Pensamentos : Albert Einstein





Loucura é querer resultados diferentes, fazendo tudo sempre igual.

Detesto de saída, quem é capaz de marchar em formação com prazer ao som de uma banda. Nasceu com cérebro por engano; bastava-lhe a medula espinhal. 

Duas coisas são infinitas: o universo e a tolice humana. Mas a respeito do universo ainda tenho dúvidas. 

Estranha criatura o homem; não pede para nascer, não sabe viver e não quer morrer.

Lembre-se que as pessoas podem tirar tudo de você, menos o seu conhecimento. 

O único lugar onde sucesso vem antes do trabalho é no dicionário.

O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer.

Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito.

Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.

O valor do homem é determinado, em primeira linha, pelo grau e pelo sentido em que se libertou do seu ego.

A luta pela verdade deve ter precedência sobre todas as outras.

Dificuldades e obstáculos são fontes valiosas de saúde e força para qualquer sociedade.

Algo só é impossível até que alguém duvide e acabe provando o contrário.

Se um dia tiver que escolher entre o mundo e o amor... Lembre-se. Se escolher o mundo ficará sem o amor, mas se escolher o amor com ele você conquistará o mundo.

Grandes almas sempre encontraram forte oposição de mentes medí­ocres.

A alegria de ver e entender é o mais perfeito dom da natureza.

Educação é aquilo que fica depois que você esquece o que a escola ensinou.

Não sei com que armas a III Guerra Mundial será lutada. Mas a IV Guerra Mundial será lutada com paus e pedras.

No meio da confusão, encontre a simplicidade. A partir da discórdia, encontre a harmonia. No meio da dificuldade reside a oportunidade.

A maturidade começa a manifestar-se quando sentimos que nossa preocupação é maior pelos demais que por nós mesmos.







Pretexto para o golpe


Nunca fui de ir atrás das chamadas teorias conspiratórias. Mas muitas coisas que acontecem vão além do que sugere a sua aparência inocente. Por trás delas existem, muitas vezes, intrincadas redes de intenções que não podem ser reveladas aos mortais comuns.

O caso do julgamento desse tal mensalão é um exemplo desse jogo de sombras chinesas. Se os juízes estivessem lá apenas fazendo o seu trabalho, lendo o processo, analisando as provas e julgando os réus à luz das leis, não teria por que desconfiar de nada.

Ocorre, porém, que desde o início esse processo dá margem para que a gente desconfie de que, por trás dele, se esconde um mundo inteiro de aberrações, a começar pela estranha e suspeita coincidência de datas entre o desenrolar do julgamento e a campanha eleitoral.

Nem vou falar das acrobacias dos ministros para justificar seus votos condenatórios: pessoas muito mais qualificadas já mostraram o absurdo e o risco para o país inteiro dessas decisões.

O que me chamou a atenção sobre as segundas intenções desse julgamento foram as manifestações de alguns juízes, simples e desnecessárias provocações ao PT, à atividade política em geral, e aos poderes executivo e legislativo em particular.

Tudo isso, somado a uma cobertura "jornalística" sem paralelo na história do país, nos leva a concluir que há algo a mais no ar do que os habituais aviões de carreira.

Juntando os fatos, cada um pode chegar à conclusão que quiser.

Eu, por mim, acho que ninguém em perfeito uso de suas faculdades mentais faz provocações sem esperar que o ofendido não reaja a elas.

Portanto, uma dedução lógica é que os ministros supremos, ao montarem esse circo de horrores que foi o julgamento do tal mensalão, simplesmente pretendiam fazer com que o legislativo e o executivo, vilipendiados, criminalizados, tratados como a escória das instituições, reagissem às ofensas.

Para, na sequência, receberem a devida punição de um judiciário impoluto, o único dos poderes que restou para salvar o país do mar de corrupção no qual afunda, por obra e graça de políticos que agem como "quadrilheiros", mafiosos, bandidos cujo único propósito é assaltar os cofres públicos.

Em outras palavras, e para concluir esse tétrico exercício de hipóteses, o Supremo Tribunal Federal espera apenas uma palavra qualquer mais dura, mais enfática, sobre o absurdo de todo o processo, da presidente da República, de algum de seus ministros, ou dos presidentes da Câmara dos Deputados ou do Senado, para dar a senha para o golpe.

O motivo?

Simples, pode ser algo como "eles estão pregando a ruptura institucional, não respeitam a independência dos poderes."

Ou uma frase similar, escrita no roteiro de um filme velho, que muita gente já viu.


Postado no blog Crônicas do Motta em 24/10/2012

Pacientes e médicos do Hospital Nossa Senhora das Graças produzem vídeo emocionante com tema musical


Os pacientes, amigos e médicos do Hospital Nossa Senhora das Graças produziram um vídeo emocionante. Em todo o vídeo, a música escolhida foi “Stronger” da cantora Kelly Clarkson.


Vídeo elaborado por pacientes do setor de Hematologia e Transplante de Medula Óssea do Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba-PR, inspirado no vídeo das crianças do Seattle Children’s Hospital.
Esta filmagem foi realizada por super-heróis que se doaram por meio da alegria, sonhos, esperança e fé – por um mundo repleto de amor.
Seja um doador de medula óssea, compartilhe esta ideia!
“A beleza das coisas existe no espírito de quem as contempla”. (David Hume)

Filmagem e edição: Voluntários Felipe Torres Gonçalves e Vicente Filizola

Stronger (What Doesn’t Kill You)
Kelly Clarkson
You know the bed feels warmer
Sleeping here alone
You know I dream in colour
And do the things I want

You think you got the best of me
You think you had the last laugh
Bet you think that everything good is gone
Think you left me broken down
Think that I’d come running back
Baby you don’t know me, cause you’re dead wrong

What doesn’t kill you makes you stronger
Stand a little taller
Doesn’t mean I’m lonely when I’m alone
What doesn’t kill you makes you a fighter
Footsteps even lighter
Doesn’t mean I’m over cause you’re gone

What doesn’t kill you makes you stronger, stronger.
Just me, myself and I
What doesn’t kill you makes you stronger
Stand a little taller
Doesn’t mean I’m lonely when I’m alone

You heard that I was starting over with someone new
They told you I was moving on, and over you

You didn’t think that I’d come back
I’d come back swinging
You try to break me but you’ll see

What doesn’t kill you makes you stronger
Stand a little taller
Doesn’t mean I’m lonely when I’m alone
What doesn’t kill you makes you a fighter
Footsteps even lighter
Doesn’t mean I’m over cause you’re gone

What doesn’t kill you makes you stronger, stronger
Just me, myself and I
What doesn’t kill you makes you stronger
Stand a little taller
Doesn’t mean I’m lonely when I’m alone

Thanks to you I got a new thing started
Thanks to you I’m not the broken hearted
Thanks to you I’m finally thinking ’bout me
You know in the end the day you left was just my beginning
In the end…

What doesn’t kill you makes you stronger
Stand a little taller
Doesn’t mean I’m lonely when I’m alone
What doesn’t kill you makes you a fighter
Footsteps even lighter
Doesn’t mean I’m over cause you’re gone

What doesn’t kill you makes you stronger, stronger
Just me, myself and I
What doesn’t kill you makes you stronger
Stand a little taller

Doesn’t mean I’m lonely when I’m alone 



Entenda o que é o Partido da Imprensa Golpista PIG



Este vídeo foi produzido com trechos de editoriais de jornais brasileiros logo após o golpe militar de 1º de abril de 1964.
 
 
 
 
 

Vamos aposentar José Serra



O sonho do ministro Joaquim Barbosa pode virar pesadelo



por Ramatis Jacino

Negros que escravizam e vendem negros na África, não são meus irmãos
Negros senhores na América a serviço do capital, não são meus irmãos
Negros opressores, em qualquer parte do mundo, não são meus irmãos... 
Solano Trindade 

O racismo, adotado pelas oligarquias brasileiras para justificar a exclusão dos negros no período de transição do modo de produção escravista para o modo de produção capitalista, foi introjetado pelos trabalhadores europeus e seus descendentes, que aqui aportaram beneficiados pelo projeto de branqueamento da população brasileira, gestado por aquelas elites.

Impediu-se, assim, alianças do proletariado europeu com os históricos produtores da riqueza nacional, mantendo-os com ações e organizações paralelas, sem diálogos e estratégias de combate ao inimigo comum. 

Contudo, não há como negar que o conjunto de organizações sindicais, populares e partidárias, além das elaborações teóricas classificadas como “de esquerda”, sejam aliadas naturais dos homens e mulheres negros, na sua luta contra o racismo, a discriminação e a marginalização a que foram relegados.

No campo oposto do espectro ideológico e social, as organizações patronais, seus partidos políticos e as teorias que defendem a exploração do homem pelo homem, que classificamos de “direita”, se baseiam na manutenção de uma sociedade estamental e na justificativa da escravidão negra, como decorrência “natural” da relação estabelecida entre os “civilizados e culturalmente superiores europeus” e os “selvagens africanos”.

É equivocada, portanto, a frase de uma brilhante e respeitada filósofa negra paulistana de que “entre direita e esquerda, eu sou preta”, uma vez que coloca no mesmo patamar os interesses de quem pretende concentrar a riqueza e poder e àqueles que sonham em distribuí-la e democratizá-la.

Afirmação esta, que pressupõe alienação da população negra em relação às disputas políticas e ideológicas, como se suas demandas tivessem uma singularidade tal que estariam à margem das concepções econômicas, de organização social, políticas e culturais, que os conceitos de direita e esquerda carregam.

As elites brasileiras sempre utilizaram indivíduos ou grupos, oriundos dos segmentos oprimidos para reprimir os demais e mantê-los sob controle. 

Capitães de mato negros que caçavam seus irmãos fugidos, capoeiristas pagos para atacarem terreiros de candomblé, incorporação de grande quantidade de jovens negros nas polícias e forças armadas, convocação para combater rebeliões, como a de Canudos e Contestado, são exemplos da utilização de negros contra negros ao longo da nossa história.

Havia entre eles quem acreditasse ter conquistado de maneira individual o espaço que, coletivamente, era negado para o seu povo, iludindo-se com a ideia de que estaria sendo aceito e incluído naquela sociedade. 

Ansiosos pela suposta aceitação, sentiam necessidade de se mostrarem confiáveis, cumprindo a risca o que se esperava deles, radicalizando nas ações, na defesa dos valores dos poderosos e da ideologia do “establishment” com mais vigor e paixão do que os próprios membros das elites. 

A tragédia, para estes indivíduos – de ontem e de hoje -, se estabelece quando, depois de cumprida a função para a qual foram cooptados são devolvidos à mesma exclusão e subalternidade social dos seus irmãos.

São inúmeros os exemplos deste descarte e o mais notório é a história de Celso Pitta, eleito prefeito da maior cidade do país, apoiado pelos setores reacionários, com a tarefa de implementar sua política excludente.

Depois de alçado aos céus, derrotando uma candidata de esquerda que, quando prefeita privilegiou a população mais pobre – portanto, negra – foi atirado ao inferno por aqueles que anteriormente apoiaram sua candidatura e sua administração. Execrado pela mídia que ajudou a elegê-lo, abandonado por seus padrinhos políticos, acabou processado e preso, de forma humilhante, de pijama, algemado em frente às câmeras de televisão. Morreu no ostracismo, sepultado física e politicamente, levando consigo as ilusões daqueles que consideram que a questão racial passa ao largo das opções político/ideológicas.

A esquerda, por suas origens e compromissos, em que pese o fato de existirem pessoas racistas que se auto intitulam de esquerda, comporta-se de maneira diversa: foi um governo de esquerda que nomeou cinco ministros de Estado negros; promulgou a lei 10.639, que inclui a história da África e dos negros brasileiros nos currículos escolares; criou cotas em universidades públicas; titulou terras de comunidades quilombolas e aprofundou relações diplomáticas, econômicas e culturais com o continente africano.

Joaquim Barbosa se tornou o primeiro ministro negro do STF como decorrência do extraordinário currículo profissional e acadêmico, da sua carreira e bela história de superação pessoal. Todavia, jamais teria se tornado ministro se o Brasil não tivesse eleito, em 2003, um Presidente da República convicto que a composição da Suprema Corte precisaria representar a mistura étnica do povo brasileiro.

Com certeza, desde a proclamação da República e reestruturação do STF, existiram centenas, talvez milhares de homens e mulheres negras com currículo e história tão ou mais brilhantes do que a do ministro Barbosa.

Contudo, nunca passou pela cabeça dos presidentes da República – todos oriundos ou a serviço das oligarquias herdeiras do escravismo – a possibilidade de indicar um jurista negro para aquela Corte. 

Foi necessário um governo de esquerda, com todos os compromissos inerentes à esquerda verdadeira, para que seu mérito fosse reconhecido.

A despeito disso, o ministro Barbosa, em uníssono com o Procurador Geral da República, considera não haver necessidade de provas para condenar os réus da Ação Penal 470. Solidariza-se com as posições conservadoras e evidentemente ideológicas de alguns dos demais ministros e, em diversas ocasiões procura ser “mais realista do que o próprio rei”.

Cumpre exatamente o roteiro escrito pela grande mídia ao optar por condenar não uma prática criminosa, mas um partido e um governo de esquerda em um julgamento escandalosamente político, que despreza a presunção de inocência dos réus, do instituto do contraditório e a falta de provas, como explicitamente já manifestaram mais de um dos integrantes daquela Corte.

Por causa “desses serviços prestados” é alçado aos céus pela mesma mídia que, faz uma década, milita contra todas as iniciativas promotoras da inclusão social protagonizadas por aquele governo, inclusive e principalmente, àquelas que tentam reparar as conseqüências de 350 anos de escravidão e mais de um século de discriminação racial no nosso país.

O ministro vive agora o sonho da inclusão plena, do poder de fato, da capacidade de fazer valer a sua vontade. Vive o sonho da aceitação total e do consenso pátrio, pois foi transformado pela mídia em um semideus, que “brandindo o cajado da lei, pune os poderosos”.

Não há como saber se a maximização do sonho do ministro Joaquim Barbosa é entrar para a história como um juiz implacável, como o mais duro presidente do STF ou como o primeiro presidente da República negro, como já alardeiam, nas redes sociais e conversas informais, alguns ingênuos, apressados e “desideologizados” militantes do movimento negro.

O fato é que o seu sonho é curto e a duração não ultrapassará a quantidade de tempo que as elites considerarem necessário para desconstruir um governo e um ex-presidente que lhes incomoda profundamente.

Elaborar o maior programa de transferência de renda do mundo, construir mais de um milhão de moradias populares, criar 15 milhões de empregos, quase triplicar o salário mínimo e incluir no mercado de consumo 40 milhões de pessoas, que segundo pesquisas recentes é composto de 80% de negros, é imperdoável para os herdeiros da Casa Grande. 

Contar com um ministro negro no Supremo Tribunal Federal para promover a condenação daquele governo é a solução ideal para as elites, que tentam transformá-lo em instrumento para alcançarem seus objetivos.

O sonho de Joaquim Barbosa e a obsessão em demonstrar que incorporou, na íntegra, as bases ideológicas conservadoras daquele tribunal e dos setores da sociedade que ainda detém o “poder por trás do poder” está levando-o a atropelar regras básicas do direito, em consonância com os demais ministros, comprometidos com a manutenção de uma sociedade excludente, onde a Justiça é aplicada de maneira discricionária.

A aproximação com estes setores e o distanciamento dos segmentos a quem sua presença no Supremo orgulha e serve de exemplo, contribuirão para transformar seu sonho em pesadelo, quando àqueles que o promoveram à condição de herói protagonizarem sua queda, no momento que não for mais útil aos interesses dos defensores do “apartheid social e étnico” que ainda persiste no país.

Certamente não encontrará apoio e solidariedade nos meios de esquerda, que são a origem e razão de ser daquele que, na Presidência da República, homologou sua justa ascensão à instância máxima do Poder Judiciário. 

Dos trabalhadores das fábricas e dos campos, dos moradores das periferias e dos rincões do norte e nordeste, das mulheres e da juventude, diretamente beneficiados pelas políticas do governo que agora é atingido injustamente pela postura draconiana do ministro, não receberá o apoio e o axé que todos nós negros – sem exceção – necessitamos para sobreviver nessa sociedade marcadamente racista.


Ramatis Jacino é professor, mestre e doutorando em História Econômica pela USP e presidente do INSPIR – Instituto Sindical Interamericano pela Igualdade Racial


Postado nos blogs Viomundo e Contraponto em 22/10/2012