Sem chicanas barbosianas




Jussara Seixas


Perdeu Merval Pereira, perdeu Reinaldo Azevedo e seus reinaldetes, perdeu Eliane Cantanhêde, perdeu Arnaldo Jabor, perdeu o PIG, Veja, Folha de São Paulo, Estadão, O Globo. Venceu a Justiça, venceu o Estado de Direito. Venceu o Brasil!

Uma tonelada de lencinhos de papel serão distribuídos para Reinaldo Azevedo, Augusto Nunes, Merval Pereira, Ricardo Setti, Jabor, Catanhêde. Ministros Joaquim Barbosa, Fux, Gilmar Mendes, Marco A de Mello, que julgaram com o fígado, e não com justiça, e toda a oposição raivosa e virulenta. 

Juntos vão todos chorar na cama que é lugar quente. Prevaleceu a verdadeira Justiça, sem “chicanas barbosianas” , prevaleceu o direito justo, acadêmico do notório saber. 

Viva o Brasil, viva os homens e mulheres decentes  que julgaram com notório saber, com dignidade, respeitando o direito de réus de plena defesa. 

Há juízes no Brasil, há Justiça no Brasil! 


Postado no Blog do Saraiva, no blog Terra Brasilis em 18/09/2013



Oração do Perdão




Encontrei esta linda oração dos nativos havaianos e fiz este vídeo. Dizem que orando por 21 dias consecutivos e fazendo um pedido, este desejo se realizará, se houver merecimento. Espero que gostem !







Cirurgia Espiritual





Nadya Prem

A cirurgia espiritual é um procedimento já bastante conhecido entre os espiritualistas ou não, e também entre esotéricos e outras religiões. 

Quando o ser está em sofrimento, a busca pela cessação da dor, seja física ou psicológica, é uma prioridade. 

Espera-se sempre a cura milagrosa, o passe de mágica que, de repente, traga o retorno à saúde. 

É importante que, além da divulgação dos tratamentos complementares ou holísticos, seja também explicado o processo que leva à cura. 

O termo cura vem do latim e significa cuidado, dar atenção, tratar. A cura é um caminho a seguir para restituir a saúde. 

Muitas vezes, confunde-se a palavra cura com são. Sanar o desequilíbrio é o resultado da cura. 

A cura implica em uma trajetória para a consciência de si mesmo. 

Eu trabalhei muitos anos em um grupo socorrista e lá pude ver algumas faces da cura. 

O primeiro passo é estar ciente que tudo depende da participação ativa do doente. 

Não basta pedir e esperar. O plano espiritual faz a parte que lhe cabe. Mas isso é apenas uma parte do tratamento. O paciente tem que entender que são necessárias mudanças.

Mudar pensamentos, atitudes, sentimentos. O corpo e a mente adoecem porque o espírito está doente. 

Fatores externos como má alimentação, falta de atividade física, estresse e outras influências também são causas de enfermidades, porém, é o espírito quem escolhe o que come, o que faz, o que sente. 

Algumas enfermidades são facilmente sanadas, entretanto, outras são carmáticas e não haverá nesta vida como curar, se não, por adiamento do expurgo necessário para o refazimento dos corpos sutis. 

Quando em outra vida estraçalhamos parte de nosso corpo sutil por causas diversas, como vícios, suicídio, atitudes lastimáveis; podemos nesta encarnação refazer o mal feito através do processo divino de purificação que a vivência física nos proporciona. 

A dor e o sofrimento ensinam e curam, esse é o milagre! 

Algumas pessoas têm a saúde restabelecida por um período de tempo e depois adoecem novamente, porque ainda continuam como antes, nada mudaram. 
Deus não castiga ninguém. Nós nos castigamos e teimamos em continuar errando. 

Aquele que acredita na cirurgia espiritual, nos passes, na espiritualidade, abre as portas para o caminho da cura. Então, numa viagem de autoconhecimento o ser se emancipa, amadurece e se torna são e imortal, pois compreende sua essência. 

Se você quer fazer uma cirurgia espiritual esteja pronto para: 

aceitar, 
perdoar, 
acreditar, 
mudar. 

Após uma cirurgia espiritual, é preciso receber algumas sessões de passes, que servem como curativo e remédio durante a convalescença. Dependendo do caso, outras cirurgias poderão ser necessárias. 

Alguns sintomas pós-cirúrgicos podem assustar o paciente desavisado. Fraqueza, mal-estar, maior sensibilidade, impressão de piora do quadro clínico. Assim como em uma cirurgia física esses sintomas fazem parte do processo.

A preparação para a cirurgia e os cuidados para depois também são essenciais. O paciente não poderá realizar excessos físicos, comer determinados alimentos como a carne vermelha, entre outros cuidados. 

Ser submetido à cirurgia espiritual é um compromisso sério que exige responsabilidade e comprometimento consigo mesmo. 

Os médicos do espaço estão sempre prontos a auxiliar. Estejamos dispostos a recebê-los com o respeito e a dignidade que lhes são merecidos. 

Postado no site Somos Todos Um



Novela Escrito nas Estrelas que tratou do assunto Espiritismo

Novatos, velhos e velhacos




Rodrigo Vianna

O inesquecível ”doutor” Ulysses Guimarães certa vez foi acusado – por um idiota qualquer – de ser aquilo que de fato era: “velho”. Ulysses saiu-se com a sagacidade de sempre: “posso ser velho, mas não sou velhaco”.

Esta semana, o ministro do STF Marco Aurelio Mello pensou que poderia diminuir a importância de outro ministro se o chamasse de “novato”. Transitando entre o escárnio e o tom falsamente professoral, Marco Aurelio defendia a tese de que os ”embargos infringentes” não devem ser aceitos.

São eles, os embargos, que podem cumprir o papel de uma “segunda instância” – corrigindo eventuais erros no processo do “Mensalão”. Melo foi aparteado por um Gilmar Mendes com o olhar injetado de ódio. Os dois alongaram-se em argumentos contra os embargos. Entre eles, destacaram o clamor de certa “opinião pública”.

Podemos imaginar qual a “opinião” que interessa a esses ministros. Trata-se da opinião de mervais e outros imortais? Ou da opinião de blogueiros insuflados por longas carreiras sempre cheias de brilho?

O ministro Luís Roberto Barroso, que votara pela aceitação dos embargos, pediu aparte e disse a Melo que, ao tomar a decisão, não se importava com a manchete do dia seguinte. Deu o recado. Foi então chamado de “novato”.

Se Barroso é “novato”, quem seriam os “velhos” do STF? E os ”velhacos”?

Melo, Barbosa e Gilmar – ao que parece – votam sob pressão da velha mídia brasileira. Velha ou velhaca? Essa mesma mídia, que cobra “pressa” do STF, jamais reclamou do fato de Pimenta Neves (ex-diretor de Redação de um grande jornal paulista, e assassino confesso de uma colega com quem tivera um caso amoroso) ter levado quase dez anos para ser preso!

Barbosa tem pressa. Gilmar Mendes bufa, catatônico. E Marco Aurelio desqualifica como “‘novato” aquele que pede um julgamento livre das pressões midiáticas.

Quem são os novatos? Quem são os velhos? E quem são os velhacos do Supremo Tribunal Federal?

Foi a pressão da mídia – lembremos – que levou ao “julgamento” dos donos da Escola Base, acusados de abusar de criancinhas. Julgados e condenados por certa mídia velhaca, tiveram a vida destroçada. A pressa e o clamor midiático levaram à prisão e tortura de jovens acusados de estupro no Paraná: com apoio da mídia velhaca, a polícia bateu e tirou a confissão dos “suspeitos”. Eram inocentes.

Agora, Merval e a Globo, associados aos blogueiros da revista editada às margens fétidas do rio Pinheiros, já decidiram: o “Mensalão” foi o maior escândalo da história, e José Dirceu era o chefe da quadrilha. Só não será esquartejado fisicamente em praça pública. Mas a imagem pública de Dirceu foi partida em pedaços.

O que surpreende é que, diante desse massacre midiático, 4 juizes ainda tenham votado contra a imputação do crime de formação de quadrilha a Dirceu. Isso é que garante (a ele e a outros réus) uma chance de revisão no julgamento. Pimenta – assassino confesso – teve chance a todos os recursos. Dirceu, acusado sem provas, deve ser linchado?

Não há prova contra ele. Nenhuma. Dirceu está sob ataque por ter comandado a virada do PT nos anos 90. Virada cheia de erros e acertos – diga-se. Mas Dirceu operou a mudança política que permitiu a Lula deixar de ser o “candidato marcado para perder”. Dirceu comandou a mudança. Tinha e tem um projeto de poder para o PT. Um projeto que, em que pesem os vários erros que podem e devem ser apontados, conduziu o Brasil a novo patamar: baixo desemprego, redução das desigualdades, 20 milhões de pessoas fora da linha de miséria, política externa independente.

Tudo isso é imperdoável!

Os embargos infringentes permitiriam uma análise menos passional do chamado “Mensalão”. Qual prova levou à condenação de Dirceu? O STF precisa explicar.

Barbosa precisa explicar também porque tirou da ação principal dois diretores do Banco do Brasil (ligados ao PSDB?) que assinaram as liberações de verba para a agência de Marcos Valério. Henrique Pizzolato, petista, está no Mensalão. Foi condenado. Os outros, ligados aos tucanos, não foram a julgamento? Por que? Porque isso desmontaria a tese de Barbosa, que passa pelo uso do dinheiro da Visanet pela “quadrilha petista”.

A história do “Mensalão” não fecha. Quem pede mais tempo para compreender os meandros dessa história é agora chamado de “novato”. 

Curiosamente, Barbosa perdeu a pressa na quarta dia 11 (quando a votação ficou em 4 x2). Estrategicamente, parou tudo, e nos bastidores operaram-se pressõs de toda sorte para barrar os embargos que seriam decididos em nova rodada de cotos no dia seguinte. Na quinta 12 (com o placar em 5 x 5), Barbosa também perdeu a pressa. Faltava o voto de Celso de Melo pra fechar a história. Celso já anunciou que tem a decisão tomada. Já se manifestou publicamente a favor dos embargos. Mas até quarta estará sujeito a todo tipo de pressão.

Celso de Melo é o mais antigo dos ministros. Não é novato. Manterá a opinião firme – contra o fogo cruzado midiático? Agirá como velho sábio ou como velhaco?


Postado no blog Escrevinhador em 14/09/2013


Sorrir faz bem !




É sexta-feira 13!






STF passa o recado das elites




Carlos Motta 

Entre todas as barbaridades observadas no julgamento da AP 470, a do tal mensalão, há uma que ficou quase despercebida pelas poucas pessoas que acompanham a vida política do país: a extrema crueldade da nossa elite, exposta com todas as suas vísceras sangrentas no Supremo Tribunal Federal.

Ali, em todo o decorrer do longo julgamento, certos ministros não tiveram nenhum pudor em atropelar as mais comezinhas regras do direito, como beneficiar o réu em caso de dúvida.

Claro que esse estupro, que descabelou inúmeros juristas insignes, não teve causa espontânea e foi, sim, provocado por interesses políticos, de classe e de ideologia evidentes.

Ora, o STF é composto por pessoas que estão lá no cimo da pirâmide social, gozando de todos os privilégios que a nossa sociedade permite aos abastados - muitos deles graças a um sistema judiciário de visão distorcida e seletiva.

É impossível pedir que essas pessoas, em suas atribuições na mais alta corte do país, ajam como robôs, sem sentimentos ou sem as contradições normais dos seres humanos. 

Num julgamento como esse, porém, no qual a oligarquia investiu praticamente todas as suas fichas, com o interesse de ferir mortalmente o partido político que governa o país desde 2003, era de se esperar que os ministros tivessem, ao menos, um comportamento mais dissimulado, que não explicitasse inteiramente a quais interesses eles servem.

Mas não.

Alguns dos togados simplesmente abandonaram qualquer resquício de pudor na tentativa de acabar logo com o trabalho que lhes foi encomendado.

Nem se preocuparam em disfarçar.

Acobertados por um descomunal esquema midiático que os isenta de qualquer crítica e se proclama como a "voz das ruas", estão, como o espião britânico de ficção, autorizados a matar.

Terminada essa execrável pantomina, é bem provável que tais pessoas retornem, em seu dia a dia profissional, ao caminho da sensatez, ou, ao menos, à trilha dos ensinamentos e preparo que certamente receberam em suas vidas.

É bem possível também que, daqui a algum tempo, sejam lembrados apenas como meros instrumentos de vingança de uma classe social reacionária, infensa a qualquer mudança, detentora de imensos recursos econômicos e privilégios, contra aqueles que ousaram enfrentá-la.

De certa forma, o julgamento da AP 470 é um recado que a nossa elite dá ao restante da sociedade brasileira - ponham-se nos seus lugares, não ousem mexer com a gente.


Postado no blog Crônicas do Motta em 13/09/2013
Trechos do texto grifados por mim