Pedir perdão pode elevar a autoestima e evitar doenças



Forte abalo emocional pode fazer 

imunidade do corpo baixar



Ressentimentos e mágoas profundas estão relacionados, também, ao bem-estar físico. 

Não é por acaso que boa parte das doenças está ligada ao acúmulo de cobranças internas, inseguranças, intransigência, egoísmo, individualismo e tantos outros sentimentos negativos.

Esta é a teoria da psicóloga americana Louise Hay, autora do best seller Você Pode Curar Sua Vida, que acredita que 100% das doenças do corpo e da mente são provocadas pelo próprio indivíduo. 

De acordo com a autora do livro, o perdão tem um importante papel na busca por uma vida saudável e, consequentemente, feliz. 

Segundo Louise, os ressentimento, as críticas e, principalmente, a falta de amor próprio são os causadores de enfermidades. 

Para ela, o corpo funciona apenas como um refletor dos pensamentos e sentimentos, ou seja, por trás de uma doença existe uma crença incorreta. 

Pensamentos como "nada dá certo para mim", "não sou bom o bastante", "sou culpado e não mereço ser feliz" são uma espécie de causa oculta das doenças. 

De acordo com o psiquiatra Maurício Lima, a tese da autora se comprova em muitos casos, no entanto, outros fatores devem ser considerados para o surgimento de doenças.

"É extremamente comum a imunidade do corpo baixar quando ocorre um abalo emocional muito grande. Amidalite e gastrite, por exemplo, atacam com grande incidência pessoas fragilizadas emocionalmente. Mas é prudente reconhecer que fatores genéticos e comportamentais, como tabagismo, sedentarismo, alcoolismo, entre outros, podem desencadear doenças também. A mente, assim como estes exemplos, ajuda, mas não determina", opina o profissional. 

Mente e corpo 

Conduzir a vida por padrões mentais negativos podem aumentar a probabilidade do surgimento de doenças e sentimentos nocivos. "A falta de perdão age como um veneno em nosso organismo. Liberado em pouca quantidade, mas constantemente, as 'sujeiras' passam a criar raizes por todo o nosso corpo", afirma a psicóloga Martha Daúd. 

No livro de Louise é reforçada a tese de que no processo entre um ressentimento não resolvido a uma enfermidade sinalizada pelo corpo está a criação mental de uma realidade que se materializa de forma concreta, ou seja, colocamos desculpas mais aceitáveis pela sociedade, como medo da violência, falta de dinheiro, entre outros, para justificar o aparecimento de problemas relacionados à saúde ou até mesmo para explicar a falta de felicidade. 

De acordo com a autora, resgatar a autoestima e adotar pensamentos positivos e otimistas são medidas essenciais para conquistar a felicidade. Desta forma, o indivíduo cria condições para que seu organismo reaja de forma mais rápida e favorável a tratamentos.

Doenças provocadas por ressentimento 


Louise elaborou uma lista de doenças que podem surgir devido o pensamento negativo, e sentimentos,inseguranças e falta de perdão. 

Algumas enfermidades e motivos que culminam no surgimento de males citados pela autora são fáceis de serem percebidos. 

No entanto, há muitos exemplos em que a ajuda de terapeutas e psicólogos é necessária, dado a profundidade de sentimentos. 

Ao livrar-se de mágoas, garante a profissional, a vida passa a ser mais feliz, o que inevitavelmente eleva a autoestima e o bem-estar. 

Veja alguns exemplos de doenças e os motivos para que elas apareçam, segundo a psicóloga: 

Artrite:Pode atingir pessoas muito críticas, perfeccionistas, insistentes e que estão se sentindo sem amor e sem apoio. Persistir em algo muito complicado, sem ajuda de ninguém, pode trazer sérios problemas com os ossos.
Asma: O excesso de atividades, complexo de culpa, amor sufocante e choro reprimido podem provocar a incapacidade de respirar. 

Câncer e cistos: Mágoa profunda, raiva, ressentimentos e segredos não compartilhados podem gerar os males.

Compulsão alimentar: Culpa e medo de receber críticas podem culminar no mal. 

Coluna: Dores na região podem apontar excesso de auto-suficiência e dificuldade de pedir ajuda.

Diabetes: Tristeza, amargura e necessidade de manter tudo e todos sob controle podem desencadear a doença. 

Fígado: Doenças no órgão costuma atingir pessoa que acumulam o sentimento de raiva dentro de si.


Postado no blog Minha Vida no Portal R7.com


Senador Fernando Color coloca Presidente do STF em seu devido lugar !









Óculos no Inverno 2013 !






oculos-espelhado-blog









Refletindo : Martha Medeiros





Não deite com mágoas no coração. Não durma sem ao menos fazer uma pessoa feliz. E comece com você mesmo!

Vamos deixar para sofrer pelo que é realmente trágico, e não por aquilo que é apenas um incômodo, senão fica impraticável atravessar os dias.

Crescer custa, demora, esfola, mas compensa. É uma vitória secreta, sem testemunhas. O adversário somos nós mesmos.

Felicidade é a combinação de sorte com escolhas bem feitas.

Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande, é a sua sensibilidade sem tamanho.

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música e quem não acha graça de si mesmo.

Simpatizo cada vez mais com quem nos ajuda a remover obstáculos mentais e emocionais, e a viver de forma mais íntegra, simples e sincera." 

Meu mundo se resume a palavras que me perfuram, a canções que me comovem, a paixões que já nem lembro, a perguntas sem respostas, a respostas que não me servem, à constante perseguição do que ainda não sei. 

Entre sobreviver e viver há um precipício e poucos, encaram o salto.

Deixe de colocar sua felicidade na mão dos outros. Comece um caso de amor consigo mesmo. 

Não são as coisas que possuímos ou compramos que representam riqueza, plenitude e felicidade. São os momentos especiais que não tem preço, as pessoas que estão próximas da gente e que nos amam, a saúde, os amigos que escolhemos, a nossa paz de espírito. Felicidade não é o destino e sim a viagem.

Conheça um pouco de Martha Medeiros :







Sentir-se amado



Martha Medeiros


O cara diz que te ama, então tá. Ele te ama. 

Sua mulher diz que te ama, então assunto encerrado. Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas.

 Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de milhas, um espaço enorme para a angústia instalar-se. 

A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e verbalização, apesar de não sonharmos com outra coisa: se o cara beija, transa e diz que me ama, tenha a santa paciência, vou querer que ele faça pacto de sangue também? 

Pactos. Acho que é isso. Não de sangue nem de nada que se possa ver e tocar. É um pacto silencioso que tem a força de manter as coisas enraizadas, um pacto de eternidade, mesmo que o destino um dia venha a dividir o caminho dos dois. 

Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que sugere caminhos para melhorar, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você, caso você esteja delirando. "Não seja tão severa consigo mesma, relaxe um pouco. Vou te trazer um cálice de vinho".

Sentir-se amado é ver que ela lembra de coisas que você contou dois anos atrás, é vê-la tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ela fica triste quando você está triste e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d´água. "Lembra que quando eu passei por isso você disse que eu estava dramatizando? Então, chegou sua vez de simplificar as coisas. Vem aqui, tira este sapato." 

Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. 

Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro.

Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. 

Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. 

Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta. 

Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo.


Por que as crianças francesas não têm Déficit de Atenção?



Marilyn Wedge

Como é que a epidemia do Déficit de Atenção, que tornou-se firmemente estabelecida em vários países do mundo, foi quase completamente desconsiderada com relação a crianças na França?

Nos Estados Unidos, pelo menos 9% das crianças em idade escolar foram diagnosticadas com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), e estão sendo tratadas com medicamentos. Na França, a percentagem de crianças diagnosticadas e medicadas para o TDAH é inferior a 0,5%. Como é que a epidemia de TDAH, que tornou-se firmemente estabelecida nos Estados Unidos, foi quase completamente desconsiderada com relação a crianças na França?

TDAH é um transtorno biológico-neurológico? Surpreendentemente, a resposta a esta pergunta depende do fato de você morar na França ou nos Estados Unidos. Nos Estados Unidos, os psiquiatras pediátricos consideram o TDAH como um distúrbio biológico, com causas biológicas. O tratamento de escolha também é biológico – medicamentos estimulantes psíquicos, tais como Ritalina e Adderall.

Os psiquiatras infantis franceses, por outro lado, vêem o TDAH como uma condição médica que tem causas psico-sociais e situacionais. 

Em vez de tratar os problemas de concentração e de comportamento com drogas, os médicos franceses preferem avaliar o problema subjacente que está causando o sofrimento da criança; não o cérebro da criança, mas o contexto social da criança. 

Eles, então, optam por tratar o problema do contexto social subjacente com psicoterapia ou aconselhamento familiar. Esta é uma maneira muito diferente de ver as coisas, comparada à tendência americana de atribuir todos os sintomas de uma disfunção biológica a um desequilíbrio químico no cérebro da criança.

Os psiquiatras infantis franceses não usam o mesmo sistema de classificação de problemas emocionais infantis utilizado pelos psiquiatras americanos. Eles não usam o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders ou DSM. 

De acordo com o sociólogo Manuel Vallee, a Federação Francesa de Psiquiatria desenvolveu um sistema de classificação alternativa, como uma resistência à influência do DSM-3. Esta alternativa foi a CFTMEA (Classification Française des Troubles Mentaux de L’Enfant et de L’Adolescent), lançado pela primeira vez em 1983, e atualizado em 1988 e 2000. 

O foco do CFTMEA está em identificar e tratar as causas psicossociais subjacentes aos sintomas das crianças, e não em encontrar os melhores bandaids farmacológicos para mascarar os sintomas.

Na medida em que os médicos franceses são bem sucedidos em encontrar e reparar o que estava errado no contexto social da criança, menos crianças se enquadram no diagnóstico de TDAH. 

Além disso, a definição de TDAH não é tão ampla quanto no sistema americano, que na minha opinião, tende a “patologizar” muito do que seria um comportamento normal da infância. O DSM não considera causas subjacentes. Dessa forma, leva os médicos a diagnosticarem como TDAH um número muito maior de crianças sintomáticas, e também os incentiva a tratar as crianças com produtos farmacêuticos.

A abordagem psico-social holística francesa também permite considerar causas nutricionais para sintomas do TDAH, especificamente o fato de o comportamento de algumas crianças se agravar após a ingestão de alimentos com corantes, certos conservantes, e / ou alérgenos. 

Os médicos que trabalham com crianças com problemas, para não mencionar os pais de muitas crianças com TDAH, estão bem conscientes de que as intervenções dietéticas às vezes podem ajudar. 

Nos Estados Unidos, o foco estrito no tratamento farmacológico do TDAH, no entanto, incentiva os médicos a ignorarem a influência dos fatores dietéticos sobre o comportamento das crianças.

E depois, claro, há muitas diferentes filosofias de educação infantil nos Estados Unidos e na França. Estas filosofias divergentes poderiam explicar por que as crianças francesas são geralmente mais bem comportadas do que as americanas. 

Pamela Druckerman destaca os estilos parentais divergentes em seu recente livro, Bringing up Bébé. Acredito que suas idéias são relevantes para a discussão, por que o número de crianças francesas diagnosticadas com TDAH, em nada parecem com os números que estamos vendo nos Estados Unidos.

A partir do momento que seus filhos nascem, os pais franceses oferecem um firme cadre – que significa “matriz” ou “estrutura”. Não é permitido, por exemplo, que as crianças tomem um lanche quando quiserem. As refeições são em quatro momentos específicos do dia. Crianças francesas aprendem a esperar pacientemente pelas refeições, em vez de comer salgadinhos, sempre que lhes apetecer. Os bebês franceses também se adequam aos limites estabelecidos pelos pais. Pais franceses deixam seus bebês chorando se não dormirem durante a noite, com a idade de quatro meses.

Os pais franceses, destaca Druckerman, amam seus filhos tanto quanto os pais americanos. Eles os levam às aulas de piano, à prática esportiva, e os incentivam a tirar o máximo de seus talentos. 

Mas os pais franceses têm uma filosofia diferente de disciplina. Limites aplicados de forma coerente, na visão francesa, fazem as crianças se sentirem seguras e protegidas. Limites claros, eles acreditam, fazem a criança se sentir mais feliz e mais segura, algo que é congruente com a minha própria experiência, como terapeuta e como mãe. 

Finalmente, os pais franceses acreditam que ouvir a palavra “não” resgata as crianças da “tirania de seus próprios desejos”. E a palmada, quando usada criteriosamente, não é considerada abuso na França.

Como terapeuta que trabalha com as crianças, faz todo o sentido para mim que as crianças francesas não precisem de medicamentos para controlar o seu comportamento, porque aprendem o auto-controle no início de suas vidas. 

As crianças crescem em famílias em que as regras são bem compreendidas, e a hierarquia familiar é clara e firme. Em famílias francesas, como descreve Druckerman, os pais estão firmemente no comando de seus filhos, enquanto que no estilo de família americana, a situação é muitas vezes o inverso.

Postado no site Pragmatismo Político em 20/05/2013