Rubia A. Dantés
O pior da rotina é que nem percebemos como estamos sendo presos por ela, e vamos seguindo por seus caminhos já traçados que nos roubam toda possibilidade de estar no presente... Coisas repetitivas, que pensamos são as que mais gostamos de fazer, nos prendem tão sutilmente que... deixamos muitas vezes de experimentar o novo e a vida que ele traz, só porque gostamos de fazer daquela forma, gostamos de comer aquelas coisas, naqueles horários, gostamos de ir naqueles lugares, encontrar aquelas pessoas e... mais uma infinita gama de coisas que "gostamos de fazer" e que acabam virando rotina, e que muitas vezes nos impedem de experimentar coisas que poderíamos gostar muito mais...
Eu adoro experimentar coisas novas, e pensava até que não gostava de rotina... que não tinha rotina, mas, percebi que, muito sutilmente, essa danada me pegava em alguns pontos que eu nem me dava conta...
Será que as coisas que gostamos e que fazemos repetidas vezes porque gostamos e criamos o hábito de fazer, não estão nos prendendo e impedindo de fazer coisas novas e de viver no presente?
Hoje, quando descobri o quanto algumas rotinas me prendiam, percebi o quanto ainda sou mestra em criar rotinas... e me prender a elas... diante de um dia lindo e ensolarado que convidava a um passeio, me vi fazendo primeiro determinadas coisas que me acostumei a fazer aqui, em Copenhagen onde estou passando um tempo com minha filha... e quando olhei no relógio achei que já era tarde para sair e experimentar o novo. E olha que estou de férias, em outro país, e mesmo assim me prendi sutilmente a um ritmo que acreditei facilitaria minha estadia aqui... Pura ilusão, ou pura prisão... é mesmo incrível como adoramos nos prender em coisas que nos impedem de viver o presente. Acho que toda rotina é uma forma de nos afastar do presente, uma vez que para segui-las seguimos um caminho já traçado. Claro que o presente sempre pode se infiltrar sem que a gente perceba e nos tirar da rotina... mas que ela dificulta e muito a sua manifestação, isso lá é verdade.
Por que será que nos sentimos tão inseguros diante do presente e da possibilidade de simplesmente receber o que vier? Que fazemos tantos atos repetitivos por acreditar que gostamos de fazer aquilo e sentimos segurança nessas coisas... Será que isso não é uma forma de nos sabotar e nos impedir de viver novas experiências... No meu caso, vi que isso era tão despistado que eu até acreditava que não gostava de rotina... e até pensava que tinha pavor dela... e em muitas coisas bem visíveis realmente é assim, mas percebi que em alguns pontos criava rotinas que me mantinham presa e, por não me dar conta delas, sem possibilidade de me livrar... até que as identifiquei agindo na minha realidade... e a partir dai pude ver como somos mestres em criar situações onde nos sentimos seguros mas... presos e limitados.
Diante de um dia quente e inesperado de sol... onde finalmente poderia sair sem ter que me cobrir toda de agasalhos e roupas de frio... resolvi obedecer a rotina ao invés de seguir o chamado do dia... mas... perdi o dia, mas não o aprendizado... e nesse dia muitas coisas mudaram dentro de mim... percebi que avancei para outros território internos... e muitas coisas foram ficando claras... senti que podia avançar mais em todas as direções...
No dia seguinte... já ia sair para fazer o previsível mas.... resolvi mudar o rumo e, ao invés da programada ida ao supermercado, resolvi passear pelos lagos e... para minha surpresa, dessa vez fui muito além de onde sempre ia quando ia passear por lá... sempre que chegava eu me assentava por ali, em um dos bancos no primeiro lago, e estava bom assim... Parece que tinha cumprido o que ia fazer lá.... Mas nesse dia, alguma coisa me fez andar e seguir em frente... e fui andando e descobrindo coisas que de longe nem podia imaginar que eram tão bonitas... E assim fui até o último lago que se revelou o mais encantado. E o mais importante é que esse movimento externo era acompanhado por um movimento interno de grande abertura para ir além... e da certeza que o território que eu experimentara, até então, era muito pequeno diante das muitas possibilidades que a vida tem a nos oferecer.
Sei que foi só um passeio além do primeiro lago... mas sei também que foi muito mais...
Além das nossas rotinas existem muito mais possibilidades...
Eu adoro experimentar coisas novas, e pensava até que não gostava de rotina... que não tinha rotina, mas, percebi que, muito sutilmente, essa danada me pegava em alguns pontos que eu nem me dava conta...
Será que as coisas que gostamos e que fazemos repetidas vezes porque gostamos e criamos o hábito de fazer, não estão nos prendendo e impedindo de fazer coisas novas e de viver no presente?
Hoje, quando descobri o quanto algumas rotinas me prendiam, percebi o quanto ainda sou mestra em criar rotinas... e me prender a elas... diante de um dia lindo e ensolarado que convidava a um passeio, me vi fazendo primeiro determinadas coisas que me acostumei a fazer aqui, em Copenhagen onde estou passando um tempo com minha filha... e quando olhei no relógio achei que já era tarde para sair e experimentar o novo. E olha que estou de férias, em outro país, e mesmo assim me prendi sutilmente a um ritmo que acreditei facilitaria minha estadia aqui... Pura ilusão, ou pura prisão... é mesmo incrível como adoramos nos prender em coisas que nos impedem de viver o presente. Acho que toda rotina é uma forma de nos afastar do presente, uma vez que para segui-las seguimos um caminho já traçado. Claro que o presente sempre pode se infiltrar sem que a gente perceba e nos tirar da rotina... mas que ela dificulta e muito a sua manifestação, isso lá é verdade.
Por que será que nos sentimos tão inseguros diante do presente e da possibilidade de simplesmente receber o que vier? Que fazemos tantos atos repetitivos por acreditar que gostamos de fazer aquilo e sentimos segurança nessas coisas... Será que isso não é uma forma de nos sabotar e nos impedir de viver novas experiências... No meu caso, vi que isso era tão despistado que eu até acreditava que não gostava de rotina... e até pensava que tinha pavor dela... e em muitas coisas bem visíveis realmente é assim, mas percebi que em alguns pontos criava rotinas que me mantinham presa e, por não me dar conta delas, sem possibilidade de me livrar... até que as identifiquei agindo na minha realidade... e a partir dai pude ver como somos mestres em criar situações onde nos sentimos seguros mas... presos e limitados.
Diante de um dia quente e inesperado de sol... onde finalmente poderia sair sem ter que me cobrir toda de agasalhos e roupas de frio... resolvi obedecer a rotina ao invés de seguir o chamado do dia... mas... perdi o dia, mas não o aprendizado... e nesse dia muitas coisas mudaram dentro de mim... percebi que avancei para outros território internos... e muitas coisas foram ficando claras... senti que podia avançar mais em todas as direções...
No dia seguinte... já ia sair para fazer o previsível mas.... resolvi mudar o rumo e, ao invés da programada ida ao supermercado, resolvi passear pelos lagos e... para minha surpresa, dessa vez fui muito além de onde sempre ia quando ia passear por lá... sempre que chegava eu me assentava por ali, em um dos bancos no primeiro lago, e estava bom assim... Parece que tinha cumprido o que ia fazer lá.... Mas nesse dia, alguma coisa me fez andar e seguir em frente... e fui andando e descobrindo coisas que de longe nem podia imaginar que eram tão bonitas... E assim fui até o último lago que se revelou o mais encantado. E o mais importante é que esse movimento externo era acompanhado por um movimento interno de grande abertura para ir além... e da certeza que o território que eu experimentara, até então, era muito pequeno diante das muitas possibilidades que a vida tem a nos oferecer.
Sei que foi só um passeio além do primeiro lago... mas sei também que foi muito mais...
Além das nossas rotinas existem muito mais possibilidades...
Postado no blog Somos Todos Um