Urnas mostram que povo não culpa PT pelo mensalão



Eduardo Guimarães

Há dois meses que a direita midiática brasileira divulga uma realidade paralela na qual todos os seus sonhos se materializariam. O primeiro desses sonhos se refere a Lula, que teria perdido influência junto ao povo. O segundo sonho envolve o PT, que estaria em vias de extinção política. E tudo isso estaria ocorrendo devido ao julgamento do mensalão.

As pesquisas de intenção de voto também vinham sendo cruéis com os petistas por terem mostrado uma realidade paralela que, ao fim do processo eleitoral em primeiro turno, deixou de ser “realidade” e voltou a ser a fantasia que sempre foi.

Temos, porém, que nos deter nesse capítulo: umas duas dezenas de horas antes de fecharem-se as urnas o instituto Datafolha divulgou quadro sobre a disputa eleitoral em São Paulo que não corroborava a teoria sobre a “morte” do PT que os donos desse instituto, entre outros, vinham alardeando, e idealizava o segundo turno dos sonhos da mídia e do PSDB.

No sábado, horas antes da eleição, o Datafolha afirmava que José Serra e Celso Russomano eram os mais cotados para ir ao segundo turno. Todavia, fechadas as urnas, todos descobriram o que este blog vinha dizendo ser a verdade: o instituto de pesquisas do jornal Folha de São Paulo havia produzido uma realidade em vez de se limitar ao dever de relatá-la.

No Datafolha, durante toda a campanha do primeiro turno, Fernando Haddad nunca ficou em segundo lugar, numericamente. Mas ficou nas urnas, que é o que importa.

Todavia, não foi por outra razão que este blogueiro e o doutor Antonio Donizeti da Costa, diretor-jurídico do Movimento dos Sem Mídia, varamos dias a fio elaborando uma denúncia contra fraudes em pesquisas que envolvia o Datafolha e o instituto que é considerado sua antítese, o Vox Populi. Sabíamos que havia algo errado com as pesquisas de um deles. Agora, todos sabem qual é.

Sobre a realidade paralela que a mídia tucana criou, sobre a pseudo débâcle do PT e de Lula, os fatos falam por si. Sobre “efeitos políticos” que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, o ministro do Supremo Marco Aurélio de Mello e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso torciam para que resultassem do julgamento do mensalão, não se materializaram.

Talvez a melhor tradução do recado do povo à direita midiático-judiciária seja a eleição em primeiro turno do candidato do PT a prefeito de Osasco, Jorge Lapas. Para quem não sabe, ele substituiu o deputado João Paulo Cunha, recentemente condenado (sem provas) pelo Supremo Tribunal Federal.

Pois bem, o STF impediu a candidatura de um petista e o povo, então, elegeu outro petista. O recado do povo de Osasco foi claríssimo: não acreditamos no julgamento que condenou João Paulo e, então, vamos votar no candidato que ficou em seu lugar. Ponto.

Por todo o país, o PT teve um desempenho tão além do que a mídia previa que até (pasmem) Merval Pereira reconheceu, na Globo News, que “o julgamento do mensalão não teve o efeito esperado”. Ora, Merval, se você lesse a blogosfera – ou ao menos este blog – teria descoberto isso antes.

Claro que o PT ainda pode não vencer em cidades-chave como São Paulo, mas isso, se ocorresse, não mudaria a vitória imensa que o partido obteve no primeiro turno. Nas maiores cidades, o PT certamente é o partido que mais recebeu votos a vereadores e prefeitos em primeiro turno. Em breve os números estarão aí para quem quiser comprovar.

Mas, para não dizerem que não falei de flores, vamos ao que julgo que ocorrerá em São Paulo no segundo turno.

Gabriel Chalita já avisou que deve se compor com Haddad – até porque, é inimigo figadal de José Serra. Quanto a Celso Russomano, independentemente do que possa querer os eleitores que estavam consigo devem migrar, em expressiva maioria, para o candidato do PT.

Explico: o eleitorado que votou em Russomano é da periferia, do chamado “cinturão vermelho” de São Paulo, um eleitorado entre o qual o PT sempre vence em qualquer eleição para cargos majoritários, seja para prefeito, governador ou presidente. Esse eleitorado estava com Russomano porque julgava que era ele quem tinha mais chance de derrotar Serra.

Sobre o tucano, sua enorme rejeição reside, em grande parte, sabe entre que eleitorado, leitor? Entre o de Haddad e o de Russomano. Não que não exista quem rejeite Serra entre o eleitorado de Gabriel Chalita, mas a periferia paulistana é que dava base a Russomano porque apostava nele para impedir que o atual modelo de gestão de São Paulo prosseguisse.

Claro que, para Haddad, será muito mais duro enfrentar Serra do que o frágil Russomano, que tinha votos emprestados do petista. Afinal, a mídia cairá matando em cima de Haddad para tentar salvar a carreira política do seu aliado tucano. Todavia, Serra não terá mais a ajudinha do Datafolha, que sai desmoralizado do primeiro turno.

O Datafolha pode até praticar suas bruxarias, mas, desta vez, o eleitorado já saberá que não deve lhe dar muita bola.

Claro que mídia e Serra vão tentar, mais uma vez, oferecer mensalão aos paulistanos em vez de propostas para melhorar a cidade. Contudo, mais uma vez o prognóstico deste blog é o de que colherão o mesmo resultado que colheram em todas as eleições nas quais apostaram nessa “bala de prata”.

Quem enxerga o que a direita midiática tenta fazer no Brasil e percebe quão antidemocrático é, portanto, tem motivos de sobra para comemorar. Como foi dito incontáveis vezes nesta página, a maioria esmagadora do povo não está nem aí para o mensalão. A direita pode ter a mídia e o STF, mas não tem povo – que, ao fim, é quem manda.


Postado no Blog da Cidadania em 08/10/2012
Trechos grifados por mim

Racistas agridem nordestinos no Twitter por votarem em Haddad



Eduardo Guimarães

De sábado para domingo, repetiu-se fenômeno que se viu em 2010 na rede social Twitter. Uma horda de paulistanos jovens passou a veicular mensagens racistas insultando nordestinos por votarem no candidato do PT a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.

Na imagem acima, o leitor pode ver uma dessas mensagens. Logo abaixo do texto, dá para ver que foi repassada por incríveis 85 outras pessoas.

O fenômeno é escandaloso e recorrente em São Paulo. O preconceito contra nordestinos é extremamente forte nos bairros ricos da cidade. E não é exatamente um preconceito regional, um tipo de xenofobia, mas preconceito racial puro.

Os paulistanos das classes mais abastadas chamam negros e pardos de “baianos”. Se for loirinho, branquinho, pode até ter sotaque nordestino que é aceito. O preconceito da elite de São Paulo é racial mesmo, dirigido a quem tenha traços de negro. É negro, é “baiano”.

Como todo preconceituoso é também um covarde, a jovem que publicou no Twitter a mensagem supra reproduzida apagou seu perfil naquela rede social logo após começarem a denunciá-la ao Ministério Público e à Safernet. Todavia, há muitos outros.

Essa é uma das razões pelas quais o voto no PT é muito importante sobretudo aqui em São Paulo. Esses racistas são eleitores declarados de José Serra. Em toda eleição na qual ele está envolvido, quando as coisas não vão bem para ele começam a culpar “nordestinos”.

Aliás, vale dizer que essa gente não se limita a insultos racistas na internet. De 2010 para cá, casos de agressões a nordestinos na internet e até em plena rua vêm se sucedendo.

O ódio que Serra espalha para tentar vencer eleições aumenta a intolerância religiosa, sexual, racial e política. Por isso, você, paulistano, neste domingo de eleição, reflita: é preciso derrotar o PSDB nas urnas para livrar a política dessa infecção moral.

Neste domingo, portanto, eu, minha mulher, meu filho e minhas filhas votaremos em Fernando Haddad por uma São Paulo sã, liberta do preconceito, do ódio, da mesquinharia e da insensibilidade que José Serra representa e estimula.

Postado no Blog da Cidadania em 07/10/2012


Perguntando ao nutricionista


Vamos esclarecer algumas dúvidas sobre alimentação?

Fui conversar com a minha nutricionista Laíse

Pinho sobre alguns questionamentos que são feitos de vez em quando por cada um de nós. 

A melhor pessoa para nos responder corretamente sobre isso, é o profissional que leva a vida, cuidando da nossa saúde. 

Quantas refeições devemos fazer por dia?

A dieta deve ser fracionada em 6 refeições, comendo de três em três horas. Não precisa esperar o apetite chegar para comer. Isso pode terminar em excessos e escolhas menos saudáveis. E quando o intervalo entre as refeições é grande, o organismo entende que falta alimento no ambiente e, então, diminui seu ritmo de trabalho para guardar energia. Resultado: a gordura continua estocada.





Qual é a gordura mais prejudicial à saúde?

A gordura trans deve ser banida do cardápio por gerar doenças coronarianas. Deve-se sempre verificar o rótulo dos produtos industrializados no supermercado, principalmente o de biscoitos, bolos, margarinas, frituras em óleos reutilizados e sorvetes cremosos.




Entre os óleos, qual possui menos gordura saturada?

O de canola é o que carrega menor concentração desse tipo de gordura. Essa gordura, apesar de menos nociva do que a trans, também é uma ameaça ao coração.




Por que os carboidratos complexos costumam ser mais indicados do que os simples? 

Por que além de não terem passado por um processo que elimina alguns nutrientes, os carboidratos complexos são repletos de fibras e isso torna o esvaziamento gástrico mais lento, gerando uma maior sensação de saciedade. São ótimas fontes de energia! Exemplos de carboidratos complexos: arroz integral, batata doce, aveia. Já os simples perdem muitos nutrientes no processo de refinamento e, por serem digeridos rapidamente, se transformam em gordura com facilidade. Exemplos de carboidratos simples: mel, doces, etc.
     


Um pouco de chocolate não é pecado - faz até bem. É melhor atacar o branco, amargo, meio amargo ou ao leite?

Se há um chocolate a ser consumido, esse é o amargo. Apesar de tão calórico quanto o meio amargo, ele conta com uma concentração maior de antioxidantes, que combatemos radicais livres, destruidores das células. A versão amarga ainda ajuda a controlar o apetite e protege o coração.





Postado no blog Antenadas em 05/10/2012
Imagens inseridas por mim


Sorrir faz bem !


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boneco inflavel da copa atacado por manifestantes em porto alegre latuff humor politico 580x368 Brigada militar tenta salvar boneco da Coca Cola em Porto Alegre

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Está tudo invertido no mundo



Cristina Rodrigues

Já tinha até desistido de escrever um post específico sobre a privatização de espaços públicos em Porto Alegre, já que abordei um pouco do tema aqui e aqui. Mas os acontecimentos de ontem à noite, que somam a política privatista da Prefeitura com a truculência da Brigada Militar (do governo do estado), me deram comichão, e aqui vão alguns comentários…

Pra começar, essa história está errada desde o princípio. A agressão de ontem aos manifestantes que derrubaram o boneco da Coca-Cola foi só o cúmulo do negócio. Um absurdo total, mas que é consequência da escolha anterior.

Ao leitor que não é daqui, explico… Porto Alegre tem, na frente do Mercado PÚBLICO, um largo (que leva o nome de um jornalista das antigas, Glênio Peres) com características históricas da nossa colonização açoriana, como o piso de paralelepípedos. Várias coisas aconteciam ali, de característica popular. Era um espaço de manifestações do povo, de comícios de partidos e de atividades que incentivam a economia solidária e a agricultura familiar, como feira de produtos. Sempre aconteceu ali uma tradicional feira de peixe às vésperas da Páscoa, por exemplo.

Recentemente, parte desse espaço público foi entregue à iniciativa privada, com a justificativa de que embelezaria a cidade. A Coca-Cola/Vonpar construiu um chafariz que tem 19 pontos de saída de água ao longo do largo e instalou um boneco inflável gigante com o tatu-bola que é símbolo da Copa do Mundo (outro negócio em que circula uma grana violenta que a gente não vê, mas isso fica pra outro dia). Algumas das manifestações que antes aconteciam continuam acontecendo normalmente, mas outras foram prejudicadas, sem falar no cartaz da Prefeitura, na entrada do prédio (ao lado do Mercado Público e do Glênio Peres), que leva o símbolo da Coca-Cola.

Aí chegamos a ontem. Nesta quinta-feira, dia 4 de outubro de 2012, um pessoal saiu ta frente da Prefeitura, em uma manifestação pacífica. O mote era a alegria e a defesa era a dos espaços públicos, como o Largo Glênio Peres e o também privatizado auditório Araújo Vianna (espaço de shows pertencente a Porto Alegre que foi concedido à Opus e agora cobra ingressos do nível de iniciativa privada, elitizando a cultura). Protegendo o boneco tinha, segundo reportagem do Sul21, mais de 20 guardas municipais, 19 policiais militares, quatro viaturas e três motos. Ainda assim, derrubaram o tatu. Como resposta, foram reprimidos violentamente. As fotos com o pessoal sujo de sangue impressionam.


E aí vem a triste constatação de que está tudo errado no mundo. A Prefeitura compra o discurso privatista e cede parte do patrimônio PÚBLICO à inciativa privada, prejudicando atos populares. A Brigada Militar, do governo estadual, reprime os manifestantes. Mas o problema vai muito além, está na sociedade. Critiquei a repressão aos manifestantes e vieram com o discurso classe-mediano me perguntar se eu gostaria que destruíssem meu carro. Discurso vazio de defesa da propriedade privada frente à vida. Não, se eu tivesse carro, não gostaria que o destruíssem. Mas esse carro não seria um patrimônio público que me tivesse sido entregue. E nunca, em hipótese alguma, eu defenderia que batessem na pessoa que destruiu um bem material.

Não concorda que destruam o boneco? Ok, aceito o argumento. Mas nada disso justificativa a agressão.

Acontece que as coisas estão na frente das pessoas, e isso não tem o menor sentido. Daqui a pouco vamos viver em um mundo só de coisas, sem pessoas. Ou com pessoas se odiando em nome de coisas. Um mundo de ódio, de extremos. Que mundo é esse, deus do céu? Eu sou contra a privatização porque defendo que o mundo é das pessoas, não das coisas. E que entregar o patrimônio que é de todos para muito poucos ajuda muito a colocar as coisas em primeiro lugar.

Um mundo que incentiva a intolerância é um mundo triste.

Contra esse mundo aí, porém, temos armas poderosas. Podemos usar o amor e a tolerância, em vez do ódio. Ainda acredito que vai funcionar.

Fotos: Ramiro Furquim (as duas primeiras) e André Ávila. Mais fotos aqui.

Postado no blog Somos Andando em 05/10/2012
Trecho grifado por mim


Um tribunal que condena por achar que existe crime onde faltam provas





J. Carlos de Assis*

Fui um dos últimos, talvez o último jornalista a ser processado por crime de opinião nos termos da infame Lei de Segurança Nacional da ditadura, em 1983. Havia feito uma série de reportagens na “Folha de S. Paulo” vinculando uma trama financeira fraudulenta na cúpula da Capemi a personagens proeminentes do antigo SNI, Serviço Nacional de Informações. A acusação contra mim não era que houvesse mentido mas sim que, ao divulgar informações que podiam até mesmo ser verdadeiras, tinha, em hipótese, a intenção de desestabilizar o regime. 

Assim era a Justiça da ditadura: julgava pela intenção imputada subjetivamente, não pelo fato. Contudo, meu processo caiu em mãos de um destemido juiz militar, Helmo Sussekind, que me deu o direito da “exceção da verdade”. A exceção da verdade é a figura jurídica que possibilita ao processado fazer a prova de que o que escreveu ou disse era a verdade, independentemente de intenção. Esse, aliás, é o fundamento que torna a liberdade de imprensa efetivamente justa. Do contrário, seria uma cobertura para a calúnia, a injúria e a difamação.

Recordo-me dessa experiência pessoal porque vejo o Supremo Tribunal Federal caminhar para um tipo de jurisprudência, no caso do chamado mensalão, em que se substitui a criteriosa apuração do fato por uma odiosa e subjetiva suposição sobre as intenções. Supõe-se, sem prova convincente, que recursos financeiros mobilizados pelo PT foram usados para comprar votos. Supõe-se, sem prova convincente, que esse esquema de compra de votos foi comandado pelo ex-chefe da Casa de Civil José Dirceu. 

Até as pedras sabem que o sistema de coligações partidárias no Brasil, dada a existência de mais de 30 partidos, implica transações financeiras através de caixas um ou de caixas dois, sobretudo no que diz respeito a compra de tempo de televisão nas campanhas eleitorais. Não há nenhuma ideologia nesse processo, e os que gostariam que houvesse não conhecem a democracia real nem aqui nem em nenhuma parte do mundo. Portanto, no rescaldo das eleições, sempre há acertos financeiros a fazer por conta dos acordos anteriores independentemente do comportamento corrente das bancadas no Congresso.

O contorcionismo feito pelos procuradores e pelo relator do mensalão para demonstrar uma vinculação entre pagamentos pelo esquema de Valério e votações no Congresso é simplesmente ridículo. Não tiveram o cuidado sequer de convocar um estatístico para examinar as correlações. Se chamassem, veriam que não existem correlações significativas do ponto de vista científico. Num processo que tem mais de 60 mil páginas, era de se esperar um pouco mais de escrúpulo para quem cuida de julgar destinos humanos e de suas liberdades.

No caso de Dirceu é ainda mais fantástico. Ouvi estarrecido de uma ministra do Supremo que não achava razoável supor que o ex-ministro não soubesse do esquema de pagamentos, presumindo-se, desde logo, que os pagamentos teriam sido feitos para comprar votos (crime de corrupção ativa e passiva) e não para pagar dívidas de campanha (irregularidade eleitoral). Ela não disse que os autos demonstram inequivocamente que Dirceu soubesse do esquema. Ela disse o que teria dito um magistrado da ditadura: que Dirceu teve a intenção de montar o esquema!

Ainda há seis votos antes da decisão final. São seis votos que separam o Supremo da vergonha de ter sacrificado inocentes sob pressão da uma campanha de mídia infamante, cujo argumento mais sólido, em toda essa tragicomédia, é de que é preciso pegar os peixes grandes para saciar a sede de vingança da opinião pública em relação aos políticos. Sim, os dirigentes do PT denunciados pelo chamado mensalão são aparentemente peixes grandes. Contudo, chegaram aonde chegaram pelo voto popular no exercício da democracia. O número de votos que os pôs lá é grande demais para ter sido comprado.

Naturalmente que a manipulação da opinião pública pela mídia influi em ministros de caráter fraco. Daí o risco para a Justiça e para a democracia. Mas sempre existe uma saída. O ministro Levendowsky provou a todos nós, que acreditam na independência do Judiciário, que nem tudo está perdido. A própria transparência dos debates no STF ajudam aos mais atentos a formar essa opinião: se por um lado ela favorece o estrelismo do relator, por outro deixa clara a insuficiência da denúncia. Por exemplo, ficou mais do que demonstrado que um mensalão, tal como inicialmente “denunciado” na forma de pagamentos mensais regulares, jamais existiu, tendo-se apenas conservado o nome por vício mídiatico.

(*) Economista e professor de Economia Internacional na UEPB, autor, entre outros livros de Economia Política, do recém-lançado “A Razão de Deus”, pela editora Civilização Brasileira. Esta coluna sai também nos sites Rumos do Brasil e Brasilianas, e, ás terças, no jornal carioca Monitor Mercantil.

Postado no site Carta Maior em 06/10/2012
Imagem inserida por mim
Trecho grifado por mim


Ojuara deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Um tribunal que condena por achar que existe crime....": 

Estou lendo esse teu blog desde o início, enquanto defendia a atitude dos manifestantes no recente incidente no Largo Glênio Peres, criticando o governo local, vá lá, conseguiu dar uma certa aparência de "neutralidade"... Mas agora, ao terminar a leitura do post sobre o caso do Mensalão e seus comentários sobre os Ministros do STF, ficou evidente sua parcialidade petista... Lewandowski, assim como Toffoli, é q são seus exemplos de magistrados, então... Claramente estão lá para defender a legenda do partido que está no Poder Executivo Federal, até as pedras sabem disso... Enquanto que o Ministro Joaquim Barbosa, que está, este sim, exercendo sua independência que se espera de um julgador, assim como outros Ministros que tem merecido o respeito da população brasileira por seus votos neste caso, vc rotula de "escravos da mídia"... Todo mundo está errado, só vc é que está certo e que consegue ver as coisas claramente, não é mesmo, "João sinho do Passo Certo"? Não seja covarde vc, admita sua parcialidade e identificação partidária,ao contrário de emitir opinião aqui com um pseudo viés jornalístico.... 



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A criação de um blog tem como finalidade principal expor nossas opiniões e pensamentos. 
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