Calças coloridas!


Meninas, vocês sabem que as calças coloridas estão super em alta neh?! Principalmente agora que estamos nos aproximando do verão, e elas com certeza serão mais um hit dessa estação quente e animada que pede muita cor e alegria para os dias de sol. 

Mas, temos que tomar alguns cuidados na hora das combinações neh mesmo?? Pois sei que nem uma de vocês vão querer ficar com cara de Restart kkkkk.

E para não errar, o segredo é sempre apostar em blusas de tons neutros como branco, preto, cinza e nude. Já para as mais ousadas e que sabem fazer combinações em color block, está pode ser uma boa opção. Para quem gosta de um look mais sofisticado vale a pena investir nas listras que combinadas com uma calça vermelha por exemplo, fica perfeito!! As estampas também são bem vindas, desde que sejam leves para não carregar demais o look ok!

Muito cuidado na hora de escolher o que calçar hein!!! Não tem problema em ser salto, rasteira ou sapatilha,o detalhe a ser observado é a cor do calçado ok! Escolha cores neutras ou escuras, estas serão sempre as melhores opções.









Postado no blog Antenadas em 21/08/2012

Sorrir faz bem!


horario eleitoral 200812 pelicano humor politico Horário eleitoral gratuito: Desligue a televisão!!!!!


Wences 6 50 1 DIRETO DA COSTA RICA, ESPECIAL PARA O HUMOR POLÍTICO: TIRA DO WENCES – PARTE 25


ENQUANTO CURIOSITY INICIA BUSCAS, MARCIANOS FOGEM…

curiosity vida inteligente 160812 pedro molina humor politico internacional Enquanto Curiosity inicia buscas, marcianos fogem...
TRADUÇÃO: “E já sabe, se amanhã não quiser ser invadido por junk food, futebol, fanáticos religiosos, políticos hipócritas, contaminação e Justin Bieber… Melhor SHHHH!”. Charge por Pedro X. Molina – NICARÁGUA

Jin Ji Du Li um modismo chinês milenar


Richard Jakubaszko

Recebi por e-mail mais de uma dezena de vezes esse Jin Ji Du Li, por isso resolvi postar aqui no blog, pois deve estar chamando a atenção das pessoas.

Andei praticando, nos primeiros dias ficava menos de 5 segundos, o tempo foi aumentando, já ando pra lá de 10 segundos. Benefícios? Ainda não senti... 

Mas a medicina milenar chinesa é poderosa.


Jin Ji Du Li

Uma prática para prevenir o envelhecimento e perda de memória. Parece fácil, certo?

Faça este exercício da cultura chinesa simples e eficaz... e verá.

A essência é que seus olhos devem estar fechados quando você pratica "Jin Ji Du Li"... preste atenção.

Eis o exercício:

Fique sobre uma só perna, com os seus olhos abertos. É só isso.

Experimente agora fechar os olhos.

Se você não for capaz de ficar em pé por pelo menos 10 segundos seguidos, isso significa que seu corpo se degenerou ao nível de 60 a 70 anos de idade.

Em outras palavras, você pode ter apenas 40 anos de idade, mas seu corpo envelheceu muito mais rápido.

Ficar sobre um pé com os olhos abertos, é uma coisa e fazer o mesmo com os olhos fechados ... a história é outra!

Não precisa levantar muito a perna. Se os seus órgãos internos estão fora de sincronia, mesmo levantando a perna um pouco vai fazer você perder o seu equilíbrio.

Os chineses estão bem avançados no conhecimento do corpo humano.

A prática frequente e regular do "Jin Ji Du Li" pode ajudar a restaurar o sentido de equilíbrio.

Na verdade, os especialistas chineses sugerem que a prática diária por 1 minuto, ajuda a prevenir a demência.

Primeiramente, você pode tentar fechar os dois olhos, não completamente. Na verdade, é isso que o especialista de saúde Zhong Li Ba Ren recomenda.

A prática diária de Jin Ji Du Li pode ajudar na cura de muitas doenças, tais como:

hipertensão;
altos níveis de açúcar no sangue ou diabetes;
o pescoço e doenças da coluna vertebral;
também pode impedi-lo de sofrer de demência senil.

Zhong Li Ba Ren escreveu um livro intitulado: "A auto-ajuda é melhor do que procurar ajuda dos médicos", um best seller que também foi o melhor livro de saúde à venda na China desde que foi publicado pela primeira vez no ano passado.

Seu sucesso pode ser medido pelo fato que rendeu mais de 1 milhão de cópias vendidas.

Diz-se que, de acordo com o entendimento de médicos chineses, a doença pode aparecer no corpo devido a problemas surgidos na coordenação entre os vários órgãos internos, o que faz com que o corpo perca o seu equilíbrio.

Jin Ji Du Li pode zerar esta interrelação dos órgãos e como eles funcionam juntos.

Zhong Li Ba Ren disse que a maioria das pessoas não consegue ficar sobre um pé com os olhos fechados por 5 segundos, mas depois, praticando todos os dias, são capazes de fazer por mais de 2 minutos.

Quando você conseguir ficar mais tempo, a sensação de peso desaparece.

Ao praticar Jin Ji Du Li, você vai notar que sua qualidade do sono fica melhor,
a mente limpa e melhora a memória significativamente.

A coisa mais importante é que se for praticado Jin Ji Du Li com os olhos fechados por 1 minuto todo dia, você não irá sofrer de demência senil (o que significa que o cérebro continuará saudável).

Zhong Li Ba Ren explicou que há seis meridianos principais que passam por entre as pernas.

Quando você ficar em uma perna, você sente dor devido ao exercício e, quando isso ocorre, os órgãos correspondentes a esses meridianos e suas formas começam a receber os ajustes necessários. Este método é capaz de se concentrar a consciência e canalizar o corpo até os pés.

Os efeitos benéficos da prática de Jin Ji Du Li em várias doenças como:
a hipertensão, diabetes, pescoço e coluna vertebral, começarão a ser sentidos rapidamente.

Problemas como a gota também poderá ser prevenido.

Cura doenças básicas como "Pés frios" e também pode reforçar a imunidade do corpo.

Você não precisa esperar até que você tenha uma doença para começar a praticar Jin Ji Du Li.

É adequado para quase qualquer tipo de pessoa e especialmente benéfico em pessoas jovens, se praticadas diariamente, a probabilidade de adquirir problemas naturais da idade, será menor.

Não recomendado para pessoas cujas pernas são fracas e não podem ficar por longos períodos em pé.


Postado no Blog Richard Jakubaszko em 19/08/2012

América Latina se une em apoio à decisão do Equador sobre Assange


Apoio ao fundador do Wikileaks é exemplo de uma política externa latino-americana coesa


Os países da América Latina se uniram para dar apoio ao governo equatoriano, que concedeu asilo político ao jornalista Julian Assange, criador do Wikileaks. Desde o fim da semana passada, quando o governo de Rafael Correa anunciou sua decisão de abrigar o perseguido político, blocos da região e autoridades nacionais defenderam Assange e repudiaram a ameaça do Reino Unido de invadir a embaixada equatoriana em Londres.

O Equador concedeu asilo político ao fundador do Wikileaks na última quinta-feira (16/08). Assange tenta impedir sua extradição à Suécia, onde é acusado de crimes sexuais. Seu maior temor é que, caso seja enviado a Estocolmo, ele possa ser extraditado aos Estados Unidos, onde pode responder pela revelação de documentos secretos do Departamento de Estado norte-americano, crime passível de condenação à pena de morte.

Neste domingo (19/08), a Unasul (a União de Nações Sul-americanas) declarou que considera a concessão de asilos políticos um “direito soberano” e sublinhou que respeitá-lo é manifestar “o fiel cumprimento de tratados internacionais”. Para o órgão, é somente ao reiterar “a vigência das instituições sobre asilo e refúgio” que as partes envolvidas no caso Assange conseguirão “proteger os Direitos Humanos daqueles que acreditam que suas vidas se encontram ameaçadas”.

Além dos chanceleres da Unasul, representantes da Alba (Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América) e a maioria dos que participam da OEA (Organização dos Estados Americanos) desafiaram as potências hegemônicas ao respaldar Assange, julgado pela divulgação de documentos secretos que expuseram os Estados Unidos.

Segundo Nicolás Maduro, ministro de Relações Exteriores da Venezuela, a América Latina está dizendo ao mundo que está “unida” e que é “independente” para defender seus princípios e ideias. Para ele, “as antigas potências coloniais têm que diminuir sua arrogância e prepotência”, conforme relatou o jornal espanhol Publico.es

O apoio ao jornalista, em um momento em que todas as grandes potências lhe negaram respaldo, garantiu visibilidade ao continente pela possibilidade da construção de uma política externa latino-americana, que defenda outros interesses que não os norte-americanos. 

Em seu primeiro pronunciamento público desde a concessão do asilo político, Assange reconheceu o respaldo destes países e os colocou ao lado daqueles que defendem a divulgação dos "crimes secretos dos poderosos", em oposição aos governos que oprimem. 

“Eu sou grato ao povo e aos governos de Argentina, Bolívia, Nicarágua, Brasil, Colômbia, El Salvador, Honduras, México, Peru, Venezuela, Colômbia e todos os demais países latino-americanos que defendem o direito de asilo”, disse ele neste domingo (19/08). 
Leia o discurso de Assange na íntegra:

Vocês podem me ouvir?

Eu estou aqui porque eu não posso estar aí com vocês hoje. Obrigado por ter vindo. Obrigado por sua determinação e sua generosidade de espírito.

Na noite de quarta-feira, após uma ameaça ter sido enviada a esta embaixada e a polícia ter invadido este edifício, vocês vieram no meio da noite para vigiar e trouxeram os olhos do mundo com vocês.

Dentro da embaixada, depois de escurecer, eu podia ouvir as equipes de policiais dentro do prédio, através da escada de incêndio interna. Mas eu sabia que haveria testemunhas. E isso é por causa de vocês.

Se o Reino Unido não jogou fora a Convenção de Viena na outra noite é porque o mundo estava assistindo. E o mundo estava assistindo porque vocês estavam vigiando.

A próxima vez que alguém lhe disser que é inútil defender esses direitos que nos são caros, lembrem-no de sua vigília no escuro diante da Embaixada do Equador.

E como, pela manhã, o sol apareceu em um mundo diferente, e uma corajosa nação da América Latina tomou uma posição pela justiça.

E, assim, a essas pessoas corajosas: eu agradeço ao presidente Correa pela coragem que mostrou ao me conceder asilo político.

E eu agradeço ao governo e ao ministro das Relações Exteriores Ricardo Patino, que confirmaram a constituição equatoriana e sua noção de direitos universais em sua consideração do meu caso.

E ao povo equatoriano por apoiar e defender esta Constituição.

E eu tenho uma dívida de gratidão para com os funcionários desta embaixada, cujas famílias vivem em Londres e que me mostraram hospitalidade e amabilidade, apesar das ameaças que receberam.

Nesta sexta-feira, haverá uma reunião de emergência dos ministros de Relações Exteriores da América Latina em Washington para resolver esta situação.

Eu sou grato ao povo e aos governos de Argentina, Bolívia, Nicarágua, Brasil, Chile, Colômbia, El Salvador, Honduras, México, Peru, Venezuela, Colômbia e todos o os demais países latino-americanos que defendem o direito de asilo.

Para as pessoas dos Estados Unidos, Reino Unido, Suécia e Austrália, que me apoiaram com força, mesmo quando seus governos não apoiaram. E para aquelas cabeças mais sábias no governo, que ainda estão lutando por justiça. O seu dia vai chegar.

Para a equipe, apoiadores e fontes do Wikileaks, cuja coragem e compromisso e lealdade não tem igual.

À minha família e aos meus filhos, aos quais seu pai foi negado. Perdoem-me. Vamos nos reunir em breve.

O Wikileaks está sob ameaça, assim como a liberdade de expressão e a saúde de nossas sociedades. Temos de articular esse movimento que é anterior ao governo dos Estados Unidos da América. Ele vai voltar e reafirmar os valores sobre os quais os EUA foram fundados? Ou será que vai oscilar para fora do precipício, arrastando-nos todos para um mundo perigoso e opressor, em que os jornalistas se calam sob o medo de ser processados ​​e os cidadãos devem sussurrar no escuro?

Eu digo que ele deve voltar.

Peço ao presidente Obama para fazer a coisa certa. Os Estados Unidos devem renunciar à sua caça às bruxas contra o Wikileaks.

Os Estados Unidos devem dissolver sua investigação do FBI. Os Estados Unidos devem prometer que não vão processar nossa equipe ou os nossos adeptos.

Os Estados Unidos devem jurar para o mundo que não vão perseguir os jornalistas por um foco de luz sobre os crimes secretos dos poderosos.

Não deve haver nenhuma conversa tola sobre processar quaisquer organizações de mídia, seja o Wikileaks ou o New York Times.

A guerra do governo dos EUA sobre denunciantes deve acabar.

Thomas Drake e William Binney e John Kirakou e os outros denunciantes heróicos dos EUA devem – devem – ser perdoados e terem recompensadas as dificuldades que têm suportado como defensores dos registros públicos.

E o soldado do Exército, que permanece em uma prisão militar em Fort Leavenworth, Kansas, que a ONU descobriu ter suportado meses de detenção torturante em Quantico, Virginia, e que ainda tem – depois de dois anos de prisão – de ser julgado, deve ser liberado.

E se Bradley Manning fez mesmo as coisas de que é acusado, ele é um herói, um exemplo para todos nós e um dos maiores prisioneiros políticos do mundo.

Bradley Manning deve ser liberado.

Na quarta-feira, Bradley Manning passou o 815º dia de detenção sem julgamento. O máximo legal é de 120 dias.

Na quinta-feira, meu amigo, Nabeel Rajab, foi condenado a três anos por um tuíte.

Na sexta-feira, uma banda russa foi condenado a dois anos de prisão por uma performance política.

Há unidade na opressão.

Deve haver unidade absoluta e determinação na resposta.

Postado no blog Terra Brasilis em 21/08/2012

Reeleição de Chávez sustentará modelo político sul-americano



Por Eduardo Guimarães 
A espetacularização da política brasileira está impedindo a sociedade de perceber a evolução de um contexto político no qual está inserida e que deve afetar profundamente a sua vida, podendo vir a ditar-lhe o rumo no futuro próximo. Com mensalão, CPI do Cachoeira e eleições, estamos deixando passar batido um dos fatos políticos mais importantes da atualidade.
Praticamente todas as sondagens do processo eleitoral venezuelano dão conta de que o presidente Hugo Chávez deve ser reeleito com certa facilidade. Sua vantagem é reconhecida até mesmo pelo “oposicionista” Datanálisis, o Datafolha venezuelano, onde tem 16% de dianteira sobre o segundo colocado, o conservador Henrique Capriles.
Detalhe: em institutos tidos como menos parciais em favor da oposição, a vantagem de Chávez sobre o principal adversário se aproxima dos 30%.
O cenário político venezuelano revela uma realidade que se espalha pela América do Sul mais do que por qualquer outra parte do mundo: projetos político-administrativos de centro-esquerda – ou, como preferem alguns, social-democratas – parecem cada vez mais longe do “esgotamento de modelo” que a mídia conservadora das Américas já ensaia decretar.
Ainda que no Brasil o modelo político que impera na América do Sul encontre maior dificuldade para funcionar devido a peculiaridades político-institucionais do país e a uma maior dificuldade em politizar o povo como fizeram os governos Hugo Chávez, Cristina Kirchner, Rafael Correa, Evo Morales e José Mujica, aqui também vige o modelo de inclusão social desenvolvimentista análogo ao modelo “revolucionário” venezuelano.
Chávez prega a própria reeleição com o objetivo alegado de tornar o seu modelo político-econômico-institucional “irreversível”. O que seja, obrigar a todos os atores políticos do país a adotarem o caminho da inclusão social em projetos regionais, inclusive nos governos de províncias controlados pela oposição ao governo central.
O modelo chavista é o que deu origem a outros projetos sul-americanos que vão se mostrando cada vez mais sólidos. E o que fez esse modelo se espalhar foram seus impressionantes resultados sociais obtidos ao longo da mais de uma década de duração da revolução bolivariana.
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e o Índice de Gini – que medem, respectivamente, a qualidade de vida e a concentração de renda de um país em relação aos outros – da Venezuela lideram o ranking de melhora nas três Américas e inspiraram processos análogos na Argentina, na Bolívia, no Equador, no Uruguai e no próprio Brasil.
A única diferença em nosso país é que, por aqui, ainda não se está obtendo avanços institucionais como a implantação de legislação concreta para regular a comunicação, legislação que, nos países vizinhos, é inspirada nas legislações dos países mais desenvolvidos, tais como Estados Unidos, França, Inglaterra e outros.
O quadro político-eleitoral venezuelano, enfim, contrasta com o opinionismo político das mídias brasileira e internacional, que decretara não só o “esgotamento” do modelo venezuelano, mas a morte de Chávez antes das eleições por conta de problemas de saúde que disse “terminais”, mas que o vigor com que ele conduz a própria campanha desmente.
O modelo político e institucional original de Chávez se espalhou por todos os países supracitados da América do Sul, menos no Brasil. Isso significa que impérios midiáticos que durante o século XX pintaram e bordaram na região, em seus países mais importantes estão com os dias contados.
Ao menos na Argentina, na Bolívia, no Equador e na Venezuela, os impérios de comunicação vão perder o poder de falarem sozinhos àquelas sociedades e não permanecerão do tamanho paquidérmico a que chegaram, pois as leis de redistribuição de propriedade de meios de comunicação inspirada nas leis de países desenvolvidos farão a comunicação, nesses países, chegar ao século XXI.
O modelo de republiqueta midiática conservadora ainda deve permanecer por um bom tempo no Brasil por falta de condições políticas internas furtadas pelo poderio muito maior que as elites adquiriram por aqui, com a institucionalização da comunicação como poder direcionador de políticas públicas e da opinião da sociedade, o que impede, inclusive, dissonâncias.
Todavia, o caráter promissor do modelo oriundo da Revolução Bolivariana da Venezuela que, em maior ou menor grau, espalhou-se pelo continente, reside em uma relação de troca entre esse modelo e as massas empobrecidas da região. Tanto no Brasil quanto em seus vizinhos progressistas estabeleceu-se a troca de bem-estar social por votos.
Em países com tanta desigualdade social e pobreza como nos países latino-americanos, a possibilidade de manter o poder pela via democrática é imensa. Eis, porém, que se levanta o velho fantasma do golpismo que marcou a região no século XX, ou seja, na ruptura institucional aplicada pelas elites sem votos com uso de forças armadas submissas.
Em países com avançada politização social como na Venezuela, o recurso às forças armadas praticamente desapareceu sobretudo porque estas, na base, são compostas pelo povo, por soldados que viveram na pobreza e que, também na era Chávez, viram suas vidas melhorarem como a dos compatriotas civis.
O fenômeno venezuelano de conversão das Forças Armadas aos cânones democráticos e legalistas se repete da Argentina até o Equador, com exceção do Brasil, onde a consciência social (muito) menor ainda faz com que não se possa contar com o espírito legalista e democrático das tropas, que ainda, em tese, poderiam se prestar ao golpismo.
Todavia, mesmo no Brasil há dúvidas da viabilidade de um golpe militar. Não são poucos os relatos que este blog já recebeu de militares que não querem aparecer nem anonimamente, mas que garantem que delírios golpistas de chefes militares de pijama não seriam seguidos pela base das Forças Armadas.
Em um momento em que a mídia brasileira pinta e borda, manipulando desde o Judiciário até o Legislativo, passando pelo Executivo (em alguma medida), vale refletir sobre a situação política sul-americana. O Brasil pode ser grande o suficiente para contrariar o resto da América do Sul, mas a sua centro-esquerda tem instrumentos para evitar. Se quiser.

Postado no Blog da Cidadania em 21/08/2012

Abutres da mídia visam Dirceu




Por Leandro Fortes, no blog da Maria Frô:

O único e verdadeiro drama do julgamento do “mensalão” diz respeito a uma coisa que todo mundo já sabe: não há uma única prova contra o ex-ministro José Dirceu na denúncia apresentada ao STF pelo procurador-geral da República Roberto Gurgel. Nada. Nem uma única linha. Nem um boletim de ocorrência de música alta depois das 22 horas. Nadica de nada.


Mas, sob pressão da mídia, o STF tem que condenar José Dirceu.

Pode até condenar os outros 36 acusados. Pode até mandar enforcá-los na Praça dos Três Poderes. Mas se não condenar José Dirceu, de nada terá valido o julgamento. A absolvição de José Dirceu, único caminho possível a ser tomado pelos ministros do STF com base na denúncia de Gurgel, irá condenar seus acusadores de forma brutal e humilhante. Quilômetros de reportagens, matérias, notas e colunas irão, de imediato, descer pelo ralo por onde também irá escoar um sem número de teses do jornalismo de esgoto.

A absolvição de José Dirceu irá jogar a mídia sobre o STF como abutres sobre carne podre com uma violência ainda difícil de ser dimensionada. Algo que, tenho certeza, ainda não se viu nesse país. Vai fazer a campanha contra José Dirceu parecer brincadeira de ciranda.

Por isso, eu não duvido nem um pouco que José Dirceu seja condenado sem provas, com base apenas nesse conceito cafajeste do “julgamento político” – coisa a que nem o ex-presidente Fernando Collor de Mello foi submetido.

Para quem não se lembra, ou prefere não se lembrar, apesar de afastado da Presidência da República por um processo de impeachment, Collor foi absolvido pelo STF, em 1992. O foi, justamente, porque a denúncia do então procurador-geral da República, Aristides Junqueira, era uma peça pífia e carente de provas. Como a de Roberto Gurgel.


Postado no Blog do Miro em 20/08/2012