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Pessoas generosas : como elas são ?




O que a riqueza faz com nossa empatia por aqueles que mais precisam? Como falar de generosidade levando em conta essa variável? Neste artigo vamos falar sobre essa interação interessante.

De acordo com um trabalho de pesquisa, as pessoas mais pobres são mais generosas do que aquelas com mais recursos. De fato, temos visto como as pesquisas apoiam essa hipótese há várias décadas. Definitivamente, parece que aqueles com renda mais baixa demonstram maior confiança, solidariedade e altruísmo com aqueles que precisam mais do que eles.


Os dados podem nos surpreender se pensarmos em figuras como Bill Gates, Laurene Powell Jobs (viúva de Steve Jobs), Leonardo DiCaprio ou Angelina Jolie. Eles são famosos conhecidos por suas doações. Os números que podem contribuir para eventos de caridade são astronômicos.

Podemos considerar essas ações como sinais evidentes de sua generosidade? Bem, a verdade é que existe uma nuance tão singular quanto interessante. Algumas pessoas podem doar uma grande quantidade de recursos e ainda assim constituir uma parte muito pequena do seu patrimônio. Por outro lado, o dinheiro que doam muitas vezes vai para instituições, organizações ou universidades que eles e seus amigos patrocinam.

O altruísmo e a compaixão partem de um coração que está em sintonia com a necessidade dos outros. Também surge dos aspectos emocionais e cognitivos da empatia. Ou seja, colocar-se no lugar do outro e responder ativamente. A pesquisa que revisaremos revela que os bilionários têm mais dificuldade com o último. Muitas vezes quem tem mais é quem está mais longe de sentir algo parecido com o que o necessitado sente, por isso é muito difícil para ele se colocar em seu lugar.
De todas as variedades de virtude, a generosidade é a mais admirada.  - Aristóteles  -

Compaixão e empatia são as raízes de atos pró-sociais e generosos. 

Os mais pobres são mais generosos do que os que têm mais: por que isso acontece?

Cerca de 10 anos atrás, Paul Piff, um jovem professor da Universidade da Califórnia, ganhou fama como resultado de uma pesquisa que publicou na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS). Neste trabalho, revelou que a população que acumula maior riqueza, apresenta, em média, um comportamento menos ético do que aqueles que têm menos dinheiro.

Insistimos, o assunto foi polêmico. Foi por meio de vários testes experimentais que ele conseguiu observar como, muitas vezes, os mais abastados economicamente, demonstravam um comportamento menos compassivo. O que o levou à conclusão de que, quem tem mais, prioriza seus próprios interesses antes dos demais. E algo assim os leva (supostamente) a um estilo de vida cada vez mais desumanizado.

O Doutor Piff começou desde então a dar palestras sobre este assunto. Ele também apareceu em documentários como La brecha social. La vida en sociedades desiguales. Lá ele refletiu sobre se o dinheiro realmente nos torna pessoas menos empáticas. Ele também detalhou os fatores que determinam por que os mais pobres são mais generosos. Vamos a analisar.
No experimento de Paul Piff, ele conseguiu mostrar que quando os ricos se imaginavam pobres, eles se tornavam mais generosos com os necessitados e os doentes.

A chave é empatia e compaixão

O professor Yaojun Li, do Institute for Social Change da Universidade de Manchester, analisou doações para instituições de caridade no Reino Unido ao longo de uma década. Os dados coincidem com o que foi afirmado pelo Dr. Piff. Ou seja, os pobres são mais generosos do que os que têm mais.

O que ele pôde constatar é que, embora seja verdade que os mais ricos doam uma quantia maior para instituições de caridade, os pobres doam mais em relação à sua renda mensal. Assim, enquanto as rendas mais baixas contribuíam com 3,2% de sua renda bruta, as mais altas ofereciam apenas 0,9%. Qual seria a causa?

A resposta está na empatia e na compaixão. Quem menos tem se identifica, se entende e se projeta com quem mais precisa de ajuda. Uma parte daqueles que acumulam grandes fortunas, por outro lado, não experimenta compaixão no mesmo nível. Além disso, às vezes eles até mostram uma tolerância à desigualdade social. Eles a normalizam defendendo a meritocracia.
Alguns especialistas insistem que os pobres dão mais porque precisam de menos para serem felizes. Embora seja pouco, eles se sentem gratos pelo que têm.

Crianças de famílias menos ricas se comportam de forma mais altruísta

O departamento de psicologia da Universidade da Califórnia realizou uma investigação interessante em 2015. Foi possível ver que crianças de famílias mais pobres demonstraram um comportamento mais altruísta do que crianças de famílias ricas. Ressaltaram que o altruísmo deve ser visto a partir de uma lente biopsicossocial. Os processos cerebrais são importantes, mas a educação também.

Talvez, se os pobres são mais generosos, também se deve aos modelos com os quais cresceram. Se fomos educados por um ambiente familiar humilde, no qual era comum a ajuda entre vizinhos e a comunidade, é muito provável que integremos esse valor. A de apoiar os outros, a de compaixão e altruísmo.

As pessoas de baixa renda têm empatia mais cedo do que as pessoas mais ricas.

Nota final ao estudo que revela que os mais pobres são mais generosos

Jamie Johnson, herdeiro da fortuna da Johnson & Johnson, fez um documentário em 2003 intitulado Born Rich. Nele ele mostrou a vida de vários herdeiros de grandes fortunas. Ele falou por sua vez de um medo. Muitos pais milionários querem que seus filhos mantenham sua posição na sociedade, mas não que sejam elitistas ou arrogantes.

Os ricos podem colocar seus próprios interesses acima dos interesses dos outros. Mas haverá exceções. Assim como haverá pessoas com poucos recursos que demonstrem conduta antiética. Generalizações não são boas, mas o que é necessário é evitar que o sucesso turve nossas mentes e o poder nos corrompa.

A compaixão está em perigo de extinção, o que é muito perigoso. O altruísmo, a cooperação e o apoio a quem precisa acaba por nos reconciliar com a nossa condição social e, na maioria dos casos, com a solidariedade. Vamos promovê-la.




Ideias para valorizar a solidariedade e impedir que o individualismo competitivo determine nosso futuro



"Esse modelo ultraliberal, sem nenhuma mediação com o futuro do nosso planeta, sem dúvidas, provoca desarranjos nas relações intersubjetivas, estimula o pragmatismo sem limites. Prefiro estimular a solidariedade como base fundamental de organização dos humanos, com todos os seus significados", escreve João Antonio da Silva Filho.

João Antonio da Silva Filho

Não vejo a hora de poder olhar o futuro com normalidade. Na vida é assim: a negação de algo quase sempre é a afirmação de uma expectativa. E quando olhamos o nosso dia a dia de modo criterioso, notamos que os detalhes não podem ser desprezados. Pelo contrário, numa pesquisa séria e rigorosamente projetada, é a soma de detalhes que torna as conclusões mais precisas. Recomenda-se que tenhamos criteriosos olhares para nossa realidade, mesmo sabendo que tal postura exige esforços, pois, na falta de conhecimento aprofundado, nossa tendência é simplificar o complexo para facilitar o nosso viver.

No mundo atual as anormalidades têm ditado a dinâmica do convívio social. E quando se fala de anormalidades, o que salta aos olhos é a desgraça pandêmica causada pelo coronavírus. De fato, as consequências do vírus são um desafio que mobiliza energias, dinheiro e esforços concentrados de estruturas estatais, governos e sociedade. Não poderia ser diferente. Mas, para além da pandemia, outras anormalidades, quase todas por consequência da ação desarrazoada dos ambiciosos, campeiam sem freios, ameaçando o necessário equilíbrio estável nas relações humanas.

E por ser a vida o principal bem do planeta, preservá-la na sua inteireza é o desafio dos sapiens. Todavia, em seus incontroláveis desejos e no afã de impor o seu domínio, estes não conseguem, pela auto-organização, administrar suas ambições. Essa ganância desmedida embrutece as pessoas e faz da competitividade entre si um falso impulso desenvolvimentista e, com ele, amplia as chamas destrutivas da vida nesse nosso planeta azul. Não se trata aqui, de numa atitude conservadora – fazer o tempo parar. Impossível! Trata-se de estimular o equilíbrio das relações entre os humanos e destes com a natureza. Trata-se, portanto, de estimular as medidas necessárias para inibir o imediatismo ambicioso que corrói por dentro as formas horizontais e equânimes de organização das diversas comunidades políticas.

Dessa forma, importa fazer com que as atitudes do presente dialoguem com as necessidades das futuras gerações.

PT lança vídeo com Lula em solidariedade às vítimas da Covid e emociona as redes

 





PT lança vídeo com Lula em solidariedade às vítimas da Covid e emociona as redes

 





Um lindo exemplo de amor ao próximo. Você vai se emocionar ! / Não se esqueça : nascemos sem trazer nada e morremos sem levar nada !




Um lindo exemplo de amor ao próximo. Você vai se emocionar !  

Vendo que um menino de 22 anos em uma bicicleta danificada era quem chegava para entregar sua comida, um ministro da Malásia decidiu fazer algo a respeito. Então, resolveu dar a ele a possibilidade de melhorar seu emprego.

Uma das profissões que sem dúvida vieram para ficar é a de entregadores de comida. Eles não só significam um grande benefício para aqueles de nós que querem desfrutar de um pouco de variedade em nossos almoços, mas também não podemos sair para comer fora devido às quarentenas impostas para limitar a disseminação de COVID-19, mas eles também abriram a possibilidade de milhares de pessoas em todo o mundo encontrarem um meio de transporte e começarem a trabalhar agora mesmo.

Mas embora no papel pareçam quase uma solução ideal para problemas como o desemprego ou a falta de recursos, na prática o que temos é uma situação em que quem tem acesso ao que pode fazer toda a diferença.


Isso é o que Steven Sim Chee Keong, um ministro do governo da Malásia, descobriu depois de pedir comida a um dos entregadores. Quando foi até a porta para receber o pedido, o que encontrou foi um menino que havia acabado de atingir a maioridade. Mas isso não foi o mais preocupante do encontro, mas sim o fato de o menino ter chegado à sua porta não em uma das tradicionais motocicletas desses entregadores.

Empatia na pandemia !
















Clique no link abaixo para ler mais :



Empatia na pandemia !





A necessidade de cuidarmos uns dos outros e da criação de Deus !




Jackson César Buonocore

O nosso Papa Francisco, nestes tempos difíceis de pandemia do coronavírus, tem enfatizado a necessidade de cuidarmos uns dos outros e da criação de Deus, a fim de construirmos uma sociedade alicerçada em relações de fraternidade, um caminho – radicalmente – oposto da cultura da indiferença, que vivemos na atualidade.

A crise sanitária da covid-19 agravou outras crises mundiais, como a humanitária, climática, alimentar, econômica e migratória, que atingiram em cheio o Brasil. Essa realidade exige um grande desafio dos governos e da sociedade, que é manter aceso os sentimentos de cooperação e solidariedade, como base da cultura do cuidado, que nos permitirá sair dessas crises.

Atenção, afeto e carinho : um mundo diferente se aproxima

 



Sigo acreditando que tudo será melhor que antes, que o sentimento de humanidade chegará de alguma forma a todos os corações e que não será tão necessário se falar de compaixão e solidariedade, pois serão comuns a todos nós, algo natural que todo o ser humano irá sentir.


Patrícia Tavares 


Atenção, afeto, carinho são o que existem de melhor em todos os tempos, principalmente em tempos tão estranhos. Eles fazem crer que a vida pode ser melhor e quando percebemos que temos pessoas ao nosso lado que realmente se importam conosco, esta constatação nos fortalece.

Saber que mesmo com tamanha distância existe tanta proximidade, tanta beleza nas relações, nos vínculos, isso enche o coração de esperanças, de fé na vida e no amanhã. Saber que existem pessoas que têm muito amor nos seus corações e que parte deste amor é um pouco nosso, traz luz, traz alegria para pensarmos em dias melhores. Saber que temos pessoas a quem amamos e que queremos muito bem nos traz conforto e muita força para desejar que tudo isso passe logo, que novos tempos mais renovadores venham logo.

Quando se tem amor no coração, se tem amor para dividir com as pessoas, se tem muita esperança e fé, porque o amor aproxima, amor transpõe montanhas, o amor transpõe todas as dificuldades, ele é a própria vida, nutre de melhores possibilidades nossa caminhada e nos ajuda acreditar em pessoas que se solidarizam, que iluminam, que cooperam, não só com a vida dos seus, mas com a vida de todos.
" Sigo acreditando que tudo será melhor que antes, que o sentimento de humanidade chegará de alguma forma a todos os corações e que não será tão necessário se falar de compaixão e solidariedade, pois serão comuns a todos nós, algo natural que todo o ser humano irá sentir."

A cooperação, gentileza, generosidade também serão uma constante na vida de todos.

Um mundo diferente se aproxima eu acredito, seremos melhores, seremos mais amorosos com todos. Vislumbre de um novo mundo. Transformações verdadeiras acontecerão dentro do coração de cada um porque as dores não são somente dores, as dificuldades não são só dificuldades, elas nos fornecem subsídios de evolução para cada um de nós.

Todos os acontecimentos da vida humana são carregados de representações, de significados. Existe muito mais do que podemos entender, a vida é de aprendizado e cooperação, de ajuda mútua, de afeto, carinho e amor, assim que todos nós merecemos viver, dando as mãos.

Uma vida de aprendizado, de trocas de experiências e de vivências, cada um se interessando em cooperar de verdade com a vida do outro, se sensibilizando pela história, possibilidades, limitações de cada um e contribuindo como for possível, deste jeito a vida será mais bonita, mais justa, mais igualitária, mais ampla e muito melhor. 
" A vida pode ser melhor e será. Ela depende de todos nós juntos."
Eu preciso de você assim como você precisa de mim.













Atenção, afeto e carinho : um mundo diferente se aproxima

 



Sigo acreditando que tudo será melhor que antes, que o sentimento de humanidade chegará de alguma forma a todos os corações e que não será tão necessário se falar de compaixão e solidariedade, pois serão comuns a todos nós, algo natural que todo o ser humano irá sentir.


Patrícia Tavares 


Atenção, afeto, carinho são o que existem de melhor em todos os tempos, principalmente em tempos tão estranhos. Eles fazem crer que a vida pode ser melhor e quando percebemos que temos pessoas ao nosso lado que realmente se importam conosco, esta constatação nos fortalece.

Saber que mesmo com tamanha distância existe tanta proximidade, tanta beleza nas relações, nos vínculos, isso enche o coração de esperanças, de fé na vida e no amanhã. Saber que existem pessoas que têm muito amor nos seus corações e que parte deste amor é um pouco nosso, traz luz, traz alegria para pensarmos em dias melhores. Saber que temos pessoas a quem amamos e que queremos muito bem nos traz conforto e muita força para desejar que tudo isso passe logo, que novos tempos mais renovadores venham logo.

Conheça o que é Ubuntu

 














Conheça o que é Ubuntu

 














Em tempos de Coronavírus : Tentando entender . . .


OMS diz que há registro de morte de crianças por coronavírus






Jesus disse segundo Mateus 25 : 31 - 46 " Porque tive fome, e destes-me de comer ... Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes." MST dá espetáculo de solidariedade em meio a egoísmo dos bilionários




O MST ( Movimento dos Sem Terra ) vai se consolidando como o segmento que mais se disponibiliza a ajudar o povo brasileiro nesse momento de medo e tragédia. Organização doa alimentos e insumos sem parar.


Do Brasil de Fato - Em todo o Brasil, as ações de solidariedade do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) tem sido um importante aliado no combate a coronavírus e à falta de políticas de proteção do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) para as famílias da periferia – a maioria composta de trabalhadores informais –, que enfrentam dificuldades em acessar a renda básica emergencial.

Desde o dia 13 de março, respeitar o isolamento social tem sido a orientação do MST à sua militância com base nas orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS). A exceção está no campo, onde com segurança e informação para evitar o contágio, camponeses vêm trabalhando para atender a demanda de alimentos das áreas urbanas - onde o povo convive com o medo da covid-10 e da falta de recursos.

Kelly Maffort, da direção nacional do MST, explica que a solidariedade é um princípio fundamental da prática militante, para construção de laços de resistência entre os trabalhadores, tanto na formação política como na luta por direitos. 

“É nesse momento que nós temos que cobrar do Estado a sua responsabilidade. Para fazer com que o nosso povo não morra nem de vírus e nem de fome. Solidariedade. Esse princípio nós vamos perseguir, cobrar da sociedade as políticas públicas, mas praticar. Esse que é um gesto tão importante e tão necessário para a construção de uma nova sociedade.”

Comida não pode faltar

A parábola do Covid-19 : viva a vida para ajudar outros



A influência das redes sociais no isolamento das relações humanas ...



Havia um mundo que se perdeu. Todos estavam indo tão rápido que se esqueceram de olhar em volta.

As pessoas não se notavam. Alguns ficaram cegos pelo consumismo. Outros distraídos pelo prazer. Alguns idolatravam o trabalho e se preocupavam com a próxima atividade. Outros buscavam poder, posições e riqueza. E todos, parecia, compartilhavam de um mesmo problema: tudo que deveria importar na vida, não importava o suficiente. As pessoas não percebiam a fragilidade de sua existência. Mas então, uma chamada para acordar chegou… através do menor dos mensageiros; um pequeno vírus chamado SARS-CoV-2.

E agora estamos acordados. E tudo o que já tomamos por certo – nossa economia, sistema educacional, sistema de saúde, serviços comunitários, liberdade de viajar, emprego, investimentos e vidas – está em risco.

Há duas semanas, quando eu ainda podia me permitir filosofar sobre o vírus, fiz uma lista de todas as coisas que a COVID-19 me permitia agradecer: um sistema imunológico que funciona, alimentos prontamente disponíveis, cadeias globais de fornecimento confiáveis, assistência médica universal, trabalho e pulmões saudáveis que respiram.

Agora as coisas são mais urgentes. Muitos de nossos suportes estruturais invisíveis estão tremendo. Nosso sistema de saúde será superado? Os serviços básicos podem ser mantidos? Nosso tecido social é forte o suficiente para lidar com isso? Vou contrair a doença?

Essas são perguntas que pensávamos nunca fazer. Pragas e pestes são para os livros de história.

No entanto, aqui estamos nós; chocados  com a rapidez com  que a vida pode mudar.

Como líder religioso, estou começando a perceber como o medo e a ansiedade que a COVID-19 está provocando estão despertando todos nós para algumas verdades profundas sobre o que significa ser humano.




Quando a médica-chefe da secretaria de saúde da província de Alberta (no Canadá), Dra. Deena Hinshaw, sugeriu fortemente: “Você não precisa de um teste para fazer a coisa certa!” (ou seja, adotar o distanciamento social, ter boa higiene e ficar em casa se tiver sintomas) era como se ela estivesse chamando para fora uma humanidade mais profunda em mim. Não preciso saber se estou infectado para fazer o melhor para os outros. Eu posso fazer boas escolhas simplesmente porque é a coisa certa a fazer. Fazer com os outros como gostaria que eles fizessem comigo é sempre a melhor maneira de agir.

“ Obrigado Cuba por nos ter aberto o coração ", diz passageira de cruzeiro com cinco casos de coronavírus



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247 - Passageira de 68 anos do cruzeiro britânico MS Braemar com casos de coronavírus, Anthea Guthrie, agradeceu aos cubanos por recebê-los em seu país. Até a decisão do governo cubano, o cruzeiro estava viajando em alto mar no Caribe sem permissão de atraque em nenhum porto que solicitaram ajuda.

A passageira escreveu no seu Facebook: “Poderiam todos os meus amigos levantar um copo por Cuba e lembrar que, quando nada mais nos deixaria desembarcar, Cuba deu um passo à frente? “. Nos comentários, Anthea respondeu: “sinceramente estou inundada de lágrimas por sua bondade. Fizeram-nos sentir que não somente somos tolerados, como bem vindos. Obrigado a Cuba por nos ter aberto o coração.

Redator do Granma (jornal cubano do Partido Comunista), Yisell Rodríguez Milán, lembra que “Cuba, um dos poucos países do mundo capaz de dar um passo à frente pela humanidade nos momentos mais difíceis - luta contra o Ebola na África e assitência diante de desastres naturais em qualquer lugar do mundo - emitiu um comunicado oficial que devolveu a paz para os 683 passageiros e 381 tripulantes”.

De acordo com a Telesur, entre os viajantes do cruzeiro encontram-se pessoas da Austrália, Bélgica, Colômbia, Canadá, Irlanda, Itália, Japão, Holanda, Nova Zelândia, Noruega e Suécia. Cerca de 40 pessoas estão isoladas por apresentaram sintomas do coronavírus, mas apenas cinco casos estão confirmados.

O Granma informa que "nas últimas 48 horas, Cuba não registrou novos casos de Covid-19. Os quatro pacientes detectados permanecem hospitalizados, evoluem satisfatoriamente e são garantidos todos os recursos para sua recuperação total; enquanto todas as ações de controle de foco necessárias para impedir a propagação da pandemia no país continuam".






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Bon Jovi inaugura mais um restaurante para universitários que não podem pagar



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O cantor Bon Jovi inaugurou mais uma filial da sua rede de restaurantes que oferece comida a pessoas que não tem dinheiro para pagar, no geral estudantes. Seu intuito é “(...) dar-lhes o apoio necessário para alcançar seus sonhos”.


Redação Conti Outra

O cantor Bon Jovi, que além da sua carreira musical também tem se destacado nos últimos anos por ações solidárias, acaba de abrir mais um restaurante para universitários que não têm dinheiro para pagar pelas refeições.

O o astro do rock de 57 anos inaugurou nesta semana, junto com sua esposa Dorothea Hurley, o terceiro restaurante Soul Kitchen em Nova Jersey, nos EUA.

O novo restaurante do cantor fica no campus da Universidade Rutgers e atende a um novo grupo de clientes de baixa renda, no geral estudantes universitários.

O intérprete do hit It’s My Life disse que pretende “desempenhar um papel no alívio da insegurança alimentar entre estudantes universitários e dar-lhes o apoio necessário para alcançar seus sonhos”.

O menu do restaurante apresenta ingredientes de origem local e oferece vários métodos de pagamento como:

● pague o que puder
● pague o que quiser
● ofereça ou pague adiante

A iniciativa visa criar um senso de comunidade, respeito e dignidade, além de caridade entre comunidades locais.

As cozinhas JBJ Soul Kitchens também funcionam em Toms River e Red Bank, em Nova Jersey. Até agora já foram servidas mais de 105.000 refeições, com 46% dos clientes pagando voluntariamente e os 54% restantes com doações.

Em sua última inauguração, Bon Jovi revelou que não planeja interromper sua expansão de food service tão cedo.

No site dele do projeto, JBJsoulkitchen.org, o visitante pode comprar a linha de temperos da casa, encontrar instruções, horário de funcionamento, e ainda se cadastrar para realizar doações ou ser voluntário.






Somos solidários ? Crônica e comentário de leitor


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Juremir Machado da Silva

Um cachorrinho entrou na ambulância para acompanhar o dono. Um desempregado enfrentou um pitbull para salvar uma criança. Pessoas servem refeições sob os viadutos para moradores em situações de rua. Uma mulher faz protesto solitário contra os bilhões destinados ao fundo eleitoral que alimentará campanhas políticas cheias de truques publicitários. Como é a vida nestes tempos trepidantes e tecnológicos?

Estávamos em Santa Catarina numa linda pequena praia numa zona de proteção ambiental. Ao final da tarde, conseguimos, contra todas as expectativas, um Uber para ir a uma praia vizinha com uma faixa de areia maior para caminhar. O motorista não podia nos esperar para o retorno. Tentamos obter um carro de aplicativo até que os celulares começaram a sinalizar que ficariam sem bateria. Era um bairro fashion de imensas casas, carros poderosos e muita gente nas ruas, mas nada de bares, salvo uma padaria. A estrada de volta para a nossa praia, cheia de curvas, não tinha acostamento. Era um convite para um acidente.

Táxis não havia. A noite caía no último dia do ano. Parou uma camionete. Fui conversar com o motorista. Ele disse que estávamos na mesma pousada, a uns 15 minutos de carro dali, mas que não podia nos levar por ter pressa de chegar a uma festa, a uns 15 minutos na direção contrária, onde passaria a noite. Tratei de mostrar-lhe que entendia perfeitamente a situação. A pousada não tinha carro disponível que soubéssemos. Ainda assim, se nada rolasse, ligaríamos para pedir resgate. Tão perto e tão longe. Meu celular se apagou. O da Cláudia ainda resistia. Surgiu, então, a esposa do homem da camionete. Ela saía da padaria com as últimas encomendas para a festa. Ficou constrangida com a nossa situação. Quando já se preparavam para sair, ela nos acenou com um papel: o telefone de um senhor que fazia corridas na região.

Ligamos. O homem que atendeu nos prometeu aparecer em 40 minutos. Será que viria? Enquanto esperávamos, sentados na calçada, víamos gente passar. Ninguém parecia nos notar. Comecei a me sentir profundamente infeliz. Refletia: eu teria levado aquele homem à pousada se fosse eu a estar de carro e ele a procurar uma saída para a bobagem em que se metera? É fácil acusar o egoísmo alheio quando se está em apuros. Faltando dez minutos, usamos o último restinho de bateria para conferir com Seu Antônio se, de fato, ele viria. Confirmou. No máximo em 20 minutos. Passaria por nós, acenaria, seguiria na direção oposta com passageiros e voltaria para nos pegar. Assim aconteceu. Precisamente.

O nosso problema era tão pequeno. Mesmo assim, desagradável. Como teríamos resolvido se o desconhecido Seu Antônio, fazendo corridas havia apenas 15 dias, não fosse um homem de palavra, que queria, além de tudo, apenas 20 reais pela viagem? Aprendi algumas pequenas coisas: não confiar cegamente na sorte e em aplicativos, ter fé nos homens simples, negociar melhor a volta quando a ida já é duvidosa. Uma coisa ainda não resolvi: eu teria voltado para deixar o outro na pousada?

*

Pelotas, 13 de janeiro 2020.

Caro Juremir, lendo a tua crônica de hoje no Correio do Povo, ao final respondi: - eu teria voltado. Teria mesmo? E nesse momento saltou de um escaninho da memória uma lembrança que estava esquecida. Década de 80, eu, jovem Veterinário, trabalhava na Cooperativa de Lãs de Santa Vitória do Palmar, e quase sempre me deslocava ao interior do município para dar atendimento aos associados nas suas diversas demandas que se relacionavam à área animal. De modo geral, retornava à sede do município ao final da tarde ou ao cair da noite. Nesse dia, de um verão calorento, já de noite, voltava cansado, trabalhara o dia inteiro perto da Ramada, distante uns 40 km da sede municipal, ansiando pela chegada em casa, mas tendo que ainda deixar o carro e meu equipamento veterinário na Cooperativa, vejo na estrada de chão, um carro parado, capô levantado e dois homens debruçados sobre o motor. Instantaneamente paro o meu carro na intenção de oferecer ajuda, repetindo uma ação muitas vezes realizada pelo meu pai. Desço, converso, o carro estava com algum defeito mecânico, o calor era insuportável, uma nuvem de mosquitos famintos nos cercava, olho para o interior do veículo, um chevete, vidros fechados, lá dentro duas mulheres e três crianças, uma de colo, trancadas por causa dos mosquitos, mas sufocando pelo calor!

- Como posso ajudar? Um deles me responde: - já está vindo alguém para rebocar o carro, mas vai demorar, se o Sr. pudesse levar as mulheres e as crianças de volta prá Ramada, nós moramos ali, seria de muita valia.

Eu usava um fusca, 1300, cinza, pneu lameiro, que Santa Vitória quando chove torna-se quase um banhado, e o banco traseiro era totalmente ocupado por uma caixa de metal, que até hoje me acompanha, com todo meu material de trabalho (material cirúrgico, medicamentos, seringas e agulhas descartáveis, material para necropsia, etc...).

Suspirei, - Sem problemas. Descarreguei a caixa, a deixei ao lado do chevete, sobre a areia da estrada. As mulheres e crianças, agradecidas, embarcaram no fusquinha, manobrei o carro e dei de volta, agora chato, pertinho do chão. Entre 20 e 30 km de retorno, deixei a turma em casa, voltei ao chevete, o auxílio ainda não havia chegado, mas chegaria em breve, carreguei minha caixa, despedi—me das pessoas e rumei para o meu destino.

Cheguei em casa noite alta, cansado, mas sentindo aquela sensação de dever cumprido. Meu pai teria feito a mesma coisa, era uma benção tê-lo como exemplo.

Sim, Juremir, eu teria voltado.

Paulo Ricardo Centeno Rodrigues