Os jornalões são a linha de frente da oligarquia que não se conforma em ter sido obrigada a abandonar o Palácio do Planalto e, consequentemente, em ver seus planos para perpetuar o regime de Casa Grande e Senzala no país serem interrompidos. 

De certa forma, os dois Josés representam esse Brasil novo que está surgindo. 

Os dois lutaram a vida inteira pelo ideal de transformar este num país mais justo e mais democrático e o êxito que tiveram nessa missão marcou-os como inimigos mortais da oligarquia. 

Por isso não basta estarem presos. 

É preciso que sejam humilhados, que sofram uma tortura pior que aquela praticada pela ditadura em quem ousava contestá-la. 

Os dois Josés, para seus algozes, não são seres humanos. São símbolos de uma ideologia que, para eles, não pode sobreviver.

Postado no blog Crônicas do Motta em 04/12/2013


A demissão coletiva na Globo



Bepe Damasco

A edição do Jornal Nacional desta terça-feira, 3/12, mostra que a mesma empresa que sonegou R$ 1 bilhão à Receita Federal, depois de ter forjado um negócio em paraíso fiscal para encobrir a compra de direitos de transmissão de uma Copa do Mundo, quer impedir o José Dirceu de trabalhar por conta de problemas na estrutura societária do hotel que lhe ofereceu emprego.

A mesma empresa que apoiou o golpe militar, sendo, portanto, conivente com crimes contra a humanidade como a tortura, quer dar uma patética lição de moral empresarial. Ridículo. 

Por essa lógica, todos os milhares de funcionários da Globo teriam que pedir demissão em caráter irrevogável.

Chego a imaginar uma carta de demissão coletiva assinada por destacados integrantes do pelotão de fuzilamento dos "mensaleiros", tais como Merval Pereira, Miriam Leitão, Carlos Alberto Sardemberg, Wiliiam Wack, Arnaldo Jabour e Ricardo Noblat, contendo trechos do tipo :

"Tomamos a decisão de nos afastarmos da empresa a qual servimos com fidelidade, abnegação e denodo por tantos anos, depois de intensa reflexão sobre os males que ela vem causando ao país. 

O apoio ao golpe militar, reconhecido oficialmente pela Globo, teve grande peso para chegarmos a este ponto de ruptura. 

Mas não podemos deixar de citar também o massacre dos donos da Escola Base, a fraude no debate de Lula e Collor, nas eleições de 1989, e o linchamento dos réus da Ação Penal 470 como fatos que em muito contribuíram para este pedido de demissão. 

Nos incomoda ainda o "calote" bilionário à Receita Federal e a transformação de uma concessão pública num instrumento partidário dos mais mesquinhos, voltado para a defesa de todas as teses contrárias aos interesses do povo brasileiro." 

Como isso só vai acontecer no dia em que o sargento Garcia prender o Zorro, nos resta resistir e denunciar a tentativa do monopólio midiático de destruir os presos políticos petistas. 

O PIG quer sangue e mais sangue. É insaciável. Não basta tirar-lhes a liberdade, sem provas, num julgamento político de cartas marcadas. 

É preciso cassar-lhes o mandato, impedir que trabalhem, atingir sua dignidade, violar seus direitos, transformá-los em mortos-vivos. 

Mas não passarão. Cedo ou tarde, a verdade florescerá.

Também durante a ditadura os que resistiam à opressão eram caçados como terroristas. O tempo tratou, porém, de jogar na lata do lixo da História ditadores, torturadores e seus apoiadores. 

E tenho a convicção de que no caso do mensalão não será preciso esperar 30 ou 40 anos pela reparação histórica. 

De tão grotesca, essa gigantesca fraude judiciária e midiática não tardará a vir à tona. Pode esperar, Barbosa. 


Postado no Blog do Miro em 04/12/2013 

Nota

PIG (Partido da Imprensa Golpista) é o nome criado pela Blogosfera para designar a imprensa e a mídia brasileira, que manipulam as informações e agem como um partido de oposição aos  governos trabalhistas de Lula e Dilma.