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O Golpe também é midiático
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A humilhação pública de João Roberto Marinho
Eduardo Cunha e João Marinho
A única coisa boa em toda a dramática situação que vivemos, em que um bando de bandidos está prestes a tomar de assalto o poder no país, através de um golpe de Estado muito mal disfarçado de impeachment, é a humilhação pública que a Globo e seus vassalos vêm sofrendo na imprensa internacional.
Todos os dias, são publicadas reportagens que tratam o que ocorre no Brasil pelo que é: um golpe.
Um golpe sujo liderado por Eduardo Cunha, João Roberto Marinho, Michel Temer, Fiesp e os setores mais corruptos e reacionários da sociedade brasileira.
David Miranda, companheiro (de vida e profissional) de Glenn Greenwald (que hoje dispensa apresentações), publicou há alguns dias, no The Guardian, um contundente artigo em que denuncia, sem subterfúgios, o golpe no Brasil: é um golpe, um golpe e um golpe. Ponto. Um golpe capitaneado pela Globo.
Outro ponto.
João Roberto Marinho, proprietário da Globo, enviou uma longa resposta ao artigo do Guardian.
A arrogância dos Marinho é evidente. Eles nunca responderam às centenas de manifestações (ver aqui a lista de manifestos) contra o golpe que ocorreram no país e em todo mundo, e agora se manifestam apenas porque foram denunciados num respeitado jornal britânico.
Nas últimas semanas, assistimos manifestações contra o golpe vindas de toda parte: comunidades de juristas, professores, cientistas políticos, escritores, artistas, personalidades do mundo inteiro, manifestações populares gigantes ocorridas no Brasil, além de protestos organizados por comunidades de brasileiros em outros países.
A Globo esconde todas essas manifestações, como se elas não existissem. Quando se dá o contrário: se houver três pessoas protestando contra o governo ou contra o PT, então o protesto vai para a capa de seus jornais e recebe menções destacadas nos noticiários de TV.
João Roberto Marinho responde ao artigo de David Miranda com a soberba de um ditador de república de banana, desacostumado a ser dono absoluto da razão.
A editoria do Guardian publicou a resposta de João Roberto Marinho abaixo do artigo de David Miranda, no espaço da caixa de comentários. Só isso já deve ter sido enorme humilhação para a Globo: ter sua resposta publicada numa mera caixa de comentários.
E aí aconteceu o previsível: em poucas horas, havia centenas, quiçá milhares de respostas ao texto de João Roberto Marinho, desconstruindo um a um seus argumentos falaciosos.
Vocês tem que entrar lá e verem por si mesmos! É um fenômeno lindo: a Globo, ou melhor, o dono da Globo, sendo desmoralizado por uma opinião pública que, felizmente, está livre das garras manipuladoras da Vênus Platinada.
A resposta dos Marinho, como era de se esperar, é uma xaropada coxinha. Fala que a Globo é isenta e que nunca defendeu o impeachment.
Aahahahah.
Fala que a Lava Jato é o maior fenômeno de corrupção da história do Brasil, tentando confundir o leitor, visto que a presidenta não está sendo derrubada por causa da Lava Jato, e sim pelas pedaladas fiscais.
Um comentarista chamado ParisGazette respondeu à falácia de João Roberto Marinho:
"the largest bribery and corruption scheme in the country's history"
This faulty premise alone is enough to discredit the whole argument. Since bribery and corruption are almost invariably undocumented, how can anyone assert that any one scheme is the biggest in history? Does Mr Marinho keep account books of all the monet stolen in Brazil since 1500? If so, he should hand them over to the authorities. If not, his newspapers and television channels should stop reporting as fact something that is simply hyperbole. There is a word for repeating lies so often that they become the truth: propaganda.
Tradução:
"o maior esquema de corrupção da história do país."
Esta falsa premissa sozinha é suficiente para desacreditar o argumento inteiro. Desde que propina e corrupção são quase invariavelmente não documentados, como alguém pode asseverar que um esquema é o maior da história? Por acaso, o senhor Marinho mantém registros de todos os casos de desvios de dinheiro ocorridos no Brasil desde 1500? Se sim, ele deveria passá-los às autoridades. Se não, seus jornais e canais de TV deveriam parar de divulgar como um fato o que não passa de uma hipérbole. Existe uma palavra para repetir mentiras de maneira frequente para que ela se torne uma verdade: propaganda.
Vraummmm!
Eu também gostaria de responder a este ponto da "cartinha" de João Roberto Marinho ao Guardian.
Essas hipérboles sobre o tamanho da corrupção da Lava Jato foram constantes desde o início da operação, e serviram ao propósito do golpe. Os valores são baseados em delações forjadas, em que os delatores falavam em percentuais sobre obras, e daí os procuradores da Lava Jato faziam projeções mirabolantes sobre os valores desviados.
Entretanto, o maior caso de roubo na política brasileira é o que está prestes a acontecer, com a cumplicidade do senhor João Roberto Marinho: o roubo de 54 milhões de votos dados à presidenta Dilma Rousseff.
Numa democracia, este é pior tipo de roubo.
O segundo maior roubo da história do Brasil foi a compra de votos, praticada pelo governo Fernando Henrique Cardoso, para aprovar a emenda da reeleição.
Ali a democracia foi vergonhosamente roubada, novamente com a cumplicidade da Globo, porque um presidente não pode mudar as regras do jogo para beneficiar a si mesmo.
Os "bolivarianos", tão atacados e ridicularizados pela Globo, quando mudaram as regras, tiveram o cuidado de consultar o povo através de plebiscitos, que é a única maneira correta de mudar regras eleitorais importantes.
O terceiro maior roubo da história foi a privataria tucana, o processo pelo qual o governo entregou patrimônio público (metade da Petrobrás, Vale, Telebras, CSN, etc) sem ganhar nada, sendo pago com títulos podres e com dinheiro emprestado, a juros subsidiados, pelo próprio governo.
O quarto maior roubo foi o caso Banestado, mãe de todos os esquemas que vieram em seguida, e que revelou ao mundo os talentos do doleiro Alberto Yousseff. O juiz era Sergio Moro, e nenhum político importante foi preso ou condenado...
Em 1964, também assistimos ao assalto à nossa democracia praticado por militares, empresários e barões da mídia.
Os roubos que implicam em usurpação do voto popular são os piores, evidentemente, e a Globo sempre foi a chefe de quadrilha nesses casos.
Encerro o post traduzindo outro ótima resposta, publicada no Guardian, à carta de João Roberto Marinho.
Maria Cristina
"With the Globo Group rests the responsibility to report the facts as they happened. It is our duty." Hahahahahahahahahahahahahaha this is the best joke I've seen all day !!!
Tradução:
"O Globo tem a responsabilidade de dar os fatos assim como eles acontecem. É nosso dever."
Hahahahahahahahahahahahahaha essa é a melhor piada que eu já escutei em minha vida !!!
Postado no Contraponto em 23/04/2016
Presidente na Ditadura Civil Militar João Figueiredo e
Roberto Marinho ( Pai )
Roberto Marinho ( Pai )
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Globo e Cunha montam show do impeachment
Altamiro Borges
A operação de guerra para forçar a aprovação do impeachment da presidenta Dilma já está montada. O correntista suíço Eduardo Cunha, que ainda preside a Câmara Federal, usou todos os expedientes para apressar e manobrar a votação. Já a bilionária famiglia Marinho, dona da Rede Globo e acusada de sonegação de impostos e de outros crimes, montou um verdadeiro show para o próximo domingo (17).
O objetivo é criar um clima de já ganhou, levando os "midiotas" às ruas para constranger os deputados na hora do voto. A emissora inclusive anunciou que vai alterar sua grade de programação. Até os horários das partidas de futebol estão sendo mudados por pressão do império global.
Segundo a jornalista Keila Jimenez, do portal R7, "a Globo promete acompanhar a movimentação em Brasília desde as primeiras horas do dia e vai transmitir a votação ao vivo na TV aberta, e na paga, na GloboNews. Os comentaristas políticos do canal do grupo já foram escalados para o final de semana. Links por diversas cidades vão acompanhar as manifestações populares".
O "show do impeachment" não contará apenas com o império global. As outras emissoras também estão engajadas na cavalgada golpista. "Faustão? Faro? Eliana? Não. Domingo é dia de política na TV. Só vai dar Brasília. As maiores redes de televisão prometem abrir a programação ao vivo para transmitir, direto da Capital Federal, a votação do processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT) na Câmara dos Deputados".
O show midiático só foi garantido graças às manobras do correntista suíço Eduardo Cunha, o chefão da trama. O mafioso apressou a montagem da "comissão especial" e a votação do relatório de cartas marcadas. Tudo para garantir a consumação do golpe em pleno domingo.
Em entrevista nesta terça-feira (12), Eduardo Cunha afirmou que a sessão deverá estar concluída às 21 horas. "Estou prevendo quatro horas de votação. São 513, tem segunda chamada daqueles que não compareceram, tem o tempo de deslocamento até o microfone. Somando o gasto com cada procedimento desse meio minuto, serão 256 minutos, o que dá 4 horas e 16 minutos”, calculou o cínico corrupto.
As manobras do correntista suíço
Em outra manobra, o lobista da Câmara Federal garantiu a votação a partir dos deputados do Sul e do Sudeste - onde a direita tem a maioria dos votos. Tudo para favorecer o clima do "já ganhou" e para servir de munição às redes de televisão. Até a insuspeita Época, da famiglia Marinho, confessou que "o objetivo seria criar uma onda pró-impeachment durante a votação". Em 1992, durante a votação do impeachment de Fernando Collor, a chamada dos deputados foi realizada por ordem alfabética. "O argumento à época era o de que se pretendia evitar o direcionamento do resultado", lembra a Folha.
Pesquisa Datafolha divulgada no sábado (9) confirmou que três em cada quatro brasileiros defendem a cassação de Eduardo Cunha. Somente 11% dos entrevistados apoiaram o correntista suíço.
Mesmo assim, ele segue na presidência da Câmara Federal e no comando do golpe - sempre em conluio com a TV Globo e o restante da mídia venal, que agora montam o deprimente "show do impeachment".
Postado no Blog do Miro em 13/04/2016
Os bilionários donos da Globo Deputado Federal Eduardo Cunha
Lula vence a Globo e o fascismo
Manifestação contra o impeachment/golpe - Arcos da Lapa - Rio de Janeiro - Noite de 11/04/2016
Lula e Chico Buarque participaram de ato contra o impeachment/golpe na Fundição Progresso - Lapa - Rio de Janeiro
O ex-presidente Lula participou de manifestação contra o impeachment/golpe. Ele e artistas foram à Fundição Progresso e depois aos Arcos da Lapa
A força do Lula vem do povo, da enorme capacidade do povo brasileiro resistir. Lula é o povo, é parte inseparável da história da nação brasileira.
Jeferson Miola
Já tentaram de tudo para destruir o Lula, e não vão abandonar a obsessão de aniquilá-lo. O justiceiro Sérgio Moto idealizou um show deplorável com a prisão dele no dia 4 de março mas, temendo as conseqüências, foi obrigado a recuar. Depois, num ato de desespero persecutório, cometeu haraquiri funcional e divulgou criminosamente grampos telefônicos ilegais da Presidente Dilma para impedir a posse dele na Casa Civil.
O haraquiri do Moro não foi em vão. Gilmar Mendes e Rodrigo Janot anularam a posse do Lula, numa decisão que equivale à cassação dos seus direitos políticos. Assim, impediram Lula de fazer o que faz com maestria, que é governar e bem o país para recuperar a condução do projeto de desenvolvimento com igualdade que ele inaugurou em 2003.
Como não tinham motivos para acusá-lo e, menos ainda, para incriminá-lo, então decidiram fabricar uma investigação contra ele – sabe-se agora que Lula passou a ser investigado na Lava-Jato. Lula é investigado mesmo que contra ele não existam provas; mesmo que ele não tenha contas secretas na Suíça, em Leichenstein e no Panamá; mesmo que ele não tenha participado de falcatruas em FURNAS, no BNDES, na Petrobrás, no CARF; mesmo que ele não possua apartamentos suntuosos comprados de maneira suspeita em Paris, Miami e outras praças; mesmo que ele não tenha mansão paga por offshoreem Paraty; mesmo que contra ele não pesem acusações de mesadas a amantes pagas por empresas; mesmo que contra ele não existam acusações de pagamentos milionários de propinas; mesmo que, enfim, não exista um único fundamento legal para investigá-lo.
Em qualquer país do mundo, qualquer partido político submetido durante 10 anos a um processo de aviltamento como o padecido pelo PT, há muito tempo teria sucumbido, há muito tempo teria sumido do mapa.
A mídia brasileira – com o papel central da Rede Globo – parece ter descoberto que todos os males do Brasil e do povo brasileiro são causados pelo PT. E inferiu, com isso, que é imperioso acabar com o PT. Um dos líderes do governo FHC, Jorge Bornhausen, em 2005 sintetizou o plano: “se ver livre dessa raça petista pelos próximos 30 anos”.
Em qualquer parte do planeta, qualquer líder caçado, vilipendiado e desrespeitado em 100% do tempo do noticiário como fazem com Lula, não sobreviveria e estaria completamente arruinado; teria sua imagem irremediavelmente destruída.
Lula e o PT sobrevivem e resistem, apesar da persistente campanha fascista de ódio e intolerância semeados na sociedade brasileira.
Lula não só sobrevive e resiste a esses ataques terríveis, como também preserva enormes chances eleitorais: nas pesquisas divulgadas pelo Datafolha, ele derrota o PSDB, o PMDB, a Globo, a Folha, o Estadão, a RBS, a Veja, a IstoÉ e todo o conglomerado golpista.
A força do Lula vem da obra generosa que ele realizou no Brasil assegurando direitos e dignidade aos pobres, aos negros, às mulheres, aos camponeses, aos trabalhadores, às juventudes, enfim, àquela maioria do povo brasileiro que durante séculos foi condenada à humilhação e à subjugação.
A força do Lula vem do povo, da enorme capacidade do povo brasileiro resistir e lutar pela democracia e pela igualdade. Lula é o povo, é parte inseparável da história da nação brasileira moderna, porque ele foi o condutor da transformação do Brasil num país para 200 milhões de brasileiras e brasileiros, e não apenas para o 3% branco, rico e sulista, como fez a classe dominante durante 500 anos.
A vitalidade e a têmpera do Lula vêm da impressionante capacidade de resistência do povo brasileiro; vêm da avalanche democrática e popular que comove o país com as aulas públicas de legalidade, de consciência política, de democracia, de pluralidade e diversidade; das aulas que encharcam as ruas do país com tolerância, amor, alegria, esperança.
Sem esta formidável resistência popular e sem esta impressionante avalanche de sustentação política e moral, a Globo e os fascistas há muito tempo teriam conseguido esmagar Lula. Não conseguiram e, com toda certeza, não conseguirão.
Postado no Carta Maior em 12/04/2016
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" Não vai ter golpe. Vai ter luta " !
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Professor da PUC se recusa ir à Globonews - Globo : Sensacional !
Kiko Nogueira
A reação do professor da PUC de São Paulo Reginaldo Nasser diante do convite para participar de um programa na GloboNews é um sinal eloquente de que a emissora está pagando um preço que não esperava pelo golpe que patrocina.
Nasser publicou o convite e sua negativa no Facebook. Pelo WhatsApp, a produtora lhe perguntou se ele poderia ir aos estúdios falar dos atentados na Bélgica.
Nasser devolveu: “Não dou entrevista para um canal que, além de não fazer jornalismo, incita a população ao ódio num grave momento como esse”.
“Sempre avaliei que, eventualmente, em crises, há um espaço para profissionais possam discutir relações internacionais”, falou à Forum.
“Mas, nos últimos anos, eu comecei a notar que as coisas não estavam como antes. Inclusive, em dois programas ‘Painel’ editaram minha fala.”
Continua: “O que eles estão fazendo não é jornalismo. O ápice foi essa coisa apelativa, essa coisa de colocar no ar todo e qualquer diálogo em esfera privada da presidenta e de outras pessoas. Eu avalio que passou do limite”.
O fato de ter publicado as mensagens, sabendo que não voltará mais a aparecer ali, se deve a um esgotamento. Não só dele. Nada paga a ignomínia de colaborar para a canalhice.
No mesmo dia, a filha do cineasta Rogério Sganzerla, Sinai, também escancarou nas redes uma situação que, normalmente, ficaria no âmbito do privado.
Escreveu o seguinte:
“Pelo momento político que estamos vivenciando no Brasil, estimulado pelas organizações Globo (mesmo grupo da Fundação Roberto Marinho) que apoiou o Golpe de Estado em 1964 e também realizou diversas manipulações eleitorais, e pela atual posição que o jornalismo da empresa vem desenvolvendo, principalmente nos últimos dias, não iremos licenciar os trechos dos filmes do meu pai (Sem Essa Aranha e Copacabana Mon Amour) para a Fundação Roberto Marinho. Não desejamos vincular a obra de Rogério Sganzerla com uma instituição que estimula a violência e o desrespeito à democracia”.
Postado no DCM em 22/03/2016
Por que a Globo é golpista . . .
Por Caco Schmitt, jornalista que cita a jornalista Hildegard Angel: “serviçais do golpe não merecem ser chamados de jornalistas”.
1 – PORQUE TROCOU O JORNALISMO PELA PROPAGANDA NAZISTA: a Globo usa táticas nazistas de propaganda para manipular a verdade. O ministro da Propaganda do Reich de 1933 a 1945, Joseph Goebbels, dizia: “de tanto repetir uma mentira, ela acaba se transformando em verdade”, ou seja: “uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”.
A Globo, por deter a maior audiência do Brasil, usa seus veículos para criar a “verdade que lhe interessa”. Manipula fatos, esconde manifestações contrárias a sua ideologia e usa uma concessão pública não a favor do interesse público e a favor da verdade como estabelece a concessão de um canal de tevê, e sim a favor dos seus interesses e da sua verdade.
2 – PORQUE CRIA ARTIFICIALMENTE FATOS PARA TUMULTUAR O PAÍS: ardilosamente, a Globo usa táticas grosseiras para confundir o telespectador e jogar a opinião pública contra quem ela quer. Repete, repete (Goebbels…) uma série de gravações ilegais, que nada de ilegal revelam, criando artificialmente uma impressão (tevê é basicamente uma impressão do que fica registrado) que ali existe algo de errado.
E, na sua tática de propaganda nazista, usa o videografismo, as artes na tela, para aumentar a impressão. Usa de fundo das gravações a mesma arte que caracteriza a cobertura da Lava Jato, onde aparecem os dutos sujos de petróleo, parecidos com canos de esgoto, estabelecendo uma falsa ligação entre dois fatos.
3 – PORQUE É CRIMINOSAMENTE PARCIAL NAS COBERTURAS “JORNALÍSTICAS”: na sua lógica de propaganda nazista, a Globo usa os fatos como bem quer e sempre a serviço do golpe. Planeja suas coberturas “jornalísticas” (propaganda nazista) de modo a repetir a sua verdade. Exemplo: se a manifestação é de direita, é o “Brasil”; se é pela legalidade, “defensores de Dilma e Lula” vão às ruas. Se alguém é contra o golpe aparece na edição como petista; se for a favor do golpe é uma pessoa responsável ou um brasileiro “revoltado”.
Nas recentes manifestações de rua, cobriu até meia dúzia de gatos pingados em uma esquina qualquer desde que eles fossem contra o governo; já grandes manifestações contra o golpe como Porto Alegre (60 mil pessoas nas ruas) sequer foram mostradas ou apenas notinhas jogando sempre pra baixo o número de manifestantes.
Quando na rua pessoas portam cartazes ofensivos contra as autoridades, a imagem é em close, bem pertinho e com áudio; quando é contra o golpe, não existe close nem áudio.
Cabe aqui citar, porque bombou nas redes sociais, o post da artista Leandra Leal: “GloboNews estou trabalhando e assim como domingo e ontem queria acompanhar as manifestações, cadê a cobertura ao vivo?”
4 – PORQUE USA UMA CONCESSÃO PÚBLICA PRA INSUFLAR GOLPE CONTRA OS PODERES CONSTITUÍDOS: nos últimos meses a Globo transformou-se na maior propagandista das manifestações golpistas, insuflando o golpe, chamando as pessoas às ruas e manipulando. Interrompe a programação normal e seus jornalistas (jornalistas?) fazem apelos: “é cedo,
ainda não tem muita gente, mas dá tempo pra vir, venham…”.
Como agora, quando meia dúzia acampa na calçada em frente à Meca dos golpistas de São Paulo, a FIESP, mostra e diz que este número vai crescer… É que o governo foi democraticamente eleito por 55,4 milhões de votos, portanto, as ruas têm de ter muita gente contra, ou, pelo menos, aparentar…
Cabe aqui citar o jornalista Glenn Greenwald, do The Guardian, que denuncia a tentativa de golpe no Brasil.
“Ao contrário da descrição romantizada e mal informada (para dizer o mínimo) do Chuck Todd e Ian Bremmer de protestos sendo levantados “pelo Povo”, esses são, na verdade, incitados pela mídia corporativa intensamente concentrada, homogeneizada e poderosa …, mídia corporativa brasileira age como os verdadeiros organizadores dos protestos e como relações-públicas dos partidos de oposição.
Os perfis no Twitter de alguns dos repórteres mais influentes (e ricos) da Rede Globo contém incessantes agitações anti-PT. Quando uma gravação de escuta telefônica de uma conversa entre Dilma e Lula vazou essa semana, o programa jornalístico mais influente da Globo, Jornal Nacional, fez seus âncoras relerem teatralmente o diálogo, de forma tão melodramática e em tom de fofoca, que se parecia literalmente com uma novela distante de um jornal, causando ridicularização generalizada nas redes.
Para se ter uma noção do quão central é o papel da grande mídia na incitação dos protestos: considere o papel da Fox News na promoção dos protestos do Tea Party. Agora, imagine o que esses protestos seriam se não fosse apenas a Fox, mas também a ABC, NBC, CBS, a revista Time, o New York Times e o Huffington Post, todos apoiando o movimento do Tea Party. Isso é o que está acontecendo no Brasil: as maiores redes são controladas por um pequeno número de famílias, virtualmente todas veementemente opostas ao PT e cujos veículos de comunicação se uniram para alimentar esses protestos”.
5 - PORQUE DEFENDE ILEGALIDADES PARA INSUFLAR O GOLPE: na sua decisão irresponsável de trocar o jornalismo pela propaganda golpista, a Globo não abre sequer espaço para discutir a legalidade de vários episódios, atropelando a ética jornalística (cadê a ABI – Associação Brasileira de Imprensa, cadê a Fenaj – Federação Nacional dos Jornalistas?).
No caso do grampo de um presidente da República ser vazado sem autorização da Suprema Corte, silêncio.. porque interessa ao golpe confundir. Veicular repetidamente (Goebbels…) uma conversa entre presidente e ex-presidente, mesmo que não contenha ilegalidade, ajuda a criar a “impressão” de ilegalidade quando, em verdade, ilegal foi o ato.
Tem divulgado há meses gravações ilegais, vazamentos seletivos e com falas editadas e manipuladas. Cabe aqui lembrar que o professor titular de Direito Penal da USP, Sérgio Salomão Shecaira, afirmou, na noite de quinta (17), que o juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, cometeu um crime ao divulgar os grampos envolvendo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidenta Dilma Rousseff e deve ser preso. Em uma fala repleta de críticas ao judiciário, ele participou, ao lado de outros juristas de ato em defesa da democracia, realizado em São Paulo, na Faculdade de Direito da USP.
6 - ESCONDE DA OPINIÃO PÚBLICA A ILEGALIDADE DE SEUS ALIADOS PARA NÃO PREJUDICAR O GOLPE EM MARCHA: como a Globo abandonou o jornalismo para fazer propaganda ilegal do golpe, nada mais natural do que esconder as ilegalidades de quem está do seu lado ou a seu serviço.
Caso do ex-presidente FCH, que salvou a Globo com empréstimos do BNDES, e cujo noticiário envolvendo o escândalo de mandar dinheiro para o exterior usando uma empresa que recebeu dele uma concessão para explorar aeroportos sumiu.
Caso de todos os escândalos envolvendo o trensalão, merenda escolar etc. de seu aliado golpista Geraldo Alckmin, o governador que liberou as catracas do metrô no dia da manifestação golpista (já pensou se um governador petista fizesse algo parecido?).
E a proteção ao candidato a presidente derrotado que até hoje não se conformou e, de modo revanchista, está ajudando a criar o clima de guerra civil no Brasil. Não vou nem falar de questões pessoais, só destacar a denúncia de parcialidade envolvendo o “casal do Aécio” na Globo de Brasília, formado por Andreia Sadi (jornalista que cobre as manifestações contra o golpe com ar sério e as golpistas com sorriso), da GloboNews, e Paulo Celso Pereira, coordenador de política do Globo em Brasília. O Pereira é primo do Aécio, passa tudo que os repórteres levam a ele para o primo, seu padrinho de casamento com a repórter Andreia.
8 – PORQUE USA NOTÓRIOS ACUSADOS DE CORRUPÇÃO PARA ATINGIR SEUS OBJETIVOS: um deles é o Cunha, presidente da Câmara, que por artimanhas apoiadas pela Globo mantém seu processo de cassação parado há cinco meses no Conselho de Ética e quer votar em um mês o processo ilegal (por não ter nenhum crime) de impeachment da presidenta Dilma.
Porque usa acusados como Delcídio, execrado e que, agora, virou moço bom ao dar entrevistas com mentiras que serão repetidas (Goebbels…) à exaustão. Porque usa bandidos acusados o Paulinho da Força, réu no Supremo por desvios no BNDES, que diz em gravação “que tem muita gente para financiar o impeachment”. Ao invés de, jornalisticamente, investigar, ignora porque não faz jornalismo para mostrar fatos ao povo brasileiro.
E deixa livre, por enquanto, 61% dos deputados federais escolhidos a dedo para formar a Comissão do Impeachment, que receberam doações das empresas da investigadas na Lava jato, ou seja: 40 dos 65 deputados. Assim que eles conseguirem o que a Globo quer, serão dispensados…
9 – PORQUE ESCONDE (POR APOIAR) O CLIMA DE GUERRA CIVIL NO BRASIL: o papel de uma organização que detém uma concessão pública deve ser o bem-estar da população e a defesa das instituições democraticamente constituídas, em resumo, defender a ordem constitucional, mas a Globo golpista trata com desdém os sinais do fascismo e da guerra civil em curso no País: sedes do PT são invadidas, pichadas e atacadas; sedes de organizações sindicais como CUT são atacadas; a polícia dos golpistas invade locais onde são organizadas reuniões públicas e legais; pessoas contrárias ao golpe estão sendo agredidas por usarem roupas vermelhas e defenderem a DEMOCRACIA. A história vai cobrar…
10 – PORQUE, PASMEM, NO FUNDO A GLOBO DEFENDE O GOLPE PRA SOBREVIVER: a Globo é golpista porque coloca o Brasil no momento mais grave de sua história, coloca em risco a democracia, não só para impor sua ideologia de direita, não só para defender o capital financeiro internacional, não só para entregar as riquezas do País como petróleo (e ficar como sempre com as migalhas…), por trás de todo processo tem um objetivo escondido: manter-se viva.
Em 2007, ano em que o processo de sonegação da Globo foi subtraído da Delegacia da Receita Federal em Ipanema, Rio de Janeiro, a emissora teve as cinco principais concessões do grupo vencidas – São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Brasília e Distrito Federal. A Globo tinha sido autuada por crime contra a ordem tributária, por deixar de recolher o imposto de renda relativo à compra do direito de transmissão da Copa do Mundo de 2002.
Seu débito, incluindo juros e multa, era à época de 615 milhões de reais. Apesar de devedora, a TV Globo teve as cinco concessões renovadas por um período de quinze anos (até 2022). Qual o medo da Globo?
O que aconteceu na Venezuela, onde o ex-presidente Hugo Chávez não renovou a concessão da RCTV golpista. A Globo tem medo de que mais um governo popular não renove sua concessão. Por isso, com apoio dos empresários, políticos fascistas travestidos de democratas e especuladores financeiros internacionais e organismos de espionagem norte-americanos, provoca o caos no Brasil para conseguir sobreviver.
Quem sabe daqui alguns anos, a Globo faça novo editorial, como fez há pouco, se desculpando por ter apoiado o golpe militar e a Ditadura instalada em 1964.
Lutar contra a Globo é defender a democracia e evitar a guerra civil.
Postado no RSurgente
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É importante dialogar com os mal informados, diz Maria Rita Kehl
Da Revista Brasileiros
Maria Rita Kehl: “É importante ganhar os mal informados, que veem o Estadão e o Jornal Nacional”
Em ato contra o golpe, a psicanalista afirmou que a crise política não passa da velha “luta de classes, num momento onde quem perde não são os empresários”
A crise política que nas últimas semanas ganhou ares de golpe de Estado acirrou-se na quarta-feira (16) com a ação conjunta da imprensa, de movimentos conservadores e do juiz Sergio Moro, que decidiu ele próprio quebrar o sigilo da Operação Lava Jato e divulgar grampos telefônicos envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Bombardeados pela imprensa, boa parte da população está propensa a acreditar no discurso de que é necessário tirar a presidenta Dilma Rousseff do poder. Para a psicanalista Maria Rita Kehl, “não adianta ficar contra eles”.
“É muito importante ganhar aqueles que estão mal informados, que leem o Estadão e veem o Jornal Nacional”, afirmou Maria Rita, que na noite de ontem participou no teatro Tuca, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, do Ato Pela Legalidade Democrática. “Não adianta ficar contra eles. Se a gente não conversar com eles é a Globo quem vai fazer isso.”
A psicanalista lembrou que, embora lotado, aquele espaço na PUC é pequeno se todas as forças que estão atuando no País nesse momento forem levadas em consideração.
De acordo com ela, o que está por trás da crise é um velho problema brasileiro.
“Como sempre é a luta de classes, num momento onde quem perde com a crise econômica não são os empresários, que tem perdas menores, mas sim o povo, que perde seus trabalhos, suas casas e seus meios de subsistência.”
Postado no Luis Nassif Online
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Lula à Globo : Direito de Resposta é parte da Democracia
"A truculenta reação da REDE GLOBO a uma solicitação de Direito de Resposta, apresentada nos termos da Lei, expõe mais uma vez a extrema dificuldade desta emissora em lidar com os princípios democráticos que norteiam a liberdade de imprensa, e que deveriam ser observados com rigor numa CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO", diz o nota do ex-presidente Lula, sobre reportagem de ontem do Jornal Nacional, que condena pedido apresentado por sua defesa; na reportagem de ontem, Globo usou email de jornalista da Globonews, apagando o logo, para tentar provar que Lula teria sido procurado pelo Jornal Nacional antes de reportagem ofensiva, publicada na véspera de sua condução coercitiva.
Em nota divulgada na noite de ontem, o Instituto Lula comentou reportagem de ontem do Jornal Nacional (confira aqui), que atacou o pedido de direito de resposta apresentado por sua defesa. Confira abaixo:
REDE GLOBO MENTE E CENSURA DEFESA DE LULA
O Jornal Nacional da Rede Globo mentiu na edição deste sábado, e isto não surpreende.
A VERDADE: A reportagem do Jornal Nacional NÃO PROCUROU a assessoria do Instituto Lula, na quinta-feira (10 de março) para comentar a denúncia dos procuradores do MP de São Paulo contra o ex-presidente LULA.
A MENTIRA: A mensagem de e-mail exibida no Jornal Nacional deste sábado é de um repórter da GloboNews, e não do JN ou de qualquer outra redação da REDE GLOBO.
A PROVA DA MENTIRA:
Ao reproduzir parcialmente o e-mail deste jornalista, a REDE GLOBO apagou deliberadamente o logotipo da GLOBONEWS, para enganar o público.
Os contatos entre a assessoria de Imprensa do Instituto Lula e a redação do Jornal Nacional sempre foram feitos diretamente.
É degradante que a REDE GLOBO utilize o nome de um profissional da Globo News para montar a farsa que foi ao ar no JN deste sábado.
O mesmo vale para as mensagens enviadas à assessoria de imprensa dos advogados de Lula, e que não mencionavam reportagem no Jornal Nacional sobre a denúncia do MP.
O que o Jornal Nacional tentou fazer na edição deste sábado foi lançar uma cortina de fumaça sobre as mentiras e gravíssimos erros cometidos na edição de quinta-feira.
2) Os advogados do ex-presidente Lula preparam as medidas judiciais cabíveis diante da recusa da REDE GLOBO em atender ao Direito de Resposta e para reparar as novas ofensas dirigidas neste sábado ao ex-presidente Lula.
3) A solicitação de Direito de Resposta do ex-presidente Lula foi feita nos termos da lei, tempestivamente, como se pode confirmar na carta dos advogados, que está anexada a esta nota.
A reportagem de quinta-feira é parcial e caluniosa porque, ao longo de 9 minutos de reportagem, o ex-presidente Lula foi acusado 18 vezes (sem fundamento e sem resposta) pela prática de 10 diferentes crimes, foi alvo de 9 ofensas e 2 calúnias, a mais grave e desrespeitosa, quando o repórter comparou Lula a um traficante de drogas, calúnia que extrapola até mesmo as leviandades contidas nos autos da denúncia.
4) O texto de resposta do ex-presidente Lula à Rede Globo não tem ironias nem se alonga em comentários críticos ao jornalismo da Rede Globo, como alegou a emissora para censurá-lo.
O texto tem 950 palavras. Na reportagem de 10 de março, o apresentador Willian Bonner, o repórter José Roberto Burnier e os promotores José Carlos Blat e Cássio Conserino utilizaram 1.085 palavras para -- sem provas e sem defesa – ofender, difamar e caluniar o ex-presidente, sem qualquer respeito ao equilíbrio jornalístico.
O que Lula aponta na resposta censurada é a parcialidade do Jornal Nacional – veiculado por uma concessionária de serviço público – que não respeitou nem seus direitos nem o direito do público à informação correta.
O que a Rede Globo chamou neste sábado de “ironias” são as duras verdades que a emissora se recusa a ouvir.
5) A truculenta reação da REDE GLOBO a uma solicitação de Direito de Resposta, apresentada nos termos da Lei, expõe mais uma vez a extrema dificuldade desta emissora em lidar com os princípios democráticos que norteiam a liberdade de imprensa, e que deveriam ser observados com rigor numa CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO.
Entre estes princípios estão o equilíbrio editorial, o respeito ao contraditório, o rigor na apuração, o juízo imparcial da notícia e a serena humildade diante dos fatos.
Na parte de sua resposta que foi censurada, Lula recorda que a REDE GLOBO levou 30 anos para pedir desculpas ao povo brasileiro por ter apoiado o golpe 64, praticando um jornalismo de um lado só ao longo de duas décadas.
O jornalismo arrogante, de um lado só, voltou às telas do Jornal Nacional neste sábado, por meio de um dos porta-vozes daqueles tempos sombrios. Esta é uma noite para lembrar que as ditaduras, sejam as políticas, sejam as midiáticas, cedo ou tarde chegam ao fim.
LEIA AQUI A RESPOSTA DO EX-PRESIDENTE LULA AO JORNAL NACIONAL:
“Eu, Luiz Inácio Lula da Silva, e minha mulher, Marisa Letícia, não somos e nunca fomos donos de nenhum apartamento tríplex no Guarujá nem em qualquer outro lugar do litoral brasileiro.
Meu patrimônio imobiliário hoje é exatamente o mesmo que eu tinha ao assumir a presidência da República, em janeiro de 2003:
O apartamento onde moro com Marisa, e onde já morávamos antes do governo, e o rancho “Los Fubangos”, um pesqueiro na represa Billings.
Ambos adquiridos a prestações. Também temos dois apartamentos de 70 metros quadrados que Marisa recebeu em permuta por um lote que ela herdou da mãe.
Tudo em São Bernardo do Campo. Tudo registrado em nosso nome no cartório e na declaração anual de bens.
Esta é a verdade dos fatos, em sua simplicidade: entrei e saí da Presidência da República com os mesmos imóveis que adquiri ao longo da vida, trabalhando desde criança, como sabem os brasileiros.
Não comprei nem ganhei apartamento, mansão, sítio, fazenda, casa de praia, no Brasil ou no exterior.
Jamais ocultei patrimônio nem registrei propriedade particular em nome de outras pessoas.
Nunca registrei nada em nome de empresas fictícias com sede em paraísos fiscais, artifício utilizado por algumas das mais ricas famílias deste País para fugir ao pagamento de impostos.
As informações sobre o patrimônio do Lula – verdadeiras, fidedignas, documentadas – sempre estiveram à disposição do Ministério Público e da imprensa, inclusive da Rede Globo.
Estas informações foram deliberadamente ocultadas do público na reportagem do Jornal Nacional que apresentou as acusações do Ministério Público de São Paulo.
Eu não fui procurado pela Globo para apresentar meu ponto de vista. Ninguém da minha assessoria foi procurado. O direito ao contraditório foi sonegado.
Alguém se apropriou indevidamente do meu direito de defesa.
Não é a primeira vez que isso acontece e certamente não será a última.
Mas eu fiquei indignado ao ver minha mulher e meu filho sendo retratados na televisão como se fossem criminosos.
Mesmo na mais acirrada disputa política – e o jornalismo não está acima dessas disputas – nada justifica envolver a família, a mulher, os filhos, como ocorreu nesse caso.
Fiquei indignado porque, ao longo de 9 minutos, o apresentador William Bonner e o repórter José Roberto Burnier me acusaram 18 vezes de ter cometido 10 crimes diferentes; sem nenhuma prova, endossando as leviandades de três membros do Ministério Púbico de São Paulo.
Reproduziram ofensas, muitas ofensas, a partir de uma denúncia que sequer foi aceita pela juíza. E ainda por cima, denúncia de um promotor que já foi advertido pelo Conselho Nacional do Ministério Público, porque atuou fora da lei neste caso.
A Rede Globo me conhece o suficiente para fazer uma avaliação equilibrada das acusações lançadas por aquele promotor, antes de reproduzi-las integralmente pelas vozes de William Bonner e Roberto Burnier.
A Rede Globo recebeu, desde 31 de janeiro, todas as informações referentes ao tríplex, com documentos que comprovam que nem eu nem Marisa nem nosso filho Fabio somos donos daquilo. É uma longa e detalhada nota, chamada “Os documentos do Guarujá: desmontando a farsa”.
Cheguei a abrir mão do meu sigilo fiscal e anexei a esta nota parte de minha declaração de bens.
Quando divulgamos este documento esclarecedor, o Jornal Nacional fez uma série de matérias tentando desqualificar o que estava dito lá. Duvidaram de cada detalhe, procuraram contradições, chegaram a distorcer uma entrevista do meu advogado.
Quanta diferença...
Na reportagem sobre a denúncia do procurador, nada foi questionado. Tudo foi endossado e ratificado como se fosse absoluta verdade.
A Rede Globo sempre poderá dizer que estava apenas “retratando os fatos”, “prestando informações à sociedade”, “cumprindo seu dever jornalístico”.
Só não vai conseguir explicar ao povo brasileiro a diferença gritante de tratamento: quando acusam o Lula, é tudo verdade; quando o Lula se defende, é tudo suspeito.
Em 40 anos de vida política, aprendi a lidar com o preconceito, com a inveja e até com o ódio político.
Mas não me conformo, como ex-presidente desse imenso país chamado Brasil, não posso me conformar de ser comparado a um traficante de drogas, como aconteceu no final da reportagem.
Essa comparação ofensiva, injuriosa, caluniosa, não está nos autos da denúncia do Ministério Público.
Não sei quem decidiu incluir isso na reportagem, mas posso avaliar seu caráter.
Se esta mensagem está sendo lida hoje na Rede Globo é por uma decisão da Justiça, com base na Lei do Direito de Resposta, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pela presidenta Dilma Rousseff no final do ano passado.
Esta lei garante que a Liberdade de Imprensa seja realmente um direito de todos e não um privilégio daqueles que detém os meios de comunicação.
É ela que nos permite enfrentar a ocultação de informações, a sonegação do contraditório, a falsidade informativa, a lavagem da notícia.
Estes vícios foram sistematicamente praticados pelos grandes veículos de comunicação do Brasil durante a ditadura e fizeram tão mal ao País quanto a censura, que abolimos na Constituição de 1988.
A Rede Globo levou mais de 30 anos para pedir desculpas ao País por ter apoiado a ditadura, praticando um jornalismo de um lado só. Graças à lei do Direito de Resposta, não tenho de esperar tanto tempo para responder às ofensas dirigidas a mim e a minha família no Jornal Nacional.
Eu não estou usando este direito de resposta para me defender apenas, e a minha família. É para defender a democracia, o estado de direito e a própria liberdade de imprensa, que só é verdadeira quando admite o contraditório e respeita a verdade dos fatos.
Quando estes princípios são ignorados, em reportagens como aquela do Jornal Nacional, o maior prejudicado não é o Lula, é cada cidadão e a sociedade, é a democracia”.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Postado no Brasil 247 em 13/03/2016
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Eles querem o impeachment ! Se você se identifica com eles e os apoia então vá às ruas neste domingo 13 de março !
FHC passa o chapéu
Presidente reúne empresários e levanta R$ 7 milhões para ONG que bancará palestras e viagens ao Exterior em sua aposentadoria
Gerson Camarotti
Foi uma noite de gala. Na segunda-feira, o presidente Fernando Henrique Cardoso reuniu 12 dos maiores empresários do país para um jantar no Palácio da Alvorada, regado a vinho francês Château Pavie, de Saint Émilion (US$ 150 a garrafa, nos restaurantes de Brasília). Durante as quase três horas em que saborearam o cardápio preparado pela chef Roberta Sudbrack - ravióli de aspargos, seguido de foie gras, perdiz acompanhada de penne e alcachofra e rabanada de frutas vermelhas -, FHC aproveitou para passar o chapéu. Após uma rápida discussão sobre valores, os 12 comensais do presidente se comprometeram a fazer uma doação conjunta de R$ 7 milhões à ONG que Fernando Henrique Cardoso passará a presidir assim que deixar o Planalto em janeiro e levará seu nome: Instituto Fernando Henrique Cardoso (IFHC).
O dinheiro fará parte de um fundo que financiará palestras, cursos, viagens ao Exterior do futuro ex-presidente e servirá também para trazer ao Brasil convidados estrangeiros ilustres. O instituto seguirá o modelo da ONG criada pelo ex-presidente americano Bill Clinton. Os empresários foram selecionados pelo velho e leal amigo, Jovelino Mineiro, sócio dos filhos do presidente na fazenda de Buritis, em Minas Gerais, e boa parte deles termina a era FHC melhor do que começou. Entre outros, estavam lá Jorge Gerdau (Grupo Gerdau), David Feffer (Suzano), Emílio Odebrecht (Odebrecht), Luiz Nascimento (Camargo Corrêa), Pedro Piva (Klabin), Lázaro Brandão e Márcio Cypriano (Bradesco), Benjamin Steinbruch (CSN), Kati de Almeida Braga (Icatu), Ricardo do Espírito Santo (grupo Espírito Santo). Em troca da doação, cada um dos convidados terá o título de co-fundador do IFHC.
Antes do jantar, as doações foram tratadas de forma tão sigilosa que vários dos empresários presentes só ficaram conhecendo todos os integrantes do seleto grupo de co-fundadores do IFHC naquela noite. Juntos, eles já haviam colaborado antes com R$ 1,2 milhão para a aquisição do imóvel onde será instalada a sede da ONG, um andar inteiro do Edifício Esplanada, no Centro de São Paulo. Com área de 1.600 metros quadrados, o local abriga há cinco décadas a sede do Automóvel Clube de São Paulo.
O jantar, iniciado às 20 horas, foi dividido em dois momentos. Um mais descontraído, em que Fernando Henrique relatou aos convidados detalhes da transição com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. Na segunda parte, o assunto foi mais privado. Fernando Henrique fez questão de explicar como funcionará seu instituto. Segundo o presidente, o IFHC terá um conselho deliberativo e o fundo servirá para a administração das finanças. Além das atividades como palestras e eventos, o presidente explicou que o instituto vai abrigar todo o arquivo e a memória dos oito anos de sua passagem pela Presidência.
A iniciativa de propor a doação partiu do fazendeiro Jovelino Mineiro. Ele sugeriu a criação de um fundo de R$ 5 milhões. Só para a reforma do local, explicou Jovelino, será necessário pelo menos R$ 1,5 milhão. A concordância com o valor foi quase unânime. A exceção foi Kati de Almeida Braga, conhecida como a mais tucana dos banqueiros quando era dona do Icatu. Ela queria aumentar o valor da ajuda a FHC. Amiga do marqueiteiro Nizan Guanaes, Kati participou da coleta de fundos para a campanha da reeleição de FHC em 1998 - ela própria contribuiu com R$ 518 mil. "Esse valor é baixo. O fundo poderia ser de R$ 10 milhões", propôs Kati, para espanto de alguns dos presentes. Depois de uma discreta reação, os convidados bateram o martelo na criação de fundo de R$ 7 milhões, o que levará cada empresário a desembolsar R$ 500 mil. Para aliviar as despesas, Jovelino ainda sugeriu que cada um dos 12 presentes convidasse mais dois parceiros para a divisão dos custos, o que pode elevar para 36 empresários o número total de empreendedores no IFHC.
Diante de uma platéia tão requintada, FHC tratou de exercitar seus melhores dotes de encantador de serpentes. "O presidente estava numa noite inspirada. Extremamente sedutor", observou um dos presentes. Outro empresário percebeu a euforia com que Fernando Henrique se referia ao presidente eleito, Lula da Silva. "Só citou Serra uma única vez. Mas falou tanto em Lula que deu a impressão de que votou no petista", comentou o convidado. O presidente exagerou nos elogios a Lula da Silva. Revelou que deixaria a Granja do Torto à disposição do presidente eleito. "Ele merece", justificou. "A transição no Brasil é um exemplo para o mundo." Em seguida, contou um episódio ocorrido há quatro anos, quando recebeu Lula no Alvorada, depois de derrotá-lo na eleição de 1998. O presidente disse que na ocasião levou Lula para uma visita aos aposentos presidenciais, inclusive ao banheiro, e comentou com o petista: "Um dia você ainda vai morar aqui".
Na conversa, Fernando Henrique ainda relatou que vai tentar influir na nomeação de alguns embaixadores, em especial na do ministro do Desenvolvimento, Sérgio Amaral, para a ONU. Antes de terminar o jantar, o presidente disse que passaria três meses no Exterior e só voltaria para o Brasil em abril. Também revelou que pretende ter uma base em Paris. "Nada mal!", exclamou. Ao acabar a sobremesa, um dos convidados perguntou se ele seria candidato em 2006. FHC não respondeu. Mas deu boas risadas. Para todos os presentes, ficou a certeza de que o tucano deseja voltar a morar no Alvorada, projeto que FHC desmente em conversas mais formais.
Embora a convocação de empresários para doar dinheiro a uma ONG pessoal possa levantar dúvidas do ponto de vista ético, a iniciativa do presidente não caracteriza uma infração legal. "Fernando Henrique está tratando de seu futuro, e não de seu presente", diz o procurador da República Rodrigo Janot. "O problema seria se o presidente tivesse chamado empresários ao Palácio da Alvorada para pedir doações em troca de favores e benefícios concedidos pelo atual governo."
O IFHC não será o primeiro no país a se dedicar à memória de um ex-presidente. O senador José Sarney (PMDB-AP) criou a Fundação Memória Republicana para abrigar os arquivos dos cinco anos de seu governo. Conhecida hoje como Memorial José Sarney, a entidade está sediada no Convento das Mercês, um edifício do século XVII, em São Luís, no Maranhão. Pelo estatuto, é uma fundação cultural, sem fins lucrativos. Mas também já foi alvo de muita polêmica. Em 1992, Sarney aprovou no Congresso uma emenda ao Orçamento que destinou o equivalente a US$ 153 mil para seu memorial. Do total, o ex-presidente conseguiu liberar cerca de US$ 55 mil.
CLUBE DOS EMPRESÁRIOS AMIGOS
Doadores formam elite empresarial
Benjamin Steinbruch
Um dos donos da CSN
Lázaro Brandão
Homem forte do Bradesco
Emílio Odebrecht
Controlador do grupo Odebrecht
Pedro Piva
Senador e sócio do grupo Klabin
A mansão da Tv X é famosa, está em reserva ambiental em Paraty,
tem processo que não anda e agora
se descobre que tem empreiteira da LAVA JATO
tem processo que não anda e agora
se descobre que tem empreiteira da LAVA JATO
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