Sorrir faz bem !




Tirinhas engraçadas - Mulheres - Quer da no ninho?




É Primavera!













Ele quer ser Presidente do Brasil


A alegria dos fotógrafos


Diz a lenda que ele já telefonou muitas e muitas vezes para os donos dos jornais reclamando das fotos de que não gostava. Mil campanhas políticas depois, já deve ter se acostumado em se ver nas mais variadas situações. Se apenas uma imagem fala mais que mil palavras, algumas imagens podem ajudar a entender o que vai dentro dessa cabeça...



Postado no blog Crônicas do Motta em 22/09/2012


Personagens com HIV da Turma da Mônica contra o preconceito

          Proposta do gibi é ajudar a disseminar informação e combater o preconceito  (Foto: Divulgação)

No gibi, Igor e Vitória, que aparecem ao lado dos personagens da Turma da Mônica, têm habilidades com esportes e levam uma vida saudável.

Maurício de Sousa lança primeiro gibi da Turma da Mônica com personagens soropositivos. Foto: ABr
Maurício de Sousa lançou nesta segunda (17) seu primeiro gibi com personagens que têm o vírus da imunodeficiência humana (HIV). Por meio de Igor e Vitória, o criador da Turma da Mônica vai abordar questões como forma de contágio, o que é o vírus, como viver com crianças soropositivas e o impacto social da síndrome.
A ideia dos personagens foi da ONG Amigos da Vida, que atua na prevenção e combate ao HIV/aids. Christiano Ramos, presidente da ONG, diz que o trabalho resolve um problema existente nas mídias voltadas para crianças. “O Maurício tem uma linguagem bem acessível, bem leve. Ele vem fazer um papel inédito, que é trabalhar a aids com muita leveza, tranquilidade e naturalidade para as crianças”, disse.
Não é a primeira vez que o autor utiliza personagens de seus quadrinhos para levar informação e conscientizar seus leitores. Humberto, que é mudo, Dorinha, que não enxerga, e Luca, que não anda, mostraram que crianças com restrições físicas são crianças normais e devem ser tratadas como tal.
“Vamos usar a credibilidade da Turma da Mônica e nossa técnica de comunicação para espantar esse preconceito, principalmente do adulto, que muitas vezes sugerem medo à criançada. Vamos mostrar que a criança pode ter uma vida normal, com a pequena diferença de ter de tomar remédio a tal hora e, caso venha a se ferir, tem que ter alguém cuidando do ferimento. Fora isso, é uma vida normal”, diz Maurício.
O autor diz que Igor e Vitória podem vir a fazer parte do elenco permanente da Turma da Mônica, não necessariamente citando o fato de eles serem soropositivos. Ele explica que o gibi é também voltado para os pais. “É uma revista única no mundo. E também é voltada para os pais. Criança não tem preconceito, são os pais que inoculam”, diz.
Cláudia Renata, que é professora, levou seus filhos Maria Teresa e Lourenço para o lançamento. Ela diz que os filhos, antes de lerem o gibi, perguntaram quem eram aqueles novos amiguinhos. Para Lourenço, de 5 anos, são crianças normais. “Eles têm uma doença e têm que tomar um remédio. Só isso.”
No gibi, Igor e Vitória, que aparecem ao lado dos personagens da Turma da Mônica, têm habilidades com esportes e levam uma vida saudável. A professora na história é quem explica que eles precisam tomar alguns remédios e que, no caso de se machucarem, um adulto deve ser chamado para tomar os cuidados adequados.
São 30 mil exemplares do gibi, que serão distribuídos gratuitamente nas brinquedotecas do Distrito Federal, na pediatria dos hospitais da Rede Amil (um dos patrocinadores do projeto) e nos hospitais públicos do governo do Distrito Federal.
O objetivo da ONG Amigos da Vida é que em 2012 as histórias de Igor e Vitória cheguem também a São Paulo, ao Rio de Janeiro, a Porto Alegre, a Curitiba, a Salvador e ao Recife.

Postado no blog Pragmatismo Político em 18/09/2012

Nós merecemos estar ouvindo "Eu quero tchu, eu quero tcha"?




Os quereres do povo

Rodolpho Motta Lima

Muitos desses quereres refletiram , lá pela metade do século passado, uma realidade em que esteve presente o preconceito, ainda que não fosse esse , intrinsecamente, o objetivo das mensagens. O nosso cancioneiro registra frases de compositores notáveis resvalando pelo politicamente incorreto:“Quero uma mulher que saiba lavar e cozinhar“ dizia o verso de Wilson Batista em “Emília”, enquanto Lamartine Babo afirmava para a mulata “Eu quero o seu amor” e justificava com o fato de que a cor não pega...

Antes disso, uma das pioneiras da nossa canção popular, Chiquinha Gonzaga, imortalizou um carnavalesco refrão de afirmação pessoal : ”O abre alas, que eu quero passar”, que, em uma versão mais moderna e provocadora, nos anos 70, Sérgio Sampaio transformou em “Eu quero é botar meu bloco na rua”. Uma euforia que seguramente Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito não mostravam, em versos que traduziam o amor mal resolvido, na antológica “A flor e o espinho”: “Tira o seu sorriso do caminho que eu quero passar com a minha dor”.

Na vida, porém, e felizmente, nem tudo são espinhos e o amor se afirma como um querer perpétuo nos versos da “Andança” de Paulinho Tapajós, Danilo Caimmy e Edmundo Souto (“Por onde for, quero ser seu par”) ou de “Corcovado”, do Tom Jobim (”Quero a vida sempre assim com você perto de mim até o apagar da velha chama”). O desejo de enriquecer o amor está presente na deliciosa “Noite do meu bem”de Dolores Duran ( “Hoje eu quero a rosa mais linda que houver e a primeira estrela que vier para enfeitar a noite do meu bem”) , ou na tão surpreendente como bela metáfora de Martinho da Vila em “Disritmia”: “Eu quero ser exorcizado pela água benta desse olhar infindo”rivalizando com a “Tatuagem” do Chico Buarque (“Quero ficar no seu corpo feito tatuagem , que é pra te dar coragem de seguir viagem quando a noite vem”. Amor e humor se vinculam nos versos da “Irene” de Caetano (“Quero ver Irene rir”) ou na “Vitoriosa”, de Ivan Lins (“Quero sua risada mais gostosa”). E o sentimento amoroso segue assim, tema recorrente em nossas canções, no desejo simples de quem afirma, como Dominguinhos, “Eu só quero um xodó”, ou na tentativa de moldar o outro, nas palavras que Leoni fazia Paula Toller entoar:“Eu quero você como eu quero”...

O bucolismo resultante da integração do homem com a natureza nos deu “Casa no Campo”, em que Zé Rodrix e Tavito, na voz imortal de Elis ( Veja o vídeo ) imaginaram “carneiros pastando solenes no jardim”, ao lado de “um filho de cuca legal”, certamente um “filho” bem diferente daquele moleque , irreverente, malicioso e nada infantil que a marchinha de carnaval de Jararaca e Vicente Paiva, lá nos anos 30, imortalizou no verso “Mamãe eu quero mamar”....

A natureza tem estado muito presente em nossa música, em construção romântica da cumplicidade com as venturas ou desventuras do homem. Cartola implora em “Preciso me encontrar” : “Quero assistir ao sol nascer/ Ver as águas dos rios correr /Ouvir os pássaros cantar”, enquanto Edu lobo constrói sua Pasárgada com o nome de “Candeias”, desejando: “Quero ver a lua vindo por detrás da samambaia / Rede de palha se abrindo em cada palmo de praia”.

Os quereres do homem transcendem o mundo afetivo circundante de pessoas a quem ele ama ou do lugar que habita, quando ele se percebe um ser gregário, com responsabilidades sociais. A nossa música popular mostrou isso em momentos importantes e cruciais de nossa história recente, Milton Nascimento, com “Coração de Estudante”, gritava o desejo da liberdade : “Quero falar de uma coisa / Adivinha onde ela anda / Deve estar dentro do peito / Ou caminha pelo ar“. Lulu Santos popularizou um querer coletivo ao afirmar que queria “crer no amor numa boa / e que isso valha pra qualquer pessoa”, e mesmo o questionado comprometimento social de Roberto Carlos cunhou versos como “Quero levar o meu canto amigo a qualquer amigo que precisar”, enquanto Elis , nas palavras dos irmãos Valle (“Black is beautiful”), cutucava o preconceito e afirmava a etnia negra: “Eu quero um homem de cor, um deus negro do Congo ou daqui”. Preconizavam um ambíguo fim da tristeza os versos de Niltinho e Haroldo Lobo, nos fins dos anos 60 : “Quero voltar aquela vida de alegria/ quero de novo cantar”. Muitos anos depois, quando o povo já podia cantar, Cidinho e Doca foram fundo , no “Rap da Felicidade”, definindo-a com receita tão simples de entender quanto complicada de ver realizada: “Eu só quero é ser feliz, Andar tranquilamente na favela onde eu nasci, E poder me orgulhar, E ter a consciência que o pobre tem seu lugar.”. Cazuza tinha ido, um pouco antes, mais longe na complexidade do seu apelo: “Ideologia, eu quero uma pra viver”.

Com todos esses quereres, marcados ora pela simplicidade que a pureza abona, ora pela palavra criativa dos grandes poetas, e: mesmo sabendo que o passado já produziu desejos como o “mocotó” (de grande Jorge Bem Jor) ou o “ovo de codorna pra comer” (do ícone Luiz Gonzaga), a verdade é que não merecíamos estar ouvindo agora “Eu quero tchu, eu quero tcha”, do Shylton Fernandes. É ou não é?



Rodolpho Motta LimaAdvogado formado pela UFRJ-RJ (antiga Universidade de Brasil) e professor de Língua Portuguesa do Rio de Janeiro, formado pela UERJ , com atividade em diversas instituições do Rio de Janeiro. Com militância política nos anos da ditadura, particularmente no movimento estudantil. Funcionário aposentado do Banco do Brasil.

Postado no blog Direto da Redação em 09/09/2012



Desenvolvimento aliado à sustentabilidade


De fato, não poderemos pensar em desenvolvimento, sem pensar na sustentabilidade. Não podemos colocar lucro acima de tudo, passando por cima de qualquer coisa.

Fábio Valentim


Desde o princípio, a partir do dia em que o homem deixou de viver nas cavernas, para se tornar um homem social, ele tinha uma questão de evoluir. Ele passou a usar a sua inteligência para superar as dificuldades da natureza, e até mesmo para facilitar o seu dia a dia, como caçar, se alimentar e até mesmo construir sua moradia, longe das cavernas. Ele passou a visar o seu conforto, e foi a partir daí que ele passou a se desenvolver. O homem deixou de ser uma criatura dominado pela natureza, deixou de ser uma criatura dependente da natureza, e passou a ser dominador da natureza. Hoje somos praticamente responsáveis por todo o clima e a biomassa do planeta, causando benefícios e malefícios para a humanidade e para o planeta em si.

Não podemos negar que os dois últimos séculos anteriores, além do atual, foram os tempos em que o ser humano mais evoluiu tecnologicamente, e até mesmo moralmente, mas com objeções. É nesta época que vivemos, que se tornou mais acentuada, a ganância e o consumismo. Deixamos de dar importância para o ser, dando mais importância para o ser. Passamos a ser uma máquina de consumo, e por consequência disso, acabamos a causar danos ao nosso planeta, seja através dos desmatamentos das florestas, seja através de poluição do ar, da água, do solo. Acabamos afetando drasticamente a nossa biomassa, correndo a pôr em extinção várias especiarias importantes para a nossa alimentação, para a nossa sobrevivência. Como resultado disso, acabamos gerando fome e miséria também em toda a humanidade.

E se continuarmos como consumidores vorazes, chegará o dia em que não sobrará nada para consumirmos e chegará à nossa fatídica extinção. Não será preciso cometas, meteoros saraivadas. Quem vai destruir o nosso planeta, vai ser nós mesmos, com essa ganância toda, pois estamos agindo exatamente como vírus causadores de doenças. Mas ainda há como reverter o quadro e eliminar essa possibilidade. Pode parecer impossível, para muitos, mas com o trabalho constante, é possível mudar as mentes poderosas. É preciso portanto promover um consumo com qualidade e aliado a sustentabilidade, para garantir a estabilidade da biomassa, que já é instável naturalmente, se tornando ainda mais instável, com as ações do homem.

Promover um desenvolvimento aliado à sustentabilidade é a melhor forma para o desenvolvimento de um planeta como todo. Claro que continuaríamos da mesma forma, influenciando na biomassa e no clima do planeta, mas deixaremos de ser vírus causadores de doenças, em vírus essenciais para o organismo vivo. Uma das melhores formas é a tecnologia de reuso de recursos renováveis, como água, plástico, alumínio, reaproveitando tudo, sem causar impactos ao meio ambiente, sem poluir os rios e o ar, tendo mais recursos naturais a nossa disposição por longos séculos. A sociedade precisa se reorganizar para que a distribuição do alimento seja mais justa e que a natureza seja beneficiada como todo, não somente o ser humano em si.

Postado no blog Baú do Valentim em 19/09/2012