Está na hora de estimular o seu cérebro (e o do seu gato!) com dicas pra lá de quentes. Vá com tudo!
No consultório da ginecologista e terapeuta sexual Glene Rodrigues, de São Paulo, estão sempre chegando mulheres com uma queixa recorrente: a vida sexual está num marasmo total, nem se lembram mais como é ter um orgasmo ou, pior, o desejo simplesmente sumiu!
Depois de fazer uma varredura na vida da paciente, saber como anda sua vida, que preocupações têm, o que geralmente costuma ocupar seus pensamentos, na maioria dos casos, a especialista chega a um diagnóstico comum: falta conexão cerebral.
E o que isso significa exatamente? “Para alimentar o desejo sexual, é preciso estar com a mente conectada nesse assunto. Só que, no dia a dia, muitas mulheres enchem a cabeça com as preocupações cotidianas, doenças na família, problemas com os filhos, as tarefas do trabalho e acabam colocando a sexualidade no patamar de menor importância”, explica Glene. Muitas de suas pacientes chegam a confessar que mesmo na hora H, passa tudo pela cabeça, menos o que está rolando ali entre ela e o parceiro.
Tudo começa na cabeça
Segundo os especialistas, o cérebro é nossa maior zona erógena. Portanto, para um sexo bom, precisamos alimentá-lo sempre com estímulos. Trocando em miúdos: quanto mais você e seu amor pensarem naquilo, melhor! Segundo o urologista Celso Marzano, as respostas sexuais são desencadeadas, em parte, por estímulos olfativos, visuais, táteis, além de fantasias, entre outros. “Tudo isso é processado no cérebro que, depois, desencadeia manifestações como a ereção do pênis ou a lubrificação da vagina”, explica Marzano.
As famosas preliminares são algumas das chaves que abrem essa conexão cerebral com o sexo. “São elas que colocam em ebulição a química do sexo e, com isso, a excitação vai aumentando”, explica Marzano. No corpo da mulher, os sinais desse processo são visíveis nas mudanças que ocorrem em sua região genital: a vulva aumenta, a lubrificação aparece e ocorre o alongamento da vagina. “Tudo isso para poder receber o pênis sem qualquer incômodo ou dor”, observa o especialista.
Atenção: um, dois, três... ativando
Seria ótimo se essa orquestra tocasse sempre direitinho. Mas sabemos que nem sempre isso acontece, não é mesmo? Com o ritmo da vida moderna, às vezes, o casal acaba saindo do tom e desanda o compasso. “É difícil conciliar a família, os amigos, o trabalho e os nossos interesses pessoais, sem contar o estresse provocado pela situação financeira, algum problema no trabalho ou o inevitável envelhecimento de nosso corpo”, observa Marzano. Esses fatores afetam a conexão cerebral com o sexo e levam a algum tipo de disfunção sexual, de maior ou menor grau.
Reconectar, então, é fundamental! A terapeuta sexual Glene Rodrigues dá algumas pistas de como podemos fazer isso. “A mulher se enquadra em três padrões básicos de estimulação: romântico, erótico e pornográfico. Então, o primeiro passo é descobrir em qual deles ela se encaixa. E isso requer um mergulho nela mesma, sem medo nem pudores. O segundo é entrar em contato com esses estímulos.”
Dicas para deixá-lo a ponto de bala
• Troque torpedos insinuantes com seu parceiro durante o dia. Aí, quando a noite chegar, vocês estarão no ponto certo para pegar fogo! Que tal mandar um torpedo dizendo: "Estou com aquela lingerie, pronta pra você...".
• Está sem tempo para uma transa mais demorada, com todas as preliminares incluídas? Pense que encaixar uma rapidinha em algum momento roubado de outros afazeres pode manter a brasa ardendo para um encontro mais demorado.
• Tem gente que, na correria, esquece que tem um corpo e nem lembra as sensações que o toque em determinadas partes dele podem despertar. Aproveite a hora do banho para rememorar. Tocando aqui e ali, você vai reafirmando para o seu cérebro os pontos-chave onde o desejo pode ser ativado em você. E ele também ficará louco se vir você se tocar...
• Outro exercício que ajuda a manter a conexão cerebral com o sexo: contrair toda a musculatura da vagina, como se quisesse reter o xixi, contar até cinco e depois relaxar. O ideal é fazer isso vinte vezes de manhã, vinte vezes à tarde e vinte vezes à noite. Além de conectar o pensamento com a sexualidade, esse exercício ajuda a melhorar a lubrificação da vagina. Ele não vai aguentar...
No escurinho do cinema....
A terapeuta sexual Glene Rodrigues sugere alguns filmes que têm o poder de atiçar a libido dos dois.
Invasão de Privacidade: Carly, a nova moradora de um edifício de luxo de Manhattan, se envolve com um dos vizinhos, Seke (William Baldwin), e é desejada por outro, Jack (Tom Berenger). Mas começa a suspeitar que um deles é o culpado por uma série de mortes que vem acontecendo por lá.
Um Copo de Cólera: Vale pela intensa noite de amor que rola entre o ativista encarnado por Alexandre Borges e a jornalista vivida por Julia Lemmertz, sua mulher na vida real, em uma chácara isolada do mundo.
Máscara do Zorro: Para excitar as mais românticas, Antonio Banderas surge na pele do mascarado e faz par romântico com Catherine Zeta-Jones, com direito a final feliz.
Infidelidade: Connie (Diane Lane) vive um casamento feliz de 11 anos com Edward (Richard Gere) até que o belo e sensual francês Paul (Olivier Martinez) cruza o seu caminho e os dois se tornam amantes.
Último Tango em Paris: Um clássico. A procura de um apartamento em Paris, a jovem Jeanne (Maria Shneider) encontra Paul (Marlon Brando). Logo, engatam um tórrido affair, com o compromisso de que a relação se resumiria a sexo e nada mais.
Por
Iracy Paulina
Postado no blog Uma Mulher em 11/05/2012