"Vovô, o mundo vai acabar mesmo?", perguntou-me bastante preocupada a neta mais velha, de oito anos, enquanto a gente fazia compras num mercadinho na praia de Paúba, em São Sebastião.
Sempre interessada em tudo o que acontece à sua volta, ela estava prestando atenção na televisão junto ao caixa e ouviu alguma coisa a respeito.
Foi um custo convencê-la de que isto é bobagem, o mundo não vai acabar coisa nenhuma, pode ficar tranquila. Desconfiada, volta e meia ela vinha de novo com o assunto, querendo saber porque estavam falando aquilo na televisão.
Nem deve ter dormido direito naquela noite. Laura já lê jornal e revista, adora livros, navega na internet e quer saber o por quê de tudo. As crianças de hoje, ao contrário do que muita gente pensa, são muito sabidas e curiosas.
Tentei lhe explicar que isso é coisa de um tal de calendário maia que anuncia para dezembro deste ano o fim do mundo. Não é a primeira vez. Já tivemos muitos fins de mundo anunciados e não cumpridos. Pelo menos até o momento em que escrevo este texto, nosso planetinha ainda não acabou.
Naqueles dias da semana passada, tinha acabado de ler todas as retrospectivas e perspectivas publicadas pelos nossos urubólogos e futurólogos de plantão _ e, de fato, fiquei com a sensação de que estávamos mesmo caminhando para o final dos tempos. Em resumo, o mundo foi uma desgraça só em 2011, e pode piorar mais um pouco em 2012.
A ser verdade tudo o que meus colegas previram de problemas, crises e impasses em 2012, no Brasil e no mundo, pode ser mesmo que os maias tenham alguma razão.
Para completar, alguns portais publicaram as previsões apocalípticas do resistente Fidel Castro, que voltou a escrever um artigo depois de andar sumido nos últimos meses. Aos 85 anos, ele adverte que não temos muito futuro por causa das mudanças climáticas e da ameaça de conflitos nucelares. Para o articulista Fidel, o mundo corre perigo.
As primeiras notícias do ano também não ajudaram a acalmar a minha neta. O de sempre: tragédia das águas, mortos e desabrigados, malfeitos em geral na Justiça, ministro balançando e se explicando, o PSDB esperando uma definição de José Serra, cracolândia em pé de guerra e até um prédio implodido com 800 quilos de dinamite que permaneceu em pé.
De fato, o começo do ano não foi dos mais animadores, mas tenho esperanças de que ainda vamos comer peru neste Natal e, quem sabe, nos próximos. Para dormir tranquila, Laurinha só deve evitar aqueles noticiários que não fazem bem para a saúde das crianças.
Sejam todos bem-vindos a 2012. E seja o que Deus quiser... Vida que segue.

Postado no Blog Balaio do Kotscho em 10/12/2012

Simone de Beauvoir: o que é ser mulher?


Hoje é o aniversário de 
Simone de Beauvoir. Se estivesse viva, ela faria 104 anos. É dela uma das principais frases do movimento feminista: “Não se nasce mulher, torna-se mulher.” A mulher não tem um destino biológico, ela é formada dentro de uma cultura que define qual o seu papel no seio da sociedade. As mulheres, durante muito tempo, ficaram aprisionadas ao papel de mãe e esposa, sendo a outra opção o convento. Porém, a própria Simone rompe com esse destino feminino e faz de sua vida algo completamente diferente do esperado para uma mulher.

Simone de Beauvoir. Foto de Rex Features/Sipa Press
Nascida em uma família da alta burguesia francesa, Simone era a mais velha de duas filhas. Durante sua infância a família faliu e, por considerar que as filhas não conseguiriam bons casamentos, pois não havia dinheiro para um bom dote, George de Beauvoir se convenceu de que somente o sucesso acadêmico poderia tirar as filhas da pobreza. De fato, Simone de Beauvoir teve mais poder de escolha que muitas mulheres de sua época. A educação e o desenvolvimento acadêmico são até hoje maneiras de forjar mulheres mais independentes, que rompem com os padrões de sua época. Ela faz uma crítica aos valores burgueses nos quais foi criada no livro “Memórias de uma moça bem comportada”.
Simone de Beauvoir tinha 41 anos quando publicou “O Segundo Sexo”, em 1949. Já naquela época a obra levantou inúmeras polêmicas. Uma das principais acusações é que Simone ridicularizava os homens. Isso é uma acusação que muitos usam contra o feminismo. Porém, as pessoas parecem não querer compreender o que realmente se passa na vida das mulheres e como todo o poder está concentrado nas mãos dos homens. “O Segundo Sexo” não é uma fonte historiografica para conhecer a história da mulher desde a antiguidade. É uma obra de inspiração, fundamental para descortinar a maneira pela qual as mulheres são criadas justamente para serem menos que os homens. Você pode baixar “O Segundo Sexo” em .pdf no blog Livros Feministas.
Lendo algumas das críticas que foram feitas a “O Segundo Sexo”, muitas parecem absurdas, mas ainda lemos opiniões conservadoras e moralizantes em diversos cadernos de opinião da mídia brasileira, especialmente quando se trata da sexualidade feminina. Entre seus críticos estava François Mauriac, escritor francês, que em uma de suas enquetes no Figaro Littéraire perguntou: “Estaria a iniciação sexual da mulher no seu devido lugar no sumário de uma revista literária e filosófica séria?” A questão dividiu os intelectuais. Para muitos “O Segundo Sexo” é um “manual de egoísmo erótico,” recheado de “ousadias pornográficas”; não passa de “uma visão erótica do universo”, um manifesto de “egoísmo sexual.” Jean Kanapa insiste: “Mas sim, pornografia. Não a boa e saudável sacanagem, nem o erotismo picante e ligeiro, mas a baixa descrição licenciosa, a obscenidade que revolta o coração.” A polêmica mistura tudo. A contracepção e o aborto são ligados nas mesmas frases às neuroses, ao vício, à perversidade, e à homossexualidade. Segundo uma carta da enquete, “a literatura de hoje é uma literatura de esnobes, de neuróticos e de impotentes.” Claude Delmas deplora “a publicação por Simone de Beauvoir dessa enjoativa apologia da inversão sexual e do aborto.” Pierre de Boisdeffre em Liberté de l’ésprit assinala “o sucesso de O Segundo Sexo junto aos invertidos e excitados de todo tipo.” Leia mais em O Auê do Segundo Sexo de Sylvie Chaperon, publicado no Cadernos Pagu 12, de 1999.
Capa da edição brasileira de 2009 do livro O Segundo Sexo.
Nenhuma obra, literária ou acadêmica, de Simone de Beauvoir foi recebida com indiferença. Sua principal contribuição é sempre propor a discussão democrática e as rupturas das estruturas psíquicas, sociais e políticas. Por ser escrito por uma mulher e para mulheres, “O Segundo Sexo” levanta diversas questões, até mesmo no meio literário. Há muito tempo a literatura classificada como feminina é sinônimo de textos sem grande aprofundamento teórico. Além disso, não era comum tratar de assuntos como sexualidade, maternidade e identidades sexuais, mesmo na França do pós-guerra.
Em 2009, Fernanda Montenegro estreou a peça “Viver Sem Tempos Mortos”, baseada nas cartas autobiográficas de Simone de Beauvoir. A temporada de 2011 foi encerrada em dezembro, mas há a possibilidade da peça reestrear novamente no futuro. Em entrevista a Revista Bravo, Fernanda Montenegro respondeu algumas perguntas sobre sua relação com a obra de Beauvoir:
Qual o primeiro livro dela que você leu?
Foi O Segundo Sexo, que saiu em 1949 e se transformou num clássico da literatura feminista, sobretudo por apregoar que as mulheres não nascem mulheres, mas se tornam mulheres. Ou melhor: que as características associadas tradicionalmente à condição feminina derivam menos de imposições da natureza e mais de mitos disseminados pela cultura. O livro, portanto, colocava em xeque a maneira como os homens olhavam as mulheres e como as próprias mulheres se enxergavam. Tais ideias, avassaladoras, incendiaram os jovens de minha geração e nortearam as nossas discussões cotidianas. Falávamos daquilo em todo canto, nos identificávamos com aquelas análises. Simone, no fundo, organizou pensamentos e sensações que já circulavam entre nós. Contribuiu, assim, para mudar concretamente as nossas trajetórias.
De que modo alterou a sua?
Sou descendente de italianos e portugueses, um pessoal muito simples, muito batalhador, e me criei nos subúrbios cariocas. Desde cedo, conheci mulheres que trabalhavam. E reparei que, entre os operários, na briga pela sobrevivência, os melindres do feminino e as prepotências do masculino se diluíam. Era necessário tocar o barco, garantir o sustento da família sem dar bola para certos pudores burgueses. Nesse sentido, a pregação feminista de que as mulheres deviam ir à luta profissionalmente não me impressionou tanto. Um outro conceito me seduziu bem mais: o da liberdade. A noção de que tínhamos direito às nossas próprias vidas, de que poderíamos escolher o nosso rumo e de que a nossa sexualidade nos pertencia. Eis o ponto em que o livro de Simone me fisgou profundamente. Lembro-me de quando vi pela primeira vez a cena da bomba atômica explodindo. Ou de quando me mostraram as imagens dos campos de concentração nazistas. O impacto negativo que aquilo me causou foi parecido com o impacto positivo que O Segundo Sexo exerceu sobre mim. Garota, já suspeitava que não herdaria o legado de minha mãe e de minhas avós, que não caminharia à sombra masculina. O livro de Simone me trouxe os argumentos para levar a suspeita adiante. Continue lendo em A vida é um demorado adeus.
Justamente por ter uma lógica própria de se colocar no mundo, Simone decidiu escrever “O Segundo Sexo” ao perceber que nunca havia se perguntado: o que é ser mulher? Essa continua sendo uma pergunta atual, que deve ser feita por todas nós em algum momento da vida.
[+] Vídeos – Arquivo N, programa da Globo News especial sobre Simone de Beauvoir com entrevistas, imagens e declarações: Parte 1parte 2 e parte 3.
[+] Não nasci mulher, e você? – Texto de Mari Moscou
[+] Parabéns, Querida Simone! Sempre! – Texto de Suely Oliveira

Srta. Bia

Uma feminista lambateira tropical.
Postado no Blog Blogueiras Feministas em 09/01/2012


Um fato curioso que não pode deixar de ser visto como um potencial gerador de decepções no pós-casamento é a questão das pessoas que se casam com o casamento e não com o ser amado. Como assim?
Este é um fato que eu tenho observado há anos e atualmente é um tema que pipoca nas conversas quando eu o cito.
Muitas pessoas sofrem desse mal, “a idealização do relacionamento”, quando se trata de casamento oficial, aquele onde assinam um documento, a coisa fica ainda pior.
Love Ring. Foto de tuffo_diving_take no Flickr em CC, alguns direitos reservados.
Falo sobre as pessoas que idealizam sozinhas um modelo de relação, e passam a ansiar por vivê-la, como um roteiro de novelas e ficam esperando que apareça um par que se encaixe, que sirva naquele sonho cor-de-rosa, são aquelas pessoas que se casam com o casamento, com o fato ser uma pessoa casada, com todas as fantasias que estão contidas neste tema, com o ideal vendido pelo comercial de margarina, onde o que menos importa na verdade é o conteúdo do ser que se tem ao lado, ele passa a ser apenas um figurante necessário para tornar o sonho realidade.
Talvez o grande vilão deste tema seja justamente a frase final de todos os contos de fadas, que dizia: “casaram-se e foram felizes para sempre”, incutido desde cedo na cabeça das crianças gerando um impossível ideal de perfeição, desse modo, crescem acreditando que um dia surgirá uma pessoa perfeita, que nasceu para fazê-lo feliz, uma metade que o completará como uma peçinha de quebra-cabeças, com encaixe total, realizará num passe de mágicas todos os seus sonhos e carências e o(a) salvará da solidão.
E a partir disto, para muitos, o casamento vira uma obsessão, e perde o seu real significado, que deveria ser a comunhão com o ser amado, pelo amor e identificação de valores, objetivos, gostos com a pessoa que está ao lado e passa a significar e ser projetado como um objetivo a ser perseguido e atingido, uma conquista, um passaporte para a felicidade, um status, uma qualificação, a solução de seus problemas.
Há pessoas que dizem : “antes separada do que nunca casada”, como se o fato de ter ostentado o título casada(o) valesse mais do que viver uma boa relação com o ser amado. Posso aí fazer uma comparação aos tempos onde se compravam Títulos de Nobreza, onde o título valia mais do que a própria riqueza, que muitas vezes não existia, nesse paralelo quero comparar o título de casado que não necessariamente significa uma relação feliz.
E é aí mesmo onde os problemas começam, pois a pessoa se casa com a idealização da fantasia, com uma ilusão e não com a pessoa de carne e osso, e quando ela enfim realiza este sonho e as coisas passam a acontecer diferentes do que ela idealizou e planejou, o castelo de areia começa a ruir, e a conta começa a ser cobrada do outro a, a conta do quanto custou aquele sonho em concessões e projeções. Este é um dos motivos porquê tantos casamentos acabam antes mesmo do segundo ano, porquê a pessoa não se casou com o parceiro (a), se casou com o que achava ser o casamento.

Daniela Ervolino

Psicóloga, Terapeuta de Casais, Especializada em Terapia de Vida Passada e Constelações Familiares e Relacionamentos.





Postado no Blog Blogueiras Feministas em 08/01/2012


Inimigas da fé

A dúvida, a desconfiança, a angústia e a desesperança são as grandes inimigas da fé, este sentimento de crença total, sem limites ou explicação. Todos, em algum momento, tivemos fé em alguém ou ainda temos. Esse não é um sentimento exclusivo de místicos e religiosos. Acreditamos profundamente em pais, professores, amigos, amores e outros tantos que se transformam em nossos ídolos.

Quantas vezes aceitamos sem questionar mentiras, desculpas bobas e até traições, porque temos fé em que as pratica? Mas, quando os bichinhos da dúvida e da desconfiança se instalam em nossas mentes, a fé começa a morrer. A morte vem com a angústia e a desesperança. Reconheçamos: é triste quando isso acontece. Ainda crianças, choramos ao descobrir que o Papai Noel e o coelhinho da Páscoa não existem e não podem resolver os nossos problemas. E tínhamos tanta fé neles!
Na adolescência, o pior de tudo é não acreditar mais de olhos fechados no nosso primeiro amor. É terrível descobrir que ele não é tudo aquilo que idealizamos. Põe desilusão nisso! Que desesperança! O futuro se transforma num túnel sem luz. Pior ainda é deixar de ter fé num amigo. Descobrir que fomos apunhalados pelas costas. Aí chegamos ao inferno.
A fé, no entanto, se renova. Aos poucos, vai sendo depositada em outras pessoas, outros sonhos, outras realizações. Há muito tempo, tive um belo papo com um padre mexicano, que lecionava num seminário de Cuba. Ele havia conseguido uma licença especial do governo cubano para visitar sua mãe doente, na Cidade do México. Nos encontramos no aeroporto de Havana. E seguimos a conversa durante o voo.  Chegou um momento em que ele, triste pela situação da mãe, me disse:
– Uma vez perdi a fé.
Para ele, perder a fé era realmente assustador. Representava não acreditar mais em Deus. Eu não disse nada. Apenas ouvia seu desabafo.
– Fui falar com meu superior. Queria deixar o sacerdócio. Ele me disse: “Fica aí. Vai levando a vida, fazendo o teu trabalho. Não fala nada para ninguém. E não te preocupa com isso. Todos passamos por esse momento”.
Foi o que o mexicano fez. No melhor estilo Zeca Pagodinho, deixou se levar pela vida. Pessoa alegre, bem falante, até mesmo um pouco espalhafatoso, ele seguiu com seu trabalho, conversando com quem passava pela sua frente, sem, no entanto, assumir a perda da fé.
– Um dia – disse o padre – me dei conta que a fé estava naquilo que eu fazia, nas pessoas com quem me relacionava, na alegria das crianças, na natureza. 
É isso aí. Mesmo ateus e agnósticos podem ter fé. Ela é a prova de que não apenas estamos vivos, mas também sabemos viver, desfrutar de tudo o que compõe o nosso mundo.

Postado por Núbia Silveira no Blog Sul21 em 10/01/2012


O Big Brother e a degradação da realidade




Não adianta fugir.
A partir de hoje o Big Brother vai invadir sua casa e sua vida.
Ao contrário do que se poderia imaginar, não será a curiosidade que te fará manter a atenção para dentro daquela casa. É justamente o inverso.
A sua realidade será invadida por este reality show.
Nos próximos dias, quando você abrir o site de sua preferência, ainda que não queira, surgirão janelas lhe informado sobre a noite de fulana com fulano embaixo do edredom.
Ao ler o jornal, seu colunista preferido irá fazer uma análise sócio-psicológica de algum acontecimento no programa.
No ônibus ou no Metrô, você será surpreendido às sete horas da manhã por um debate empolgado sobre a festa do cowboy, ou dos anos 60, ou do cabide, ou do bunda le le ocorrida na noite anterior que você fez questão de não assistir, mas mesmo assim, involuntariamente, estará devidamente informado, memorizando todos os nomes dos personagens deste verdadeiro show de horror.
A promessa até parece ser interessante. Observar tudo o que acontece numa casa durante 24 horas por dia.
Mas o que poderia ser o deleite dos voyeurs é na verdade um culto à mediocridade.
Os personagens são providos de personalidades histéricas e desinteressantes.
As regras do “jogo” provocam o elenco de arrivistas a se enfrentarem em intrigas sórdidas e pequenas.
O vencedor não é aquele que aposta no cooperativismo dentro da casa, mas o que elimina os seus brothers um a um, dando vazão à fantasia infantil de eliminar seus irmãos para conquistar a atenção exclusiva da mamãe.
Aliás, os gritos, lágrimas e risos forçados são recursos infantilóides para prender a atenção e conquistar apoio do público.
Crônicas pobres e vulgares são recitadas para narrar o dia-a-dia dos confinados, a fim de emprestar uma pseudo sofisticação à degradação crua que vemos a olhos nus.
E esta degradação da realidade é a face mais sórdida deste programa.
Ao estigmatizar os jovens como seres egoístas, estúpidos, fúteis e dissimulados, o programa que se autodenomina show de realidade constrói um arquétipo e forja a geração desejada pela classe dominante. Ou seja, pessoas preocupadas exclusivamente com suas ancas, tendo as paredes de uma casa como horizonte mais amplo de aspiração, abrindo mão da vocação transformadora da juventude.
Até então, acreditávamos que a vida imitava a arte.
Agora, uma nova “realidade”, absolutamente alienada e pronta para consumir é fabricada nos estúdios de tevê.
A arte já não basta.
Não cabe mais ao artista interpretar o mundo em sua obra.
As fórmulas já estão todas prontas.

Postado no Blog do Rafael Castilho em 09/01/2012

Unhas na Moda ! Esmaltes Flocados