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Veja vira piada ao publicar capa grotesca sobre terror contra Bolsonaro






Os internautas não perdoaram a capa de Veja desta semana, que denuncia um suposto plano de uma "Sociedade Secreta Silvestre", comandada por um tal "Anhangá" e formada por "indivíduos que tendem ao selvagem", para matar Jair Bolsonaro, Ricardo Salles e Damares Alves.

247 – Se alguém imaginava que a parceria com o Intercept poderia recuperar a credibilidade da revista Veja, é melhor tirar o cavalo da chuva. Neste fim de semana, a revista virou piada nacional ao divulgar um suposto plano de uma "Sociedade Secreta Silvestre", comandada por um tal "Anhangá" e formada por "indivíduos que tendem ao selvagem", para matar Jair Bolsonaro, Ricardo Salles e Damares Alves. As reações dos leitores oscilaram entre o espanto e a perplexidade com uma reportagem tão ridícula.

"A democracia tem alguns antônimos — um deles é o terrorismo. Mas a democracia tem também sinônimos, como a imprensa livre. Cabe a ela, entre outras funções, defender a própria democracia — sobretudo de seus antônimos", escreveu Veja, em sua Carta ao Leitor, que justifica a publicação de uma reportagem sem pé nem cabeça.

O jornalista Ricardo Miranda escreveu um texto sobre essa capa tão grotesca. Se você não passou batido pela capa de Veja, vai ter diante de si um exemplo de jornalismo de deep web. Ou deepjornalismo. Da deep Veja. Pois foi nas profundas da internet que Veja jura ter encontrado uma história pra lá de incrível – e muito, muito pouco crível. Veja teria entrevistado, como mostra sua matéria de capa (!), um dos líderes da – prenda a respiração – Sociedade Secreta Silvestre (SSS), que se apresenta como braço brasileiro do Individualistas que Tendem ao Selvagem (ITS), “uma organização internacional que se diz ecoextremista e é investigada por promover ataques a políticos e empresários em vários países”. O terrorista identifica-se como “Anhangá” e confessa entre outras coisas que é real um plano para matar Bolsonaro “e mais dois ministros” – Ricardo Salles e Damares Alves. Por que eles? Bom, eu vou parar de contar a história. Leia se tiver estômago. Por mim já elejo a capa de Veja uma das mais bizarras da história do jornalismo, surpreendente até mesmo em se tratando de Veja, ou do que se tornou. Ecoterroristas, tá certo. Teria mais credibilidade se fosse um plano do ET de Varginha pra abduzir o presidente", pontuou.
Confira, abaixo, os tweets de Veja e reações de internautas:


Líder de grupo terrorista revela plano para matar Bolsonaro; em entrevista a VEJA, representante do SSS ameaça presidente, seus familiares e dois ministros http://abr.ai/2JE5crg 

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Líder de grupo terrorista revela plano para matar Bolsonaro; em entrevista a VEJA, representante do SSS ameaça presidente, seus familiares e dois ministros http://abr.ai/2JE5crg 

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Ta me cheirando a armação do Carlucho pra vitimizar o pai e aumentar o apoio a esse governo falido.

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Líder de grupo terrorista revela plano para matar Bolsonaro; em entrevista a VEJA, representante do SSS ameaça presidente, seus familiares e dois ministros http://abr.ai/2JE5crg 

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Pode ser armado por ele mesmo pra justificar autoritarismo. Ele já planejou bomba pra aunentar salário de militar. Ele é um terrorista tb. Como alguém que se voltou contra o próprio exército vira presidente?!

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O fim de Moro . . .



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Evitem informações tóxicas : capas da Veja



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Jornalistas Livres: quantas capas da Veja serão necessárias
 para destruir Lula?


Miguel do Rosário







Postado em O Cafezinho em 12/05/2017



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Revista Veja : evite informações tóxicas


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Os três dias que abalaram a mídia













O lixo chamado Revista Veja !


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A deputada federal Jandira Feghali (PC do B) ironizou a revista Veja desta semana, que, mesmo após uma semana intensa no noticiário político, optou por trazer o filme Star Wars em sua capa.

 "Cadê na capa a derrota do golpismo de Cunha e oposição no STF? 

E a prisão do tucano mineiro? 

E a decisão da Procuradoria Geral da República sobre Cunha? 

Essa revista é uma vergonha", afirmou.


Postado no Brasil247 em 20/12/2015



Veja, Época e IstoÉ vão para o lixo


Fernando Morais e as capas infames

Jornalista Fernando Morais e as capas desta semana das 3 revistas semanais


Altamiro Borges

Numa sociedade menos envenenada pela mídia privada e com maior consciência crítica, milhares de exemplares das revistas Veja, Época e IstoÉ desta semana seriam jogados em latas de lixo. 

Com suas capas repulsivas, estas publicações do esgoto simplesmente omitiram o escândalo das contas secretas do lobista Eduardo Cunha na Suíça. 

Sem vacilar, elas insistiram na tática golpista de "sangrar" Dilma e "matar" Lula, evitando desgastar o presidente da Câmara Federal, que hoje é o principal jagunço da oposição direitista na cruzada falsamente moralista pelo impeachment da presidenta.

As três revistas confirmam a tese de que a mídia "privada" – nos dois sentidos da palavra – se tornou o principal partido da direita no Brasil.

Neste esforço, a Veja já cometeu inúmeros atos criminosos, que em qualquer outra nação civilizada resultariam em multas bilionárias e na suspensão da publicidade. 

A revista da decadente famiglia Civita – que no passado recente elegeu como "mosqueteiro da ética" do ex-senador Demóstenes Torres, o demo que prestava serviços ao mafioso Carlinhos Cachoeira – hoje faz de tudo para proteger Eduardo Cunha. Ele é encarado como peça decisiva na marcha golpista contra o governo reeleito democraticamente em outubro passado. 

Já a revista Época, da bilionária famiglia Marinho, está virando uma Veja de segunda categoria. 

Teve muita gente, inclusive no Palácio do Planalto, que acreditou na conversa fiada de que o Grupo Globo recuaria no seu tom oposicionista. A promessa foi feita na véspera da última marcha organizada pelos grupelhos fascistas em agosto. 

A famiglia Marinho, com o seu DNA golpista, temia a radicalização política e seus efeitos na economia - inclusive no faturamento publicitário. Mas ela nunca abandonou o seu ódio ao "lulopetismo". 

Nas emissoras de rádio e tevê do império global, o tiroteio segue pesado, porém cauteloso. Já no jornal O Globo e na revista Época, o golpismo é mais descarado. 

Quanto à IstoÉ, não vale gastar muito tempo. Nos meios jornalísticos, ela é ironicamente chamada de "QuantoÉ", em função das práticas mercenárias dos seus proprietários.

Nas eleições do ano passado, a revista – inclusive com suas pesquisas fajutas – virou um panfleto rastaquera do cambaleante Aécio Neves – sabe-se lá a que preço.

Num país com regras mais democráticas sobre a mídia, os donos desta publicação possivelmente seriam chamados para depor numa Delegacia de Polícia.

Lula e Dilma alimentaram cobras

O que mais revolta ao ver as capas espalhafatosas de Veja, Época e IstoÉ espalhadas em mais de 40 mil bancas no país é chegar a conclusão de que os governos Lula e Dilma são os grandes culpados por alimentar estas cobras venenosas – com todo o respeito a estes répteis. 

Nos últimos anos, milhões de reais foram retirados dos cofres públicos para financiar estas revistas do esgoto. De 2003 a 2013, por exemplo, a Veja garfou quase R$ 300 milhões em publicidade oficial; já a Época recebeu cerca de R$ 120 milhões; e a insignificante IstoÉ abocanhou R$ 100 milhões. É muito sadomasoquismo dos governos petistas. No seu ilusório republicanismo, ele paga para apanhar!

O jornalista e escritor Fernando Morais explicitou bem esta revolta numa mensagem em sua página no Facebook neste sábado (3):
"O presidente da Câmara dos Deputados é acusado pelo governo da Suíça de manter várias contas secretas no país, para lavagem de dinheiro – fato que ele havia negado diante de uma CPI. E o que é o assunto de capa das três maiores revistas nacionais? O ex-presidente Lula. É a merecida paga que o PT recebe por ter, durante doze anos, chocado o ovo dessa serpente com verbas publicitárias do estado". Não precisa falar mais nada diante de mais este episódio trágico do "jornalismo brasileiro". 

Em tempo: Como nada foi feito nestes últimos doze anos para garantir uma mídia mais democrática e plural, só tem restado ao ex-presidente Lula rechaçar as mentiras diárias disparadas contra ele pela imprensa privada. Neste sábado, o Instituto Lula informou que interpelará judicialmente os jornalistas da Veja e da Época. Menos mau. Mas é pouco.


Postado no Blog do Miro em 03/10/2015


A morte das revistas semanais brasileiras


Fernando Morais e as capas infames

Jornalista Fernando Morais e as capas desta semana das 3 revistas semanais



Paulo Nogueira

É a morte do jornalismo semanal. E uma morte infame, desonrosa, suja.

Tantas revelações em torno de Eduardo Cunha com suas contas na Suíça, e nenhuma revista semanal o deu na capa.

Que ele precisaria fazer para ir para a capa da Veja, da Época e da IstoÉ?

A mídia fala tanto em corrupção, e quando aparece um caso espetacular destes finge que não viu.

É uma amostra do que a imprensa sempre faz quando se trata de político amigo: joga a corrupção para baixo no tapete.

Isto se chama manipulação.

O brasileiro ingênuo é, simplesmente, ludibriado. Depois, corre para as redes sociais para vomitar as besteiras que leu na imprensa.

Durante a semana a mesma coisa ocorrera com os jornais. Eles esconderam o caso Cunha.

Fernando Morais comentou as capas logo na manhã de sábado. Notou, com razão, que parte disso é culpa do próprio PT por ter enchido de dinheiro público empresas de mídia que desinformam e não hesitam em sabotar a democracia quando sentem que seus inumeráveis privilégios correm risco.

As capas das revistas semanais e as primeiras páginas dos jornais nestes dias demonstram que, na prática, existe um monopólio na mídia brasileira.

São quatro ou cinco famílias, e na verdade uma só voz.

Não fosse a mão invisível do mercado, para usar a grande expressão de Adam Smith, e o poder das grandes corporações jornalísticas seria um obstáculo formidável ao avanço social brasileiro.

Mas a mão invisível trouxe a internet, e com ela um jornalismo que se contrapõe ao gangsterismo editorial das grandes corporações.

Fazer jornais e revistas de papel é coisa para grandes empresas, pelo tamanho dos investimentos necessários.

Mas montar um site é barato. Você não tem que imprimir sua publicação em gráficas, pagar uma distribuidora, comprar papel em fábricas finlandesas e coisas do gênero.

Seu custo é infinitamente mais baixo.

Paralelamente, a voz única das grandes corporações abre um espaço enorme para visões de mundo diferentes.

Foi assim que surgiu e floresceu, na internet, um jornalismo dissidente vital para a democracia nacional.

Considere: sob Getúlio e Jango, vítimas da imprensa, não houve contraponto à narrativa golpista da imprensa.

(Getúlio, um homem de visão, tentou resistir aos barões da imprensa com a criação de um jornal, a Última Hora, mas era quase nada diante da avalanche dos grandes jornais.)

Avalie como seriam as coisas sem o contraponto dos sites independentes.

O caso Eduardo Cunha mostra muitas coisas, e não apenas sobre a mídia. Estampa a parcialidade da Justiça e da Polícia Federal, também.

Cunha tinha que estar dedicando todo o seu tempo a se defender das acusações terríveis que pairam sobre ele.

Em vez disso, trama a derrubada de Dilma como se não tivesse nada além do impeachment em sua agenda.

Ele só faz isso porque sabe que goza de ampla proteção.

Essa proteção ficou grotescamente evidente neste final de semana, nas bancas brasileiras, com as capas das revistas semanais.


Postado no Diário do Centro do Mundo em 03/10/2015


Como qualificar o colunista da Veja que pediu “menos escolas, mais prisões”?




Eduardo Guimarães

Quem achou que a agressão moral praticada por um dos “ideólogos” do grupo fascista “Revoltados On Line” a um frentista seria o fundo do poço da ultradireita brasileira, errou. Mesmo as agressões físicas que os neofascistas tupiniquins vêm praticando não se comparam a recente ato criminoso praticado pelo colunista da revista Veja Rodrigo Constantino.

Em seu “blog”, asquerosamente instalado no portal da revista semanal, esse elemento publicou um post cujo título é mais do que suficiente para definir não apenas a “obra”, mas o autor: “Menos escolas, mais prisões!

Um texto com esse título não precisa ser lido para ser repudiado. Infelizmente, por falta de Educação e excesso de encarceramentos até mesmo os setores mais instruídos da sociedade têm o péssimo hábito de ler apenas os títulos dos textos, que, na era da avalanche de informações na internet, têm que resumir o conteúdo a que remetem para não ser ignorados.

Houve tempo em que um título bem engendrado estimulava o leitor a descobrir o conteúdo a que remetia. Hoje, porém, as pessoas formam conceitos com base em frases curtas que intitulam textos que frequentemente não dizem o que a chamada insinua. Desse modo, uma frase como a que intitula o post do colunista da Veja tem, por si só, um efeito altamente danoso.

Só por isso o texto “Menos escolas, mais prisões” já deveria ser repudiado, pois quem escreve em um veículo de grande alcance tem que ter responsabilidade. Todavia, a leitura completa dessa excrescência elucubrada por Constantino não atenua a barbaridade que é o título.

Ao ser cobrado por seus leitores pela barbaridade que cometeu, Constantino ainda tentou minimizar seu crime de lesa-pátria – e, muito provavelmente, de lesa-humanidade – com um post scriptum que acusa quem ficou chocado de “não saber” o que é uma “hipérbole”, que é o que teria usado no título.

Eis o remendo de Constantino:
“PS: Algum esquerdista qualquer divulgou esse meu texto e o blog foi invadido por bárbaros. Já tem até gente pedindo minha prisão pelo texto, ou seja, querem mais prisão para gente como eu, não para o assassino do médico ciclista Jaime Gold. É que são grandes humanistas, como Lenin, Stalin e Che. Ironicamente, eles me dão razão, corroboram a crítica de que temos uma péssima qualidade de ensino. Só sabem me xingar de “fascista”, não entenderam a crítica que faço ao sistema de ensino, não sabem o que significa “hipérbole” e ainda negam que exista doutrinação marxista em nossas escolas. Alguns leram apenas o título! Ou seja, uns alienados deformados justamente por esse ensino que critico, e gente que, por isso, acha que não precisamos de mais prisões ou do fim dessa doutrinação da qual foram vítimas”
Quem, evidentemente, não sabe o que é uma hipérbole é o próprio Constantino. Senão, vejamos: hipérbole é um recurso de estilo que se baseia em um exagero altamente evidente e propositado para conferir dramaticidade a uma ideia. Exemplo: se eu digo que já expliquei alguma coisa “um bilhão de vezes” a alguém, é evidente que se trata de uma figura de linguagem porque ninguém conseguiria explicar nada tantas vezes. Não é necessário, pois, explicar que, em verdade, a explicação não foi repetida nessa proporção. Isso é uma legítima hipérbole.

Não é o caso do título do texto de Constantino, pois já no primeiro parágrafo o autor justifica a proposta maluca de construirmos menos escolas e mais prisões.
“Não há discurso mais fácil do que repetir que a solução é mais educação. Nada mais é preciso depois dessa sentença mágica: seu autor é automaticamente visto como um ser nobre, sensível, um humanista. Quem pode ser contra mais educação? Claro que o debate sério e honesto deverá ser qualificado depois: qual educação? Quem paga? Que modelo? E esse ensino público que temos? Será que mais dinheiro público resolve mesmo? E há garantia de que mais escolas levam a menos crime, por exemplo? (…)”.
Quem paga pela Educação para quem quiser estudar e não tiver dinheiro para pagar escola? Em qualquer país civilizado, é o Estado. Até mesmo na Disneylândia do neoliberalismo, os Estados Unidos, o Estado banca Educação para todos. Nesse primeiro parágrafo, porém, Constantino põe em questão a mera existência do ensino público e gratuito.

Como se não bastasse, ainda formula uma questão cuja resposta não pode ser outra a não ser um sonoro SIM. Nem o neoliberal mais empedernido duvidaria de que Educação para quem não tem acesso certamente não eliminaria a opção de todos pela criminalidade, mas, por certo, reduziria o contingente dos que fazem essa opção.

Há uma vastidão de trabalhos científicos que dão conta de que a Educação é um poderoso instrumento de combate à criminalidade. Quem não sabe disso?

Um exemplo: a potencialidade da escola como um fator para influenciar o comportamento dos alunos e reduzir a violência foi comprovada pela economista Kalinca Léia Becker em sua tese de doutorado realizada no programa de pós-graduação em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultutra Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba. A pesquisa foi orientada por Ana Lúcia Kassouf, professora do Departamento de Economia, Administração e Sociologia (LES) da Esalq e mostra que quando ocorre o investimento de 1% na educação, 0,1% do índice de criminalidade é reduzido.

Se formos buscar estudos que comprovem o potencial da Educação no combate à degeneração moral das sociedades, haverá tanto material disponível que demoraria uma vida para ler.

Ao fim dessa peça tétrica de estupidez composta pelo colunista da Veja, ele ainda trata de reafirmar sua tese de que é melhor construir mais prisões e menos escolas. O último parágrafo de seu texto não deixa dúvida de que ele não usou uma hipérbole em seu texto e que acredita piamente na ideia-força dele:
“(…) Diante desse quadro de ensino público caótico e marxista, e da falta de lugar nas prisões, talvez seja o caso de concluir, com alguma hipérbole, que precisamos de MENOS ESCOLAS, MAIS PRISÕES!”.
Que “hipérbole”? Constantino está ou não pregando que, em vez de educar jovens, é melhor construir mais prisões? A premissa imbecil de que estudar Karl Marx leva o indivíduo a cometer crimes não anula a “solução final” do indigitado “colunista” de que é melhor prender jovens do que permitir que tenham contato com a obra de um dos maiores pensadores da história da humanidade, estudada nos quatro cantos da Terra.

Há um projeto de lei na Câmara dos Deputados que poderia resolver o dilema que perturba o colunista da Veja. Um deputado federal desocupado, Rogerio Marinho (PSDB-RN), titular da Comissão de Educação daquela casa, propôs, recentemente, lei que torna crime o “assédio ideológico” em ambiente escolar. O projeto psicótico prevê pena de detenção de três meses a um ano e multa, com possibilidade de aumento da punição, caso o ato seja praticado por educadores ou “afete negativamente a vida acadêmica da vítima”.

Esse projeto fascista, por incrível que pareça, é menos danoso que a proposta de Constantino porque ao menos não busca eliminar a Educação pública em prol de mais vagas nas prisões. Ao menos admite que é preciso educar os nossos jovens, ainda que incorra na loucura de querer impedir que um professor expresse um ponto de vista legítimo que o educando pode ou não assimilar no decorrer da vida.

Se houvesse no Brasil essa doutrinação “marxista” nas escolas a que o tal colunista alude, esta sociedade seria majoritariamente pró comunismo. É preciso dizer que isso não existe?

O post escrito por Constantino em seu “blog” no portal da Veja alcançou – até o momento em que este texto foi escrito – nada mais, nada menos do que incríveis 13 mil “curtidas” no Facebook. Mais de uma dezena de milhar de pessoas alfabetizadas concordaram com ele. Previsivelmente, grande parte delas concordou com o título “curtindo-o” naquela rede social sem sequer ter lido mais nada além da linha fina da matéria.

Ao fim e ao cabo desta reflexão, o que aflige seu autor é encontrar uma forma de qualificar Constantino que esteja à altura de seu nível de boçalidade, de egoísmo, de truculência, de falta de caráter. Infelizmente, não é tarefa fácil. Pensei nisso desde a noite de sábado até o fim da tarde de domingo e não consegui encontrar um qualificativo à altura.

Convido o leitor a sugerir um adjetivo que dê conta de definir adequadamente alguém como esse colunista da Veja. Mas, sendo sincero, duvido que alguém encontre definição que esteja à altura de alguém que comete um crime de tal envergadura.


Postado no Blog da Cidadania em 07/06/2015