Por Cristiana Castro
O problema, Diogo, é que tem um pessoal querendo vender a ideia de que as críticas as sandices barbosianas são em função dele ser o primeiro negro a assumir uma vaga no STF. Ou seja, se ele fosse branco, não haveria quaisquer problemas com a condenação de inocentes. Fica difícil discutir com quem tem um entendimento desses!
A verdade é que o cara é, VISIVELMENTE, perturbado; é chato, é. Mas fazer o quê? O STF tem que dar um jeito nisso. Outros ministros também condenaram réus, e nenhum deles quis comer a orelha do revisor, por causa disso. E mesmo assim, mesmo entendendo que o ministro tenha algum tipo de perturbação, ainda assim, eu afirmo que ele age de má-fé, quando arma seus barracos em plenário.
Ora, ele sabe muito bem, que os outros, mesmo Gilmar Mendes, seguram a onda em plenário. Ou seja, ele se aproveita da boa educação dos outros para dar seu show de grosseria e non sense. Ele confia, tem absoluta certeza que os outros vão ceder para não avacalhar mais ainda com a imagem do STF. Ou alguém aqui acha que Gilmar Mendes, Eros Grau, Peluso, Lewandowski, não tem condições de mandar um cai na real, em JB?
Até o Fux, nesse julgamento já deu uma trolladinha básica nele. O problema é que os outros tem a real dimensão do que a Corte significa e JB, não tem a menor noção de onde está ou do que está fazendo.
É porque ele é negro? Não, é porque ele é surtado! Ainda não percebeu que a Corte é composta de 11 membros para evitar empates, o que, forçosamente, significa divergências. O cara, vai e acha que é pessoal; que se todo mundo não fechar com a tese dele é perseguição. Como se sai de uma situação bizarra dessas? Não adianta ter 11 porque como ele não aceita o contraditório e, aqui se explica o fato de, sequer, ter apreciado as defesas; não faz diferença o número de magistrados. Tem que haver unanimidade! Não havendo unanimidade, vem o papo do coitadismo.
E qto aos réus? Algum respeito? E qto as pares? A única "entidade" a merecer respeito naquela Corte é o relator? E em nome de quê? Porque razão eu, contribuinte, que pago os salários dos 11, tenho que apoiar o que decide ao arrepio da lei? O sujeito é um presepeiro, que ameaçou deixar o plenário, logo após a leitura do voto do revisor, alegando problemas de saúde e está bem ali firme, forte e sacudido, enchendo o saco de todo mundo, contestando e/ou dando pitaco no voto dos outros e, não satisfeito, ainda acha que são necessárias sessões extras para acelerar um julgamento que ele mesmo com seus pitacos e barracos está atrasando.
Está muito cômoda para os outros ministros essa situação em que ficou o ministro Lewandovski; todos eles mantém um silêncio, covarde, inclusive e, sobretudo o presidente porque vendem ao público a ideia de que esta é uma briguinha entre relator e revisor; o que, felizmente, não está funcionando, o que salta aos olhos é a coragem do revisor em oposição a covardia e fraqueza de caráter dos demais magistrados. Quando um magistrado diz, em cadeia nacional que o voto de um de seus pares não está sendo sóbrio e os outros se calam, estão sim, independente e sem prejuízo de seus próprios votos, tentando colaborar com um clima de hostilidade ao revisor. O silêncio dos demais é cúmplice das tonterias barbosianas.
Um magistrado tem que ser um magistrado em qualquer situação ou uma missão para a qual jamais esteve preparado. Pelo menos, uma coisa, a gente aprendeu com esse julgamento, o tal do notável saber jurídico, afinal, não é tão notável assim....
Postado no blog Contraponto em 14/09/2012