Durante bilhões de anos, tudo o que havia era um tranquilo sistema planetário. [Imagem: Mark A. Garlick/University of Warwick]
Sol Vermelho
Astrônomos flagraram quatro estrelas anãs brancas destruindo seus próprios planetas.
O fenômeno pode ser um exemplo do que acontecerá com o próprio Sistema Solar.
Conforme estrelas como o nosso Sol se aproximam do final de suas vidas, elas se tornam gigantes vermelhas, expandindo-se para muito além de suas dimensões usuais.
Embora ainda não esteja claro se nosso futuro "Sol Vermelho" será capaz de engolir a Terra, é certo que isso acontecerá com Vênus e Mercúrio.
Pode ser que a Terra saia "ilesa", apenas com sua superfície totalmente tostada - sem vida e sem água, certamente.
Com o esgotamento do hidrogênio da estrela, ela tornou-se uma anã vermelha, engolindo seus planetas mais próximos e provocando turbulências que podem ter levado outros a se entrechocarem. [Imagem: Mark A. Garlick/University of Warwick]
Restos do fim do mundo
Não foi o que aconteceu com as estrelas agora observadas por uma equipe da Universidade de Warwick, no Reino Unido.
Eles identificaram quatro anãs brancas cercadas por poeira produzida por corpos planetários despedaçados.
O mais interessante é que essa poeira tem muitas semelhanças com a composição da Terra.
Os elementos mais abundantes na poeira em torno dessas quatro anãs brancas são oxigênio, magnésio, ferro e silício - quatro elementos que compõem cerca de 93% da Terra.
Uma observação ainda mais significativa é a de que este material também contém uma proporção extremamente baixa de carbono, muito semelhante à Terra e outros planetas rochosos que orbitam mais perto do nosso Sol.
Este é o quadro que os astrofísicos observaram agora, um autêntico resto do fim do mundo, com uma poeira com composição muito similar à da Terra. [Imagem: Mark A. Garlick/University of Warwick]
Fim de quatro mundos
Esta é a primeira vez que proporções tão baixas de carbono foram detectadas nas atmosferas de anãs brancas poluídas por detritos.
Isto é um indício muito claro de que essas estrelas tinham pelo menos um exoplaneta rochoso, destruído por elas próprias.
Ou seja, o que os astrofísicos encontraram são os restos do fim de pelo menos quatro mundos.
Bibliografia:
The chemical diversity of exo-terrestrial planetary debris around white dwarfs
B.T. Gaensicke, D. Koester, J. Farihi, J. Girven, S.G. Parsons, E. Breedt
arXiv
http://arxiv.org/abs/1205.0167