E tem gente que ainda sonha com a Ditabranda


(Ele emocionou a plateia que lotou o auditório da OAB ao lembrar que foi torturado diante da mulher e da filha, então com 12 anos. Depois, contou que elas foram torturadas e abusadas sexualmente diante dele: "Esses monstros fizeram isso com uma criança de 12 anos. Eu disse 12 anos. Ela até hoje não consegue falar sobre isso".)



Integrante da Comissão Nacional da Verdade, Paulo Sérgio Pinheiro, que foi secretário nacional de Direitos Humanos no governo FHC, afirmou que as torturas ocorridas no país de 1964 a 1985 foram "políticas de Estado".

"Não foi abuso, não foi excesso: foi uma política de Estado. As dezenas de jovens assassinados no Araguaia foram mortos por uma política pública que dizia que eles não poderiam sair vivos de lá. As casas de tortura também operavam por ordem dos ministérios militares", disse.

"Se não conseguirmos comprovar que todas as práticas de agentes contra militantes foram políticas de Estado, falharemos em nosso papel", afirmou Pinheiro.

As declarações de Pinheiro foram feitas durante audiência pública da comissão na seccional da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio, que reuniu ontem parentes de presos políticos e mortos durante a ditadura militar.

Também participaram advogados e representantes de ONGs que atuam na defesa dos direitos humanos.

Na audiência, o aposentado José Maria Gagliassi pediu que a comissão identifique os culpados por torturas.

Ele emocionou a plateia que lotou o auditório da OAB ao lembrar que foi torturado diante da mulher e da filha, então com 12 anos. Depois, contou que elas foram torturadas e abusadas sexualmente diante dele: "Esses monstros fizeram isso com uma criança de 12 anos. Eu disse 12 anos. Ela até hoje não consegue falar sobre isso".

"Temos o compromisso para que documentos existentes venham a público. O que vai acontecer no final do trabalho da comissão eu não sei, mas o Brasil não será como antes", afirmou Gilson Dipp, ministro do Superior Tribunal de Justiça e presidente da Comissão da Verdade.


Postado no blog DoLadoDeLá em 14/08/2012

Londres 2012 esqueceu o Museu Britânico, aquela rica 'caverna' de Ali Babá





Rapinagem


A melhor observação que li sobre a crise das dívidas na Europa foi a de um leitor do “London Review of Books” que, numa carta à publicação, comenta as queixas dos alemães inconformados com a obrigação de mandar seus euros saudáveis para sustentar a combalida economia grega. O leitor estranha que ninguém se lembre de perguntar sobre as grandes reservas de ouro que os alemães levaram da Grécia durante a Segunda Guerra Mundial – e nunca devolveram. Só os hipotéticos juros devidos sobre o valor do ouro roubado dariam para resolver, ou pelo menos atenuar, a crise grega. O autor da carta poderia estranhar também o silêncio que envolve um exemplo mais antigo de pilhagem, a dos tesouros artísticos da Grécia Antiga, levados na marra e de graça para os grandes museus da Alemanha. Seu valor garantiria com sobras a ajuda aos gregos que os alemães estão dando com cara feia.


É claro que se, num acesso de remorso, os alemães decidissem devolver ou pagar o que levaram da Grécia, estaria estabelecido um precedente interessante: a América poderia muito bem reivindicar algum tipo de retribuição da Europa pelo ouro e pela prata que levaram daqui sem gastar nada e sem pedir licença, durante anos de pilhagem. Que não deixaram nada no seu rastro, salvo plutocracias que continuaram a pilhagem e sociedades resignadas à espoliação. Alguém deveria fazer um cálculo de quanto a metrópole deve às colônias pelo que não pagou de direitos de mineração no tempo da rapinagem desenfreada. Só por farra.



Quanto às reservas de ouro levadas da Grécia pela Alemanha nazista, a observação do leitor do “London Review” mostra como a História não é linear, é um encadeamento. A atual crise do euro e da comunidade europeia é a crise de um sonho de unidade que asseguraria a paz e evitaria a repetição de tragédias como as das duas grandes guerras. Sua meta era uma igualdade econômica, que dependia de um equilíbrio de forças, que dependia da Alemanha como potência econômica ser diferente da Alemanha que invadiu e saqueou meia Europa. Os alemães atuais não têm culpa pelos desmandos dos nazistas, mas não podem renunciar à força desestabilizadora que têm, que continuam a ter. Como a Grécia não pode evitar de ter saudade do seu ouro, do qual nunca mais ouviu falar.
Artigo de Luiz Fernando Veríssimo, publicado hoje em vários jornais brasileiros. 
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Completando as pertinentes observações do Veríssimo: na abertura das Olimpíadas de Londres 2012, dias atrás, houve um detalhado desfile das conquistas britânicas pelo mundo afora, com destaque para os avanços civilizatórios operados pela primeira revolução industrial, as contribuições inegáveis da cultura inglesa, etc. Mas faltou a menção às conquistas do Império inglês nos séculos 18 e 19. Faltou alguma alusão às rapinagens, saques e roubos mesmo do colonialismo inglês no Egito, por exemplo, na Índia, no sul da China, onde se apoderaram de Hong Kong, só para citar alguns locais onde houve choro e ranger de dentes por onde os "civilizados" ingleses passaram. Não mencionaram nada acerca do famoso Museu Britânico. Curioso, não? 
Foto: Museu Britânico de Londres, erguido em 1753. Mantém uma variada e valiosa coleção de objetos saqueados do mundo todo. Lá é possível encontrar peças de valor inestimável subtraídas da antiga Grécia, do Japão, das culturas pré-colombianas da América, da África, sobretudo do antigo Egito, e naturalmente da Ásia inteira, principalmente arte chinesa e persa antigas. O Museu Britânico é uma suntuosa caverna de Ali Babá da civilização branca e culta do Ocidente. 

Postado no blog Diário Gauche em 13/08/2012

Os jogos, a vida e as lições de Londres 2012




As meninas do vôlei ensinaram que nem tudo está perdido e a equipe masculina que nada está ganho antes do fim; aos que decepcionaram, como Cesar Cielo, Neymar e Fabiana Murer, não adianta chorar sobre o leite derramado; heróis improváveis, como a judoca Sarah Menezes e a pentatleta Yane Marques, nos provaram que a sertaneja é também uma forte; e da força dos braços de Arthur Zanetti, veio a prova: nada é impossível.


De onde vem a emoção dos Jogos Olímpicos? Nas passadas, nas braçadas, nos saltos e na disputa de uma bola, estão concentrados, em alguns instantes, os esforços de uma existência. E cada esporte, à sua maneira, é também um retrato da vida e da luta cotidiana de cada ser humano.

No fim, com 17 medalhas, o Brasil teve um desempenho razoável, em linha com as expectativas da delegação olímpica, que previa 15 medalhas. Mas nem todas vieram de onde se esperava. Em cada conquista ou derrota, há lições importantes.

Nem tudo está perdido – Campeã olímpica em 2008, a seleção brasileira de vôlei feminino quase foi eliminada na fase inicial. Nas quartas, numa disputa contra a favorita Rússia, que vinha melhor na competição, as meninas do vôlei salvaram nada menos que seis match points antes de passar para a semi. “Nunca desistimos”, disse a guerreira Fabi. “Isso aqui é Brasil”. Não desistir e saber enxergar uma luz no fim do túnel foi a chave para recuperar a confiança e, nos jogos decisivos, atropelar os adversários.




Nada está ganho antes do fim – Também contra a Rússia, o Brasil viveu o reverso da medalha no vôlei masculino. Com dois sets a zero e dois match points, os brasileiros permitiram a virada e receberam uma medalha de prata amarga. Como diz o ditado, não adianta contar com o ovo antes que a galinha a ponha.




Ninguém ganha de véspera – Cesar Cielo era cantado em prosa e verso como o maior atleta olímpico brasileiro de todos os tempos, pronto para arrebatar dois ouros na natação: nos 50 e nos 100 metros. Campeão olímpico em Pequim, ele trocou o centro de treinamento nos Estados Unidos por um no Brasil, fez várias campanhas publicitárias e virou até nome de uma empresa de cartões de crédito. “Minhas pernas não responderam”, disse ele, que recebeu, em lágrimas, a prata. Sua medalha veio amarga. Mas Thiago Pereira, nos 200 medley, levou uma prata com sabor de ouro porque superou Michael Phelps. Na piscina, foco é essencial.




O vento sopra para todos – Tal qual uma garota mimada, Fabiana Murer cruzou os braços e fez cara de choro. Em Pequim, haviam roubado sua vara. Em Londres, a culpa foi do vento. E ela, que tinha os melhores resultados do ano, nem passou para a finalíssima do salto com vara em Londres. Terminou dizendo que só a russa Isinbayeva é melhor do que ela, mas de nada adiante chorar sobre o leite derramado.




Como são fortes as sertanejas – Sarah Menezes, ouro no primeiro dia de competições no judô, veio de Teresina, no Piauí. Yane Marques, bronze no pentatlo, no último dia de Londres 2012, veio de Afogados da Ingazeira, no sertão pernambucano. Se Euclides da Cunha dizia que o “sertanejo é, antes de tudo, um forte”, muito mais fortes são as sertanejas. E só elas sabem como lutaram para chegar onde chegaram.





Nome e fama não ganham jogo – Neymar, do alto de sua fortuna, Lucas, vendido por mais de R$ 100 milhões, e tantos outros astros estrelados da seleção brasileira não foram páreo para os mexicanos por uma razão simples. Eles se preparam; nós, não. Se o Brasil não acordar para o fato de que nome não ganha jogo, vem aí mais um fiasco em 2014.




Quem acredita sempre alcança – Com 1,57m, Arthur Zanetti tinha tudo para ser uma criança excluída dos esportes, mas escolheu algo perfeito para o seu biótipo: a ginástica olímpica, onde o que importa é ser baixo e forte. Treinou todos os dias, em equipamentos produzidos pelo próprio pai, em São Caetano do Sul. Nas argolas, a mais dura competição olímpica, ele provou que não há limites para quem acredita nos seus sonhos.





Postado no blog Brasil247 em 12/08/2012

Pai é um só



Martha Medeiros

Verdade seja dita: há muitas como sua mãe, mas ninguém como seu pai. Mãe é tudo igual, só muda de endereço. 

Não concordo 100% com essa afirmação, mas é verdade que nós, mães, temos lá nossas semelhanças. Basta reunir uma meia-dúzia num recinto fechado para se comprovar que, quando o assunto é filho, as experiências são praticamente xerox umas das outras.

Por outro lado, quem arriscaria dizer que pai é tudo farinha do mesmo saco? Nunca foram devidamente valorizados, nunca receberam cartilhas de conduta e sempre passaram longe da santificação. Cada pai foi feito à imagem e semelhança de si mesmo.

As meninas, assim que nascem, já são tratadas como pequenas "nossas senhoras" e começam a ser catequizadas: "Mãe, um dia você vai ser uma". E dá-lhe informação, incentivo e receitas de como se sair bem no papel. Outro dia, vi uma menina de não mais de três anos empurrando um carrinho de bebê com uma boneca dentro. Já era uma minimãe. Os meninos, ao contrário, só pensam nisso quando chega a hora, e aí acontece o que se vê: todo pai é fruto de um delicioso improviso.

Tem pai que é desligado de nascença, coloca o filho no mundo e acha que o destino pode se encarregar do resto. Ou é o oposto: completamente ansioso, assim que o bebê nasce já trata de sumir com as mesas de quinas pontiagudas e de instalar rede em todas as janelas, e vá convencê-lo de que falta um ano para a criança começar a caminhar.

Tem pai que solta dinheiro fácil. E pai que fecha a carteira com cadeado. Tem pai que está sempre em casa, e outros, nunca. Tem pai que vive rodeado de amigos e pai que não sabe o que fazer com suas horas de folga. Tem aqueles que participam de todas as reuniões do colégio e outros que não fazem ideia do nome da professora. Tem pai que é uma geleia, e uns que a gente nunca viu chorar na vida. Pai fechado, pai moleque, pai sumido, pai onipresente. Pai que nos sustenta e pai que é sustentado por nós. Que mora longe, que mora em outra casa, pai que tem outra família, e pai que não desgruda, não sai de perto jamais. Tem pai que sabe como gerenciar uma firma, construir um prédio, consertar o motor de um carro, mas não sabe direito como ser pai, já que não foi treinado, ninguém lhe deu um manual de instruções. Ser pai é o legítimo "faça você mesmo".

Alguns preferem não arriscar e simplesmente obedecem suas mulheres, que têm mestrado e doutorado no assunto. Mas os que educam e participam da vida dos filhos a seu modo é que perpetuam o charme desta raça fascinante e autêntica. Verdade seja dita: há muitas como sua mãe, mas ninguém é como seu pai.


Conversa entre o pai e o filho, por volta do ano 2050...




Luis Fernando Veríssimo 


Foi assim que tudo aconteceu, meu filho. Planejaram o negócio discretamente, para que não notássemos. Primeiro elas pediram igualdade entre os sexos. Os homens, bobos, nem deram muita bola para isso na ocasião. Parecia brincadeira. Pouco a pouco, elas conquistaram cargos estratégicos Diretoras de Orçamento, Empresárias, Chefes de Gabinete, Gerentes disso ou daquilo. 

- E aí, Papai? 

- Ah, os homens foram muito ingênuos. Enquanto elas conversavam ao telefone - durante horas a fio - eles pensavam que o assunto fosse telenovela. Triste engano. De fato, era a rebelião se expandindo nos inocentes intervalos comerciais. "Oi querida!", por exemplo, era a senha que identificava as líderes. "Celulite" eram as células que formavam a organização. Quando queriam se referir aos maridos, diziam "o regime". 

- E vocês? Não perceberam nada? 

- Ficávamos jogando futebol no clube, despreocupados. E o que é pior: continuamos a ajudá-las quando pediam. Carregar malas no aeroporto, naufrágios. Essas coisas de homem. 

- Aí, veio o golpe mundial? 

- Sim o golpe. O estopim foi o episódio Hillary-Mônica. Uma farsa. 

Tudo armado para desmoralizar o homem mais poderoso do mundo. Pegaram-no pelo ponto fraco, coitado. Já lhe contei, né? A esposa e a amante, que na TV posavam de rivais eram, no fundo, cúmplices de uma trama diabólica. O pobre Presidente... 

- Como era mesmo o nome dele? 

- William, acho. Tinha um apelido, mas esqueci. Desculpe, filho, já faz tanto tempo... 

- Tudo bem, Papai. Não tem importância. Continue... 

- Naquela manhã a Casa Branca apareceu pintada de cor-de-rosa. Era o sinal que as mulheres do mundo inteiro aguardavam. A rebelião tinha sido vitoriosa! Então elas assumiram o poder em todo o planeta. Aquela torre do relógio em Londres chamava-se Big-Ben, e não Big-Betty, como agora... Só os homens disputavam a Copa do Mundo, sabia? Dia de desfile de moda não era feriado. Essa Secretária Geral da ONU era uma simples cantora. Depois trocou o nome, de Madonna para Mandona... 

- Conta mais... 

- O resto você já sabe. Instituíram o Robô-Troca-Pneu como equipamento obrigatório de todos os carros... a Lei do Já-Prá-Casa, proibindo os homens de tomar cerveja depois do trabalho... E, é claro, a famigerada semana da TPM, uma vez por mês... 

- TPM ??? 

- Sim, TPM... A Temporada Provável de Mísseis... É quando elas ficam irritadíssimas e o mundo corre perigo de confronto nuclear... 

- Sinto um frio na barriga só de pensar, pai... 

- Shhh! Escutei barulho de carro chegando. Disfarça e continua picando essas batatas. 



Arnaldo Jabor, o performático mestre dos desinformados


Porta-voz da classe média, Arnaldo Jabor espera sinceramente que a Suprema Corte se dobre aos seus Supremos Pressupostos

Waldemar Figueiredo


No dia 7 de agosto deste ano Arnaldo Jabor publicou no segundo caderno do jornal O Globo mais um dos seus artigos bombásticos, reação ao que viu e ouviu nos primeiros dias do julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal. O douto paladino da Justiça sentenciou logo no primeiro parágrafo que os julgadores precisavam ouvir a opinião pública. Isto é, a Suprema Corte não pode desmoralizar-se fugindo da vontade popular. A condenação dos réus anunciaria que a República está em franca evolução democrática.
arnaldo jabor mensalão
Para Jabor e seus interlocutores das redações e estúdios, sobram argumentos que faltam às togas
Não tive como evitar a imaginação. Veio-me à mente o Jabor em cena no turno da noite recitando o seu texto para as câmeras do Jornal da Globo. Performático. Ruborizado. Indignado. Esbraveja que a tentativa do PT se perpetuar como partido único teria o seu julgamento. A Justiça tardou, mas não poderia falhar. Sarcástico. Depois de tanto contorcer a face ruborizada deixa transparecer um risinho no canto da boca: eu não disse?
A respeito da concepção do conceito de opinião pública, Jürgen Habemas teria muito a se instruir com Jabor. Caso não aprendesse nada com o artigo “Suprema Importância”, sem escapatória, aprenderia com o seu belíssimo filme Opinião Pública. Na película de 1967, como nos seus artigos e aparições televisivas, mostra-se especialista na classe média brasileira. Jabor milita como mestre dos desinformados há muito tempo. Fez desse ofício missão e profissão. Não há quem possa chamá-lo de mal sucedido.
Na querida e frágil República Federativa do Brasil não precisamos do Supremo Tribunal Federal pesquisando e se debruçando sobre toneladas de papel. É necessário que o fórum da justiça se silencie para ouvir as tais das provas produzidas em contraditório judicial? Para Arnaldo Jabor, este negócio de julgamento a partir dos autos pode acabar em embromação. Nesta linha jornalística, a opinião pública conhece a verdade e os tribunos da grande imprensa já estabeleceram a sentença justa e merecida. A opinião pública da qual fala o articulista cabe numa sala de redação. À noite, os membros da Suprema Corte da Grande Imprensa migram para os estúdios de rádio e TV. Um pouco de pó compacto no rosto para tirar os excessos de brilho e escamotear as rugas. Prontos para colocar em cena a festiva “opinião pública”. Para Jabor e seus interlocutores das redações e estúdios, sobram argumentos que faltam às togas.
O artigo do dia 7 de agosto é emblemático. Às favas com as defesas. Sobre os magistrados do Supremo Tribunal Federal, o que importa noticiar são o anedótico e os supostos alinhamentos políticos. Jabor já fez o seu julgamento há muito tempo e não precisou de pesquisa ou orientações jurídicas. A presunção da culPa está baseada numa refinada sensibilidade artística.
Para Jabor, na sua fúria indomável, os réus do mensalão são culpados até que provem o contrário. O que vale é a voz rouca da sua estimada “opinião pública” que circula pelas ruas do Leblon e, quando muito, vai de bicicleta elétrica até Ipanema. O porta-voz da classe média espera sinceramente que a Suprema Corte se dobre aos seus Supremos Pressupostos.
Postado no blog Pragmatismo Político em 11/08/2012