Cometi o mais imperdoável dos crimes


 por Theófilo Silva*

Shakespeare nos diz em Tímon de Atenas, que “Nenhum homem vai para o túmulo sem levar no corpo a marca de um pontapé dado por um amigo”. Se os amigos nos dão pontapés, o que não podem fazer outras pessoas? Já levei tantos pontapés na vida que perdi a conta. Portanto, quando fui impedido de emitir minha opinião, como vinha fazendo semanalmente, há cinco anos no Site do Jornal O Globo, Blog do Moreno, não me assustei, encarei como mais um chute, desses que a vida nos dá de vez em quando.
Afinal de contas a verdade é dura, incomoda e dói! Cometi o mais imperdoável dos crimes no Brasil: mexi com uma corporação. Jornalista não critica jornalista, como disse o dono do Blog – citei o nome de um jornalista e sua revista (Policarpo Júnior e Veja), que estão na boca de todo mundo. O corporativismo é a maior praga do país. Aqui, mesmo o maior dos criminosos, se pertencer a alguma categoria, é protegido por uma guarda pretoriana, impossível de ser furada. Quando um deles é pego, a primeira declaração que a corporação dá é: “É preciso cortar na própria carne!”. E não cortam. Que carne, que corpo?
Não sou jornalista profissional. Escrevo, apenas. O jornalismo é uma escada para a literatura. Jornalistas podem se tornar grandes escritores, a história está cheia deles. Estão aí, Jonathan Swift, Mário Vargas Llosa e Gabriel Garcia Marquez para provar. Mas poetas, romancistas, ensaístas, embora não saibam montar pautas, matérias e entrevistas, sabem opinar.
É preciso denunciar o grande circo em que se tornaram as relações entre políticos e a imprensa. Um jogo danoso para a sociedade, do tipo “eu te protejo, tu me proteges e juntos nos protegemos todos, assim nos locupletamos”. Um jogo em que a informação é eivada de mentiras! Não faço parte desse jogo, nem sou franco atirador. Busco a verdade, o fato, “verum facto”, e com ela uso a imaginação para torná-la mais interessante aos olhos dos leitores. Para isso, conto com a ajuda do meu mestre William Shakespeare que, como um farol, ilumina o que escrevo para a alegria dos leitores.
Muitos lutam para pegar “os nacos jogados pelo chão”; luto para fazer algo legítimo! Algo que torne a vida, tão cheia de mentiras e embustes, algo digno de ser vivido. Sigo o lema do Dr. Johnson – o maior dos ensaístas em língua inglesa – “A mente só repousa na solidez da verdade”. Que é um princípio cristão. Já que Cristo disse: “E direis a verdade e a verdade vos libertará”. Sob este princípio somos todos cristãos.
A filosofia discute o que é a verdade, a literatura acredita nela. Nietzsche, em seus aforismos, afirma que “Nós precisamos de arte para que a realidade não nos esmague”. É a arte que suaviza essa vida “cheia de som e fúria” e armadilhas de que falava Shakespeare.
Quanto ás corporações, os grandes impérios da mídia, que manipulam e escondem os fatos, que não dizem a verdade, a tecnologia está se encarregando de dobrá-los. Os jornalistas de talento estão abandonando-os – algumas publicações são exceções – cansados de serem humilhados, e de cumprir uma pauta que os faz vomitar, impedidos que estão de mostrar os fatos, eles estão criando seu próprio espaço, os Blogs. O que não impede que muitos blogueiros não passem de pistoleiros pagos – falei deles no meu artigo Refúgio de Canalhas. Mas tem muita gente séria nesse negócio.
Minha resposta à censura é continuar no mesmo tom, e lançar o meu livro Shakespeare Indignado, uma coletânea de artigos que escrevi nos últimos cinco anos, em que fiz o que Cervantes recomendou: “Acertei contas relativas a ofensas e insultos, corrigi injustiças, puni arrogância, derrotei gigantes e pisoteie monstros”.
Quem pensa assim está comigo e com a verdade! E vamos em frente!
*Theófilo Silva é autor do livro A Paixão Segundo Shakespeare

Postado no Blog Viomundo em 09/04/2012


Escracho honra o Brasil




"... um Judiciário cínico ..." (Foto: Leandro Silva/Sul 21)


Conversa Afiada republica excelente artigo de Vladimir Safatle na Folha (*):

Honrar o país


Aqueles que hoje desafiam a mudez do esquecimento e dizem, em voz alta, onde moram os que entraram pelos escaninhos da ditadura brasileira para torturar, estuprar, assassinar, sequestrar e ocultar cadáveres honram o país.


Quando a ditadura extorquiu uma anistia votada em um Congresso submisso e prenhe de senadores biônicos, ela logo afirmou que se tratava do resultado de um “amplo debate nacional”. Tentava, com isto, esconder que o resultado da votação da Lei da Anistia fora só 206 votos favoráveis (todos da Arena) e 201 contrários (do MDB). Ou seja, os números demonstravam uma peculiar concepção de “debate” no qual o vencedor não negocia, mas simplesmente impõe.


Depois desse engodo, os torturadores acreditaram poder dormir em paz, sem o risco de acordar com os gritos indignados da execração pública e da vergonha. Eles criaram um “vocabulário da desmobilização”, que sempre era pronunciado quando exigências de justiça voltavam a se fazer ouvir.


“Revanchismo”, “luta contra a ameaça comunista”, “guerra contra terroristas” foram palavras repetidas por 30 anos na esperança de que a geração pós-ditadura matasse mais uma vez aqueles que morreram lutando contra o totalitarismo. Matasse com as mãos pesadas do esquecimento.


Mas eis que estes que nasceram depois do fim da ditadura agora vão às ruas para nomear os que tentaram esconder seus crimes na sombra tranquila do anonimato.


Ao recusar o pacto de silêncio e dizer onde moram e trabalham os antigos agentes da ditadura, eles deixam um recado claro. Trata-se de dizer que tais indivíduos podem até escapar do Poder Judiciário, o que não é muito difícil em um país que mostrou, na semana passada, como até quem abusa sexualmente de crianças de 12 anos não é punido. No entanto eles não escaparão do desprezo público.


Esses jovens que apontam o dedo para os agentes da ditadura, dizendo seus nomes nas ruas, honram o país por mostrar de onde vem a verdadeira justiça. Ela não vem de um Executivo tíbio, de um Judiciário cínico e de um Legislativo com cheiro de mercado persa. Ela vem dos que dizem que nada nos fará perdoar aqueles que nem sequer tiveram a dignidade de pedir perdão.


Se o futuro que nos vendem é este em que torturadores andam tranquilamente nas ruas e generais cospem impunemente na história ao chamar seus crimes de “revolução”, então tenhamos a coragem de dizer que esse futuro não é para nós.


Este país não é o nosso país, mas apenas uma monstruosidade que logo receberá o desprezo do resto do mundo. Neste momento, quem honra o verdadeiro Brasil é essa minoria que diz não ao esquecimento. Essa minoria numérica é nossa maioria moral.



(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

Postado no Blog Conversa Afiada em 10/o4/2012

Bolo de Cenoura






Ingredientes

3 cenouras médias
2 xícaras de farinha
2 xícaras de açúcar
3 ovos
2 colheres de sopa de óleo de soja, arroz, milho...
1 colher de sopa de margarina
1 pacotinho ( ou 1 colher de sopa ) de fermento para bolo

Preparo

Raspar as cascas das cenouras. Cozinhar as cenouras. Reserve.

Misturar bem, em uma tigela, a farinha com o fermento. Reserve.

Bater no liquidificador as cenouras com o açúcar, os ovos, óleo e a margarina.

Derramar sobre a farinha e bater bem.

Colocar em forma untada e enfarinhada e levar ao forno, préviamente, aquecido.

Por, mais ou menos, 10 minutos na temperatura alta, 10 minutos na média e 10 minutos na baixa.

Deixar esfriar, um pouco, antes de colocar a cobertura.


Sugestão de Cobertura de Chocolate

6 colheres de sopa bem cheias de açúcar

3 colheres de sopa bem cheias de nescau

2 colheres de sopa rasas de margarina

4 colheres sopa de leite

Colocar em uma canequinha ou panela pequena.

Deixar ferver um pouco, mexendo para não queimar.

Baixar o fogo e cozinhar mais um pouco até que comece a grudar em volta
da panelinha.

Tirar do fogo. Com a colher levantar a cobertura e deixar cair para esfriar e a calda engrossar.

Quando aparecer bem o fundo da panelinha e a calda estiver bem grossa, colocar no bolo.

Deve ir espalhando, pois neste ponto, a cobertura engrossa e seca rápido.

Esta cobertura fica bem sequinha e não meleca as mãos.


Respostas de Deus

Médium: Chico Xavier     Autor: André Luiz


 

Eis algumas das respostas de Deus, nos fundamentos da vida, através da Misericórdia Perfeita:

o bem ao mal;
amor ao ódio;
luz às trevas;
equilíbrio à perturbação;
socorro à necessidade;
trabalho à inércia;
alegria à tristeza;
esquecimento às ofensas;
coragem ao desânimo;
fé à descrença;
paz à discórdia;
renovação ao desgaste;
esperança ao desalento;
recomeço ao fracasso;
consolo ao sofrimento;
justiça à crueldade;
reparação aos erros;
conhecimento à ignorância;
bênção à maldição;
amparo ao desvalimento;
verdade à ilusão;
silêncio aos agravos;
companhia à solidão;
remédio à enfermidade;
e sempre mais vida aos processos da morte.
Efetivamente, podemos afirmar que Deus está sempre ao nosso lado,
mas pelas respostas de Deus, no campo da vida, ser-nos-á possível medir sempre as dimensões de nossa permanência pessoal ao lado de Deus.

10 posters de filmes da Disney reimaginados de um jeito criativo


O artista e designer gráfico Rowan Stocks-Moore reinventou alguns posters de filmes famosos da Disney de um jeito super criativo. Bambi, Branca de Neve e os Sete Anões, 101 Dálmatas, Aristogatas, Peter Pan, Alice no País da Maravilhas, A Bela Adormecida, O Rei Leão, Pinóquio e A Pequena Sereia foram reimaginados pelo artista de uma forma bem bacana. Vale a pena gastar alguns minutinhos observando todos eles. Veja a seguir:












Postado no Blog Rock'n Tech em 09/04/2012

Fala muito, fala muito o Felipão Pondé



santos dumont 450 felipe de oliveira Fala muito, fala muito o Felipão Pondé

Guardar ressentimento é tomar veneno e esperar que outra pessoa morra. A frase, de um tal de Shakespeare, parece ter se tornado o lema da elite brasileira contra a chamada classe média ascendente. Puro rancor.
Já se tornou um clássico dizer que os aeroportos se tornaram rodoviárias depois que o povão passou a ter acesso a esses terminais — para logo em seguida ser responsabilizado pelo caos aéreo que há décadas vinha sendo engendrado na incompetência de um Estado feito apenas para os 10% mais ricos da população.
A burguesia tupiniquim não gostou de ter te dividir o espaço de suas bagagens com os antigos empregados. Mas como não tem muitos argumentos, fica na dependência de que algum reacionário de plantão venha esculachar o “churrasco na laje” feito nos saguões aeroviários.
É assim que fala o colunista da Folha e profeta do apocalipse Luiz Felipe Pondé. Sem nenhuma originalidade, repetiu essa ladainha carcomida pela inveja no tvfolha deste domingo, 08. Puro despeito, travestido de sociologia de botequim.
Como colonizador escravocrata que sempre foi, ainda teve a petulância de dar conselhos civilizatórios para o povaréu. Alertou sobre o risco do excesso de bagagem. Aviões podem cair com o peso dos brasileiros que estão sendo incorporados à economia formal. Sei.
Os esnobes sempre foram fazer compras em Miami. Era chique. Agora que chegou a vez do pessoal da “laje”, não pode mais, é feio. As malas dos pobres redimidos incomodam muito o refinado reacionário.
Quer saber? Fala muito, fala muito esse Felipão Pondé. Como diria um aristocrata de verdade: por que no te callas?

Postado no Blog O Provocador no Portal R7 em 09/04/2012