Quando é que acontece a magia?







Créditos

Curta “Onde nascem os sonhos”

Direção, e diçãoe roteiro: L.S. Alves

Mãe, Maquiagem e edição: Edy Comerlatto

Filha: Liz Comerlatto Alves

Argumento: Roberta Fraga

Músicas: Matthew Tyas – Des notes balches e Cristian Moresi – Celtic Night.

Nos mês das crianças o curta de 1 minuto Onde nascem os sonhos é uma homenagem às crianças que são leitoras e um estímulo aos pais que leem para seus filhos.

Há algum mistério no momento em que um leitor se encanta por uma história. Mas eu não me refiro à qualidade da obra, se bem escrita, se tem suspense, se tem apelo. O que falo é a magia que acontece quando o leitor encontra a história, porque um livro, fechado ou aberto sem contato com o leitor, uma história que não entrou pelos olhos do leitor e atingiu sua mente ou seu coração, é apenas um punhado de tinta e celulose ou de pixels, conforme o caso.

E como é bonita essa magia! Essa força que realmente transforma. Ao lermos um livro, no momento em que fechamos a capa final e nos damos o direito de exibir aquele sorriso bobo (quem nem mesmo percebemos que fazemos), já não somos mais a mesma pessoa do momento anterior à leitura. Somos mais, somos melhores, somos maiores.

Recorri à observação da criação, onde o tema a que me refiro parece ser mais claramente vivo: a imaginação, a fantasia, a ilusão.

Chame do que quiser. O fato é que acontece uma mágica e não é culpa inteiramente do escritor (bom ou mal, fácil ou difícil). A leitura, já comentei aqui é um processo extremamente ativo. Você, leitor, compactua com o autor, você se permite, você se posiciona, você vive os personagens e se identifica (ou não), você torce pelos tipos, sugere finais. Tudo isso porque, no momento em que você abre o livro e o lê, a história já passa a ser sua.


Foto: Crianças vendo um teatro de bonecos, Paris, França, 1963, Alfred Eisenstaedt (1898 – 1995)

Com as crianças é assim ainda mais físico, que o conteúdo psicológico. Eles arregalam olhos, suspiram, cantam, torcem (às vezes aos gritos), preocupam-se diante do infortúnio do herói, pegam o leitor, sobem em cima do leitor, parecendo não acreditar que tanta coisa fantástica saia dali, daquele papel. Um boa leitura faz isso e muito mais.

E é curioso como isso acontece. Pensando numa resposta mais concreta, eu me vi às voltas com o livro O Brincar e a Realidade de D. W. Winnicott. E supus que iria encontrar lá uma resposta acadêmica para a indagação a respeito da fantasia, da ilusão e da importância delas. E vi muito mais: vi que o sonho (ele difere clinicamente sonho e fantasia, posto que o livro se trata na verdade de tese, com estudos clínicos sobre o comportamento dos pacientes e a importância do brincar) e a bricadeira são o momento em que o ser, o eu (que ele chama de self) ao brincar, compactua a realidade e vivencia a própria criatividade. É o momento em que a ilusão entra em contato com o real, sem deixar de lado o mundo interno do ser, o que está em volta dele e o que ele almeja, sonha, projeta-se.

Mas o que isso tem a ver com o livro? Compare: no momento da leitura isso também ocorre? Uma brincadeira entre o eu, o real e o que gostaríamos que fosse. Esse processo todo acontece, nem que seja até o suspiro da leitura final, quando fechamos a quarta capa.

Não sou formada em Psicologia, mas suspeito que ler seja, no fundo (ou desde a superfície), uma grande brincadeira.


Sobre o autor


Roberta Fraga

Crio seres imaginários, escrevo contos, costuro histórias.



Postado no blog Livros e Afins em 05/10/2012
Imagem inserida por mim



Que peninha ...






Urnas mostram que povo não culpa PT pelo mensalão



Eduardo Guimarães

Há dois meses que a direita midiática brasileira divulga uma realidade paralela na qual todos os seus sonhos se materializariam. O primeiro desses sonhos se refere a Lula, que teria perdido influência junto ao povo. O segundo sonho envolve o PT, que estaria em vias de extinção política. E tudo isso estaria ocorrendo devido ao julgamento do mensalão.

As pesquisas de intenção de voto também vinham sendo cruéis com os petistas por terem mostrado uma realidade paralela que, ao fim do processo eleitoral em primeiro turno, deixou de ser “realidade” e voltou a ser a fantasia que sempre foi.

Temos, porém, que nos deter nesse capítulo: umas duas dezenas de horas antes de fecharem-se as urnas o instituto Datafolha divulgou quadro sobre a disputa eleitoral em São Paulo que não corroborava a teoria sobre a “morte” do PT que os donos desse instituto, entre outros, vinham alardeando, e idealizava o segundo turno dos sonhos da mídia e do PSDB.

No sábado, horas antes da eleição, o Datafolha afirmava que José Serra e Celso Russomano eram os mais cotados para ir ao segundo turno. Todavia, fechadas as urnas, todos descobriram o que este blog vinha dizendo ser a verdade: o instituto de pesquisas do jornal Folha de São Paulo havia produzido uma realidade em vez de se limitar ao dever de relatá-la.

No Datafolha, durante toda a campanha do primeiro turno, Fernando Haddad nunca ficou em segundo lugar, numericamente. Mas ficou nas urnas, que é o que importa.

Todavia, não foi por outra razão que este blogueiro e o doutor Antonio Donizeti da Costa, diretor-jurídico do Movimento dos Sem Mídia, varamos dias a fio elaborando uma denúncia contra fraudes em pesquisas que envolvia o Datafolha e o instituto que é considerado sua antítese, o Vox Populi. Sabíamos que havia algo errado com as pesquisas de um deles. Agora, todos sabem qual é.

Sobre a realidade paralela que a mídia tucana criou, sobre a pseudo débâcle do PT e de Lula, os fatos falam por si. Sobre “efeitos políticos” que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, o ministro do Supremo Marco Aurélio de Mello e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso torciam para que resultassem do julgamento do mensalão, não se materializaram.

Talvez a melhor tradução do recado do povo à direita midiático-judiciária seja a eleição em primeiro turno do candidato do PT a prefeito de Osasco, Jorge Lapas. Para quem não sabe, ele substituiu o deputado João Paulo Cunha, recentemente condenado (sem provas) pelo Supremo Tribunal Federal.

Pois bem, o STF impediu a candidatura de um petista e o povo, então, elegeu outro petista. O recado do povo de Osasco foi claríssimo: não acreditamos no julgamento que condenou João Paulo e, então, vamos votar no candidato que ficou em seu lugar. Ponto.

Por todo o país, o PT teve um desempenho tão além do que a mídia previa que até (pasmem) Merval Pereira reconheceu, na Globo News, que “o julgamento do mensalão não teve o efeito esperado”. Ora, Merval, se você lesse a blogosfera – ou ao menos este blog – teria descoberto isso antes.

Claro que o PT ainda pode não vencer em cidades-chave como São Paulo, mas isso, se ocorresse, não mudaria a vitória imensa que o partido obteve no primeiro turno. Nas maiores cidades, o PT certamente é o partido que mais recebeu votos a vereadores e prefeitos em primeiro turno. Em breve os números estarão aí para quem quiser comprovar.

Mas, para não dizerem que não falei de flores, vamos ao que julgo que ocorrerá em São Paulo no segundo turno.

Gabriel Chalita já avisou que deve se compor com Haddad – até porque, é inimigo figadal de José Serra. Quanto a Celso Russomano, independentemente do que possa querer os eleitores que estavam consigo devem migrar, em expressiva maioria, para o candidato do PT.

Explico: o eleitorado que votou em Russomano é da periferia, do chamado “cinturão vermelho” de São Paulo, um eleitorado entre o qual o PT sempre vence em qualquer eleição para cargos majoritários, seja para prefeito, governador ou presidente. Esse eleitorado estava com Russomano porque julgava que era ele quem tinha mais chance de derrotar Serra.

Sobre o tucano, sua enorme rejeição reside, em grande parte, sabe entre que eleitorado, leitor? Entre o de Haddad e o de Russomano. Não que não exista quem rejeite Serra entre o eleitorado de Gabriel Chalita, mas a periferia paulistana é que dava base a Russomano porque apostava nele para impedir que o atual modelo de gestão de São Paulo prosseguisse.

Claro que, para Haddad, será muito mais duro enfrentar Serra do que o frágil Russomano, que tinha votos emprestados do petista. Afinal, a mídia cairá matando em cima de Haddad para tentar salvar a carreira política do seu aliado tucano. Todavia, Serra não terá mais a ajudinha do Datafolha, que sai desmoralizado do primeiro turno.

O Datafolha pode até praticar suas bruxarias, mas, desta vez, o eleitorado já saberá que não deve lhe dar muita bola.

Claro que mídia e Serra vão tentar, mais uma vez, oferecer mensalão aos paulistanos em vez de propostas para melhorar a cidade. Contudo, mais uma vez o prognóstico deste blog é o de que colherão o mesmo resultado que colheram em todas as eleições nas quais apostaram nessa “bala de prata”.

Quem enxerga o que a direita midiática tenta fazer no Brasil e percebe quão antidemocrático é, portanto, tem motivos de sobra para comemorar. Como foi dito incontáveis vezes nesta página, a maioria esmagadora do povo não está nem aí para o mensalão. A direita pode ter a mídia e o STF, mas não tem povo – que, ao fim, é quem manda.


Postado no Blog da Cidadania em 08/10/2012
Trechos grifados por mim

Racistas agridem nordestinos no Twitter por votarem em Haddad



Eduardo Guimarães

De sábado para domingo, repetiu-se fenômeno que se viu em 2010 na rede social Twitter. Uma horda de paulistanos jovens passou a veicular mensagens racistas insultando nordestinos por votarem no candidato do PT a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.

Na imagem acima, o leitor pode ver uma dessas mensagens. Logo abaixo do texto, dá para ver que foi repassada por incríveis 85 outras pessoas.

O fenômeno é escandaloso e recorrente em São Paulo. O preconceito contra nordestinos é extremamente forte nos bairros ricos da cidade. E não é exatamente um preconceito regional, um tipo de xenofobia, mas preconceito racial puro.

Os paulistanos das classes mais abastadas chamam negros e pardos de “baianos”. Se for loirinho, branquinho, pode até ter sotaque nordestino que é aceito. O preconceito da elite de São Paulo é racial mesmo, dirigido a quem tenha traços de negro. É negro, é “baiano”.

Como todo preconceituoso é também um covarde, a jovem que publicou no Twitter a mensagem supra reproduzida apagou seu perfil naquela rede social logo após começarem a denunciá-la ao Ministério Público e à Safernet. Todavia, há muitos outros.

Essa é uma das razões pelas quais o voto no PT é muito importante sobretudo aqui em São Paulo. Esses racistas são eleitores declarados de José Serra. Em toda eleição na qual ele está envolvido, quando as coisas não vão bem para ele começam a culpar “nordestinos”.

Aliás, vale dizer que essa gente não se limita a insultos racistas na internet. De 2010 para cá, casos de agressões a nordestinos na internet e até em plena rua vêm se sucedendo.

O ódio que Serra espalha para tentar vencer eleições aumenta a intolerância religiosa, sexual, racial e política. Por isso, você, paulistano, neste domingo de eleição, reflita: é preciso derrotar o PSDB nas urnas para livrar a política dessa infecção moral.

Neste domingo, portanto, eu, minha mulher, meu filho e minhas filhas votaremos em Fernando Haddad por uma São Paulo sã, liberta do preconceito, do ódio, da mesquinharia e da insensibilidade que José Serra representa e estimula.

Postado no Blog da Cidadania em 07/10/2012


Perguntando ao nutricionista


Vamos esclarecer algumas dúvidas sobre alimentação?

Fui conversar com a minha nutricionista Laíse

Pinho sobre alguns questionamentos que são feitos de vez em quando por cada um de nós. 

A melhor pessoa para nos responder corretamente sobre isso, é o profissional que leva a vida, cuidando da nossa saúde. 

Quantas refeições devemos fazer por dia?

A dieta deve ser fracionada em 6 refeições, comendo de três em três horas. Não precisa esperar o apetite chegar para comer. Isso pode terminar em excessos e escolhas menos saudáveis. E quando o intervalo entre as refeições é grande, o organismo entende que falta alimento no ambiente e, então, diminui seu ritmo de trabalho para guardar energia. Resultado: a gordura continua estocada.





Qual é a gordura mais prejudicial à saúde?

A gordura trans deve ser banida do cardápio por gerar doenças coronarianas. Deve-se sempre verificar o rótulo dos produtos industrializados no supermercado, principalmente o de biscoitos, bolos, margarinas, frituras em óleos reutilizados e sorvetes cremosos.




Entre os óleos, qual possui menos gordura saturada?

O de canola é o que carrega menor concentração desse tipo de gordura. Essa gordura, apesar de menos nociva do que a trans, também é uma ameaça ao coração.




Por que os carboidratos complexos costumam ser mais indicados do que os simples? 

Por que além de não terem passado por um processo que elimina alguns nutrientes, os carboidratos complexos são repletos de fibras e isso torna o esvaziamento gástrico mais lento, gerando uma maior sensação de saciedade. São ótimas fontes de energia! Exemplos de carboidratos complexos: arroz integral, batata doce, aveia. Já os simples perdem muitos nutrientes no processo de refinamento e, por serem digeridos rapidamente, se transformam em gordura com facilidade. Exemplos de carboidratos simples: mel, doces, etc.
     


Um pouco de chocolate não é pecado - faz até bem. É melhor atacar o branco, amargo, meio amargo ou ao leite?

Se há um chocolate a ser consumido, esse é o amargo. Apesar de tão calórico quanto o meio amargo, ele conta com uma concentração maior de antioxidantes, que combatemos radicais livres, destruidores das células. A versão amarga ainda ajuda a controlar o apetite e protege o coração.





Postado no blog Antenadas em 05/10/2012
Imagens inseridas por mim


Sorrir faz bem !


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