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A destruição da biodiversidade segue crescendo. E nós com isso?



Os alertas e advertências sobre a destruição da biodiversidade se sucedem. A indiferença da maioria da sociedade e dos governos também. Um desejo mórbido de extinção?



Marco Weissheimer


Os filmes-catástrofe trazem uma situação recorrente: em algum momento, um cientista considerado meio maluco ou alguma outra pessoa (um policial, jornalista, bombeiro, etc) alerta para um perigo iminente.


O alerta inicial é ignorado e, muitas vezes, rechaçado por argumentos que, na maioria dos casos, tem uma base econômica. Os fatos se sucedem, as ameaças tornam-se realidade e aqueles que desprezaram o alerta inicial muitas vezes acabam vitimados na tela.

Na vida real, não são só os vilões irresponsáveis que morrem. As tragédias abatem-se democraticamente sobre todos. O cinema não inventou essa lógica do nada, mas a retirou da vida real, onde ela segue hegemônica.

Os crescentes e repetidos alertas sobre a destruição ambiental no planeta seguem sendo subjugados por argumentos de natureza econômica.

Todo mundo hoje, em tese, se preocupa com o meio ambiente, desde é claro, que ele não se torne um “entrave” para o desenvolvimento, como se viu, mais uma vez, no debate sobre as propostas de mudanças no Código Florestal brasileiro.

O policial está na beira da praia alertando o prefeito para que mantenha a interdição da mesma porque tem tubarão na área. O prefeito não quer nem saber da ideia, pois a interdição atingiria em cheio o turismo, principal fonte de renda da comunidade. O geólogo pede a evacuação imediata de uma cidade em função da ameaça de um vulcão. Mais uma vez, o turismo ergue-se reivindicando seu espaço. Uma jornalista denuncia o risco de acidente em uma usina nuclear. A bancada ruralista é universal e está sempre pronta a bloquear “alertas catastrofistas” e outras formas de entraves ao desenvolvimento. E assim vamos.

Nos últimos anos, repetem-se os alertas sobre a destruição da diversidade biológica no planeta Terra. Algumas das informações mais recentes de órgãos ligados às Nações Unidas e a centros de pesquisa apontam o seguinte quadro no planeta:

Apenas no século XX, graças à ação humana, sumiram do planeta metade das áreas pantanosas, 40% das florestas e 30% dos manguezais.

Desde a Rio 92, o mundo teve uma perda de biodiversidade de 12% e emitiu 40% mais gases poluentes. Somente entre os anos de 2000 e 2010, perdemos 13 milhões de hectares de florestas.

Cerca da metade das reservas de pescas mundiais estão esgotadas;

Um terço dos ecossistemas marítimos mais importantes foi destruído;

O lixo plástico segue matando a vida marinha e criando áreas de águas litorâneas quase sem oxigênio.

Há uma década, o mundo tinha um total de 11 mil espécies ameaçadas de extinção. A ONU estabeleceu então a meta de reduzir significativamente esse número. Não deu certo. Ele aumentou.

Em 2002, os países signatários do Convênio sobre a Diversidade Biológica acordaram que deveriam obter essa redução no ritmo da perda de biodiversidade em 2010, Ano Internacional da Diversidade Biológica.

A avaliação dessa meta foi coordenada pelo Centro de Monitoramento para a Conservação Mundial do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Ela baseou-se em uma série de indicadores, tais como a apropriação de recursos naturais, o número de espécies ameaçadas, a cobertura de áreas protegidas, a extensão de bosques tropicais e manguezais e o estado dos arrecifes de coral.

Os resultados foram conclusivos: a biodiversidade vem caindo nas últimas quatro décadas. Caindo significa: extinção de espécies, redução da extensão de bosques e manguezais e, deterioração de zonas com arrecifes de coral. 

Além disso, a avaliação mostrou que ambientes naturais estão se fragmentando, com destruição de flora e fauna. A Mata Atlântica brasileira seria um exemplo disso. No passado, o segundo bosque mais extenso da América do Sul, hoje se conservam aproximadamente 10%, numa área fragmentada em parcelas diminutas.

A situação dos oceanos também é motivo de crescente preocupação. 

A Convenção sobre a Diversidade Biológica da Organização das Nações Unidas lançou em 2012 o livro “Um oceano: muitos mundos de vida”. A obra destaca a importância dos oceanos, que cobrem cerca de 70% do planeta, e alguns dos principais problemas que os afetam hoje, como o aumento da acidez causado pela poluição, a destruição de reservas marinhas e a crescente pressão econômica pela exploração de seus recursos naturais. Ao todo, estão ameaçadas pelo menos 250 mil espécies, conforme o censo marinho realizado entre 2000 e 2010 por 2.700 cientistas de mais de 80 países.

Há um aparente paradoxo cercando essa profusão de alertas e advertências sobre o estado ambiental do mundo. 

Nunca houve tanta informação disponível e tanta manifestação de preocupação com a degradação física do planeta, inclusive por parte das autoridades governamentais. 

No entanto, os números da destruição vêm aumentando e a crise econômica em escala internacional pressiona os países a empurrar esse debate com a barriga para um futuro incerto. 

Há vários níveis de ignorância e incompreensão neste debate. 

A extinção de uma espécie de bromélia no interior do Rio Grande do Sul ou de uma espécie de besouro no leste da Tanzânia são tratadas quase que como excentricidades. Isoladamente até poderiam ser.

O “detalhe” é que, em se tratando de vida e ecossistemas, nunca são acontecimentos isolados, resultando de uma mesma lógica destrutiva hegemônica em escala planetária.

O cientista maluco, a jornalista sensacionalista e o policial paranoico seguem fazendo seus alertas e divulgando seus números. 

O imaginário da humanidade, porém, como vem antecipando o cinema há algumas décadas, parece ter uma atração irresistível pela destruição e pela morte.


Postado no site Sul21 em 09/10/2013



Retrofâmicos : Rock and Roll !
















Da esquerda para a direita : Renan (17 anos), Fran (18 anos), Thomé (18 anos)
e Michel (17 anos)


A Banda Retrofâmicos foi criada em 2008.

Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil 








Então pessoal, gostaram? 

Eles estão começando o período de pré produção do primeiro EP... 

Novidades estão por vir e não deixem de acompanhar!

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Email : michelfmarcelino@hotmail.com






Para Frei Betto, infância é prejudicada por 'robotização' provocada pela TV


crianças

Na semana do Dia da Criança, no próximo sábado (12), o colunista da Rádio Brasil Atual, Frei Betto, alerta para o que chama de "robotização da infância" e critica o consumismo que cerca a data, criada pelo comércio para alavancar vendas de brinquedos, roupas infantis e demais produtos criados para esse público.

Para o religioso e ativista, as crianças das gerações atuais não são mais criadoras das fantasias que vivenciam, mas as recebem da televisão e da internet, num processo que praticamente elimina o contato e a convivência com amigos e impedem aos pequenos “se educar nos códigos da sociabilidade, como saber admitir seus próprios limites e reconhecer o direito dos outros”.

Em sua coluna semanal, Frei Betto lembra que o universo onírico, dos sonhos e das brincadeiras, é essencial para a saúde psíquica da criança. 

Por meio da fantasia, ela consegue transportar o mundo adulto à sua vivência infantil, de forma criativa. “Embora bonecas não bebam suco, nem cachorros possam estabelecer diálogo com uma criança, a criança atribui à boneca ou ao animal estados que são próprios de seres humanos”, esclarece.

“A diferença em relação às gerações passadas é que agora o protagonista da fantasia não é a criança, é a animação daquilo que aparece na telinha, seja do computador, seja da TV. A criança é relegada à condição de mera espectadora.”
Vivenciar o período da infância com atividades lúdicas e interação com amigos tornou-se tarefa complicada. “A rua é um lugar perigoso, ameaçado pela violência e pelo trânsito”. 

Com isso, a maioria das crianças permanece em casa, tendo como divertimento a televisão e a internet, acentuando o medo do real e a dependência familiar.

Ouça o comentário completo:


Postado no site Rede Brasil Atual em 07/10/2013

Quem ofende os sentimentos de um povo não ama o povo


chavez

Fernando Brito


Nada foi mais agradável que começar o dia lendo o que eu gostaria de ter escrito e não pude, pela falta de tempo e de condições.

Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo, porém, lavou-me a alma com o desagravo feito a memória política de Hugo Chavez e aos sentimentos do povo venezuelano depois que Marina Silva apelou para uma referência ao “chavismo” como forma de criticar o PT.

Se ela quer criticar os petistas, tem todo o direito. Vai criticá-los por outras razões, diferentes dos que aquelas que os nacionalistas e trabalhistas como eu o fazem, mas é seu direito.

O “chavismo”, porém, como o “getulismo” foi há mais de 60 anos, não é uma política, mas um sentimento popular e, nos dois casos, provocado na população por ter visto, pela primeira vez e assombrada, um governante se preocupar com ela. 

Ao criticá-los, dessa forma, pelo “ismo” que criaram, Marina critica o que de melhor estes sentimentos produziram, que vai além dos homens e sobrevive à sua morte, como sobreviveu aqui e lá: a ideia de que o povo tem direitos e que o governo do país pode e deve ser ocupado por quem se preocupe com eles.

E aqui me permito falar pessoalmente, por isso.

Meu avô era um trabalhador humilde, pintor de paredes. Sabia assinar seu nome e ler os jornais. O suficiente para ser um homem esclarecido, como muitos que habitavam Realengo, um subúrbio operário, nos anos 40 e 50.

Portanto, sabia perfeitamente quem foi o governante que lhe possibilitou sair de uma “casa de cômodos”, como eram conhecidos os cortiços na época, para uma boa casa ali, num conjunto de IAPI, no tempo em que os conjuntos habitacionais não “enlatavam” seus moradores.

Também sabia quem lhe tinha proporcionado, como trabalhador, ter uma carteira que lhe assegurava horário de trabalho, descanso semanal e férias e a aposentadoria, que ele adiou o quanto pôde, para não deixar de ser o que sempre foi: um trabalhador.

Igual tinha consciência de quem começou a massificar a escola pública e que fez com que seus filhos pudessem estudar. Minha mãe – que dorme aqui ao lado, no hospital, lutando para viver – tornou-se uma professora primária e pôde educar-me, aliás também numa escola de Getúlio, a Escola Técnica Federal Celso Suckow da Fonseca, hoje Cefet.

Somos, ela e eu, filha e neto da escola pública, do acesso do povo aos direitos sociais, e, em última análise, também do governante que inaugurou a ideia de que o povo era titular do país e não, como na república Velha, “um caso de polícia”.

Nem meu avô, nem minha mãe, nem eu somos ingratos ao ponto de usar o nome de alguém assim como ofensa e, sobretudo, para designar os sentimentos que isto provoca no povo como algo pejorativo. Meu avô pode, na sua simplicidade, ensinar-me muitas coisas: como segurar um martelo pela ponta do cabo, como usar corretamente um serrote e como ser um homem de bem só depende de nossas decisões e de nosso respeito ao próximo.

São coisas que me permitiram respeitar o trabalho e as pessoas.

Aliás, as incompreensões sobre Getúlio acabam sendo esclarecidas por duas palavras: país e povo. Quem os ama, acaba entendendo o que ele representou. Quem despreza o Brasil e os brasileiros, acaba por odiá-lo, como fez Fernando Henrique ao dizer que sepultaria a Era Vargas, sem contar que o espírito barbudo – um daqueles que, mesmo sem saber, virou herdeiro dos direitos sociais que Getúlio promoveu – de um operário viria enterrar sua vanglória.

Se Marina quer usar chavismo no lugar de lulismo, para não ficar evidente sua ingratidão com o movimento político que a tirou das brenhas do Acre para lhe dar os holofotes de que dispõe hoje, que o faça diretamente.

E se sujeite a carregar o estigma de Caim.


Posto, abaixo, o artigo de Paulo Nogueira.


Que Marina quis, exatamente, dizer com “chavismo”?

Paulo Nogueira

Bem, coisa boa não foi. Chávez foi usado por ela mais ou menos como Zé Dirceu por Serra num debate com Haddad na disputa pela prefeitura de São Paulo.

“Você é amigo do Dirceu, não é?”, perguntou Serra, uma, duas vezes. Ele parecia achar que o eleitor de São Paulo é um fundamentalista cujo Corão é a Veja. Deu no que deu a estratégia de Serra para derrubar Haddad à base de uma amizade.

Marina demonizar Hugo Chávez é algo que diminui não a ele, que já entrou na história como um homem que não se conformou em ver seu país ser tratado como quintal pelos Estados Unidos e mudou isso com coragem, abnegação, sacrifícios e colossal integridade.

Diminui a ela, porque mostra – se não oportunismo baixo, como foi o caso de Serra – falta de compreensão histórica.

A Venezuela era boa, até Chávez, para uma minúscula elite que vivia em Miami. O petróleo venezuelano acabava fazendo coisas como asfaltar Nova York e inflar a fortuna de uns poucos nativos — pouquíssimos, é mais apropriado.

Os chamados 99% — no caso venezuelano, 99,99% — eram desprezados e mantidos numa pobreza abjeta comparável à das periferias brasileiras.

Chávez acabou com isso.

Colocou os pobres no topo das prioridades quando chegou ao poder, pelas urnas. Os recursos do petróleo passaram a ser canalizados para os próprios venezuelanos, o que valeu a ele um ódio sem limites – e golpista – da parte dos Estados Unidos.

Chávez chegou a ser vítima de um golpe orquestrado pelos americanos e mais a plutocracia contrariada venezuelana, mas dois dias depois voltou ao poder por pressão popular.

Chávez pôs foco na educação e na saúde pública. Deu petróleo a Cuba, e em troca médicos cubanos não apenas foram atender venezuelanos pobres que jamais tinham visto um consultório como também passaram a lecionar em escolas de Medicina.

As urnas consagraram Chávez repetidas vezes. Foi tamanho o impacto de Chávez na Venezuela que Caprilles, o principal líder da oposição, assegurou que manteria os programas sociais chavistas caso vencesse as eleições presidenciais.

No ano passado, uma pesquisa sobre os países mais felizes do mundo colocou os venezuelanos no topo na América do Sul. Chávez elevou a auto-estima de um povo que era invisível para seus governantes.

Um esplêndido documentário mostra o que foi o chavismo: “A revolução não será televisionada”. Recomendo vivamente que seja visto. Ele está no pé deste artigo.

As cenas de devoção e tristeza do povo pobre da Venezuela em sua morte foram extraordinariamente tocantes. Jornalistas de todo o mundo se perguntavam: onde se veria tal comoção na morte de um líder? Na França, na Inglaterra, nos Estados Unidos?

Pausa para rir.

No Brasil, Chávez foi submetido a um linchamento criminoso e incessante por uma mídia que temia acima de tudo que Lula combatesse privilégios – a começar pelos dela, mídia – com a intensidade de Chávez.

O chavismo é um marco fundamental na nova atitude dos líderes sul-americanos diante da predação centenária dos Estados Unidos.

Se Marina não sabe disso, é ignorante. Se sabe, é uma oportunista que está em busca dos afagos da mídia como os políticos dos quais ela diz ser diferente. Fora dessas duas hipóteses, existe a possibilidade de que ela seja uma mistura de ambas as coisas.




Postado no blog Tijolaço em 08/10/2013


Ho'oponopono - Limpeza de memórias