Mudando de casa



Como está a janela da sua vida?
Enraizada? Carcomida? Deteriorada?
Nunca mais foi aberta? 
Então é preciso mudar de casa!


Chega um tempo na vida da gente que sentimos a necessidade de mudar, seja de casa ou de nós mesmos...

Largar coisas muito enraizadas e profundas, mas que já não servem mais.

Então surge a idéia de olhar casas novas, em todos os sentidos!

     Quem sabe algumas que possuam ruas estreitas que precisamos percorrer...

Ou outras que fiquem em ladeiras bem íngremes, para desenvolver a nossa força.

Ou quem sabe simplificar, resgatar o velho e criar um novo lugar!

Ou talvez procurar uma nova casa, que tenha muita água por perto, para amolecer  a nossa argila, que são as nossas crenças

Muitas vezes não é necessário trocar de casa, mas olhar com outros olhos para dentro dela.

Quem sabe, olhando melhor, possamos visualizar um rio com águas transparentes, que tem a capacidade de levar embora as preocupações que não precisamos mais!

Ou ainda águas que reflitam o nosso interior

 E se ainda pudermos ir para perto do mar, que maravilha!
Quantos ensinamentos ele tem para nos dar, basta se aquietar e observar!

Lugares que tenham água por perto, ajudam a amolecer a terra seca, que são iguais a nossa dureza, rigidez e incompreensão.




 Olhar através de arcos, resulta em enxergar aquilo que realmente precisamos ver!

 Começar a entender que a casa é a nossa morada, somos responsáveis por ela.

Podemos dar cor ou não...mas o colorido exige mais cuidado!

Observar se não estamos construindo muros muito fechados em volta da nossa casa.

Muros separam, pontes ligam, aproximam

 Através das pontes podemos ver o outro lado.

 Conhecer o outro lado muda a nossa percepção...

 Nos transforma...

 Começamos a ter uma nova visão

E com a nova visão, fica mais fácil pensar na nova construção ou reforma


 Precisamos nos aproximar mais das pessoas?
 Por acaso nos  isolamos demais?

 Ou precisamos nos aquietar mais...

 Quem sabe um lugar mais alegre?

Ou precisamos caminhar silenciosamente por ruas desconhecidas...

 Olhar para nossa casa requer coragem e força...é enxergar o que precisa ser mudado e se desapegar do velho!É olhar fundo...

 E quando o desapego acontece, ele nos leva à situações caóticas, mas valiosas!

 Neste momento surge uma confusão de cores e caminhos! É a reforma...

 Muitas vezes surge o frio e o escuro...

 Mas como tudo passa, sempre vem o novo dia para clarear!

Toda reforma ou mudança traz “caos”.

 Mas precisamos lembrar que vale a pena, o resultado chega!

 Se a angústia bate à porta é hora de abrir e atender!

 Ela vem avisar que alguma coisa precisa mudar!

 Quem sabe uma pausa para refletir sobre tudo isso!

 Olhar para o rio e perceber que ele corre sozinho...tem seu tempo...

 Faz seu curso  e segue livre...

A cada lugar que o rio passa, ele vê novas paisagens...
e nós, queremos nos fixar! Permanecer!  

 É hora de recomeçar, mudar de casa ou reformar

Assumir responsabilidades, ser dono dela!

 Com certeza não é fácil, mas vale a pena!

Mude de casa...E tornar-se-á vitorioso(a)




Postado no blog Vivendo a Vida Bem Feliz



Ser seu amigo : Rolando Boldrin



Pru quê : Rolando Boldrin






Fotos incríveis


Um cavalo-marinho inspeciona o relógio de um mergulhador

Um túnel cheio de neve iluminado na Rússia

Vários lutadores de kung fu

Mount Rainier

Lua sobre a ponte Dahu Park, em Taipei

Gásadalur Village, nas Ilhas Faroe

Ponte suspensa, em Vancouver

Monges meditando em Pongour

Um eclipse do sol

Monte Kilimanjaro

Felix Baumgartner se preparando para saltar a 21 mil metros

Cataratas do Iguaçu

Retrato humano

Globo terrestre

Postado no blog Luis Nassif Online em 02/11/2012

Para onde vamos na velocidade da internet?




Juremir Machado da Silva 


Fui no bar Odessa, no Bom Fim, com o Alex Primo (UFRGS) e o Henrique Antoun (UFRJ).

Eles são feras.

O Alex me provou que twitter já é coisa de velho.

Muito conteúdo: 140 caracteres.

A galera gosta é de imagem.

Jovem é facebook.

Que mundo! Disquete, CD, fax, orkut e twitter fazem parte de velharias vertiginosas.

Emendo com meu texto de hoje no Correio do Povo.

Atenção! É uma ameaça: durante a Feira do Livro de Porto Alegre, escreverei, sempre que puder, sobre livros.

Comigo é assim: feira de livros, falo sobre livros. Sem mole. Ainda mais que estou em crise: não sei onde estou nem para onde vou. Melhor, estava em crise. 

A leitura de “Futuros possíveis – mídia, cultura, sociedade, direitos”, de Ronaldo Lemos (Sulina) me tirou do aperto. Ronaldo Lemos criou o Centro de Tecnologia e Sociedade da Fundação Getúlio Vargas.

Formado em Direito por Harvard, é professor visitante em Princeton. Está achando pouco, leitor?

Aqui vai uma informação definitiva: ele dirige no Brasil o “creative commons”. Dirige o quê? Isso daí. É.

Ronaldo Lemos explica didaticamente: “Creative Commons é um projeto de licenciamento baseado integralmente na legislação vigente sobre os direitos autorais”. 

Ainda não está claro: é uma nova maneira de definir direitos autorais. Os donos das obras, os autores, podem, em contrato, definir o que será gratuito e o que deverá ser pago em suas criações. 

Nada de entregar tudo para editoras ou para representantes como o Ecad, que se encarrega dos direitos autorais de músicos. É disso que trata o livro de Ronaldo Lemos? Não, não é só disso. 

Ele nos mostra em que mundo tecnológico estamos. Discute como ganhar dinheiro na internet. Analisa como a internet afeta os nossos cérebros. Detalha os principais aspectos desse cibermundinho virtual. Fecha com uma entrevista sua, a Pedro Rocha, no jornal “O Povo”, sobre o “direito humano à internet”. Nada escapa das telinhas.

Entusiasmo não falta a Ronaldo Lemos. Nem conhecimento. Os seus textos variam entre crônicas, artigos, pequenos ensaios e entrevistas. Tem comentários deliciosos.

Por exemplo, um que começa assim: “Um colega da Universidade de Princeton chamado Tim Lee resolveu ir ao dentista. Antes de entrar no consultório, estranhou o fato de pedirem para assinar um longo documento. Era um contrato em que se comprometia a não falar mal do dentista na internet se tivesse algum problema”. 

Que loucura! Eu já fico indignado quando preciso preencher um cadastro para cortar o cabelo. Nome da mãe? Para que o cabeleireiro precisa saber o nome da minha mãe? Esses americanos não batem bem da bola. Podem ser geniais e inventar a internet. Podem ser idiotas e não poder usá-la para criticar dentistas incompetentes. Exagero. Claro.

Enfim, se o leitor quer saber em que mato está metido, se com ou sem cachorro, embora seja quase impossível isso neste universo pet, deve ler Ronaldo Lemos. 

Há títulos no livro que nos fazem estacar: “Software livre é punk”. Isso é bom ou ruim? O último punk que encontrei, há 30 anos, pegou meus óculos e entortou.

Ele me achava um anarquista burguês. Li com medo. Fiquei mais calmo depois de algumas linhas: “Muita gente usa software livre mesmo sem saber. O navegador Firefox é um exemplo”. Software livre é punk. Firefox é software livre. Firefox é punk. Eu uso Firefox. Eu sou punk. Acho que vou entrar em crise novamente. Ou sair do armário. Assumir minha condição de ciberpunk. No sofá.

Sou um velho.

Vez ou outra, tenho algo para dizer em 140 caracteres.


Postado no blog Juremir Machado da Silva em 02/11/2012