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A culpa é da chuva ?



A culpa não é da chuva ! E sim dos desmatamento das encostas dos rios e 8 milhões de pessoas que precisam viver em áreas de risco !

Faltam políticas públicas para resolver o grande déficit de moradia popular. E as políticas ambientais são inexistentes deixando os desmatamentos sem controle algum.

Após 2016, o povo empobreceu ainda mais e sem poder morar em  lugares com aluguéis proibitivos para os desempregados ou os trabalhadores precarizados, portanto, constroem em áreas de risco. 

Simples assim !







A importância das florestas no ciclo hidrológico e na qualidade da água :

- TRANSPIRAÇÃO - só as árvores conseguem transferir grandes volumes de água do solo para atmosfera;

- CONDENSAÇÃO - as árvores emitem substâncias voláteis que ajudam na nucleação de nuvens.

- RIOS AÉREOS - a Floresta Amazônica leva chuvas para o centro-oeste, sudeste e sul do Brasil

- INFILTRAÇÃO - o piso florestal e raízes ajudam e elevam a capacidade de infiltração de água no solo, alimentando o lençol freático;

- PROTEÇÃO - as matas ciliares nas margens de córregos, lagos, represas e nascentes impedem a entrada de poluentes nos corpos d'água assim como evitam o assoreamento. Também fornecem alimento e abrigo para fauna.





Não preciso " desenhar " mais para comprovar quem são os culpados das tragédias hídricas, como as enchentes e desmoronamentos, que continuam a ceifar vidas no Brasil, né ?

 


A culpa é da chuva ?



A culpa não é da chuva ! E sim dos desmatamento das encostas dos rios e 8 milhões de pessoas que precisam viver em áreas de risco !

Faltam políticas públicas para resolver o grande déficit de moradia popular. E as políticas ambientais são inexistentes deixando os desmatamentos sem controle algum.

Os bombeiros, nossos heróis, homenageiam as vítimas de Brumadinho





Depois de uma semana bombeiros jogam pétalas de flores em homenagem às vítimas. Deus console os familiares e perdoe a ganância dos homens. Que a natureza possa se recuperar e os animais se proliferarem.


“Todas essas rosas que foram lançadas foram doações em manifestação de carinho e respeito com relação às vítimas”, disse o porta-voz do Corpo de Bombeiros Pedro Aihara durante entrevista coletiva.








O Brasil não chora mais lágrimas e nem sangue. Hoje ele chora “ lama ”.



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Ana Macarini

Debaixo da lama da barragem de dejetos de Brumadinho jazem vidas ignoradas, jazem casas invisíveis, jazem sonhos de uma vida menos sofrida. As mineradoras fazem vistas grossas às tecnologias disponíveis para fiscalizar a integridade dos muros, porque dejetos não geram lucros, porque – na opinião torta delas -, pessoas são menos importantes que dinheiro.

Há três anos da tragédia de Mariana, famílias continuam devastadas, pessoas seguem mortas e suas vidas não valem nada. Foram esquecidas. Técnicos de outras partes do mundo vieram analisar os impactos da tragédia ambiental. O solo do Brasil é palco do descaso dos órgãos públicos que deveriam nos proteger do perigo. Mas, protegem os lucros astronômicos de empresas sólidas, riquíssimas e assassinas.

A lama segue seu curso…

E eu fico aqui pensando nos perigos ao meu entorno, no quanto nos omitimos, nos calamos e também esquecemos tantas dores alheias porque saíram das pautas emergenciais das mídias digitais.

Do ponto de vista simbólico, todos nós – sem exceção! -, temos nossas barragens de contenção de dejetos. Será que em nosso microcosmo somos menos irresponsáveis em relação ao nosso lixo, à nossa lama?

Ou será que também fazemos vistas grossas à nossa falta de jeito de olhar para a dor do outro que, próximos ou distantes, travam lutas para sobreviver.

Será que somos cegos também? Cegos emocionais autocentrados em nossas dores particulares? Protegidos atrás de muros altos e seguros, nos esquivamos de olhar a lama que deixamos vazar pouco a pouco e invadir os quintais, as casas, os corações do outro?
Somos facilmente enganados por nós mesmos. Em nossas próprias urgência e dores, vamos nos encolhendo num movimento fetal, a partir do qual nos acostumamos com a única visão de nosso próprio umbigo.

Na hora máxima da dor, queremos falar a respeito; queremos postar imagens de repúdio e de solidariedade; queremos enviar água, produtos de limpeza e alimentos não perecíveis. Esse movimento nos apazigua. Temos a impressão de estarmos fazendo a nossa parte. E estamos mesmo!

Mas… e depois? Daqui uma semana… um mês… um ano…

Teremos esquecido os soterrados sob a lama de Brumadinho. Porque haverá outras tragédias mais atuais, talvez maiores, mais terríveis. E, nos acostumamos a lidar com as urgências. Nos acostumamos a travar batalhas mais próximas. Gritamos muito, somos acometidos por uma fúria diante da desigualdade, dos comportamentos abusivos, da violência contra os diferentes, do machismo, da xenofobia, da homofobia.

Vivemos absortos num redemoinho de batalha de ideias e abrimos mão de aprender a agir. Esquecemos de como se faz para arregaçar as mangas e as barras de nossas calças para ajudar a puxar o rodo para limpar a lama que cobriu o povo.

Somos culpados também! Somos omissos, não buscamos descobrir como é que age alguém que vive num país democrático! Usamos a nossa voz apenas numa cantilena repetitiva e inútil porque acreditamos que essa falação tem algum poder ou serventia.

Que a lama de Brumadinho nos revele a covardia de cada um de nós – e eu me incluo nesse “nós”. Que a lama de Brumadinho desperte em nós um desejo de fazer faxina… para limpar os dejetos da mineradora, para varrer os dejetos do egoísmo da nossa alma.

Hoje não choramos mais lágrimas e nem sangue. Choramos lama.


Postado em Conti Outra em 26/01/2019






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As 22 primeiras vítimas a serem identificadas em Brumadinho — Foto: Reprodução/TV Globo



Tragédia da Boate Kiss em 27-01-2013 completa 5 anos de impunidade !



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Jéssica e Bruno namoravam havia 5 anos. Ele não sobreviveu |



Jéssica perdeu o namorado na tragédia e teve 45% do corpo queimado



Na noite da tragédia da boate Kiss, Jéssica Duarte da Rosa, 20 anos, e seu namorado, Bruno Portella Fricks, não iam sair. Ela já tinha até ligado para pedir a bênção aos pais, mas o casal mudou de ideia e resolveu ir a um barzinho. Sem conseguir entrar, foram para a Kiss. Entraram às 2 horas. Pouco mais de uma hora depois, o fogo tomou conta do local.

Os dois saíam do banheiro quando viram um tumulto e acreditaram ser uma briga. De mãos dadas com a namorada, Bruno foi abrindo espaço. Só então os dois perceberam o fogo e a fumaça, que atrapalhava a respiração. A bagunça fez os dois se separarem. Ela perdeu os sapatos e foi carregada por alguém. Apagou. Acordou do lado de fora, com um bombeiro batendo em seu rosto para ver se ainda estava viva.

Outro apagão. Acordou no hospital. “Só enxergava vultos. Arranquei tudo e comecei a perguntar pelo Bruno. Só me disseram que ele não estava lá”, conta. Nos corredores, médicos e enfermeiros correndo. Com o ce­lular de uma enfermeira, ligou para a sogra, em Santa Maria, para contar o ocorrido. “Não ia ligar para meu pai porque achei que não era muita coisa o que eu estava passando. Quan­do duas meninas passaram por mim e choraram, percebi que era ruim.”

Às 4h35, ligou para o pai, que há três anos mora com sua mãe e seu irmão em Colombo, transferido para uma filial da empre­sa na qual trabalha. A enfermeira tomou o telefone e o alertou que a situação não era boa. Claudio Forgiarini acal­­mou a filha e telefonou para um sobrinho em Porto Alegre. Ele pediu a um médico conhecido de Santa Maria que fosse ver Jéssica.

No corredor, em meio ao caos, Jéssica se levantou da maca e enxergou o médico, que havia visto apenas uma vez em uma festa de família na praia. “Ele tirou meus anéis, brincos, piercing e o vestido. Depois, não lembro de mais nada”, diz. Ele prestou toda assistência e percebeu a dificuldade da menina em respirar. Mandou entubá-la e salvou sua vida.