Para Mino Carta, Brasil ergue obras para a Copa de 2014, expulsa a população e mídia finge que não vê


Publicado por  em 12 março, 2012



A pedra no meio do caminho

A imprensa estrangeira ao que parece está mais atenta ao Brasil do que os próprios jornais brasileiros. Aliás, não que seja questão de atenção, a imprensa internacional apenas faz a lição de casa do jornalismo que, pelas terras de cá, já foi abandonada há tempos. Por isso, em editorial recentemente publicado pelo jornalista Mino Carta na revista Carta Capital, ele lembra que se o brasileiro quiser realmente saber o que se passa no seu próprio país, o melhor é que ele recorra à imprensa internacional.

Isso porque nas linhas da grande mídia nacional, o leitor brasileiro não encontrará muita coisa a respeito das recentes expulsões de muitas famílias nas principais cidades-sede do Mundial de 2014. O método no Brasil continua sendo o mesmo. Toda pedra que está no meio do caminho é simplesmente enxotada e essa pedra geralmente atende pelo nome de “povo”. Um povo tão pouco importante que não merece sequer a atenção da mídia nacional e que naturalmente deve dar licença para que as obras da Copa enfim possam aparecer.

É esse o raciocínio muito oportuno dos jornais brasileiros: o que não é por eles noticiado simplesmente nunca existiu e esse mesmo povo deixa de ser pedra no meio do caminho para ser simplesmente doutrinado por uma mídia que nunca o representou, tampouco pretende, e que acaba ela também doutrinada pela própria realidade que ela recria todos os dias.

Como bem diz Mino, “é o resultado inescapável do conluio automático, tácito, instintivo eu diria, que se estabelece entre barões midiáticos e fiéis sabujos quando consideram ameaçado seu desabusado apreço pelo status quo”. Conluio esse que emburrece o Brasil e que, apostando nessa mesma ignorância nacional, sustenta o “sacrifício de incontáveis cidadãos para a felicidade de empreiteiros, políticos e quejandos”, escreve Mino.

E esses cidadãos, como lembra o jornalista, e como quer a mídia nacional, não se indignam, não se revoltam, simplesmente vão deixando as coisas como estão, esvaziados de qualquer espírito de cidadania. No Brasil, as tempestades vêm fortes, mas passam rápido. Por isso, denúncias morrem como se nunca tivessem vindo à tona, escândalos de corrupção emudecem e a justiça continua servindo aos ricos. Aqui não se aprende com a pedra no meio do caminho, como queria dizer o poeta, aqui ela é apenas ignorada, ou chutada pra fora.

Veja trecho do texto:

Indignação, nunca

Por Mino Carta

O The New York Times na segunda 5 publicou com destaque uma reportagem sobre a situação dos cidadãos brasileiros enxotados de suas moradias por se encontrarem no caminho das obras da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016. A história não envolve somente o Rio, mas também outras cidades-sede do Mundial de Futebol. CartaCapital denunciou as remoções forçadas na edição de 20 de abril do ano passado. Poucos dias depois, a Relatora Especial da ONU, Raquel Rolnik, denunciou as autoridades municipais envolvidas na operação, que desrespeita a legislação e os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil para a defesa dos direitos humanos.
Já então a relatora apontava diversas violações, “todas de grande gravidade”. Multiplicaram-se de lá para cá, inexoravelmente. Maus-tratos generalizados, “zero dias” de tempo para deixar a moradia, 400 reais de “aluguel social” enquanto o enxotado espera ser contemplado por algum demorado plano de habitação. Antes do diário nova-iorquino, nos últimos tempos levantaram o assunto outros jornais e sites estrangeiros, como The Guardian, El País, o Huffington Post. CartaCapital voltou a tratá-lo em janeiro passado, com uma larga reportagem assinada por Rodrigo Martins e Willian Vieira, intitulada “Os retirantes das favelas” para focalizar, entre outros aspectos, uma das consequências das remoções forçadas.
E a mídia nativa? Não foi além de raros e ralos registros. Para saber das coisas do Brasil, recomenda-se amiúde recorrer à imprensa estrangeira. Ou melhor, seria recomendável o recurso. No mais, vale reconhecer, a mídia tem sido eficaz na manipulação das informações quando não na omissão dos fatos, de sorte a se fortalecer na convicção de que eventos por ela não noticiados simplesmente não se deram. É o resultado inescapável do conluio automático, tácito, instintivo eu diria, que se estabelece entre barões midiáticos e fiéis sabujos quando consideram ameaçado seu desabusado apreço pelo status quo. (Texto completo)

Você está mais para anjinho ou diabinho?



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É sabido que todos nós somos, de forma individual, formados pelo ego (ou seja, nosso “eu” subjetivo, nosso “eu” individual, nosso “eu” que existe dentro de nós).

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Esse tal de ego (“eu”) é “formado” (e pressionado) por outros dois “elementos”, o id e o superego.


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O id tem como características o fato de representar forças de agressividade, desejos, impulsos, paixões, etc, que Freud chamou de pulsões.

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O superego tem como características o fato de representar as regras do comportamento, o controle dos desejos.

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Usando uma metáfora simples (simplista até, visto os riscos de interpretação incoerentes): seu “eu” é formado pelo “diabinho” e pelo “anjinho” que vivem a dizer o que você deve ou não fazer. Ou seja, seu ego é formado pelo id e pelo superego, nas palavras de Freud. 

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“Para Freud, o ego, como instância da personalidade, é de tal forma pressionado por conflitos entre as forças pulsionais (vindas do id) e as regras sociais (introjetadas pelo superego), que nem sempre consegue agir de modo equilibrado.”

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Repare que o id vem com você, nasce com você, está e sempre estará com você.

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Repare que o superego é “colocado”, introjetado, em você pelas regras e normas sociais. (o que, aliás, é importantíssimo, pois sem as regras seríamos instinto puro, e portanto animais selvagens).        (Fonte: http://fessormauro.blogspot.com)

Postado no Blog Controle da Mente.com


Crianças, fiquem quietas e não mexam em nada!



por Paulo Tamburro



A casa é grande.

Fica no subúrbio carioca ,tem jardim,quintal , mangueira,jaqueira ,cachorros, cinco filhos rebeldes e uma turma de vizinhos que à primeira vista se poderia pensar tratar-se de menores infratores, mas que nada, apenas uma horda de meninos e meninas que povoa a casa do casal, mais conhecido na redondeza.

E exatamente, pela imensa casa que habitam, e por permitirem que praticamente a criançada da rua invada seus espaços familiares, transformando aquilo num verdadeiro clube, que eles são muitos queridos por toda a vizinhança.

O casal trabalha fora e as mães dos sócios daquele imenso parque de diversões ajudam a vigiar aquela tribo ensandecida de pirralhos que vivem entrando e saindo dali.



A mãe dos cinco filhos é a médica veterinária Marta Helena e o pai um conceituado advogado da região que já livrou muita gente de incríveis confusões o Dr.Plinio Sapopemba, de uma tradicional família do bairro.

Ela, muito generosa com os animais não admite vê-los sofrendo nas ruas e ganha dinheiro no seu consultório e faz caridade na rua, onde ao passar por um animal carente ,desnutrido e com cara de menor abandonado, leva para casa,alimenta,cuida da saúde deles e os coloca na rua novamente.

Só que a bicharada, que não é boba nem nada, volta sempre para a casa da veterinária,afinal que não gosta de um aconchego?



Então, temos além de uma quantidade enorme de convivas dos filhos deles, ainda muitos outros animais da casa e convidados fortuitos e inesperados.

Uma balburdia!




Dr. Plínio Sapopemba, numa das causas que ganhou e por ter salvado da falência um próspero comerciante local,além dos polpudos honorários recebidos, mereceu a gratidão do cliente que ainda o presenteou com um quadro de um pintor francês do século dezoito, uma verdadeira raridade e de um colorido maravilhoso e por incrível que pareça, sem um único objeto concreto nele pintado, apenas curvas,borrões,manchas e misturas de tintas de uma beleza deslumbrante.

É a atração dos visitantes que ali aportam e admiram o quadro demoradamente, pela sua beleza de formas absolutamente abstratas e por esta razão, exposto a múltiplas interpretações críticas.



Num sábado ensolarado o casal resolveu pegar o carro e sozinhos dedicarem um dia, a si próprios, longe de filhos,vizinhos menores quase infratores,cachorros , gatos, maritacas com seus berros infernais, e outros bichos.


Um dia do casal e somente do casal.



Ao sair no entanto, a mãe veterinária já com os olhinhos marejados de uma saudade inexplicável reuniu a tropa e recomendou;

- Docinhos queridos da mãe, fiquem quietos, não mexam em nada por favor , em nada entenderam? Nada,nada,nada!

Lógico que entenderam tudo!

À noite ao voltarem a casa estava quase destruída , absolutamente desarrumada e até alguns quadros do Dr. Plinio Sapopemba tirados da parede para servirem de telhado para as casinhas dos futuros arquitetos daquela gang dos quase marginais infantis.

Imagens que fariam até o Cristo Redentor,chorar.



Apavorada ela ameaçou simplesmente espancar todo mundo, mas resolver partir para o diálogo:

- O que vocês fizeram aqui nessa casa? Esta tudo bagunçado, quase destruído, parece que passou um tsumani, por aqui ,seus selvagens trogloditas desumanos.

O filho mais velho usando da prerrogativa de líder ,partiu em defesa da gang e falou:

- Mãe fizemos exatamente o que senhora falou- defendeu-se o representante dos anarquistas

- Eu disse para não mexerem em nada e repeti, nada,nada,nada várias vezes, para vocês não esquecerem e olha como esta essa casa.

- Então mãe, foi a senhora mesmo quem disse quando eu lhe perguntei quando o pai ganhou esse quadro o que ele significava e a senhora disse que aquela porcaria não era nada.
Pô mãe, veja bem, nós nem tocamos no quadro.Não seja injusta, não mexemos em nada.Nada está lá direitinho, exatamente como a senhora pediu e só brincamos com o resto. Nem se lembra do que falou, mãe?



Postado no Blog Humor em Textos


O primeiro mouse do mundo


A engenhoca foi projetada nos anos 60 por Douglas Engelbart e Bill English, engenheiros do Instituto de Pesquisas da Universidade de Stanford, na Califórnia.
Ao apresentá-la publicamente, em 1964, Engelbart disse que a invenção iria melhorar a comunicação entre o homem e a máquina – no que estava absolutamente certo.
O pioneiro dos mouses de hoje era de madeira, foi construído de forma artesanal e patenteado com o nome de X-Y Position Indicator for a Display System.
O povo de Stanford começou a chamar invenção de mouse (rato,em inglês) pela ligeira semelhança que tinha com o roedor.

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Postado no Blog Repórter Net

Abaixo a Ditadura da Magreza !



por Fábio Valentim


Existem coisas que não podem ser padronizadas. Beleza é uma delas.

Qualquer forma de opressão ou forma de padronização perante a sociedade, é uma forma ridícula de acharmos que somos melhores que outros. Qualquer ditadura, seja ela qual for, é uma organização opressora e repressora, que forma mentes alienadas e pessoas livres, perseguidas. Pessoas que são livres nas suas convicções nunca se encaixam em uma sociedade que impõem os seus padrões. Falei muito da ditadura do politicamente correto e suas consequências, agora vou falar de uma outra imposição que anda sendo um terror das mulheres: a ditadura da magreza.

Por muito tempo, o conceito de uma mulher bela é de uma mulher "pneumática", ou seja gordinha, mas sexy. Hoje, a mídia impõe que a mulher bela tem que ser magra e esquelética. Ainda não sei o que exatamente levou a essa mudança de paradigma (que ocorreram recentemente nos últimos 50 anos), mas posso dizer que qualquer imposição, mesmo ela sendo benéfica para o indivíduo em si, é prejudicial para toda a sociedade, pois prejudica a individualidade. Vemos mulheres fazendo um enorme esforço e sacrifícios na academia, tendo que renunciar muitas coisas e fazer dietas para poder ter o tão sonhado corpo perfeito. Tudo para poder atrair homens sem caráter que irão usar como mercadoria e descartar sem mais nem menos. A sensualidade feminina não obriga uma mulher ser gorda ou magra, a sensualidade vem da própria mulher, da sua inteligência, da forma em que ela pode conduzir, pois inteligência, como todos sabem, é afrodisíaca.

O mais importante para uma mulher não é ser gorda, magra ou ter corpo perfeito, é aceitar a si mesma, cuidar de si e se amar. São dessas mulheres que poderemos ver sorrisos sinceros que poderão realçar toda beleza que existe nela. A verdadeira beleza de uma mulher vem de dentro, não da casca do ovo, pois de nada adianta uma mulher ter um corpo perfeito, mas podre por dentro, como infelizmente vejo muito por aí. Sendo gorda ou magra, o mais importante de tudo, é ter um corpo saudável, pois é isso que mantém a beleza da pessoas, e claro, o mais importante de tudo, cuidar da beleza interior, ou seja, do caráter, disciplina e sinceridade. Assim será bem valorizada, e poderá estar com a pessoa que irá estar ao lado que dá muito valor.

Eu particularmente, gosto muito das gordinhas, e assim como eu, há muitos homens que preferem as gordinhas, que levantam um belo discurso de que quem gosta de osso é cachorro. Acho elas mais atraentes e mais gostosas. Fico triste em ver o quanto elas são discriminadas e até humilhadas, como me entristece ainda mais em ver o quanto elas se humilham e se sentem culpadas por isso, só por alguns quilinhos a mais. Como eu tenho dito, cada uma tem direito de ser gorda ou magra, mas desde que seja com saúde, pois ela está sempre em primeiro lugar, no quesito de beleza! Mas antes de tudo, aceitar a si mesma como realmente é, é o mais fundamental de todos.

Postado no Blog Baú do Valentim em 10/03/2012

No plástico, o fim dos desertos?







Árvores de plástico podem acabar com os desertos, transformando-os em áreas de abundante vegetação natural… Pelo menos é o que afirma o engenheiro espanhol Antonio Ibañez de Alba, idealizador do sistema que deve causar a formidável mudança.


O processo começa pelo plantio, na borda do deserto, de palmeiras de plástico (poliuretano) capazes de absorver a água que se forma à noite, quando a temperatura cai muito e parte da umidade do ar se condensa sob a forma de gotinhas de água.

Essas gotinhas são absorvidas pelas folhas de poliuretano e levadas até o centro do tronco das palmeiras, que funciona como um reservatório.

As raízes das palmeiras, também de poliuretano, têm função semelhante: absorvem as gotinhas que chegam ao solo e as conduzem até o reservatório.

Durante o dia, o vapor desa água, liberado pelas folhas, eleva a umidade do ar. E a sombra das palmeiras de plástico diminui a temperatura da área.

Alguns meses depois, o aumento da umidade e a diminuição da temperatura permitem que nuvens penetrem na região.

Como a copa dessas árvores de plástico é branca, a luz do sol se reflete nas folhas delas e atinge as nuvens, o que favorece a ocorrência de chuvas.

Nessa fase, são plantados pequenos arbustos naturais à sombra das almeiras de plástico. À medida que a vegetação verdadeira se desenvolve, as palmeiras artificiais são arrancadas e replantadas mais adiante.

Em pouco tempo, pelo menos em teoria, o deserto acaba desaparecendo. A Austrália, Argélia e Arábia já demonstraram interesse no projeto.

Postado no Blog Reporter Net em 09/03/2012