JB não está preparado para ser negro
Ao usar a cor da pele para se defender das pesadas acusações que a cada dia aumentam, JB mostra que não está preparado para ser negro.
Seus argumentos parecem querer dizer que a cor preta deveria servir de imunidade, buscando jogar todos os negros no seu barco furado.
A truculência com juízes federais em oposição com a amistosidade promíscua com a Rede Globo não o recomendam.
Até a liminar para impedir a criação dos tribunais regionais federais, que todo cidadão de bom senso se solidariza pela economia, está eivada de mau direito. Fosse verdadeira sua posição contra a criação do TRFs, ele não teria engavetado, mas julgado o mérito e negado o pedido.
Por trás da aparente moralidade contra a corrupção surgem as orelhas de ventríloquo de interesses políticos muito bem localizados.
JB não está preparado para ser presidente nem de sua empresa fantasma
Paulo Nogueira 28 de julho de 2013
Numa entrevista ao Globo, Joaquim Barbosa consegue dizer que o Brasil não está preparado para um negro na presidência.
Com Huck: relações complexas
E então Joaquim Barbosa diz, ao amigo Globo, que o Brasil não está preparado para um presidente negro.
O certo é: Joaquim Barbosa não está preparado para ser presidente.
Quanto mais fala, mais JB revela não ter noção das coisas.
Diz, num tom que denota orgulho, ter “amigos fraternais” entre os jornalistas. Isto é uma aberração ética, um caso de torrencial conflito de interesses, e ele simplesmente não se dá conta disso.
O autor da entrevista é Míriam Leitão. Os jovens jornalistas devem ler atenciosamente para ver como não se entrevista alguém.
Míriam é dócil, cúmplice, superficial, tola e desinformada; enfim, tem todos os defeitos que um entrevistador poderia ter. Combativa ela é com as pessoas que se colocam no caminho da família Marinho, pôde se ver.
A entrevista publicada pelo Globo – a quem JB deu carona num avião da FAB numa boca livre na Costa Rica – coincide com uma fala de extraordinária relevância do presidente da Associação dos Juízes Federais, Nino Toldo.
Toldo disse que JB é um “fora da lei” por causa da nebulosa compra de um imóvel em Miami, para a qual ele inventou uma empresa de fachada com a finalidade de sonegar impostos.
Toldo defendeu uma “apuração rigorosa” da operação, que foi revelada pela Folha.
Para o Globo, JB disse que o “imóvel é modesto” – talvez pelos padrões dos Marinhos, seus amigos. E acusou a Folha de discriminá-lo.
Ora, nenhuma explicação foi fornecida sobre a compra suspeita – e, verdade, nem lhe foi cobrada pelo dócil Globo.
Jogada no meio da entrevista você tem a informação de que JB – o homem que levou 7,5 anos para fazer um curso de 5 e mais 4 ou 5 para fazer um doutorado de 3 na França – levou bomba no Itamaraty.
Mas a culpa da bomba, naturalmente, não foi dele. Foi do Itamaraty, que o sacaneou na prova oral.
Pausa para rir.
O Itamaraty já se manifestou. Falou do incentivo a afrodescendentes, e se JB não foi um dos objetos do incentivo você pode avaliar seu desempenho nas provas.
Sem querer, o Globo revela uma alma complexada e vingativa.
Todos os diplomatas do Itamaraty, segundo o reprovado, gostariam de estar no seu lugar.
Verdade?
Ora, um magistrado que vai passar para a história como uma calamidade nacional, como o maior erro de Lula, como um “fora da lei” – será que tanta gente assim gostaria de estar em seu lugar?
Na verdade, JB não está preparado para ser presidente de nada. Nem do STF e nem da empresa fantasma que ele montou em Miami para fugir abjetamente de impostos.
O jornalista Paulo Nogueira, baseado em Londres, é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo
Postado no blog Ficha Corrida em 29/07/2013
Médicos ainda querem protestar contra o programa Mais Médicos
Alguns médicos da maternidade pública Leonor Mendes de Barros, na zona leste de São Paulo, passam diariamente no hospital apenas para marcar o ponto.
Eles foram flagrados entrando pela porta de funcionários e saindo em seguida, após bater o ponto e sem prestar qualquer atendimento.
O processo todo não dura mais do que 15 minutos. Reportagem de Fabio Diamante, com produção de Fabio Serapião e imagens de Ronaldo Dias, exibida no telejornal SBT Brasil.
Eles protestam contra o Programa do governo Dilma, Mais Médicos.
Eles não trabalham, batem o ponto, ganham dinheiro pago com nossos impostos, e não atendem aqueles que mais precisam.
A população que necessita de atendimento que se exploda. Eles não querem médicos de verdade que queiram trabalhar de verdade, que queiram salvar vidas dos mais carentes.
Isso vai atrapalhar a mamata deles. Isso é apenas um pequeno exemplo do que acontece em todo Brasil, e funciona porque um encobre o outro nessa falcatrua.
São corporativistas, é a máfia de branco prestando um desserviço a população.
Jussara Seixas
Postado no blog Terra Brasilis em 31/07/2013
Uso e abuso
O uso é o bom-senso da vida e o metro da caridade.
Vida sem abuso, consciência tranquila.
Uso é moderação em tudo.
Abuso é desequilíbrio.
O uso exprime alegria.
Do abuso nasce a dor.
Existem abusos de tempo, conhecimento e emoção.
Por isso, muitas vezes, o uso chama-se “abstenção”
O uso cria a reminiscência confortadora.
O abuso forja a lembrança infeliz.
Saber fazer significa saber usar. Todos os objetos ou aparelhos, atitudes ou circunstâncias exigem uso adequado, sem o que surge o erro.
Doença – abuso da saúde.
Vício – abuso do hábito.
Supérfluo – abuso do necessário
Egoísmo – abuso do direito
Todos os aspectos menos bons da existência constituem abusos.
O uso é a lei que constrói.
O abuso é a exorbitância que desgasta.
Eis por que progredir é usar bem os empréstimos de Deus.
ANDRÉ LUIZ
(Do livro "Estude e Viva", Francisco Cândido Xavier)
Encontro com a vida
Enildes Corrêa
Você deveria transmitir sua alegria, seu silêncio e seu riso a qualquer um com quem tenha contato. Você não pode dar um presente melhor a seus amigos, a seus conhecidos, a seus amados, às suas crianças. Osho
Este texto nasce de uma forte, difícil e intensa vivência que tive ao acompanhar um amigo que veio a falecer, inesperadamente, há algum tempo, que se tornou uma das maiores escolas da vida pelas quais já passei.
Constatei e vivenciei estas palavras dos sábios: "A vida é curta para ser pequena". Acordei para o fato de que ficamos fora dela por coisas tão banais, pequenas e insignificantes; apegos a tantas coisas supérfluas, que servem simplesmente de estorvos e impedimentos para vivermos com alegria, bem como para uma partida silenciosa e em paz.
A única coisa que fica com alguém ao morrer é o conhecimento experiencial de si mesmo, que abre espaço para a compreensão de si, do outro e da vida como um todo. O entendimento é eterno. Esse fica. Nada, nem ninguém, o arranca de nós. É o que vai ajudar na hora do grande parto da forma para a não-forma: a morte.
Ao me dispor a dar o meu apoio incondicional àquele amigo que não tinha nenhuma pessoa de laços sanguíneos ao seu lado e a quem, fiquei sabendo através do diagnóstico médico, restava pouquíssimo tempo de vida, vi o imenso e sagrado valor dos pequenos gestos de cuidado, amizade e humanidade, independente de quaisquer ligações familiares.
Entretanto, confesso que acompanhá-lo naqueles momentos cruciais não foi uma tarefa fácil. A princípio, senti o peso dessa responsabilidade nos meus ombros. Depois, tranquilizei-me ao recordar das palavras de Kiran Kanakia, durante satsang na Índia: "Quando confiamos na Vida, Ela toma conta". "Quando você coopera com a Vida, a Vida coopera com você". "Diga sim à Vida, aceitando-A como Ela é".
Vi a verdade dessas palavras aparecer na forma de verdadeiros milagres naquele quarto de hospital, lado a lado com cada dificuldade enfrentada, como também destas outras: "Amor é o remédio". Vivenciei que o amor é a força mais poderosa do Universo, neutraliza e vence qualquer tipo de reação, por mais intensa e danosa que seja.
Procurava transmitir ao meu amigo um afeto fraterno, através do meu olhar, do meu toque, da minha presença. Segurar suas mãos nos momentos em que ele sentia medo e sofria do mal-estar dos efeitos colaterais da forte medicação a que estava sendo submetido, tocar sua testa, seus pés ou outras partes do corpo onde eu percebia que precisava de mais vitalidade acalmavam seu sistema nervoso, deixando-o mais tranquilo, lúcido e consciente.
Seu corpo respondia de forma surpreendente ao toque que recebia das mãos, carregadas da mensagem de aceitação e acolhida da sua pessoa do jeito que era, com seu lado positivo, fácil de lidar e com seu lado reativo e mais difícil de aceitar. Essa qualidade, impressa no toque e no olhar, tem uma força de vida que às vezes nem mesmo os melhores medicamentos conseguem proporcionar.
Uma grande integração na minha profissão de terapeuta corporal se deu naquele ambiente de hospital. Foi uma das mais valiosas aulas que a Existência me deu sobre a importância, a profundidade e a amplitude de um simples toque humano.
O toque que traz uma presença amiga, permitindo a alguém se sentir acompanhado e sair do estado de solidão e desamparo. O toque que vivifica a força interna, que nos faz sentir que nem tudo está perdido: é possível confiar e esperar pelo melhor, seja lá como for e onde for. O toque que transforma ansiedade, medo e angústia, em tranquilidade e confiança. O toque que ajuda a reorganizar o caos emocional e possibilita-nos ver com mais clareza e caminhar com mais segurança. O toque que nos ajuda a abrirmos o coração e a comungarmos uns com os outros.
Desejei, ardentemente, que todos os contatos entre os seres humanos, em qualquer âmbito, fossem permeados por essa qualidade do vivo, da aceitação, da acolhida e do respeito recíproco de uns pelos outros. Oxalá, todos ao nascer pudessem ser recebidos neste mundo por uma infinidade de mãos amigas! E que, ao partir, levassem consigo a lembrança e o calor de um adeus dado nem que seja por uma única mão amiga.
Infelizmente, não é essa a realidade, principalmente a dos hospitais. Vi consternada vários médicos jovens, ainda em início de carreira, gabando-se de sua indiferença diante da morte. Observando tais atitudes, refleti sobre que tipo de formação as escolas de Medicina do Ocidente oferecem aos seus alunos.
Se a morte for banalizada, que dirá o cuidado com a vida! Vida esta que os "humanos" estão quase conseguindo dizimar. E, diante da insensibilidade e indiferença de muitos, quantos partem sem sequer uma pessoa do seu lado para dizer: "Vá em paz, que Deus o acompanhe". E quantos nascem sem alguém que os bendiga e diga: "Seja bem-vindo, viva em paz, seja feliz e que Deus o abençoe por toda a sua existência!".
Naqueles dias, vivenciando a rotina de um hospital, acompanhando alguém gravemente enfermo, dei extremo valor aos ensinamentos recebidos de Kiran Kanakia, bem como à experiência adquirida em vários anos de trabalho com diferentes técnicas terapêuticas de abordagem corporal, em especial as de cura pelas mãos.
Compreendi, de forma muito profunda, o que significa para uma pessoa que está morrendo, sobretudo para quem se sente sozinha, poder segurar com confiança as mãos de alguém. O encontro com pessoas amigas e afetuosas vivifica o ser humano em qualquer tempo, inclusive na hora da morte, ajudando sobremaneira no momento da passagem.
Essa passagem se torna mais fácil às pessoas que abriram o coração para o fluxo do amor. Quem aprendeu a amar e a se entregar à Vida com total confiança não vai temer a morte, ainda que por um motivo ou outro esteja só. Todavia, será bem mais árdua para os que não se empenharam em adquirir um mínimo de compreensão sobre a vida, que congelaram seus sentimentos e fecharam-se como conchas em seu pequeno mundo.
Quanto ao meu amigo, contrariando as expectativas médicas, resistiu bravamente àquela doença fulminante, inclusive a duas intervenções cirúrgicas, às quais dificilmente sobreviveria, segundo os prognósticos médicos. No fim de sua curta existência de 56 anos, ele abraçou e valorizou a vida, assumiu o risco de viver, tomou essa responsabilidade em suas mãos, apesar da dor e do sofrimento pelo qual estava passando, e prolongou um pouco mais seu tempo nesta dimensão. Deu-nos ainda o presente de vê-lo brincar e sorrir.
Esse foi um dos mais preciosos aprendizados que o amigo Roberto nos deixou: é possível brincar e sorrir, mesmo na dor, mesmo no leito de morte. Mais que isso, é fundamental às pessoas enfermas estarem cercadas de gente alegre, de fato vivas, que lhes transmitam vitalidade, carinho e confiança. A contradição é muitos daqueles a serviço médico parecerem mais mortos do que seus pacientes que estão morrendo. A medicina ocidental avançou largamente em tecnologia, entretanto, parece que se esqueceu de estimular algo fundamental em qualquer tratamento de saúde: o amor e o calor humano.
Ao meu amigo, fica o meu eterno agradecimento por tudo o que, através dele, a Existência me mostrou e me revelou, como o milagre da rendição à Vida, com o que quer que Ela nos faça vivenciar. Constatei que a morte pode trazer consigo também um renascer para a vida. Antes da sua partida, deixei-o saber que estar com ele como irmã e assistir-lhe em sua enfermidade, ao invés de peso, transformou-se numa bênção. As lições aprendidas tornaram-se incontáveis e de imensurável valor.
E, ao mesmo tempo em que a morte batia à sua porta, para nosso pesar e tristeza, um fenômeno especial acontecia entre aquelas paredes: eu estava sendo acordada para a vida!
Quando eu saía do hospital e ia embora para casa, andando e respirando livremente, com olhos que enxergavam a beleza do amanhecer, do entardecer, das árvores, das flores, sentia-me tomada pelo sentimento de gratidão. Agradeci a Deus por tantas coisas, que nem daria para citá-las aqui. Os meus problemas ficaram tão diminutos!
Refleti que reclamamos por tão pouca coisa... Exigimos muito e agradecemos pouco. Quase nunca estamos satisfeitos. Ficamos correndo de um desejo a outro e, raramente, agradecemos à Vida pelas dádivas que recebemos, a começar pela nossa própria existência. Com a mente cheia de desejos, fechamos as portas para um modo de viver mais natural, simples e harmônico. E assim, a vida vai passando e a maioria das pessoas fica fora dela, vivendo em plena contramão...
As palavras de Kiran reverberam em todo o meu ser:
Acordem e voltem para a vida. Por que vocês não acordam? É tão simples!
Comecem por se aceitar do jeito que vocês são. Então, a primavera chega e a grama cresce por si mesma...
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