Cadê as provas?







Devemos ter cuidado com o 4º Poder ( Mídia ) e com alguns juízes e seus interesses


Este cara voltou a brincar com fogo

Na capa: Cachoeira, Policarpo e Demóstenes

Por Marco Aurélio Mello

Meu sobrinho me perguntou no Facebook porque não escrevia alguma coisa sobre o "Mensalão", processo do qual participei profissionalmente, como jornalista. Será que é porque queria esperar um pouco mais? Emendou. Não, respondi. É que não tenho saco para Fla-Flu. A questão virou ideológica. Virou uma disputa política. Deixou de ser técnica, sobre financiamento privado de campanhas políticas e de como são costuradas as alianças entre os grandes e pequenos partidos: na base de cargos e grana. O Paulo explica melhor do que eu a questão política. Ah esse Paulo... Acho que ele ainda vai perder o emprego:


Sabemos que os esquemas financeiros da política brasileira são condenáveis por várias razões, a começar pela principal: permitem ao poder econômico alugar o poder político para que possa atender a seus interesses. Os empresários que contribuem com campanhas financeiras passam a ter deputados, senadores e até governos inteiros a seu serviço, o que é lamentável. O cidadão comum vota uma vez a cada quatro anos. Sua força é de 1 em 100 milhões. Já o voto de quem sustenta os políticos é de 100 milhões contra 1.


Por isso sou favorável a uma mudança nas regras de campanha, que proíba ou pelo menos controle essa interferência da economia sobre a política. Ela é, essencialmente, um instrumento da desigualdade. Contraria o princípio democrático de que 1 homem equivale a 1 voto.

Pela mesma razão, eu acho que todos os fatos relativos ao mensalão petista precisam ser esclarecidos e examinados com serenidade. Casos comprovados de desvios de recursos públicos devem ser punidos. Outras irregularidades também não devem passar em branco.


Não vale à pena, contudo, fingir que vivemos entre cidadãos de laboratório. Desde a vassoura da UDN janista os brasileiros têm uma longa experiência com campanhas moralizantes para entender um pouco mais sobre elas. Sem ir ao fundo dos problemas o único saldo é um pouco mais de pirotecnia.

No tempo em que Fernando Henrique Cardoso era sociólogo, ele ensinava que a opinião pública não existe. O que existe, explicava, é a “opinião publicada.” Esta é aquela que você lê.

O julgamento do mensalão começa em ambiente de opinião publicada. O pressuposto é que os réus são culpados e toda deliberação no sentido contrário só pode ser vista como falta de escrúpulo e cumplicidade com a corrupção.

Num país que já julgou até um presidente da República, é estranho falar que estamos diante do “maior julgamento da história.” É mais uma opinião publicada. Lembro dos protestos caras-pintadas pelo impeachment de Collor. Alguém se lembra daquela da turma do “Cansei”?

Também acho estranho quando leio que o mensalão foi “revelado” em junho de 2005. Naquela data, o deputado Roberto Jefferson deu a entrevista à Folha onde denunciou a existência do “mensalão” e disse que o governo pagava os deputados para ter votos no Congresso. Falou até que eles estavam fazendo corpo mole porque queriam ganhar mais.

Anos mais tarde, o próprio deputado diria – falando “a Justiça, onde faltar com a verdade pode ter mais complicações – que o mensalão foi uma “criação mental”. Não é puro acaso que um número respeitável de observadores considera que a existência do mensalão não está provada.

A realidade é que o julgamento do mensalão começa com um conjunto de fatos estranhos e constrangedores. Alguns:

1. Roberto Jefferson continua sendo apresentado com a principal testemunha do caso. Mas isso é o que se viu na opinião publicada. Na opinião não publicada, basta consultar seus depoimentos à Justiça, longe dos jornais e da TV, para se ouvir outra coisa. Negou que tivesse votado em projetos do governo por dinheiro. Jurou que o esquema de Delúbio Soares era financiamento da campanha eleitoral de 2004. Lembrou que o PTB, seu partido, tem origens no trabalhismo e defende os trabalhadores, mesmo com moderação. Está tudo lá, na opinião não publicada. Ele também diz que o mensalão não era federal. Era municipal. Sabe por que? Porque as eleições de 2004 eram municipais e o dinheiro de Delúbio e Marcos Valério destinava-se a essa campanha.

2. Embora a opinião publicada do procurador geral da República continue afirmando que José Dirceu é o “chefe da quadrilha” ainda é justo esperar por fatos além de interpretações. Deixando de lado a psicologia de botequim e as análises impressionistas sobre a personalidade de Dirceu é preciso encontrar a descrição desse comportamento nos autos. Vamos falar sério: nas centenas de páginas do inquérito da Polícia Federal – afinal, foi ela quem investigou o mensalão – não há menção a Dirceu como chefe de nada. Nenhuma testemunha o acusa de ter montado qualquer esquema clandestino para desviar qualquer coisa. Nada. Repito essa versão não publicada: nada. São milhares de páginas. Nada entre Dirceu e o esquema financeiro de Delúbio.

3. O inquérito da Polícia Federal ouviu 337 testemunhas. Deputados e não deputados. Todas repetiram o que Jefferson disse na segunda vez. Nenhuma falou em compra de votos para garantir votos para o governo. Ou seja: não há diferença entre testemunhas. Há concordância e unanimidade, contra a opinião publicada.

4. A opinião publicada também não se comoveu com uma diferença de tratamento entre petistas e tucanos que foram agrupados pelo mesmo Marcos Valério. Como Márcio Thomaz Bastos deve lembrar no julgamento, hoje, os tucanos tiveram direito a julgamento em separado. Aqueles com direito a serem julgados pelo STF e aqueles que irão para a Justiça comum. De ministros a secretárias, os acusados do mensalão petista ficarão todos no mesmo julgamento. A pouca atenção da opinião publicada ao mensalão mineiro dá a falsa impressão de que se tratava de um caso menor, com pouco significado. Na verdade, por conta da campanha tucana de 1998 as agências de Marcos Valério recebiam verbas do mesmo Banco do Brasil que mais tarde também abriria seus cofres para o PT. Também receberam aqueles empréstimos que muitos analistas consideram duvidosos, embora a Polícia Federal tenha concluído que eram para valer. De acordo com o Tribunal de Contas da União, entre 2000 e 2005, quando coletava para tucanos e petistas, o esquema de Marcos Valério recebeu R$ 106 milhões. Até por uma questão de antiguidade, pois entrou em atividade com quatro anos de antecedência, o mensalão tucano poderia ter preferência na hora de julgamento. Mas não. Não tem data para começar. Não vai afetar o resultado eleitoral.


É engraçada essa opinião publicada, concorda?

Postado no blog DoLadoDeLá em 02/08/2012

In Dubio Pro Reo (na dúvida pelo réu)



Todos os julgamentos são políticos, quando os crimes prováveis se cometem contra a República. São políticos, se levamos em conta que as vítimas são os membros da comunidade lesada, no caso em que tenha havido os delitos apontados. A partir desse raciocínio, não há como desacreditar, in limine, o volumoso processo contra parlamentares, servidores do Poder Executivo, ministros de Estado, publicitários e outros, acusados de desviar recursos públicos, mediante ardilosos expedientes.
Se as provas forem robustas e as leis penais violadas, o julgamento técnico suportará o juízo político. Se não forem suficientemente sólidas, ainda que sugiram a probabilidade do delito, o Supremo Tribunal Federal (STF), como é de sua história e natureza, na obediência ao princípio de que a dúvida os beneficia, absolverá os réus.
Tantos anos depois da denúncia, a nação quer conhecer a verdade, pelo menos a verdade que os autos, sob o exame do STF, indicarão. É certo que não será toda a verdade, e é provável que muitos portem culpas alheias, mas os juízes, e principalmente os mais altos magistrados do país, não julgam com provas secretas. Eles se aterão – como impõem a natureza humana e a inteligência de quem julga – aos documentos reunidos pela Procuradoria-Geral da República. 

Ainda que os juízes venham a condenar os réus, seria exagerado considerá-lo o "julgamento do século" e a sentença política final contra o PT. A História não é a imagem de manchas negras do pecado sobre o fundo imaculado da inocência. Ela se faz da combinação aleatória entre os vícios e as virtudes. O Partido dos Trabalhadores, com todos os erros que tenha cometido, contribuiu – ao suportar a carreira e a candidatura de Lula – para o grande avanço social no país. Entre outros de seus méritos, Lula devolveu aos brasileiros a parcela de autoconfiança que perdera durante o governo francamente entreguista e submisso aos poderosos do mundo, de seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso.

Não se pode mais prolongar a suspeita. Se os acusados são inocentes, do ponto de vista da legislação penal, que tenham os seus direitos restaurados e sua honorabilidade recuperada. Não obstante isso, estarão sujeitos ao julgamento da opinião pública. De qualquer forma, depois da decisão do Supremo, os fatos passam oficialmente ao arquivo da História. 
Processos como esse podem contribuir para a reconstrução da República, de acordo com as exigências do presente. Está faltando bom senso às nossas instituições republicanas, desde a violação da Carta de 1946, pelo golpe militar. A Constituição de 1988 foi amputada, ex abrupto, pelas emendas antinacionais impostas por Fernando Henrique. E quando lhe falta o senso comum, conforme a síntese ético-lógica de George E. Moore, todo pensamento filosófico – incluído o político – é falso. Lula exerceu o cargo com o senso comum reclamado por Moore, mas não dispunha de poder suficiente para reconstruir todo o edifício constitucional do país.
Falta bom senso a um sistema que se estrutura sobre grupos de interesse corporativo – como as bancadas do agronegócio, dos banqueiros, dos industriais paulistas, das multinacionais –, e não sobre ideias e doutrinas que busquem identificar e defender o interesse comum da nacionalidade. Falta bom senso a um sistema que se declara fundado na independência dos três poderes, mas que se exerce na prática da promiscuidade cômoda para os que dela se aproveitam, e inaceitável aos homens de bem. 
Ainda que esse mal seja comum a todas as sociedades políticas contemporâneas, em nosso caso o problema parece maior, o que é natural, porque é dentro de nossas fronteiras que vivemos, submetidos às contingências próprias dessa circunstância. E, com todas as dificuldades, a pressão do povo tem contribuído para o aprimoramento de nossas instituições. 
Postado no blog DoLadoDeLá em 02/08/2012

Ingleses aprenderam (tarde demais) que não vale a pena esfolar turistas




Londres já nos deixou uma lição de casa. Se o Brasil pretende que a Copa de 2014 e os Jogos de 2016 sejam um sucesso, é bom baixar a bola dos nossos empresários, principalmente os do setor turístico, conhecidos por sua ganância olímpica.
Os ingleses esperavam receber 300 mil visitantes para o megavento esportivo. Segundo o jornal Financial Times, conseguiram atrair apenas um terço disso, 100 mil turistas. Comerciantes, gerentes de hotel e produtores estão lamentavelmente surpresos.
Para o setor teatral, um dos mais vibrantes do mundo, a decepção é ainda maior. A estimativa chocante é de queda de 30% na venda de ingressos. O mesmo acontece com os museus, cujas visitas têm sido inferior ao que se costuma registrar normalmente nesse período do ano.
Tudo bem que programas culturais não sejam o foco de quem está na cidade para participar da maior festa do planeta. Mas alguns estádios com lotação apenas sofrível ajudam a constatar que os ingleses pesaram a mão na hora de esfolar seus visitantes.
A rede hoteleira também teve que rever suas projeções otimistas. De última hora, muitos hotéis foram obrigados a baixar seus preços em cerca de 25%. E, mesmo assim, a lotação sofreu uma queda de 20% em comparação com junho do ano passado. Cacetada.
A explicação para esse duro golpe é uma só: a turma jogou pesado na hora de reajustar os preços à espera de uma invasão que não se concretizou. Em busca de lucros abusivos, perderam dinheiro. Bem feito.
O recado está dado. O Brasil tem uma rede hoteleira precária, mas que não titubeia em explorar gringos desavisados. Nossos restaurantes podem até oferecer uma gastronomia de ponta, mas a um custo obsceno até para padrões europeus.
O governo tem que, desde já, orientar nossos capitalistas para o risco do olho gordo. Por ocasião da Rio+20, os estrangeiros ficaram escandalizados com os preços praticados por toda a nossa rede de serviços. Serviu como ensaio.  Com certeza, quem passou por aqui não ficou com uma boa impressão. Isso sem entrar no mérito da qualidade do que oferecemos.
Levando em conta os gastos irresponsáveis que já estamos presenciando por aqui, com anos de antecedência, corremos o risco de atingir a proeza de um retumbante prejuízo lá na frente. É muito mais agradável e barato assistir a todos esses jogos pela TV. Londres não deixou nenhuma dúvida sobre isso.
Postado no blog O Provocador em 02/08/2012
Imagem inserida por mim

Para uma vida mais saudável, azeite de oliva



Meninas, vocês já devem ter percebido que o azeite se tornou indispensável na alimentação, sendo adicionado às comidas, proporcionando sabor e aroma. Seu uso traz muitos benefícios à saúde, pois é fonte de vitamina E, protegendo contra o câncer e doenças do coração; possui antioxidantes naturais, auxiliando o organismo no combate aos radicais livres e prevenindo assim os efeitos do envelhecimento; e também é rico em ácidos graxos monoinsaturados, permitindo o aumento do HDL (bom colesterol) e a diminuição do LDL (colesterol ruim).




O azeite pode ser classificado em:

  • Extra-Virgem: acidez não >1%, primeira prensagem a frio;
  • Virgem: produzido mecanicamente, e sua acidez não ultrapassa os 2%.
  • Refinado: apresenta alta acidez.


→ Prefira sempre o extra-virgem!


OBS: Bom, já que o assunto é azeite... estamos vendo na TV uma propaganda dizendo que a maionese é mais saudável que o azeite né? Mas prestem atenção no seguinte: dizer que um alimento é mais saudável que outro pela quantidade de calorias, sem levar em conta os ingredientes que o compõe, não é a melhor maneira de analisar seus benefícios, pois quantidades elevadas de gordura, sódio e açúcares são prejudiciais à saúde e muitas vezes não são expostos ao consumidor.


Vejam a seguir as informações nutricionais dos dois alimentos e compare:





Postado no blog Antenadas em 31/07/2012


O que é ser feliz



ser-feliz
 Augusto Cury

Ser feliz não é ter um céu sem tempestades, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem decepções…
Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros.
Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza. Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos. Não é apenas ter júbilo nos aplausos mas encontrar alegria no anonimato.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver a vida, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz não é uma fatalidade do destino, mas uma conquista de quem sabe viajar para dentro do seu próprio ser.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz, é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. É beijar os filhos, curtir os pais e ter momentos poéticos com os amigos, mesmo que eles nos magoem.
Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro de cada um de nós. É ter maturidade para falar “eu errei”. É ter ousadia para dizer, “me perdoe” É ter sensibilidade para expressar “eu preciso de você”. É ter capacidade de dizer “eu te amo”.
Desejo que a vida se torne um canteiro de oportunidades para você ser feliz.
Que nas suas primaveras você seja amante da alegria.
Que nos seus inversos você seja amigo da sabedoria.
E, quando você errar o caminho, recomece tudo de novo.
Pois assim você será cada vez mais apaixonado pela vida.
E descobrirá que…
Ser feliz não é ter uma vida perfeita. Mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância. Usar as perdas para refinar a paciência. Usar as falhas para esculpir a serenidade. Usar a dor para lapidar o prazer.
Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.
Jamais desista de si mesma.
Jamais desista das pessoas que você ama.
Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um espetáculo imperdível.
E você é um ser humano especial.