E se eles tiverem toda a razão?




Serão verdades factuais? Ou seriam definitivas? Sempre foi assim? Ou vai mudar? 
É que a história sempre foi escrita pelos vencedores, lamentavelmente. Um dia, quem sabe, a humanidade tomará o rumo certo, despida dos interesses políticos e partidários, e do mercantilismo. Hodiernamente a imprensa imagina escrever a história do presente e do futuro, influenciar o povo, governos e justiça.


Liberdade 


Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, não tem ninguém que a explique e ninguém que não entenda.



Cecília Meireles



A verdade sempre prevalece 

Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta, formará um público tão vil como ela mesma.


Joseph Pulitzer



Depois, não digam que não sabiam...





Postado no blog Richard Jakubaszko em 13/10/2012


Será que eles sabem ?





Carlos Augusto Vieira da Costa

A explosão de comentários depreciativos e jocosos sobre a condenação de José Dirceu nas redes sociais me fez pensar sobre o que essas pessoas sabem que eu não sei.

Será que elas sabem que durante o Regime Militar, após o AI-5, o Supremo Tribunal Federal sofreu intervenção do Poder Executivo, que redundou na cassação de três Ministros? 

Será que elas sabem que a sociedade brasileira, com exceção de alguns poucos, fechou os olhos e se calou diante do golpe militar? 

E que dentre esses poucos havia um jovem estudante de direito chamado José Dirceu, que por conta da sua insurgência foi preso e expulso do país? E que depois de expulso, voltou clandestinamente para colaborar com a resistência, colocando a sua vida em risco? 

Na verdade, no seu caso, se fosse pego pelo regime, o melhor que poderia lhe acontecer seria morrer, pois o que o esperava era muito pior.

Então, se não sabem, é bom que saibam, pois num país onde muitos marmanjos barbados se borram de medo diante de um mirrado pivete no sinaleiro, fazer o que Dirceu fez pode ser considerado um ato de heroísmo.

Mas não é só isto.

Será que elas sabem que quem indicou Joaquim Barbosa para o STF foi Lula? E que além de Barbosa coube a Lula indicar outros sete ministros entre os 11 integrantes, numa prova inequívoca de que não houve aparelhamento da Suprema Corte pelo PT?

Será que eles sabem que para condenar Dirceu o STF foi buscar no direito americano uma teoria (teoria do domínio do fato) totalmente estranha à nossa tradição jurídica, pois do contrário não seria possível condená-lo por ausência de provas materiais sobre sua participação? 

E que pouco antes do julgamento do mensalão o STF havia declarado a nulidade de toneladas de provas produzidas pela operação Satiagraha, da Polícia Federal, incriminadoras do banqueiro Daniel Dantas, fazendo de conta de que nada fora descoberto?

Por fim, será que eles sabem que o mensalão foi uma criação do PSDB do estado de Minas Gerais, para reeleição do governador Eduardo Azeredo no ano de 1998? E que a corrupção não foi uma invenção do PT, nem começou no governo Lula?

Essas considerações, é bem verdade, não impedem que Zé Dirceu possa ser chamado à responsabilidade e eventualmente sentenciado por crime cometido e provado. 

Todavia, dada a grandeza da sua atuação na defesa da democracia brasileira, qualquer condenação de sua pessoa deveria ser precedida de solene constrangimento, tal qual Pilatos que lavou as mãos antes de entregar Jesus para crucificação, e não do modo atrabiliário como foi feito.

De qualquer maneira, não preocupa tanto a via crucis de Dirceu, que não deve significar muito perto dos riscos que correu durante o Regime Militar.

Preocupa mais o fato da nossa sociedade não saber reconhecer na coragem e valentia de Dirceu valores de conduta merecedores de homenagens, e que marmanjos barbados que temem uma ida a pé até a padaria sejam mais valorizados.

Isto sim preocupa, pois nesse ritmo não tardará para nos transformarmos num país de panacas, ou de qualquer outro adjetivo que aceite uma rima.


* Carlos Augusto Vieira da Costa
Procurador do Município de Curitiba


Postado no blog A justiceira de Esquerda em 15/10/2012


Normose




Martha Medeiros 

Lendo uma entrevista do professor Hermógenes, 86 anos, considerado o fundador da ioga no Brasil, ouvi uma palavra inventada por ele que me pareceu muito procedente: ele disse que o ser humano está sofrendo de NORMOSE, A DOENÇA DE SER NORMAL.

Todo mundo quer se encaixar num padrão. 

Só que o padrão propagado não é exatamente fácil de alcançar. O sujeito "normal" é magro, alegre, belo, sociável, e bem-sucedido. Quem não se "normaliza" acaba adoecendo. 

A angústia de não ser o que os outros esperam de nós gera bulimias, depressões, síndromes do pânico e outras manifestações de não enquadramento. 

A pergunta a ser feita é: quem espera o quê de nós? 

Quem são esses ditadores de comportamento a quem estamos outorgando tanto poder sobre nossas vidas? Eles não existem. 

Nenhum João, Zé ou Ana bate à sua porta exigindo que você seja assim ou assado. Quem nos exige é uma coletividade abstrata que ganha "presença" através de modelos de comportamento amplamente divulgados. 

Só que não existe lei que obrigue você a ser do mesmo jeito que todos, seja lá quem for todos. 

Melhor se preocupar em ser você mesmo. 




A normose não é brincadeira. Ela estimula a inveja, a auto-depreciação e a ânsia de querer o que não se precisa... 

Você precisa de quantos pares de sapato? Comparecer em quantas festas por mês? Pesar quantos quilos até o verão chegar? 

Não é necessário fazer curso de nada para aprender a se desapegar de exigências fictícias. Um pouco de auto-estima basta. 

Pense nas pessoas que você mais admira: não são as que seguem todas as regras bovinamente, e sim aquelas que desenvolveram personalidade própria e arcaram com os riscos de viver uma vida a seu modo. 

Criaram o seu "normal" e jogaram fora a fórmula, não patentearam, não passaram adiante. O normal de cada um tem que ser original. 

Não adianta querer tomar para si as ilusões e desejos dos outros. É fraude. E uma vida fraudulenta faz sofrer demais. 

Eu não sou filiada, seguidora, fiel, ou discípula de nenhuma religião ou crença, mas simpatizo cada vez mais com quem nos ajuda a remover obstáculos mentais e emocionais, e a viver de forma mais íntegra, simples e sincera. 

Por isso divulgo o alerta: a normose está doutrinando erradamente muitos homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e felizes. 







Uma das verdades sobre a Copa do Mundo 2014 no Brasil




Olha o que acontece quando estado e grandes corporações se unem. Este vídeo traz uma das verdades sobre a Copa do Mundo 2014. Certamente há outras que talvez até contradigam esta, mas certamente ela é uma delas.
Imagina na Copa. Imagina depois da Copa. Imagina nas Olimpíadas Rio 2016.

Postado no blog Livros e Afins em 13/10/2012


Dia dos Professores


Recebi a seguinte mensagem carinhosa de minha amiga carioca, a Professora Glória Moraes, exemplo de abnegação:
Aos meus colegas, pelo Dia dos Professores,
Não queria ser professora, mas meu pai me impôs como se cursar o Instituto de Educação fosse servir à Pátria. Não me propus a educar crianças, dar-lhes limites, pois tenho a convicção de que esta é uma das funções da família, cabendo ao professor prepará-las para compreender o mundo. No curso Normal, li Paulo Freire e eu me encantei quando me dei conta de que a leitura do mundo precede a leitura da palavra. Que ninguém educa ninguémninguém educa a si mesmo, mas que nós nos educamos e nos formamos mediados por nossas relações, com os outros e com o mundo.
Depois, já no Ensino Superior, tive o privilégio de ter grandes mestres e eles me mostraram que não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino, e que aprender a pensar era antes de tudo saber questionar nossas certezas. Que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. Em ambiente elitizado, como é o da Economia, eu me convenci de que a teoria sem a prática vira ‘verbalismo’, assim como a prática sem teoria, vira ativismo. No entanto, quando se une a prática com a teoria tem-se a práxis, a ação criadora e modificadora da realidade. Mas não queria ser professora, e eu me formei disposta a conhecer ainda mais o mundo.
E andei por muitos caminhos, e me dei conta de que me movia como uma educadora, porque como me ensinou Paulo Freire, primeiro, “a gente se move como gente”. E creio que ninguém ignora tudoNinguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso, aprendemos sempre. E eu me dei conta de que a educação sozinha não transforma a sociedade, mas sem ela tampouco a sociedade muda. Se a nossa opção é progressiva, se estamos a favor da vida e não da morte, da equidade e não da injustiça, do direito e não do arbítrio, da convivência com o diferente e não de sua negação, não temos outro caminho se não viver a nossa opção.
Foi um longo caminho, e creio que muito há a percorrer. Procurando diminuir a distância entre o que digo e o que sinto; entre o que transmito e o que penso; ganho a vida como professora. Com todos os percalços dessa profissão, em País em que a sociedade não valoriza o conhecimento e o saber. Não! Não é o “governo”, este “ente abstrato” que desvaloriza a profissão. Somos nós, as famílias, nós que constituímos isto que se convencionou chamar sociedade que deixamos que o conhecimento e a curiosidade sobre os nossos semelhantes, sobre os nossos vizinhos, sobre a natureza e sobre o mundo se desvanecessem. Sucumbimos sob a pressão dos padrões de consumo e de comportamento e do que se convencionou chamar de entretenimento. Nossos filhos, em grande parte, não sentem o prazer de aprender.
Sinto um gosto de solidão às vésperas do Dia dos Professores. É como se a tristeza batesse à minha porta, pedindo para entrar. Gosto de ensinar quando me percebo capaz de apresentar um jeito diferente de se olhar o mundo, e gosto de aprender. Pode ser sobre um autor novo, sobre um tempero que faz uma comida ser mais saborosa, sobre a agilidade de minhas gatinhas tentando abocanhar um pássaro, sobre uma nova planta que floresce em meu jardim.
Durante muitos anos acreditei que a humanidade se movimentava pela curiosidade. Mas perdi a inocência, pois a ingenuidade não combina com a idade. Mas não quero perder a alegria, pois ela não chega apenas no enco ntro do achadomas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura,  fora da boniteza e da alegria.
Com toda licença, do Professor Paulo Freire, a quem tantos textos tomei emprestado, que consigamos trabalhar com alegria e esperança. Bom descanso no Dia dos Professores!
Meu carinho,
Glorinha Moraes.
Postado no blog Outas Mídias em 14/10/2012

Sorrir faz bem !


Quando acaba a bateria do controle remoto


Apoio a senhoras com Alzheimer!


Na fila do SUS


Homem x TV


Pastel do Japa!