Exclusivo - Apresentamos o novo encerramento do jornal nacional



Postado no Blog Cloaca News em 11/04/2012

As mentiras convencionais de nossa educação

Todo mundo apresenta ideias para a escola, mas a maioria delas está ancorada em alguma de muitas mentiras.

No final do século XIX o escritor Max Nordau publicou uma obra chamada As mentiras convencionais de nossa civilização. Uma adaptação deste título tão feliz pode ser feita para a educação brasileira a partir de duas notícias salvacionistas para a escola.
Primeira notícia: o Governo do Estado de São Paulo vai investir em lousas digitais. Dessa forma, afirmam os especialistas, o aluno terá mais interesse nas aulas. De acordo com as pesquisas sobre uso de tecnologia na educação (Folha de São Paulo, 5 de abril de 2012), a modernização tecnológica não melhora o aprendizado.
Segunda notícia: o governo paulista não está só. O MEC prometeu distribuir 600 mil tablets para professores. Trata-se de uma prancheta eletrônica que permite acesso à internet, entre outras coisas (como desenhos, jogos e entretenimentos).É possível que a maioria dos professores sequer saiba o que é isto e talvez fosse mais fácil o governo ter usado o termo português “tablete”. Outra ideia do ministro da Educação é alfabetizar as crianças mais cedo e aplicar uma prova aos oito anos de idade para observar seu grau de alfabetização.
Bem, escolhi duas notícias ao acaso já que todo mundo apresenta ideias para a escola. Mas a maioria delas está ancorada numa das mentiras convencionais desmentidas abaixo:
1. Não é verdade que alfabetização até os oito anos seja indispensável. Várias pesquisas (mas a história também) mostram que alfabetizar mais cedo pode até ser prejudicial e que é preferível brincar a estudar antes daquela idade. Cada criança tem um ritmo próprio de aprendizado e a escola deveria respeitar isso.
2. Não é verdade que tecnologia facilite o aprendizado por torná-lo mais atraente. Ninguém deseja que a escola volte aos padrões rígidos de um século atrás. Mas jogar pedra na casa do vizinho ou fazer sexo sempre será mais atraente do que fazer análise sintática ou resolver equações de segundo grau. A escola tem uma dimensão disciplinar inescapável e sem ela não podemos aprender.
3. Não é verdade que a escola pública era boa porque era para poucos e hoje é ruim porque atende a todos. Ela se tornou ruim porque o Estado preferiu investir somente na sua expansão física e passou a gastar proporcionalmente menos com professores e equipamentos tradicionais (livros, laboratórios, bibliotecas, piscinas e anfiteatros). Massificação com ampliação de recursos não seria problema algum. E de onde viriam os recursos? Bem, o Estado optou por construir Brasília, sustentar a corrupção da Ditadura Militar e gastar com pagamento de juros.
4. Não é verdade que a redução da idade de ingresso na escola atendeu critérios pedagógicos. Como as creches se tornaram um direito reivindicado pelas mães e custa mais barato abrir um turno na escola fundamental, os governos reduziram a demanda por creches fazendo as crianças saírem mais cedo delas.
5. Não é verdade que aumento salarial substancial não melhora a educação. O problema é que um professor carece de salário e status. A relação pedagógica é baseada principalmente na autoridade conferida ao docente pela avaliação, idade, conhecimento e respeito social. Como vivemos numa sociedade capitalista, é claro que a maior parte desses atributos depende da renda. Ou seja: do salário!
6. Não é verdade que o investimento dos governos em tecnologia educacional tenha por escopo melhorar a educação. Na verdade este tipo de investimento é adotado porque é mais barato eaparece mais.
7. Não é verdade que determinar novos conteúdos para o currículo escolar melhore a cidadania. Mas é verdade que pode piorar o estudo de conteúdos já tradicionais como Matemática, História ou Língua Portuguesa. 
O problema do trânsito, a religião, atividade sexual, prevenção de doenças, ecologia, direitos humanos, criminalidade, drogas etc., são sempre problemas que os políticos deixam para a escola resolver. 
Basta um congressista ter uma ideia e já temos uma nova obrigação para os professores. Perguntar se uma lei é exequível em função do orçamento é algo comum, mas ninguém se pergunta se os novos conteúdos obrigatórios “cabem” no currículo e no tempo de aula. É que todos esquecem que a educação não se dá apenas na escola. Só uma parte da educação juvenil é escolarizada porque na maior parte do tempo o aluno está submetido a outros educadores: amigos, família, polícia, deputados, más ou boas companhias, namorados etc. 
Por isso, pouco adianta ensinar ética se o Congresso Nacional perdoa seus parlamentares corrompidos.
É preciso dizer que a instituição escolar está em crise (como a família, as Forças Armadas, a Igreja e os partidos). As relações entre jovens e velhos, filhos e pais, chefes e subordinados mudaram. Impotentes, todos esperam que a escola seja a única a resolver uma crise civilizacional. 
É possível que a escola não exista mais num futuro longínquo. Afinal, a escolarização em massa é muito recente na história.
Mas por enquanto precisaremos dela. Quando um ministro diz que os alunos estão no século XXI e a escola no século XIX, esquece que em alguns lugares (como o Brasil) nós passamos diretamente de um país ágrafo para outro que assiste televisão e manipula ícones no computador. 
Não tivemos (como no Velho Mundo) a fase do livro e da leitura. Ainda precisamos um pouco de século XIX: professores respeitados, giz, quadro negro, alunos na sala de aula e livros à mão cheia.

Postado no Blog Amálgama em 09/04/2012

Guilherme Fiúza viaja na mandioca


O jornalista Guilherme Fiúza, que tem uma coluna de fofoca na revista Época, que diz nessa mesma coluna que já foi assessor político (só não diz de quem, provavelmente foi de Ricardo Fiúza, aquele mesmo que comandou a tropa de choque do governo Collor de Mello), que teve um caso com a socialite Narcisa Tamborindeguy, aquela que foi manchete de revista posando em plena laje de um barraco na favela com direito a piscininha de plástico,  anda indignado porque Dilma tem 77% de aprovação popular.

Guilherme Fiúza está indignado porque, não obstante o PiG apontar vários casos de corrupção no seu governo, a população brasileira aprova seu desempenho pessoal e seu governo. 

O cara é tão ridículo, tão estúpido que chega a pedir cadeia para a opinião pública (é isso mesmo). Curioso é que Fiúza não escreveu uma única linha sobre a cachoeira de corrupção que arrasou com Demóstenes Torres, um de seus ídolos, juntamente com Pedro Simon, Jarbas Vasconcelos e outros. 

Guilherme Fiuza não escreveu nada a respeito do senador 30% porque  deve estar com medo que Cachoeira abra o bico, pois se ele abrir vai entregar todos os jornalistas do PiG parceiros seu.Fiúza sabe que a Polícia Federal já flagrou Policarpo Jr como sendo um dos parceiros de Cachoeira, por isso fica com o cu ardido quando pensa que vai ser um dos atingidos pela delação do citado contraventor. 

O pedido de Fiúza está equivocado, ele tem mais é que pedir cadeia para a Famiglia Marinho, Mesquita, Frias, Civita, FHC, José Serra, Demóstenes Torres, Perillo, Agripino Maia, Arthur Virgílio, Tasso Jereissati, Gilmar Mendes, Daniel Dantas.

Postado no Blog A Justiceira de Esquerda em 09/04/2012

Moda 2012: Estampa étnica



Estampa étnica é tudo aquilo que representa uma tribo ou lugares de culturas diferentes, são usados muito representando indianos, indígenas e africanos.






























Brigada Militar absolve policial acusada de racismo contra estudantes africanos



Sagesse e Tibulle foram detidos sem nenhum motivo no dia 17 de janeiro | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Samir Oliveira
A Brigada Militar absolveu uma policial acusada de ter cometido racismo contra dois estudantes africanos no dia 17 de janeiro deste ano. O Inquérito Policial-Militar (IPM) instaurado no dia 26 de janeiro foi concluído no último sábado (7) e considerou que a soldado adotou “uma abordagem dentro da técnica” da corporação.
Sagesse Ilunga Kalala, da República Democrática do Congo, e Tibulle Aymar Sedjro, do Benin, estavam em Porto Alegre desde março de 2011 estudando português na UFRGS – etapa obrigatória de um convênio entre o governo brasileiro e seus países, que os direcionou para a Universidade Federal de Rio Grande, onde atualmente estão cursando Biologia e Oceanologia, respectivamente.
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No dia 17 de janeiro, eles estavam dentro de um ônibus da linha Campus Ipiranga se dirigindo ao Centro da Capital, onde encontrariam uma amiga para irem até a sede da Polícia Federal renovar seus vistos de permanência no país. Na ocasião, perceberam que uma policial militar fardada não parava de olhar para eles, que conversavam entre si em francês.
Subitamente, a soldado mandou que o motorista parasse o ônibus, apontou a arma para os dois africanos e mandou que descessem do coletivo com as mãos na cabeça. Quando Tibulle se abaixou para pegar seu celular, que havia caído, a policial teria engatilhado a arma.
Na saída do ônibus, que havia parado próximo ao parque Farroupilha, na Avenida João Pessoa, havia três viaturas da BM para recepcionar os estudantes – já que a policial havia pedido reforços. Sagesse e Tibulle foram encostados no ônibus, revistados, algemados e levados para o posto da Brigada Militar na Redenção – de onde foram liberados após os policiais perceberem que se tratava de dois estudantes estrangeiros.
Dentro do posto, Sagesse assegura que um policial negro teria apontado para sua própria pele e dito: “Vocês não sabem que isso no Brasil sempre aconteceu e vai acontecer de novo?”.
Indignados, os dois expuseram o caso na mídia e registraram uma denúncia na 10º Delegacia de Polícia Civil, que ainda investiga o caso. Com a divulgação, a BM instaurou um inquérito no dia 26 e, na época, o comandante-geral em exercício, coronel Altair de Freitas Cunha, se reuniu com Sagesse e Tibulle e pediu desculpas pelo ocorrido.
“A abordagem foi técnica”, defende major
O comandante do 9º Batalhão da Brigada Militar, major Renato Maia, conduziu o Inquérito Policial-Militar que investigou a conduta dos envolvidos na detenção de Sagesse Ilunga Kalala e Tibulle Aymar Sedjro. Em conversa com o Sul21, ele informou que a conclusão do IPM foi de que a policial que apontou uma arma para os dois dentro de um ônibus agiu de forma “técnica”.
Tibulle denuncia ter sido agredido por um policial após ser retirado do ônibus | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
“Não foi constatado indicio de crime por parte da soldado. A abordagem foi dentro da técnica. Ela desconfiou da postura desses dois indivíduos, até porque ela na entendia o que eles estavam falando, solicitou apoio e fez uma abordagem dentro da técnica. Era uma policial fardada. Em desconfiando, faz a abordagem”, justificou o oficial.
Apesar de absolver a principal envolvida na denúncia, o IPM incrimina outros dois policiais – mas não por qualquer conduta incorreta ou violenta em relação aos detidos. O inquérito indicia dois brigadianos por falso testemunho, já que eles estavam na ação e teriam declarado que não haviam participado do fato. O IPM já está nas mãos da Justiça Militar e será apreciado por um promotor, que ainda pode acusar a soldado que motivou a ação, caso entenda que ela cometeu alguma ilegalidade no ato.
O corregedor-geral da Brigada Militar, coronel João Gilberto Fritz, não quis se manifestar sobre o caso, alegando que o inquérito foi feito pelo comando do 9º batalhão, não pela Corregedoria. “Tenho que ver o fato concreto e analisar os autos. Sem isso, não posso me manifestar”, explicou.
Apesar de a policial investigada pertencer ao 21º Batalhão – que faz o policiamento no extremo sul de Porto Alegre -, o IPM ocorreu no 9ª Batalhão, que abrange a área onde o fato aconteceu.
A reportagem do Sul21 tentou contato com a assessoria do comandante-geral da Brigada Militar, coronel Sérgio Abreu, que repassou a demanda para a Corregedoria. A Secretaria Estadual de Segurança Pública também foi procurada, mas a assessoria informou que o secretário Airton Michels (PT) “não comenta um procedimento administrativo interno da Brigada Militar”.
“Não podemos deixar que acabe assim”, reclama Sagesse
Atualmente, Sagesse Ilunga Kalala, da República Democrática do Congo, está estudando Biologia na Universidade Federal do Rio Grande (Furg). Em conversa por telefone com o Sul21ele ficou sabendo da decisão do inquérito da Brigada Militar e disse que não irá aceitar a impunidade da soldado que iniciou a abordagem dele e o seu amigo Tibulle Aymar Sedjro.
“Nos algemaram e nos levaram ao posto policial, deram uma gravata no meu amigo e vão falar que não foi nada demais? Isso não é normal”, indigna-se, ressaltando que considera a policial culpada. “Ela é culpada. Além de tudo, não nos deixou ir embora depois de nos tirar do ônibus”, lembra.
Sagesse lamenta decisão da Brigada Militar e diz que não deixará que o caso termine | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Durante todo o momento em que foram abordados, os estudantes tentavam entender a situação e explicar que eram estrangeiros, mas contam que a policial apenas mandava eles calarem a boca. “Foi a primeira vez que um policial apontou uma arma para a minha cabeça. Não podemos deixar que isso acabe assim”, comenta.
O presidente do Movimento de Justiça e Direitos Humanos do Rio Grande do Sul, Jair Krischke, recebeu a denúncia de Sagesse e Tibulle e prestou auxílio aos jovens. Ao saber do resultado do inquérito da Brigada Militar, ele classificou a investigação como uma “palhaçada”. “A conclusão desse inquérito evidencia que o despreparo não é só nos soldados, mas também da oficialidade da BM. Chegar a uma conclusão dessas num evidente caso de racismo é certificar o despreparo”, critica.
“É uma decisão corporativa”, critica Marcos Rolim
O especialista em Direitos Humanos e Segurança Pública Marcos Rolim acredita que a decisão da Brigada Militar de absolver uma policial que teria adotado uma conduta racista ao abordar dois estudantes africanos em Porto Alegre foi “corporativa”. Ele aponta que o inquérito deveria ao menos explicar por que ela desconfiou dos detidos.
“A justificativa para a absolvição deveria exigir que essa policial explicasse por que suspeitou que essas pessoas estivessem praticando algum delito. Era uma suspeição fundada no fato de eles serem negros e estarem vestindo roupas aparentemente caras. É nitidamente uma postura preconceituosa”, avalia.
Rolim lamenta que não seja um caso isolado no Brasil e no Rio Grande do Sul. “Essa prática não é novidade. A diferença desse caso é que o exagero aconteceu num espaço público. Mas em qualquer vila de Porto Alegre é possível constatar que isso infelizmente é algo normal”, comenta.
Marcos Rolim defende criação de corregedoria única para a Segurança Pública | Ramiro Furquim/Sul21
Ele questiona o papel das corregedorias em organismos como Brigada Militar, Polícia Civil e Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) – que são formadas pelos servidores desses próprios setores. “Quem hoje é corregedor-geral da BM sabe que no futuro pode vir a ser subordinado de um sujeito que hoje ele investiga”, compara.
Rolim sugere que uma das formas de enfrentar o problema seria com a criação de uma corregedoria única para toda a segurança pública, com carreira própria e desvinculada da hierarquia militar. O especialista considera que, se isso não ocorrer, “o corporativismo continuará imperando”.
Ele também critica a postura da Secretaria Estadual de Segurança, que não quis se manifestar sobre o caso. “É uma decisão política da Secretaria. O Michels fez a opção tradicional dos secretários de Segurança: ele cuida das suas coisas e quem cuida da polícia são os policiais”, observa.
Postado no Blog Sul 21 em 10/04/2012

Nenhum país desenvolvido impõe gestação de anencéfalo à mulher


por Eduardo Guimarães


Como pai de uma menina especial que hoje tem 13 anos e é portadora de Síndrome de Rett, mal correlato à paralisia cerebral que lhe furtou totalmente a capacidade de uso intencional dos membros, a fala e até o exercício autônomo das funções biológicas básicas, e como cristão, educado no seio da Igreja Católica, sinto-me à vontade para opinar sobre o julgamento que o Superior Tribunal Federal fará amanhã (11 de abril) do aborto de anencéfalos.
Tenho quatro filhos – três garotas (uma de 29, outra de 26 e a terceira de 13 anos) e um rapaz (24 anos). O aborto não foi recurso para minha mulher e eu nem quando não tínhamos condição de ter a primeira filha por sermos muito jovens e despreparados, ou quando já tínhamos três filhos crescidos e engravidarmos novamente, ainda mais com a minha mulher não sendo mais tão jovem, era visto por amigos e parentes como “loucura”.
Todavia, minha posição sobre o aborto foi mudando ao longo da vida conforme fui entendendo o mal irreparável que o fundamentalismo religioso e a violação do preceito constitucional sobre o Estado ser laico  causam ao Terceiro Mundo ao produzirem milhões de famílias desestruturadas e cheias de filhos que não podem criar. Desde então, passei a considerar o aborto como um direito de quem quer, ainda que, para minha mulher e eu, continue não valendo, pois jamais nos arrependemos da quarta gravidez mesmo com todas as dificuldades…
Vá lá que o aborto puro e simples ainda seja polêmico até em alguns países desenvolvidos. Agora, obrigar uma mulher a levar até o fim a gravidez de um feto anencéfalo – que nascerá sem cérebro e, portanto, condenado a morte em minutos, dias, semanas ou, no máximo, 1 ou 2 anos após ser dado à luz – não deveria ser questão polêmica, pois se trata de uma violência, de uma imposição medieval que já foi ultrapassada e extinta em TODOS, absolutamente TODOS os países desenvolvidos.
Estados Unidos, Canadá, Cuba, Inglaterra, Suíça, França, Alemanha, Noruega (melhor IDH do mundo), Espanha, Portugal, Itália, Rússia, Austrália, China e vários outros países já ultrapassaram a Idade Média e hoje não apenas permitem o aborto de fetos sem cérebro como oferecem o procedimento nos seus sistemas públicos de saúde. E o que é mais: aborto legal feito pelo Estado para quem quer e precisa é considerado uma conquista dessas sociedades.
Minha mulher e a filha mais velha são terminantemente contrárias ao aborto de fetos normais e entendem que deva ser assim para elas e para os outros. A segunda filha, que pensava como a mãe e a irmã e que reside na Austrália há quase três anos, onde faz faculdade, com a experiência de conhecer de perto um país desenvolvido em que o aborto seguro se comprova uma conquista para quem quiser enxergar, mudou de opinião.
Agora, nem esposa nem filhas sequer cogitam apoiar que uma mulher seja obrigada a levar até o fim uma gravidez só para ver seu bebê morrer pouco depois do parto. Nesse caso, todas elas entendem que não há o que discutir. Interromper uma gravidez como essa, dizem ser um ato de piedade não só para com a mãe – que se arrisca a perecer em uma gravidez desse tipo –, mas para com o próprio filho.
Enquanto isso, igrejas se mobilizam para obrigar o Brasil a continuar no clube da América Latina e da África, regiões que vivem em um período da história obscurecido por dogmas religiosos medievais que obrigam mulheres a darem à luz filhos virtualmente mortos. Libertar este país dos fanáticos religiosos, pois, é primordial para que deixe de ser pobre e atrasado. As religiões passam dos limites ao exigirem tal sofrimento para a mulher.
Postado no Blog da Cidadania em 10/04/2012