O dia é de todas as árvores…


Melhor Imagem
Ipê-branco (Tabebuia roseo-alba) 

... Mas o Ipê, independentemente da cor de sua flor, bem que poderia ser nossa árvore símbolo da resistência  à devastação. A beleza não está só na sua floração, mas na cor escura e contrastante de seu tronco e galhos.  Também na sua formação, quase um “bouquet”.

O ipê da foto acima é o branco (Tabebuia roseo-alba). Beleza rara pelo tempo da florada de no máximo quarto dias (quando não, menos). As espécies de outras cores (roxa e amarela, sobretudo), vão de uma semana a 10 dias. O ipê-branco floresce entre agosto e outubro, em tempos de primavera.

Sua origem? Brasil, do Norte do Estado de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás. O ipê-branco é uma imagem que tenho guardada, lá do sítio da minha bisavó (Fazenda Santa Maria), onde passei bom tempo da minha infância e juventude.  Agora, madura –como o ipê- ainda nos dias de hoje posso continuar contemplando sua beleza.

Peixe Solto: O registro foi no município de Sacramento (MG), Triângulo Mineiro. Envie também sua história e sua melhor imagem no endereço: contato@peixesolto.com.br

 Postado no blog Peixe Solto em 21/09/2012

Linda forma de viver !


O meu programa de índio

Programa de índio
Programa de índio é fazer parte da natureza 

Maraísa de Melo Ribeiro é meu nome com todas as letras. Nasci em Campinas (SP), uma cidade que já se desenhava grande. Mas a família mudou, quando ainda menina e, felizmente, cresci com o pé na terra. Não brincava de bonecas, mas também não jogava bola de gude. Gostava mesmo de chupar jabuticaba no pé, tomar chuva, andar a cavalo… E assim foi na vizinha Mogi Mirim, até depois da minha maioridade. As férias de julho, sempre no sítio da minha bisavó, no Triângulo Mineiro, também me ajudaram a cultivar o gosto pela vida rural.

Programa de Índio

E, por quê? Carrego no meu sangue, um tanto dos colonizadores portugueses, um outro tanto da negritude africana e parte da brasilidade indígena. Dos portugueses herdei a vontade de me aventurar em descobertas, representada pela figura de minha mãe, professora de História e Geografia, que repetia sempre uma frase como oração: “existem duas formas de aprender, lendo ou viajando”. Zelândia,  o nome dela e que também lembra um país,  escolheu as duas coisas. Mas ela morreu antes que eu completasse 16 anos, antes de defender a sua tese de mestrado e de realizar o sonho de conhecer de perto a Grécia e o Egito.

Desde o meu primeiro emprego, meu primeiro salário, passei a investir em viagens. Levava os meus olhos para todo lado, como janelas abertas. “Quem sabe ela (minha mãe) não dava uma espiadinha?”
Programa de Índio

A paixão pela minha gente, minha cultura e raízes penso que herdei dos meus ascendentes negros, representados hoje pela minha família. E, por fim, o olhar atento. O amor e o respeito pelas minhas escolhas correm pelas minhas veias graças à herança indígena. São as lembranças do meu pai, que pulsam e me impulsionam. Ele, um advogado, que me despertava admiração desde menina, quando defendia suas causas com devoção, nos tempos de Mogi Guaçu (SP).

Hoje, não tenho dúvidas que esta mistura tão brasileira me levou naturalmente ao caminho que, agora, teimo em trilhar. Jornalista, formada na Fundação Cásper Líbero, em 1983, descobri ainda em São Paulo, uma redação de um jornal recém-inaugurado, o “Indicador Rural”, e na metrópole fui a campo. Jovem, sem marido e filhos, me colocaram na estrada. Exposições, leilões, feiras, congressos de Norte a Sul do País.

Programa de Índio
Casei e mudei para Marília, interior de São Paulo. Foi na então Rede Globo Oeste Paulista, com sede em Bauru, que comecei minha trajetória na TV, aos 30 anos. De lá, uma passagem de pouco mais de um ano em Ribeirão Preto até retornar a Campinas. A decisão de voltar para a terra natal foi por entender que era tempo de novamente viver mais perto da família (pai e irmãos), após o meu divórcio. Mas não imaginava que a mudança resgataria não só o convívio com velhos amigos e a família, mas também minha essência.

Como um rio, minha vida seguiu o curso natural e agora desejo que continue seu destino. A passagem da repórter cobrindo assuntos rotineiros de uma região metropolitana, para a repórter pescadora e jornalista ambiental foi um presente, resultado das minhas escolhas e da minha herança que devo valorizar.

Embarco em mais um “Programa de índio”. Ao contrário do sentido popular da frase, a única “barca furada” do índio foi ter caído na conversa do “branco”. Gerações viveram na simplicidade da sobrevivência, valorizando “as coisas, que não são coisas”. Tudo bem que agora eles não são como os pais deles, depois de forçados a “ganhar” outros valores.  Mas tem índio que, como eu, não quer repetir os erros dos antepassados e luta neste momento para resgatar o verdadeiro “Programa de Índio”.
Programa de índio

Também eu, Peixe Solto nesse mundo virtual e sem porteiras, quero ter a oportunidade de trabalhar por uma causa. Devolver parte do muito que aprendi nas minhas viagens e no convívio com a nossa gente. Livre de amarras e agora presa somente por laços de amor e amizade, quero contribuir para que mais e mais pessoas descubram na vida sustentável a sua sobrevivência.



Peixe Solto: Celina Mello, minha tia e mãe por adoção, fez uma pergunta (comentário) em uma das postagens na minha página pessoal do Facebook:



-Mara, qual é o segredo para a interação com a natureza?

-Não tem segredo tia, basta entender que a gente faz parte, somos uma pequena parte dela.


Postado no blog Peixe Solto em 18/09/2012

Sorrir faz bem !




Tirinhas engraçadas - Mulheres - Quer da no ninho?




É Primavera!













Ele quer ser Presidente do Brasil


A alegria dos fotógrafos


Diz a lenda que ele já telefonou muitas e muitas vezes para os donos dos jornais reclamando das fotos de que não gostava. Mil campanhas políticas depois, já deve ter se acostumado em se ver nas mais variadas situações. Se apenas uma imagem fala mais que mil palavras, algumas imagens podem ajudar a entender o que vai dentro dessa cabeça...



Postado no blog Crônicas do Motta em 22/09/2012


Personagens com HIV da Turma da Mônica contra o preconceito

          Proposta do gibi é ajudar a disseminar informação e combater o preconceito  (Foto: Divulgação)

No gibi, Igor e Vitória, que aparecem ao lado dos personagens da Turma da Mônica, têm habilidades com esportes e levam uma vida saudável.

Maurício de Sousa lança primeiro gibi da Turma da Mônica com personagens soropositivos. Foto: ABr
Maurício de Sousa lançou nesta segunda (17) seu primeiro gibi com personagens que têm o vírus da imunodeficiência humana (HIV). Por meio de Igor e Vitória, o criador da Turma da Mônica vai abordar questões como forma de contágio, o que é o vírus, como viver com crianças soropositivas e o impacto social da síndrome.
A ideia dos personagens foi da ONG Amigos da Vida, que atua na prevenção e combate ao HIV/aids. Christiano Ramos, presidente da ONG, diz que o trabalho resolve um problema existente nas mídias voltadas para crianças. “O Maurício tem uma linguagem bem acessível, bem leve. Ele vem fazer um papel inédito, que é trabalhar a aids com muita leveza, tranquilidade e naturalidade para as crianças”, disse.
Não é a primeira vez que o autor utiliza personagens de seus quadrinhos para levar informação e conscientizar seus leitores. Humberto, que é mudo, Dorinha, que não enxerga, e Luca, que não anda, mostraram que crianças com restrições físicas são crianças normais e devem ser tratadas como tal.
“Vamos usar a credibilidade da Turma da Mônica e nossa técnica de comunicação para espantar esse preconceito, principalmente do adulto, que muitas vezes sugerem medo à criançada. Vamos mostrar que a criança pode ter uma vida normal, com a pequena diferença de ter de tomar remédio a tal hora e, caso venha a se ferir, tem que ter alguém cuidando do ferimento. Fora isso, é uma vida normal”, diz Maurício.
O autor diz que Igor e Vitória podem vir a fazer parte do elenco permanente da Turma da Mônica, não necessariamente citando o fato de eles serem soropositivos. Ele explica que o gibi é também voltado para os pais. “É uma revista única no mundo. E também é voltada para os pais. Criança não tem preconceito, são os pais que inoculam”, diz.
Cláudia Renata, que é professora, levou seus filhos Maria Teresa e Lourenço para o lançamento. Ela diz que os filhos, antes de lerem o gibi, perguntaram quem eram aqueles novos amiguinhos. Para Lourenço, de 5 anos, são crianças normais. “Eles têm uma doença e têm que tomar um remédio. Só isso.”
No gibi, Igor e Vitória, que aparecem ao lado dos personagens da Turma da Mônica, têm habilidades com esportes e levam uma vida saudável. A professora na história é quem explica que eles precisam tomar alguns remédios e que, no caso de se machucarem, um adulto deve ser chamado para tomar os cuidados adequados.
São 30 mil exemplares do gibi, que serão distribuídos gratuitamente nas brinquedotecas do Distrito Federal, na pediatria dos hospitais da Rede Amil (um dos patrocinadores do projeto) e nos hospitais públicos do governo do Distrito Federal.
O objetivo da ONG Amigos da Vida é que em 2012 as histórias de Igor e Vitória cheguem também a São Paulo, ao Rio de Janeiro, a Porto Alegre, a Curitiba, a Salvador e ao Recife.

Postado no blog Pragmatismo Político em 18/09/2012