Pré-sal brasileiro : batida na porta de um grande futuro




Marilza de Melo Foucheré  Correio do Brasil  via  Página 13


A presidenta Dilma Rousseff demonstrou em seu discurso sobre o pré-sal brasileiro e na sua ação governamental, uma visão pragmática ao encarar o futuro do Brasil. 


Em geral, a maioria dos governantes não planeja o futuro, governam em função do presente e dos jogos políticos.

Dilma antecipa desta forma o futuro e demonstra uma visão moderna na gestão do papel do Estado. Ou seja, quando o Estado estabelece uma parceria com empresas multinacionais europeias e chinesas, esta parceria se estabelece através de um contrato de objetivos bem definidos. 

Isto significa uma mudança considerável de governabilidade, onde o Estado assume a defesa da soberania da Nação na gestão das riquezas naturais, ao mesmo tempo que define regras de parcerias com empresas multinacionais de larga experiência no domínio.

A presidenta, que é economista, desenvolve uma visão Keynesiana melhorada do papel do Estado na Economia. 

Faz lembrar a abordagem que fez o economista Keynes sobre a socialização do investimento, quando ele explica que o Estado deve estar sempre presente na coordenação das relações entre o investimento público e privado. (Ver a entrevista que fiz com o economista e analista político Luiz Gonzaga De Mello Belluzzo, no Correio do Brasil ).

O Estado junto com Petrobras deterão a maioria da produção e dos recursos gerados. 

Além disso, o Estado vai estimular paralelamente o desenvolvimento tecnológico de infra-estruturas necessárias à exploração do pré-sal. Além de estimular a indústria brasileira na inovação necessária para enfrentar este grande desafio.

A área industrial diante de tamanho desafio, terá que realçar seu espírito inventivo; além de melhorar a qualidade e a durabilidade dos equipamentos futuros. Terá, ainda, que formar quadros altamente especializados. Para enfrentar este desafio podem também contar com o apoio da União. Trata-se, aí, de uma relação baseada na reciprocidade e responsabilidade onde todos saem ganhando.

O destaque maior deste investimento nacional é que grande parte dos benefícios gerados na extração de produtos naturais, serão repartidos de modo a garantir o futuro da geração dos jovens brasileiros, isto é traduzido na prioridade dada à educação e pesquisa. 

Esta é uma das iniciativas mais importantes na história do Brasil, onde a educação passa a ser motor de um futuro melhor. Além disso, a saúde é também um setor priorizado, este setor até então nunca foi prioritário para a população de baixa renda.

Vale, porém, chamar atenção do governo brasileiro para não se esquecer dos riscos ambientais que podem representar este Mega investimento, tendo em vista sua inovação cientifica – tecnológica suis generis.

Daí é importante que o governo brasileiro tenha o poder de antecipação no domínio dos riscos ambientais, e possa desde agora contribuir na formação de profissionais, além de reforçar a área da pesquisa cientifica ambiental. Para desta forma começar a estudar todos os riscos possíveis e analisar todos os impactos que tal investimento pode provocar. 

Tratando-se de algo que é novo, o Brasil pode dar exemplo de gestão ambiental dos riscos, para evitar a improvisação que sempre ocorre quando acontece qualquer catástrofe natural.

Outro risco, está ligado mais na concorrência internacional quanto a propriedade intelectual. Como por exemplo, garantir que as empresas chinesas e europeias não se apropriem desta propriedade intelectual da Petrobras.

Na certa os Estados Unidos que não estão diretamente implicados na exploração, já espionaram suficientemente a Petrobras para se apropriar de certos conhecimentos… Não se trata de paranoia, mas hoje os serviços de espionagem industrial e tecnológica é mais importante que as espionagens políticas na época da guerra fria.

Quanto a oposição cega, sectária, que pensa somente nos resultados eleitoreiros a curto prazo, ela é logicamente contra este grande investimento. 

Pelo menos, ela poderia ter mostrado certo senso de responsabilidade, se ela tivesse sido mais propositiva ao estudar os objetivos do grande projeto. Por exemplo, verificando se existem certas falhas, dando-lhe sugestões para melhorá-lo. A critica irracional foi sempre a arma dos políticos medíocres.

Um bom político é aquele que mergulha nas falhas encontradas no projeto do adversário, não somente para denunciar junto a grande imprensa, mas, para esclarecer seus próprios eleitores e o povo brasileiro as razões de sua oposição. 

Se ele é um político que defende o interesse coletivo, ele vai demonstrar certo discernimento face ao desafio que representa o Pré-Sal no desenvolvimento do Brasil, apontando o que falta para que este projeto seja mais viável e o mais eficaz e ecologicamente compatível.

A respeito dos leilões, ao contrário do que foi feito na época do governo de Fernando Henrique, estes foram amplamente discutido e bem pensado. 

O governo Fernando Henrique decidiu de modo monárquico ao fazer licitações para privatizar varias empresas estatais e nacionais. As licitações foram feitas sem explicar para a população as razoes das privatizações. A única imagem que o governo queria construir junto à opinião publica era a da falência do Estado como regulador econômico e social. 

Esta era a mensagem ditada pela governança mundial, o FMI, Banco Mundial, União Européia do qual o Presidente Sociólogo Fernando Henrique e seus aliados aderiram e obedeciam sem reclamar. A ideologia neoliberal ditava a conduta do Estado, que deveria ser um Estado Empresarial e não um Estado Protetor. Basta, se o leitor quiser refrescar a memória, buscar as recomendações do FMI para o Brasil, e sua concepção sobre o ajustamento estrutural no final dos anos 80/90.

Viu-se como foi feita a privatização da Vale do Rio Doce e da própria Petrobras. Esta ultima, se não fosse a pressão popular estaria hoje completamente privatizada. Imaginem senhores e senhoras críticos da ação do governo Dilma, se a Petrobras estivesse hoje privatizada como seria administrado o Pré-Sal brasileiro? Como agiria o Estado brasileiro diante desta grande descoberta? Na certa, estaria completamente desarmado para negociar um projeto de tamanha envergadura como o PRE SAL.

*Marilza de Melo Foucheré doutora em Economia, jornalista, correspondente em Paris.

Postado no blog Maria Fro em 25/10/2013
Partes do texto grifadas por mim
Ilustração acima inserida por mim

O gaúcho Pateta, dos estúdios Walt Disney de 1943, bem antes do Movimento Tradicionalista Gaúcho ser criado !




A partir de 1941, os estúdios Disney se envolveram com o Departamento de Estado do Governo Roosevelt para fins de investida comercial na América do Sul. 

Os mercados europeus estavam fechados pela guerra, assim, os EUA precisavam de parceiros comerciais na própria América, bem como em fazer aliados e estreitar relações com os governos do Brasil e da Argentina, especialmente.

Disney foi usado para tais finalidades, por isso criou dois personagens para agradar os sul-americanos. 

Foram criados o Joe Carioca (Zé Carioca) e El Gaucho Goofy (Pateta Gaúcho), este já existia, mas foi redesenhado como um tipo cowboy dos pampas com a finalidade de fazer-se simpático ao povo argentino.

Como se vê, o uso político-comercial do gaucho (ou gaúcho) foi uma ideia anterior aos jovens estudantes do Colégio Júlio de Castilhos de Porto Alegre, quando, na década de 1950, resolveram dar um perfil mais definido ao “tipo ideal” (Weber) do Rio Grande do Sul. 

Os jovens sulinos, representados basicamente por Paixão Cortes e Barbosa Lessa, estavam inventando uma tradição, como tantas outras que se criam mundo afora, à guisa de suporte de feitos heroicos para fins de coesão social, mitos políticos (comumente de direita, como Joana D'Arc na França) e mesmo meros produtos comerciais passíveis de virarem fetiches mercadológicos. 

Vejam que a própria ideia já é de segunda mão, os rapazes do Julinho chegaram tarde ao mercado do gaúcho. Disney chegou primeiro. 




Postado no blog Diário Gauche em 21/10/2013





A escravidão moderna que fingimos não ver


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Projeto fotográfico tocante registra a escravidão moderna que fingimos não ver. (Todas as fotos por Lisa Kristine)


Jaque Barbosa, Hypeness

Facilmente caímos na tentação de pensar que a nossa liberdade e direitos são coisa garantida, esquecendo que há pessoas para quem isso não passa de um sonho. Lisa Kristine pôs o dedo na ferida de forma extraordinária: documentando a escravidão moderna, aquela que fingimos não saber que existe.

A ativista está há 28 anos retratando culturas indígenas ao redor do mundo, mas foi em 2009 que ‘acordou’ para o problema da escravidão dos nossos dias. A estimativa de que existem mais de 27 milhões de pessoas escravizadas e a sua falta de conhecimento sobre o tema a envergonhavam.

Assim começou sua jornada, que acabou em Modern Day Slavery, uma série cativante e ao mesmo tempo dolorosa. Seja um mineiro no Congo ou um trabalhador de olaria no Nepal, a escravidão existe e tem rostos. Lisa foi conhecê-los.




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Professor ontem e hoje



Juremir Machado da Silva

Dia do professor. Eu sou um deles. Professor universitário. Adoro o que faço. Fico impressionado com a renovação de nossas energias. A cada semestre, tudo recomeça. Patinamos um pouco. E lá vamos nós. Depois de algum tempo de férias, bate a saudade dos alunos, das aulas, da rotina escolar.

Há muitos mitos em torno da vida de professor.

É certo que ser professor de universidade e ser professor de ensino fundamental ou médio, principalmente em certos lugares, é muito diferente.

O primeiro mito é que os alunos de antes eram melhores.

Em quê?

Em alguns matérias, com certeza. Em latim? Em cultura geral? O aluno de hoje tem acesso a uma carga de informações jamais vista. Em 1980, uns dez por cento dos alunos chegavam a curso de jornalismo falando inglês. Essa proporção hoje é muito maior. Durante muito tempo, a universidade esteve restrita às elites. Havia um saber padrão trazido de casa.

Hoje o ensino está mais democrático. Isso abre espaço para alunos com formação de base mais deficiente. Em contrapartida, as tecnologias da informação despejam todo tipo de conteúdo em cima de todos e suprem lacunas como nunca antes.

Mudaram os métodos e certos conteúdos. O que se precisa saber?

O ensino de antigamente era baseado na decoreba.

Inteligente era quem tinha uma excelente memória.

Quem falava três línguas era considerado gênio.

Quem sabia a lista dos imperadores romanos era um “cabeção”.

Não funciona mais assim. A memória artificial acabou com a importância da memória natural. Importante é ter boa cultura e saber procurar.

Outro mito se refere à suposta falta de respeito dos alunos.

No popular, aluno bate em professor.

Antigamente professor batia em aluno.

A sala de aula era o reduto de um mestre autoritário, despótico, ditador, um tirano que punia com palmatória e, depois dela, com castigos e humilhações: colocava atrás da porta, de joelhos, em cima do grão de milho, expulsava da sala de aula, usava palavras duras, insultava, berrava, pisoteava.

Eu vi isso em sala de aula. Eu fui para trás da porta. Eu vi meus colegas de joelhos no canto da sala. Eu vi um colega no grão de milho. Eu vi um aluno com chapéu de burro. Na semana da pátria, aluno desfilava como soldado. Não podia errar o passo. Marchava como um soldadinho da ditadura.

O aluno era adestrado por professores tirânicos.

Exagero? Foi na pré-história? Não. Há menos de 50 anos quase tudo isso ainda existia. O professor não podia ser questionado. É possível que, em certas situações atuais, o aluno não possa ser questionado e humilhe o professor.

Estamos em busca do equilíbrio.

Na minha experiência de professor só tenho encontrado alegria: alunos carinhosos, afetivos, gentis, inteligentes, questionadores e amigos.

Sempre pode ter algum diferente. São jovens, na flor da idade, cheios de energias, de dúvidas, de tantas coisas para ver e fazer. Eu os entendo.

O mundo mudou.

O professor de antigamente não era um tirano por querer. Refletia o seu tempo. A família também era assim. O pai era o chefe autoritário da família. Articulava carinho com despotismo. Impunha-se como um rei furioso.

Eu vi um pai obrigar o namorado a casar com a sua filha, com um revólver na cabeça do rapaz, por ter descoberto que eles andavam tendo relações sexuais.

Muitos sentem saudades desse tempo idílico do autoritarismo e de violência. É mais difícil ser pai e professor nestes tempos atuais de negociação e de limites à autoridade. O respeito agora deve ser recíproco. O diálogo se impõe.

Um professor hoje só se faz respeitar pela competência, pela capacidade de dialogar, pela arte de transmitir saber e por ser capaz de ouvir e discutir.

Pela disciplina autoritária ninguém mais se faz admirar ou respeitar.

Só vale a hierarquia do convencimento, do envolvimento, da competência.

Aprender não é sofrer. É sentir prazer. Nem tudo pode ser divertido. Mas nada precisa ser feito na base dos castigo e das reprimendas raivosas.

Impor limites é, antes de tudo, limitar o poder da disciplina arbitrária.

Ser professor é maravilhoso. Um desafio que se renova com o tempo.

Nossas escolas foram durante a maior do tempo excludentes. Só agora os não brancos começam a entrar realmente em certos cursos antes reservados, sob a suposta cobertura do mérito, para os filhos dos donos do poder. Era a reprodução da desigualdade por meio da meritocracia dissimulada. Não havia igualdade de preparação. Em consequência, não havia igualdade de disputa.

E, grosso modo, ainda não há.

Mas uma fresta se abriu com as cotas.

O mundo universitário está ficando mais colorido.

O universo escolar está mais complexo.

Só os simplistas juram que o passado era melhor.

Melhor para quem?

O melhor presente para os heroicos professores é salário melhor.

Quem diz que o salário não é o principal, manipula, mente, falseia. O professor é tudo. É a base de todas as outras profissões baseadas em educação formal. Os salários no ensino fundamental e médio continuam ínfimos.

Não dá para pagar mais?

Dá. Mas para isso a sociedade precisa redefinir as suas prioridades.

Postado no blog Juremir Machado da Silva em 14/10/2013


Tendências dos sapatos femininos para verão 2014


Desejo imediato: Huaraches da Esdra






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Documentários que podem mudar sua vida




Jaque Barbosa



Na vida, há sempre situações/pessoas/coisas que nos dão “cliques” sobre alguma realidade que, até então, desconhecíamos.

Quando captamos aquele conhecimento, um véu parece sair da frente dos nossos olhos, e então passamos a enxergar coisas com mais clareza.

Por isso, decidimos fazer uma seleção de alguns documentários que cumprem muito bem essa função: abrir a nossa cabeça sobre os mais diversos temas, nos mostrar novos pontos de vista, e nos ajudar a chegar em algumas respostas que, sozinhos, demoraríamos muito mais tempo para descobrir. 

Se o conhecimento liberta, segue agora os documentários que tem um potencial de te deixar mais livre:



Paradise or Oblivion (Paraíso ou Esquecimento)



O que seria de uma sociedade em que não houvesse escassez, onde comida, vestuário, diversão, tecnologia fossem disponíveis para todos os habitantes, onde o dinheiro, o lucro e a economia não valessem nada? 


São esses questionamentos que o excelente documentário Paradise or Oblivion (desenvolvido pelo Projeto Vênus, de Jacque Fresco) levanta. 

O documentário explica a necessidade de superar os métodos ultrapassados ​​e ineficientes de política, direito, negócios, ou qualquer outra “noção estabelecida” de relações humanas, e usar os métodos da ciência combinados com alta tecnologia para suprir as necessidades de todas as pessoas do mundo, criando um ambiente de abundância para todas as pessoas. 

Essa alternativa eliminaria a necessidade de um ambiente controlado pelo dinheiro e programado desde sempre para a escassez, dando espaço para uma realidade onde humanos, tecnologia e a natureza coexistem por um longo tempo em equilíbrio.



Food Matters (O alimento é importante)

Você sabia que 70% dos pacientes de qualquer estágio de câncer tratados com quimioterapia, radiação ou cirurgia morrem em menos de 5 anos? E que mais da metade dos pacientes em estado avançado de câncer tratados com vitaminas e com alimentação baseadas muitos vegetais crus sobrevivem?

Altamente indicado para os pacientes de câncer, depressão e outras doenças crônicas, assim como para qualquer pessoa que queira ter uma vida saudável, esse documentário confronta a medicina tradicional com a medicina baseada na nutrição e mostra o quão equivocada está a nossa maneira de tratar as doenças.


Nessa história, os únicos que ganham são as indústrias químicas e farmacêuticas, que lucram com a desinformação da sociedade.




Cortina de Fumaça

“O modelo atual de política de repressão às drogas está firmemente arraigado em preconceitos, temores e visões ideológicas. O tema se transformou em um tabu que inibe o debate público por sua identificação com o crime, bloqueia a informação e confina os consumidores de drogas em círculos fechados, onde se tornam ainda mais vulneráveis à ação do crime organizado”. (Relatório da Comissão Latino-Americana sobre Drogas e Democracia (2009).

A questão da política das drogas no Brasil ainda causa muita polêmica e carrega conceitos antigos que precisam ser revistos. O documentário Cortina de Fumaça levanta esse debate, baseado na proibição de determinadas práticas relacionadas a algumas substâncias que precisam ser repensadas porque muitas de suas conseqüências diretas, como a violência e a corrupção por exemplo, atingiram níveis inaceitáveis.



Jiro Dreams of Sushi

Documentário sobre o mais aclamado sushi de Tóquio, que é vendido numa portinha, em uma estação de metro. O responsável, Jiro Ono, é um sushiman que, aos 85 anos, segue imbatível – a ponto das pessoas terem que fazer reserva com meses de antecedência e ainda pagar 400 dólares por pessoa. Ótimo para debater escolha e dedicação total a uma profissão e acreditar e amar aquilo que faz.



Religulous


“Religulous” é uma junção das palavras religião (religion) e ridículo (ridiculous), é uma obra que vem com a proposta de tirar um sarro da fé desmedida e mostrar como o fanatismo teísta pode prejudicar de maneira catastrófica o discernimento das pessoas entre realidade e fantasia.




The Corporation (A corporação)

Esse excelente documentário mostra que quem controla o mundo hoje não são os governos, mas sim as corporações, através de instrumentos como a mídia, as instituições e os políticos, facilmente comprados. 

Mostra até que ponto pode chegar uma instituição para obter grandes lucros, destacando seus pontos psicológicos como a ganância, a falta de ética, a mentira e a frieza, dentre outros.





Muito Além do Peso

Já falamos desse ótimo documentário brasileiro aqui no Hypeness, e voltamos a recomendá-lo. Os pais acham que estão mantendo os filhos seguros ao se certificar que não há traficantes em volta da escola ou que a criança não conversa com estranhos. 

Acontece que há um outro vilão, muitas vezes mascarado, que vem tomando as vidas das crianças bem de frente aos olhos dos pais. É a indústria alimentícia. Ela foca suas estratégias maléficas nas crianças porque, uma vez que as conquistam, a pessoa adquire maus hábitos para a vida toda e se torna refém dela. 


Esse tema absolutamente assustador é o assunto principal tratado no documentário Muito Além do Peso, da diretora Estela Renner.






Comprar, Jogar Fora, Comprar – Obsolência Programada

Documentário produzido pela TVE espanhola que trata da obsolescência programada, uma estratégia que visa fazer com que a vida de um produto tenha sua durabilidade limitada para que sempre o consumidor se veja obrigado a comprar novamente.

A Obsolescência Programada começou primeiramente com as lâmpadas, que antes duravam décadas trabalhando ininterruptamente (como a lampada que está acesa há mais de cem anos num posto dos bombeiros dos EUA) mas, depois de uma reunião com o cartel dos fabricantes, passaram a fazê-las para durar apenas 1.000 horas.


Essa prática tem gerado montanhas de resíduos, transformando algumas cidades de países de terceiro mundo em verdadeiros depósitos, sem falar na matéria prima, energia e tempo humano desperdiçados.




Ilha das Flores

Considerado pela crítica européia como um dos 100 mais importantes curtas-metragens do século.

Divertido, irônico e ácido, Ilha das Flores trata de uma forma simples e didática a maneira que funciona o ciclo de consumo dos bens numa sociedade desigual.


Mostra toda a trajetória de um tomate, saindo do supermercado até chegar ao lixo. Um clássico do cinema de curta metragem nacional produzido em 1989.






Postado no site Hypeness