Otimismo faz bem !


Hoje, quando me levantei da cama, meu pescoço fez “treck”.


Quando me espreguicei, minha coluna fez “crack”. 


Quando me abaixei para pegar meu sapato, meus joelhos fizeram “creck”.


Então relaxei... 


E concluí que

ALÉM DE GOSTOSA, ESTOU FICANDO CROCANTE!






A Privataria em cordel



 

Caiu a casa tucana
Do jeito que deveria
E agora nem resta pó
Pois tudo na luz do dia
Está tão claro e exposto
E o que ninguém sabia
Surge revelado em livro
Sobre a tal privataria.

Amauri Ribeiro Junior
Um jornalista mineiro
Em mais de 300 páginas
Apresenta ao mundo inteiro
A nobre arte tucana
De assaltar o brasileiro
Pondo o Brasil à venda
Ao capital estrangeiro.

Expondo a crua verdade
Do Brasil privatizado
O livro do jornalista
Não deixa ninguém de lado
Acusa Fernando Henrique
Gregório Marin Preciado
Serra e suas mutretas
E o assalto ao Banestado.

Revelando em detalhes
Uma quadrilha em ação
O relato jornalístico
Destrói logo a ficção
De que político tucano
É homem de correção
Mostrando que entre eles
O que não falta é ladrão.

Doleiros e arapongas
Telefone grampeado
Maracutaias financeiras
Lavagem por todo lado
Dinheiro que entra e sai
Além de sigilo quebrado
Obra de gente tucana
Na privatização do Estado.

Parece mas não é
Ficção esse relato
Envolvendo tanta gente
E homens de fino trato
Que pra roubar precisaram
Montar um belo aparato
Tomando pra si o Estado
Mas hoje negam o fato.

Tudo isso e muito mais
Coisas de uma gente fina
Traficantes de influência
E senhores da propina
Mostrando como se rouba
Ao pivete da esquina
E a cada negócio escuso
Ganhando de novo na quina.

Se tudo isso não der
Pra tanta gente cadeia
Começando por Zé Serra
Cuja conta anda cheia
O Brasil fica inviável
A coisa fica mais feia
Pois não havendo justiça
O povo se desnorteia

Com CPI já pensada
Na câmara dos deputados
Não se fala outra coisa
No imponente senado
Onde senhores astutos
E tão bem engravatados
Sabem que o bicho pega
Se tudo for investigado.

Por isso, temos tucanos
Numa total caganeira
No vaso se contorcendo
Às vezes a tarde inteira
Mesmo com a velha mídia
Sua indiscreta parceira
Pelo silêncio encobrindo
Outra grande roubalheira.

São eles amigos da Veja
Da Folha e do Estadão,
Da Globo e da imprensa
Que distorce a informação
Blindando tantas figuras
Que tem perfil de ladrão
Mostrando-os respeitáveis
Como gente e cidadão.

Pois essa mídia vendida
Deles eterna parceira
E que se diz democrática
Mas adora bandalheira
Ainda não achou palavras
E silenciosa anda inteira
Como se fosse possível
Ignorar tanta sujeira.

Ela que tanto defende
A liberdade de imprensa
Mas somente liberdade
Pra dizer o que compensa
Não ferindo interesses
Tendo como recompensa
Um poder exacerbado
Que faz toda a diferença.

Mas neste livro a figura
Praticamente central
Sujeito rei das mutretas
Um defensor da moral
É o impoluto Zé Serra
Personagem que afinal
Agora aparece despido
Completamente venal.

É o próprio aparece
Sem retoque nem pintura
Tramando nos bastidores
Roubando na cara dura.
É o Zé Serra que a mídia
Esconde e bota censura
Para que o povo não veja
A sua trágica feiúra.

E ele sabe e faz tudo
No reino da malandragem
Organiza vazamentos
Monta esquema de lavagem
Ensina a filha e o cunhado
As artes da trambicagem
E como bandido completo
Tenta preservar a imagem.

Mas agora finalmente
Com a casa já no chão
E exposta em detalhes
Tão imensa podridão
Que nosso país invadiu
Com a privatização
Espera-se que Zé Serra
Vá direto pra prisão.

E pra não ficar sozinho
Que ele vá acompanhado
Do Fernando ex-presidente
Mais o genro dedicado
Marido da filha Mônica
E outro homem devotado
Ricardo Sergio Oliveira
E também o Preciado.

Completando o esquema
Deixando lotada a prisão
Ainda cabe o Aécio
Jereissati e algum irmão
Nunca esquecendo o Dantas
Que só rouba de bilhão
E traz guardado no bolso
O tal Gilmar canastrão.

Como estamos em época
De Comissão da Verdade
Que se investigue a fundo
E não se tenha piedade
Dos que usaram o Estado
Visando a finalidade
De praticar tanto crime
E ficar na impunidade.

Tanto roubo descarado
Provado em documento
Não pode ser esquecido
E ficar sem julgamento
Pois lesou essa nação
Provocando sofrimento
A quem sofre e trabalha
Por tão pouco vencimento.

Que o livro do Amauri
Maior presente do ano
Seja lido e comentado
Sem reservas nem engano
Arrebentando o esquema
Desse grupo tão insano
Abrindo cela e cadeia.
Pra todo bandido tucano.

(de Silvio Prado / fortaleza.ceará)


Postado no blog O Cachete em 24/09/2012



Dica do dia: faça um bolo !



Roberta Fraga

A conversa na rede social começou com a reclamação acerca do barulho que a igreja fazia em seus ritos e que aquilo já estava atrapalhando a rotina de algumas pessoas da vizinhança. Dentre as observações, muitas vezes divertidas, uma delas sobressaiu-se:

Faça um bolo, leve até eles e peça que entendam que você trabalha neste horário e que precisa de mais silêncio!

Provavelmente, numa selva como a que vivemos hoje, essa atitude ao longe pode parecer não surtir nenhum efeito prático.

Na vida, você pode reclamar, reclamar e tomar providências, tomar providências, levantar bandeiras,fazer campanhas, ter atitude, difundir ideias em redes sociais, fazer blogs carismáticos (ou não) e agora eu descobri no alto da idade da razão que se pode também fazer um bolo.

Eu me pergunto como é que eu vivi toda a minha vida e só agora tive essa percepção.

Faça um bolo! É uma iniciativa que cabe em qualquer circunstância da vida.

Dissecando a informação: fazer um bolo envolve tantas ações positivas num ser humano que me enrolaria se as enumerasse.

E não é só o fato de fazer, você mesmo fazer, tirar seu tempo para fazer, empenhar materiais e carinho (porque precisa agradar e ser agradável)…

Não é apenas o fato de fazer algo para alguém, porque é um ato de doação da sua generosidade para alguém: sei lá, para alegrar, para alimentar, para agradecer, para compartilhar, para pedir, para se solidarizar, para comemorar, para lembrar, para doar, para o que você quiser.

Também não é apenas o fato de fazer o bolo para alguém por algum motivo, há a porção do desarmamento, da entrega de algo bom em troca de algum bom senso, da rendição carinhosa e sem armas como gesto de boa vontade.

Não sei mais em quantas tantas consequências positivas adviriam de Faça um bolo! Mas com certeza, todas elas boas em intenção, ação e atitude. 

Talvez essa seja uma sabedoria empírica de mãe ou avó (que é mãe duas vezes) do que já sabemos, mas quase nunca nos lembramos, uma vez que na hora da providência lembramos de notificações, ações judiciais, ameaças, polícia, agressões, vinganças, mas nunca nos lembramos (ou sequer sabemos) do conselho Faça um bolo!

Portanto, diante de muitas dessas circunstâncias da vida que o desagradam: faça um bolo!


Sobre o autor

Roberta Fraga

Crio seres imaginários, escrevo contos, costuro histórias.


               Postado no blog Livros e Afins em 21/09/2012

O dia é de todas as árvores…


Melhor Imagem
Ipê-branco (Tabebuia roseo-alba) 

... Mas o Ipê, independentemente da cor de sua flor, bem que poderia ser nossa árvore símbolo da resistência  à devastação. A beleza não está só na sua floração, mas na cor escura e contrastante de seu tronco e galhos.  Também na sua formação, quase um “bouquet”.

O ipê da foto acima é o branco (Tabebuia roseo-alba). Beleza rara pelo tempo da florada de no máximo quarto dias (quando não, menos). As espécies de outras cores (roxa e amarela, sobretudo), vão de uma semana a 10 dias. O ipê-branco floresce entre agosto e outubro, em tempos de primavera.

Sua origem? Brasil, do Norte do Estado de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás. O ipê-branco é uma imagem que tenho guardada, lá do sítio da minha bisavó (Fazenda Santa Maria), onde passei bom tempo da minha infância e juventude.  Agora, madura –como o ipê- ainda nos dias de hoje posso continuar contemplando sua beleza.

Peixe Solto: O registro foi no município de Sacramento (MG), Triângulo Mineiro. Envie também sua história e sua melhor imagem no endereço: contato@peixesolto.com.br

 Postado no blog Peixe Solto em 21/09/2012

Linda forma de viver !


O meu programa de índio

Programa de índio
Programa de índio é fazer parte da natureza 

Maraísa de Melo Ribeiro é meu nome com todas as letras. Nasci em Campinas (SP), uma cidade que já se desenhava grande. Mas a família mudou, quando ainda menina e, felizmente, cresci com o pé na terra. Não brincava de bonecas, mas também não jogava bola de gude. Gostava mesmo de chupar jabuticaba no pé, tomar chuva, andar a cavalo… E assim foi na vizinha Mogi Mirim, até depois da minha maioridade. As férias de julho, sempre no sítio da minha bisavó, no Triângulo Mineiro, também me ajudaram a cultivar o gosto pela vida rural.

Programa de Índio

E, por quê? Carrego no meu sangue, um tanto dos colonizadores portugueses, um outro tanto da negritude africana e parte da brasilidade indígena. Dos portugueses herdei a vontade de me aventurar em descobertas, representada pela figura de minha mãe, professora de História e Geografia, que repetia sempre uma frase como oração: “existem duas formas de aprender, lendo ou viajando”. Zelândia,  o nome dela e que também lembra um país,  escolheu as duas coisas. Mas ela morreu antes que eu completasse 16 anos, antes de defender a sua tese de mestrado e de realizar o sonho de conhecer de perto a Grécia e o Egito.

Desde o meu primeiro emprego, meu primeiro salário, passei a investir em viagens. Levava os meus olhos para todo lado, como janelas abertas. “Quem sabe ela (minha mãe) não dava uma espiadinha?”
Programa de Índio

A paixão pela minha gente, minha cultura e raízes penso que herdei dos meus ascendentes negros, representados hoje pela minha família. E, por fim, o olhar atento. O amor e o respeito pelas minhas escolhas correm pelas minhas veias graças à herança indígena. São as lembranças do meu pai, que pulsam e me impulsionam. Ele, um advogado, que me despertava admiração desde menina, quando defendia suas causas com devoção, nos tempos de Mogi Guaçu (SP).

Hoje, não tenho dúvidas que esta mistura tão brasileira me levou naturalmente ao caminho que, agora, teimo em trilhar. Jornalista, formada na Fundação Cásper Líbero, em 1983, descobri ainda em São Paulo, uma redação de um jornal recém-inaugurado, o “Indicador Rural”, e na metrópole fui a campo. Jovem, sem marido e filhos, me colocaram na estrada. Exposições, leilões, feiras, congressos de Norte a Sul do País.

Programa de Índio
Casei e mudei para Marília, interior de São Paulo. Foi na então Rede Globo Oeste Paulista, com sede em Bauru, que comecei minha trajetória na TV, aos 30 anos. De lá, uma passagem de pouco mais de um ano em Ribeirão Preto até retornar a Campinas. A decisão de voltar para a terra natal foi por entender que era tempo de novamente viver mais perto da família (pai e irmãos), após o meu divórcio. Mas não imaginava que a mudança resgataria não só o convívio com velhos amigos e a família, mas também minha essência.

Como um rio, minha vida seguiu o curso natural e agora desejo que continue seu destino. A passagem da repórter cobrindo assuntos rotineiros de uma região metropolitana, para a repórter pescadora e jornalista ambiental foi um presente, resultado das minhas escolhas e da minha herança que devo valorizar.

Embarco em mais um “Programa de índio”. Ao contrário do sentido popular da frase, a única “barca furada” do índio foi ter caído na conversa do “branco”. Gerações viveram na simplicidade da sobrevivência, valorizando “as coisas, que não são coisas”. Tudo bem que agora eles não são como os pais deles, depois de forçados a “ganhar” outros valores.  Mas tem índio que, como eu, não quer repetir os erros dos antepassados e luta neste momento para resgatar o verdadeiro “Programa de Índio”.
Programa de índio

Também eu, Peixe Solto nesse mundo virtual e sem porteiras, quero ter a oportunidade de trabalhar por uma causa. Devolver parte do muito que aprendi nas minhas viagens e no convívio com a nossa gente. Livre de amarras e agora presa somente por laços de amor e amizade, quero contribuir para que mais e mais pessoas descubram na vida sustentável a sua sobrevivência.



Peixe Solto: Celina Mello, minha tia e mãe por adoção, fez uma pergunta (comentário) em uma das postagens na minha página pessoal do Facebook:



-Mara, qual é o segredo para a interação com a natureza?

-Não tem segredo tia, basta entender que a gente faz parte, somos uma pequena parte dela.


Postado no blog Peixe Solto em 18/09/2012

Sorrir faz bem !




Tirinhas engraçadas - Mulheres - Quer da no ninho?