O ceticismo de Leonardo Boff sobre o futuro da Igreja






A partir de hoje viva mais...




É Epitáfio, o titulo de uma música, que se tornou conhecida na interpretação do grupo Titãs. Música esta, que é como uma lição de vida.

Acompanhe-me na letra e reflita profundamente em cada frase e ao final na música toda.

Procure aplicar um pouco do que lhe diz esta letra da música “epitáfio” para viver sua vida hoje!


Devia ter amado mais.
Ter chorado mais.
Ter visto o sol nascer.
Devia ter me arriscado mais, e até errado mais.
Ter feito o que eu queria fazer.
Queria ter aceitado as pessoas como elas são.
Cada um sabe a alegria, e a dor que traz no coração.
O acaso vai me proteger...
Enquanto eu andar distraído...
O acaso vai me proteger...
Enquanto eu andar...
Devia ter complicado menos, e trabalhado menos.
Ter visto o sol se por...
Devia ter me importado menos, com problemas pequenos...
Ter morrido de amor!
Queria ter aceitado a vida como ela é,
A cada um cabem as alegrias, e a tristeza que vier...


O que você me diz? Esta música é ou não é uma belíssima lição de Vida? 


Pois os Titãs conseguiram colocar numa linda melodia uma grande reflexão sobre a Vida.

Mas não deixe apenas para o seu epitáfio...

Comece agora mesmo, escrever ou se for necessário, reescrever sua história de sua vida.
 Viva intensamente cada instante de hoje como se não houvesse um amanhã.

Viva mais! Se culpe menos e também culpe menos aos outros.

Ame mais. Aceite a vida, pois ela é realizada por você. Repare mais naqueles que te rodeiam.

Lembre-se:

Que cada um é um ser diferente, com virtudes e defeitos, afinal, perfeito só DEUS.

Repare mais no Sol, na Lua, nas estrelas, nos pássaros, nas flores, na beleza da natureza, enfim.

Arrisque mais, chore mais, ria mais, brinque mais, namore mais, VIVA mais...

Pense nisso...

Tenha um Bom Dia HOJE!

Sigmar Sabin

 
Postado no blog Só Palavras




A Boate Kiss à luz do Espiritismo






AS “COINCIDÊNCIAS” DO INCÊNDIO DA BOATE KISS E O HOLOCAUSTO 

COMO FUNCIONA O “A CADA UM SEGUNDO SUAS OBRAS” NAS DESENCARNAÇÕES COLETIVAS – EXPLICAÇÃO DOS RESGASTES COLETIVOS EM OBRAS PÓSTUMAS 


Gerson Simões Monteiro 

Vice-Presidente da FUNTARSO 

Operadora da Rádio Rio de Janeiro 



Após assistir pela televisão as cenas do incêndio na Boate Kiss, na cidade de Santa Maria, RS, no dia 27 de janeiro de 2013, orando pelos desencarnados, pelos feridos e todos os seus parentes que ficaram, um amigo espiritual me disse tratar-se de “RESCALDO DA 2ª GUERRA MUNDIAL”. Diante dessa revelação conjecturei: 

“Quem sabe se os Espíritos que desencarnaram na boate Kiss, por inalação de fumaça tóxica, foram aqueles que conduziram nossos irmãos judeus, poloneses e russos para morrerem nas câmaras de gás e nos fornos crematórios dos campos de concentração durante a segunda grande guerra mundial?”.

Pois bem, vejamos as “coincidências” se encaixando com relação à intuição recebida sobre a causa da dolorosa tragédia: 

1ª “COINCIDÊNCIA” 

INCÊNDIO EM BOATE NO RS GEROU O MESMO GÁS USADO POR NAZISTAS 

Vejamos a notícia veiculada pelo INFO – ONLINE NOTÍCIAS no dia 30/01/2013:

“São Paulo – O incêndio de domingo (27) na Boate Kiss, em Santa Maria (RS), liberou cianeto, a mesma substância usada pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial para matar judeus e outros prisioneiros em câmaras de gás. O número de mortos já chega a 235 e o de hospitalizados a 143.

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o diretor médico do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Ceatox), Anthony Wong, afirmou que essa substância é um dos venenos mais letais que existem. O gás cianeto é o princípio ativo do Zyklon B, usado pelas tropas de Adolf Hitler no holocausto. Ele é capaz de matar as células rapidamente ao impedir que elas produzam energia.

Gás cianeto, fuligem e o monóxido de carbono foram as substâncias produzidas durante o incêndio pela queima dos materiais usados no isolamento acústico da Boate Kiss, como a espuma de poliuretano, usada em revestimentos acústicos baratos para isolar o som ambiente. Os revestimentos de boa qualidade são antichamas e não inflamáveis.

Segundo Wong, um dos agravantes é que o cianeto não tem cheiro, nem cor. Além disso, ele consegue matar rapidamente, entre quatro a cinco minutos. Por ter essas características, muitos jovens acabaram intoxicados sem saber, pois imaginavam que estavam protegidos por máscaras improvisadas com roupas molhadas enroladas no rosto.” 

2ª ”COINCIDÊNCIA” 

Em 27 DE JANEIRO, DATA DA OCORRÊNCIA DO INCÊNDIO NA BOATE KISS, COMEMORA-SE O DIA INTERNACIONAL EM HOMENAGEM ÁS VÍTIMAS DO HOLOCAUSTO 

Outra coincidência que chamou a minha atenção, foi o fato de no DIA 27 DE JANEIRO se comemorar o Dia Internacional do Holocausto. A data foi escolhida pela Assembleia Geral da ONU não por acaso. Neste dia, as tropas soviéticas libertaram o campo de concentração na cidade polonesa de Oswiecim (Auschwitz) que era uma verdadeira "fábrica da morte" para os presos, na sua maioria, judeus.

Em Auschwitz foram assassinadas cerca de um milhão e meio de pessoas. Destes, 150 mil eram poloneses, 100 mil - russos e mais de um milhão - judeus. Samuel Pizar, um ex-prisioneiro, diz que o campo era "um inferno na terra". 

O PORQUÊ DAS EXPIAÇÕES COLETIVAS 

Agora, como aplicar o ensinamento do Cristo às mortes coletivas que aconteceram na Boate Kiss, na cidade de Santa Maria, no interior do Estado do Rio Grande do Sul, em incêndio ocorrido no dia 27 de janeiro de 2013, ceifando a vida de cerca de 240 jovens pela inalação de fumaça tóxica ou por queimaduras? 

Enfim, como explicar todos esses e muitíssimos outros fatos dramáticos sob a ótica da Justiça Divina?

Para melhor entendermos a questão das expiações coletivas, esclarece o Espírito Clélia Duplantier, em Obras póstumas, que é preciso ver o homem sob três aspectos: o indivíduo, o membro da família e, finalmente, o cidadão. Sob cada um desses aspectos ele pode ser criminoso ou virtuoso. 

Em razão disso, existem as faltas do indivíduo, as da família e as da nação. Cada uma dessas faltas, qualquer que seja o aspecto, pode ser reparada pela aplicação da mesma lei. 

A reparação dos erros praticados por uma família ou por um certo número de pessoas é também solidária, isto é, os mesmos espíritos que erraram juntos reúnem-se para reparar suas faltas.

A lei de ação e reação, nesse caso, que age sobre o indivíduo, é a mesma que age sobre a família, a nação, as raças, enfim, o conjunto de habitantes dos mundos, os quais formam individualidades coletivas.

Tal reparação se dá porque a alma, quando retorna ao Mundo Espiritual, conscientizada da responsabilidade própria, faz o levantamento dos seus débitos passados e, por isso mesmo, roga os meios precisos a fim de resgatá-los devidamente.

Quem sabe se os Espíritos que desencarnaram na boate Kiss, por inalação de fumaça tóxica, foram aqueles que conduziram nossos irmãos judeus, poloneses e russos para morrerem nas câmaras de gás e nos fornos crematórios dos campos de concentração durante a segunda grande guerra mundial? 

TRAGÉDIA DO CIRCO 

Outro fato que chocou a todos e com maior número de vítimas em relação ao ocorrido recentemente em Santa Maria, aconteceu no dia 17 de dezembro de 1961, na cidade de Niterói, RJ, em comovedora tragédia num circo, a justiça da lei, através da reencarnação, reaproximou os responsáveis em diversas posições da idade física para a dolorosa expiação, conforme relata o Espírito Humberto de Campos, pelo médium Chico Xavier, no livro Cartas e crônicas.

Os que morreram no século XX no circo de Niterói foram os mesmos que, no ano 177 de nossa era, queimaram cerca de mil crianças e mulheres cristãs na arena de um circo na Gália, região da França, na época do Império Romano. 

OUTRAS CAUSAS DAS MORTES COLETIVAS 

Na mensagem “Desencarnações Coletivas”, no livro Chico Xavier pede licença, o benfeitor espiritual Emmanuel esclarece outros motivos para as mortes que se verificam coletivamente. Diz ele:

“Invasores ilaqueados pela própria ambição, que esmagávamos coletividades na volúpia do saque, tornamos a Terra com encargos diferentes, mas em regime de encontro marcado para a desencarnação conjunta em acidentes públicos.

Exploradores da comunidade, quando lhe exauríamos as forças em proveito pessoal, pedimos a volta ao corpo denso para facearmos unidos o ápice de epidemias arrasadoras.

Promotores de guerras manejadas para assalto e crueldade pela megalomania do ouro e do poder, em nos fortalecendo para a regeneração, pleiteamos o Plano Físico a fim de sofrermos a morte de partilha, aparentemente imerecida, em acontecimentos de sangue e lágrimas.

Corsários que ateávamos fogo a embarcações e cidades na conquista de presas fáceis, em nos observando no Além com os problemas da culpa, solicitamos o retorno à Terra para a desencarnação coletiva em dolorosos incêndios, inexplicáveis sem a reencarnação”. 

FAMÍLIA MORRE QUEIMADA 

Vejamos agora como funciona a lei de ação e reação para redimir culpas passadas de diversos membros de uma família que, por vingança, incendiaram a casa de um vizinho pela madrugada, matando todos dentro da casa. Os espíritos que compunham a família criminosa, ao reencarnarem, unidos novamente pelos laços consanguíneos, expiaram seus crimes num desastre, no qual o carro em que viajavam pegou fogo, morrendo todos queimados dentro do veículo. 

Como se vê, cada membro da família reparou individualmente os crimes cometidos na encarnação anterior, dentro do resgate coletivo. 

De fato, a dor coletiva é o remédio que corrige as falhas mútuas. No entanto, cada um só é responsável pelas suas próprias faltas, como determina a Justiça Divina, ou seja, como indivíduos ou como membros de uma coletividade, todos nós somos responsáveis pelos nossos atos perante as leis de Deus.

Segundo Emmanuel, nós “criamos a culpa e nós mesmos engenhamos os processos destinados a extinguir-lhe as consequências. 

E a Sabedoria Divina se vale dos nossos esforços e tarefas de resgate e reajuste a fim de induzir-nos a estudos e progressos sempre mais amplos no que diga respeito à nossa própria segurança. 

É por este motivo que, de todas as calamidades terrestres, o Homem se retira com mais experiência e mais luz no cérebro e no coração, para defender-se e valorizar a vida”. 

Tais apontamentos foram feitos ao final do capítulo intitulado “Desencarnações Coletivas”, no livro Chico Xavier pede licença, quando o benfeitor espiritual responde porque Deus permite a morte aflitiva de tantas pessoas enclausuradas e indefesas, como nos casos de incêndios. 

CONCLUSÃO 

É importante ressaltar que diversas circunstâncias colaboraram para a ocorrência da tragédia, pois na prática da engenharia de segurança há a seguinte equação: 

CONDIÇÃO INSEGURA + ATO INSEGURO = ACIDENTE 

Substituindo os componentes da equação: 

1- Condição insegura: o teto em cima do palco de material inflamável; 

2- Ato inseguro: artefatos que projetaram labaredas durante o espetáculo e que atingiram o teto. 

Diz Allan Kardec, em nota ao final da questão 738 - b de O Livro dos Espíritos, que “venha por um flagelo a morte, ou por uma causa comum, ninguém deixa por isso de morrer, desde que haja soado a hora da partida. A única diferença, em caso de flagelo, é que maior número parte ao mesmo tempo”. 

E finalmente, segundo esclareceram os Espíritos Superiores a Allan Kardec, na resposta à questão 740 de O Livro dos Espíritos, “os flagelos são provas que dão ao homem ocasião de exercitar a sua inteligência, de demonstrar sua paciência e resignação ante a vontade de Deus e que lhe oferecem ensejo de manifestar seus sentimentos de abnegação, de desinteresse e de amor ao próximo, se o não domina o egoísmo”. 

Eis que tudo tem a sua razão de ser, embora no primeiro momento não consigamos abranger o quadro espiritual que está por trás de todos os acontecimentos trágicos. 

As chamadas “coincidências”, somadas ao pensamento lógico Espírita, através da Lei da Reencarnação, mostram que o passado culposo pode, sim, ter tido sua reparação agora, pois a prática do mal nunca fica impune. 


Pérolas no lotação



Flavio Damiani

Mabel, uma loira de trinta e poucos anos, sentou-se ao lado do Eugênio no lotação. Os dois nunca se viram. Mas as coisas mudaram quando ela fez um movimento brusco e sacou o celular.

O pobre Geninho, como era chamado, levou um baita susto, e chegou a pensar que a mulher anunciaria um assalto e começando por ele que carregava uma sacola com café moído na hora na banca do Mercado Público e meia dúzia de cacetinhos recém saídos do forno da padaria Copacabana. – Vamos que ela não estivesse resistindo ao cheiro do café e do pão novo – imaginou.

Eugênio quase espichou o braço para entregar a sacola sem qualquer resistência, já que a pulsação ultrapassava todos os limites possíveis da normalidade. Só retomou os sentidos que já estavam quase adormecidos, para não dizer desmaiados, quando se convenceu de que não se tratava de nenhuma tentativa leviana de usurpação do seu pão de cada dia.

Respirou aliviado quando ouviu que a voz, da mulher ao lado, em tom alterado começou debulhar um rosário de lamentações.

- Jé! É Mabel, tudo bem guri?

Depois de um:

- Olha só!

…tranquilizador, os dois respiraram fundo.

- A Nanda me falou que viu o Derico passeando de cuia na mão com uma loira hoooorrorosa, no domingo em Ipanema.

O Jé deve ter feito um pedido de confirmação do outro lado.

- Claro, a Nanda não iria mentir prá mim, e tem mais, a mãe dele me ligou perguntando se o “riquinho” (alcunha), estava comigo pois não tinha dormido em casa.

Neste momento ela tentou cruzar as pernas, mas o espaço entre os bancos do lotação é tão apertado que desistiu.

- Liguei para ele que me atendeu com uma voz de sono e perguntei onde estava.

Jé deve ter dito do outro lado “mas você é uma atrevida, foi conferir de cima…”

- Claro, queria ter a confirmação ora, ainda mais que ele reclamou que tava com um febrão ao meu lado e eu nem tchuns pra ele, isso já faz um mês… ficou uma arara.

Jé deve ter perguntado o que ele respondeu para ela.

- Ele me disse que ligaria em seguida e não deu 20 minutos, já estava na casa da mãe dele e me ligou pra dizer que recém tinha acordado sem saber que a véia tinha me ligado. Deve ter largado a baranga em alguma esquina e correu para baixo da asinha da mamis. Nem quis papo com ele.

Neste momento o Jé foi taxativo e perguntou como ela sabia que se tratava de uma baranga o suposto novo caso do Caco.

- Alguém de leg branco e bota preta??? Vem me dizer que não é baranga… É o ó!!! ele assinou o atestado de bagaceira.

Jé concordou, pois o que veio a seguir, Geninho quase não resistiu a tentação de se esborrachar na gargalhada, mas ficou só no ensaio.

- Quero mais que ele se dane, não vou ficar esperando por ele deitada na bandeja com uma maçã na boca feito porco de ano novo!

Essa foi demais, os passageiros que esperavam por um desfecho antes de saltarem no próximo ponto, quase explodiram em gargalhadas. Eugênio apertou o saco do pão e do café entre as pernas tentando se segurar.

- Ele ainda tinha me encomendado um sabonete da natura…

Jé desistiu da tentativa de reconciliação quando ela revelou suas intenções de substituir o sabonete.

- Vou mandar é um tijolo de seis furos no meio dos cornos dele!…. emendou indignada.

Em seguida ela pediu ao motorista parar o lotação saltou na primeira esquina.

Nos dias que se seguiram Geninho andou bisbilhotando as páginas policiais dos jornais da repartição e sites sensacionalistas para se certificar se o Derico recebera a encomenda.

Não parava de lembrar da “posição na bandeja”… não dá prá esquecer, repetia o Geninho sacudindo a cabeça.


Postado no blog Sul21 em 24/02/2013

A moda no Oscar 2013






Particularmente, não gosto de assistir à entrega dos prêmios, mas gosto de ver a passagem das atrizes no tapete vermelho, para apreciar seus belos vestidos e penteados.



Charlize Theron, Jessica Chastain, Anne Hathaway e Jeniffer Lawrence



Stacy Kleiber




Sandra Bullock, Catherine Zeta, Naomi Watts e  Amanda Seyfried



Halle Berry

Oscar 2013: o vestido de Halle Berry, deslumbrante!



Reese Witherspoon

Kelly Rowland e Kristin Chenoweth

Zoe Saldana 

Maria Menounos

Jennifer Aniston
                      



Yoani, a tucana, o Papa, o PT e o corintiano



Imagem do torcedor que disparou o sinalizador


Muitos leitores me pedem para entrar em campo e tratar dos assuntos polêmicos do momento. Tirei o pé do acelerador durante alguns dias para descansar, recarregar as baterias e voltar à frente de batalha aceso.

Li Paul Auster e o general Justino Alves Bastos.

Acompanhei a renúncia do Papa, os festejos de dez do PT no poder, a morte do menino boliviano por um sinalizador disparado por um corintiano e a visita de Yoani, a cubana, que está virada em tucana, ao Brasil deste verão.

Adoraria que o Papa tivesse renunciado simplesmente por ser homem, idoso, limitado e, como todo mundo, necessitado, de um dia, parar, aposentar-se.

Parece que as razões são outras: escândalos, lutas internas, poder.

De qualquer maneira, o essencial da renúncia é a aposentadoria. Temos, enfim, um Papa que se retira. Humano, extremamente humano.

Yoani tem toda razão em criticar a ditadura cubana. O stalinismo verde-amarelo tem pego pesado contra ela revivendo seus piores momentos de encantamento com o socialismo real da irrealidade cotidiana.

Ela só não precisava se deixar apropriar pelos tucanos. Está fazendo jogo de política partidária no Brasil, sendo usada descaradamente pelo PSDB. Como não deve ser ingênua, certamente sabe o jogo que está jogando. Ela gosta dos holofotes e está adorando ser estrela da mídia conservadora brasileira.

Quanto aos dez anos do PT no poder, como sou uma alma livre, libertária, sem partido, posso dizer sem hesitação: apesar do mensalão e de tantos outros escândalos, nunca tivemos uma década tão boa para a população brasileira mais desfavorecida do que está de Lula e Dilma em Brasília. O PT e os brasileiros têm boas razões para comemorar os últimos dez anos.

FHC fez uma coisa boa pelo país: a estabilização da moeda. Lula e Dilma, ampliando políticas sociais já existentes ou geração novas – como ProUni – e incentivando política de cotas, turbinando o bolsa-família, tiraram do atoleiro milhões de pessoas. E isso dói em quem não queria dividir o bolo.

Em educação, as gestão de Lula, o “analfabeto” e de Dilma dão um baile nas gestões do doutor Fernando Henrique Cardoso. Elio Gaspari mostra um pouco disso na sua coluna de hoje no Correio do Povo. Em educação superior, o baile é quase constrangedor. As universidades públicas foram reinventadas.

No passado, dois políticos tentaram jogar pesado contra o atraso e pagaram caro por isso: Getúlio, o do último período, teve de suicidar-se. Na falta de argumentos contra a sua política social e nacionalista – aumento de 100% do salário mínimo, Petrobrás, etc. – Carlos Lacerda e a imprensa golpista decidiram que o seu governo era o mais corrupto de todos os tempos. Depois dele, João Goulart tentou ainda mais: resolveu fazer a reforma agrária de que o país tanto precisava. Foi derrubado pelos militares, por Carlos Lacerda, Adhemar de Barros, Magalhães Pinto e outros inconformados sob a acusação de querer implantar o comunismo no país e de ter o governo mais corrupto de todos os tempos. Os lacerdinhas atuais herderam essa obsessão.

Passados 50 anos, UDN (PSDB/DEM) e PTB (PT) continuam a duelar: no meio deles, ainda se encontra Cuba. E o PSD (PMDB/PP), partido das oligarquias regionais, com seus caciques matreiros, velhas raposas comendo pelas beiradas e abrindo mão do poder principal para ter ainda mais poder.

O mais triste do momento é a morte do menino boliviano.

Mais triste ainda é a tentativa de se colocar o futebol acima da vida. O Corinthians (valeria o mesmo para Internacional, Grêmio ou qualquer outro clube) precisa ser duramente punido. O certo era expulsar da competição. Não interessa se vai ter prejuízo esportivo e financeiro. Vai entregar um menino de 17, no Brasil, como autor dos disparos para salvar a cara dos outros.

Será uma armação?

Enquanto o futebol estiver acima da vida, o jogo será rasteiro.

Espero que, no Gre-Nal, o nível seja outro.

Pronto. Aí está o pontapé inicial.

Que venham os coices!

Ah! Faltou dizer o seguinte: por se sentir politicamente diferente, Marina Silva fez como todo mundo: criou um partido só para ela. No melhor estilo Kassab, quando criou o PSD, ela declarou que seu partido não será da situação nem de oposição. Será, se bem entendi, um partido acima das ideologias. Uau! Agora é só fazer o eleitor cair na rede. Que me desculpem os amigos: nada de novo no front. Assim caminha a humanidade. De quatro. Eis a evolução.



Postado no blog Juremir Machado da Silva em 24/02/2013