Deus é brasileiro? Não sei, mas o Demo com certeza é !


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Luiz Afonso Alencastre Escosteguy


Imagine um adolescente com uma educação formal e familiar razoavelmente boa. Sem dúvida há de se interessar pelas redes sociais um pouco além dos simples “sahuashausahusah’s”. O que ele verá? Uma pequena viagem pelas redes mais populares nos permite ver alguns dos maiores problemas em pauta, hoje, no Brasil e com os quais nosso suposto adolescente se impressiona:


- Privataria Tucana
- Demóstenes e Cachoeira
- Sexo com menores de 12 anos sob aprovação do Poder Judiciário
- estado laico
- estado violento (Pinheirinho, USP...)
- estado com investimentos em saúde e educação abaixo do mínimo necessário
- Copa do Mundo 2014
- GLBT, indígenas e direito das minorias
- Belo Monte
- Eleições em São Paulo
- Lula e o SUS
 - Comissão da Verdade e Ditadura Civil-Militar


A lista é bem maior, mas é o que veio de chofre ao começar.


Os temas acima, apesar de pintados com cores de gravidade nas redes, não significam absolutamente nada para a grande maioria da população brasileira que não tem acesso à internet e trabalha como escrava.


Privataria Tucana? Conheci pessoalmente o Amaury Ribeiro Jr, em uma viagem para São Paulo. Sentou ao meu lado no avião. Conversamos. Como bom fã, tirei foto abraçado. As pessoas ficaram nos olhando como se fossemos dois marcianos que conversavam sobre a última tempestade de areia em Marte.


Quando o vi, fiz o devido alarde, pensando que talvez tivéssemos uma viagem com uma palestra/entrevista exclusiva. Para minha decepção, creio só eu o reconheci. Privatizações? 


Nada que o tempo não resolva... E nada que nosso adolescente não entenda...


O hit do momento. Um baluarte da nação. Um SENADOR. Sim, com maiúsculas. Ex-procurador-geral de Justiça. Cargo ao qual a sociedade entregou a chefia da sua defesa. 


Dessa tenho dificuldade em afirmar se nosso adolescente vai compreender.


Por falar em compreender, se há algo que foge à compreensão de qualquer adolescente, mesmo daqueles que transam com namoradinhas de 12 anos é essa história de curriculum vitae ser chave que abre porta de cadeia. O mais interessante do fato é a discussão do juridiquês envolvido. Nossos doutos operadores do Direito esquecem que mais de 150 milhões de brasileiros não fazem a mínima ideia do que eles falam.


Só resta dizer o óbvio: a que ponto chegaram alguns magistrados brasileiros, que esquecem que são pagos não para dizer o Direito, ou sequer para fazer Justiça, mas para serem o fiel da balança entre a barbárie e a civilização.


Andando...


O Estado. Laico, violento, incapaz. A laicidade do estado começou a tomar forma, de uns anos prá cá, com a “neo” cruzada contra os ímpios do Congresso, levada a efeito pelos evangélicos. Mas parece ter se consumado com um ato administrativo do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, ao proibir, movido por ONGs, símbolos da maioria cristã nos recintos públicos das suas serventias. Questão de fácil compreensão para adolescentes... Ser laico é respeitar a todos... e a nenhum em particular...


Estado violento? Sempre foi. Novidade alguma para quem tem que estudar história para o vestibular. Eu mesmo, quando estudante, apanhei diversas vezes do Estado. Por sinal, creio que até é razão de orgulho ter apanhado do Estado. Nada que uma boa roda de cerveja não resolva... Para os que sobreviverem, claro...


Inútil? Qualquer adolescente sem instrução sabe que Estado é algo inútil. Inútil é perder tempo aqui com isso...


Tanto quanto seria inútil reclamar da eterna vontade do povo de ver a Copa do Mundo ser realizada no Brasil. Da hipocrisia de ver problemas sociais sendo resolvidos apenas porque a Copa é nossa! Enfim, qual adolescente não quer ver a Copa? Fácil aceitar...


Eleições em São Paulo, Lula e o SUS, Belo Monte e outras questões correlatas foram citadas para encher a lista. Normalmente aparecem quando há falta de algo com mais substância do que reclamar e apenas pela característica do supremo maniqueísmo com que são tratadas: a favor ou contra. Típico comportamento de adolescente. Eles entendem... (e estão cagando e andando pra elas...)


A Comissão da Verdade e a Ditadura Civil-Militar são reflexos da qualidade de vida que atingimos: coisa de velhos. Gente que já durou demais na vida e não tem mais o que fazer a não ser achar sarna pra se coçar. Tem até algumas guriazinhas novas, alçadas a cargos públicos de relativa importância que acham que devem batalhar por isso.


Mas pensem bem: quem está no poder hoje no Brasil? Não são os mesmos “torturados/perseguidos” pela ditadura civil-militar? Oito anos de um sociólogo que se refugiou? Mais oito anos de um metalúrgico que sofreu agruras? E quatro anos de uma presa política? Sem falar nos que querem mamar: ex-presidentes e congressitas da UNE? E por aí vai? Isso parecerá um pouco complicado para nosso adolescente, mas nada se compara com o que virá depois do próximo tema.


O campeão de audiência, sem dúvida (e sempre foi na história da humanidade) é o sexo. Culpa da cobra, claro! Mas essa é outra de fácil entendimento pelos adolescentes. Sexo é coisa do passado. Culpa pelo sexo também é coisa do passado. Os adolescentes de hoje estão perdidos demais para entender isso. Sexo é bom e pronto! Seja onde for...  Mas é culpa de quem?


Todas essas “brigas” são, de uma forma ou de outra, fáceis de resolver. Mas há uma força atuando entre nós que é somente equiparável ao demônio bíblico: rival em pé de igualdade com Deus: o sistema midiático (doravante, onde se lê “mídia”, leia-se “sistema midiático, composto por toda a cadeia interessada na sua existência.”).


O maior crime que cometemos contra nossa juventude (e crianças) é fazer pouco para acabar de vez com a diabólica influência da mídia sobre o povo. Se há maldade no mundo, uma das razões é a repetida e consciente vontade da mídia em divulgar o mal, sob o pretexto de “bem informar”.


E aqui chegamos ao núcleo do texto: a liberdade de informação, maior arma utilizada pela mídia para defender seu reinado demoníaco sobre as pessoas e o maior crime cometido contra nossas crianças e adolescentes.


Sob a bandeira esfarrapada da censura, a mídia defende que nada pode ser contra ela e que somente ela tem o direito absoluto de dizer o que bem entende, acima dos próprios poderes do Estado constituído (em tese) pela sociedade.


A censura, única bandeira que resta para a mídia, é um argumento tão fajuto que me admira ter gente “boa”, “do bem”, que defenda ser a mídia censura no Brasil. Sem entrar no juridiquês, desnecessário, mas há um bom “par de anos” é sabido que não existe direito absoluto, mesmo no rol dos fundamentais. Sequer o direito à vida o é!  E que a procura judicial para a defesa de direitos que julgamos foram ou serão ofendido estão, na Constituição, pari passu, lado a lado ao tão propalado direito à informação e à livre expressão.


A todos é garantido preservar previamente direito julgado que será ofendido. Menos, parece, para a mídia. Sobrepõe a sua força para fazer valer a visão de que tudo é censura. 


Faz questão, a mídia, de inculcar no povo a ideia de que somente ter direitos é o que vale. 


Jamais a de que, antes de direitos, como cidadãos somos seres de obrigações. Nós fazemos um contrato com a sociedade, ela, a mídia, não.


Há uma confusão cirurgicamente plantada há anos pela mídia: a de que decisão judicial em sede de liminar constitui-se em censura! Cirurgicamente nos fazem retornar ao medievo ao implantarem uma nova ordem divina, um novo Deus. Modernamente, o tal de quarto poder! (mais conhecido como PIG. Mas, lembremos que há os pequenos em cada recanto desse país...).


Se há algo pelo qual devemos lutar é, com certeza, não pelos temas apontados no início, mas contra o fim da dominação dessa mídia demoníaca e de seus vassalos.
Se fosse jovem hoje, juro que não entenderia como a geração que me precedeu deixou isso acontecer... Eu sou da geração anterior... E estou vendo essa velha mídia do meu tempo ruir...


Tenhamos coragem para ajudar nossa juventude para que não sejam mais influenciados pelos grandes e pequenos PIGs...

Postado no blog OPS! O Pensador Selvagem em 07/04/2012 

Ofenda um nordestino e pague R$ 500



   Por Paulo Moreira Leite, na 



Em outubro de 2010, inconformada com a vitória de Dilma Rousseff na eleição presidencial, a estudante paulista Mayara Petruso escreveu no twitter: “Faça um favor a SP: afogue um nordestino!”

Julgada na semana passada, ela não foi enquadrada por crime de racismo, que a levaria a passar um mínimo de dois anos e cinco de prisão. Ficou com uma pena mais leve, de um ano e meio. Isso lhe permitiu trocar a prisão por R$ 500 mais serviços comunitários. É o racismo por menos que um salário mínimo. 

Não sou daquelas pessoas que acham que penas mais duras são um santo remédio para a discriminação, a violência, os desvios de comportamento e outros males da vida contemporânea.

Muitas vezes, isso é apenas demagogia para impressionar o eleitor desavisado.

Mas essa sentença tem um problema conceitual. Admite trocar uma ofensa à dignidade de milhões de brasileiros por um punhado de reais.

É uma estranha mensagem, vamos combinar.

Punir pessoas por crimes racistas é um ato tão difícil que o craque Grafite, do São Paulo, que foi chamado e “macaco” e “negro de merda” num jogo de futebol desistiu de levar o caso adiante, disse ele à repórter Solange Azevedo. Seu agressor, um jogador argentino, chegou a ser detido depois do jogo mas nada mais lhe aconteceu.

Muitas condenações até chegam até a Justiça, passam na primeira instância mas um número acima de qualquer padrão acaba caindo na segunda, informa uma reportagem da mesma Solange Azevedo.

Encarregado de apurar o caso de um garoto de seis anos expulso de uma pizzaria do Paraíso, em São Paulo, o delegado do bairro admitiu, em entrevista, que a lei oferece muitas portas e janelas para um agressor escapar impunemente. A simples tipificação de racismo exige que se faça uma ofensa de caráter coletivo.

É mais difícil demonstrar que isso aconteceu com o garoto da pizzaria.

Mas foi exatamente isso que fez a estudante que queria afogar nordestinos. Mesmo assim, livrou-se de uma punição maior por R$ 500. Menos que um fim de semana de férias em Porto Galinhas.

Ficou uma mensagem de tolerância com este crime, sutil mais real. Ao noticiar a punição da estudante, os jornais omitiram um dado essencial neste episódio. Um deles fez questão de lembrar que “os maiores índices de votação de Dilma foram registrados no nordeste.”

É claro que ninguém diz que a arrependida estudante tinha razão em sua reação destemperada mas o tratamento recebido abre caminho para outras reflexões.

Quem vai negar que o desenvolvimento econômico dos últimos anos privilegiou o nordeste? E quem vai negar que o governo Lula sempre foi mais popular no Nordeste do que no Sul e Sudeste? Aliás: onde foi mesmo que Lula nasceu? Quem vai negar que a eleição teve mesmo um caráter de disputa regional?

Quem sabe, segue o raciocínio ilustrado, a nossa estudante tenha até exagerado um pouco na linguagem mas será que não tocou num problema real?

E aí se vê o absurdo do absurdo, o preconceito do preconceito.

Ao contrário do que sugere o twitter naufragado, a vitória de Dilma em 2010 foi bastante ampla. Ela ganhou com folga no Nordeste e no Norte mas teria sido eleita mesmo sem os votos dessa região.

O país mudou e muita gente não percebeu.

Mayara não é a única que não entendeu nada. Muitas gente não enxerga as mudanças e acha que é possível tratar brasileiros como cidadãos de segunda classe. Essa é a lição política do episódio.

Postado no Blog do Miro em 21/05/2012

" Lembranças... e minha homenagem "

A morte do Bee Gees Robin Gibb



Robin Gibb, um dos irmãos do lendário grupo Bee Gees, morreu neste domingo (20) aos 62 anos, de acordo com um comunicado publicado no site oficial do cantor britânico.
A família de Robin Gibb anuncia com grande tristeza que Robin morreu hoje após uma longa batalha com o câncer e uma cirurgia intestinal. A família pede que sua privacidade seja respeitada neste período difícil”, diz o representante do cantor. O cantor deixa a esposa, Dwina, e três filhos.
Gibb foi diagnosticado há dois anos com câncer no cólon e fígado. Ele foi hospitalizado algumas vezes e chegou aentrar em coma no último mês, mas apresentou sinais de melhora, recuperou a consciência e inclusive conseguia falar com a família. Na época, os médicos ficaram impressionados com a recuperação e disseram que ele esteve perto da morte.
Em abril do ano passado, Gibb tinha uma série de shows agendados no Brasil, mas teve que cancelar as apresentações por causa da piora de sua saúde. O grupo Bee Gees é conhecido pelo sucesso nos anos 1970, especialmente por hits como "How Deep Is Your Love" e "Stayin' Alive".






Chrome passa o Internet Explorer


Por foo
Do Tecmundo
O navegador mais odiado do planeta acaba de perder o seu reinado. O Chrome finalmente bateu o Internet Explorer e tornou-se o navegador mais usado no mundo, de acordo com informações do StatCounter. É a primeira vez que o navegador da Google fica em primeiro lugar no ranking de tráfego durante a medição de uma semana inteira – antes o Chrome batia o IE apenas nos finais de semana.
A liderança foi conquistada na semana passada, entre os dias 14 e 20 de maio. Neste período, o Chrome liderou com participação de 32,76%, enquanto o Internet Explorer manteve uma fatia de 31,94%. Uma diferença muito pequena, mas que deve ser ampliada devido ao crescimento vertiginoso do Chrome que rouba cada vez mais usuários do navegador da Microsoft.
Enquanto isso, os demais navegadores mantém uma relativa estabilidade. O Firefox detém 25,47% do mercado, o Safari 7,08% e o Opera, 1,74%. Nunca é demais lembrar que o Chrome tem apenas três anos e meio de vida, o que faz o IE parecer jurássico, com seus 17 anos de existência.


Diferenças regionais gigantescas
A Google deve agradecer principalmente a América do Sul pelo bom desempenho de seu navegador. O Chrome domina praticamente metade dos acessos por aqui, com uma fatia de 49,65%, contra 26,35% do IE. Na Ásia o navegador também tem uma boa vantagem, com 37,82% dos acessos, contra 32,56% do navegador da Microsoft.
Na América do Norte, o Internet Explorer ainda mantém a liderança – 37 a 26 por cento. Já na Europa a disputa pelo primeiro lugar é bem equilibrada entre os três primeiros colocados: O Chrome detém 29,45% do mercado regional e o IE 28,4% – ambos atrás do líder Firefox, com 30,69%.
Na Oceania, o IE tem uma grande vantagem sobre o Chrome (34,32% contra 26,03%), que está em segundo lugar, e na África o domínio é do Firefox (40,78%), que se mantém a frente dos dois grandes rivais (29,79% de participação do Chrome e 23,49% do IE).

Postado no blog Luis Nassif Online em 21/05/2012

Bailarinas fora do palco


A ideia parecia simples: pegar algumas bailarinas e tirar fotos delas. Mas parecia muito clichê que elas fossem fotografadas em seus elementos, vestidas em tutus e rodopiantes enquanto o cenário de Lago dos Cisnes era toda a paisagem que se precisava para completar o enredo, daí como faz para fazer fotografias diferentes, então?

Que tal levar as bailarinas para o meio do mato? Ou para uma construção? Que tal fotografá-las dançando ao redor de um chafariz no Central Park, ou graciosas em uma praia?

Pois é, Dane Shitagi resolveu fazer isso e criou o The Ballerina Project, usa série de fotografias, que capturam toda a leveza e beleza das bailarinas em situações não tão convencionais. A intenção do fotógrafo é ultrapassar a linha entre simples fotografias de dança para retratos que consigam passar o coração e as emoções destas bailarinas.

O projeto foi tão bem pensado, que cada aspecto dele é detalhado com cuidado. Por exemplo, todas as fotos são feitas em câmera analógica, sem o uso de câmeras digitais, nada mais justo que ele também não use o auxílio de efeitos digitais para retocar as fotos. Além disto, as bailarinas que posam para Dane são ou profissionais ou estudantes do último ano nas academias de balé mais renomadas dos Estados Unidos.

A princípio, as fotos eram para compor uma exposição do fotógrafo, mas com o tempo o projeto acabou ficando muito sério e hoje, além de fazer períodicas exposições e de não ter parado de fotografar, Dane abriu uma espécie de fundo, em que pessoas de todos os lugares do mundo podem doar o quanto quiserem para a sua foto favorita. O dinheiro arrecadado é dividido entre o fotógrafo e a bailarina da respectiva foto.

Além disto, Dane utiliza as novas mídias para alavancar o projeto. Hoje é possível se curtir no facebook, seguir no Twitter e no Tumblr e ainda assinar o feed para ver todas as fotos em primeira mão, sabendo também das exposições e recebendo ofertas de fotos que serão vendidas.

Mesmo que você não vá comprar nada, vale a penas visitar o site e conhecer este projeto tão bonito e interessante.


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Kate - Diamond Head, Honolulu

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Alex - Queens

Alys - Central Park

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Kelsey - 190 Rua

Claire - Manoa Falls

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Postado no blog Livros e Afins em 21/05/2012

Motorista dá aula de ética para jornalista


Sobre os limites da reportagem televisiva

Datena e demais programas fazendo escola no jornalismo. Motorista após acidente, com a vítima sendo atendida, explica ao repórter da Band no Tocantins como se comportar.


Postado no blog ContextoLivre em 20/05/2012