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Tenha a música como sua companhia e nunca se sinta só




Olá gente querida! Quanto tempo que eu não falo de acolhimento... Deve ter sido a pandemia que me afetou psicologicamente como também a tantos outros. Saiba que você não está sozinho nessa jornada. Acompanhe-me a partir de agora que aprenderemos juntos como contornar essas situações que nos afligem.

Primeiramente saiba que o importante não é ter milhares de amigos nas redes sociais. O importante é o valor que tudo ao seu redor tem para você, porque você pode estar rodeado por muitas pessoas e, ainda assim, continuar se sentindo sozinho (a). Trata-se da solidão acompanhada.

8 razões pelas quais você precisa estar sozinho



Como seres humanos sociais que somos por natureza, em algumas etapas da nossa vida gastamos muito tempo a compartilhar experiências e emoções com as pessoas que amamos. Mas dentro desse precioso grupo, acabamos nos esquecendo do principal: nós mesmos. De vez em quando é importante lembrar que precisamos passar um tempo sozinho para nos encontrarmos.

Depois de muita pesquisa sobre a nossa maravilhosa solidão, descobri as 8 principais razões pelas quais precisamos estar sozinhos de vez em quando e nos afastarmos do mundo exterior. Adoraria compartilhar com vocês hoje esses motivos que descobri ao pesquisar sobre a solidão.

“O grande homem é aquele que, no meio da multidão, mantém com perfeita doçura a independência da solidão.”  - Emerson -



Passar um tempo sozinho purifica a nossa mente

O excesso de informação proveniente dos nossos entes queridos, trabalho, companheiros, meios de informação ou simplesmente de nós mesmos pode ter um impacto sobre o nosso corpo de forma pouco saudável.

Devido a isso, é recomendável durante o dia desfrutar de momentos de solidão para deixarmos de lado esse excesso de preocupações e nos reconectarmos com nós mesmos, permitindo-nos descansar por um momento.

A criatividade advém da paz e tranquilidade

Estar em paz quando nos encontramos perante a solidão nos permite expandir a nossa mente e liberar a nossa magia e talentos humanos. A solidão nos permite criar e desfrutar de nós mesmos. A solidão é a verdadeira origem da criatividade.
A sua confiança se fortalece com a solidão 

Não há nada mais dotado de imensa confiança do que escutar a nossa voz interior e analisar os prós e contras da nossa própria experiência de vida. Se pararmos por um momento, podemos escutar a nós mesmos e identificar quais são as nossas necessidades ou como nos encontramos.

Você melhora a sua tomada de decisão

Quando está sozinho, você concede a si mesmo o ato sagrado de se afastar por uns momentos do mundo exterior, das preocupações e emoções ao seu redor, o que proporciona serenidade e tranquilidade para tomar as decisões mais adequadas para você. E, certamente, para também conseguir algo fascinante: ver o problema a partir de um ângulo totalmente diferente e cheio de opções positivas.

“A solidão, embora possa ser silenciosa, é, assim como a luz, um dos agentes mais poderosos, pois a solidão é essencial para o homem. Todos os homens vêm a este mundo sozinhos e deixam-no sozinhos.”    - Thomas De Quincey -



Você deixa para trás o estresse e a ansiedade

Quando estamos sozinhos, permitimos que nós mesmos nos ajudemos a organizar os pensamentos e a recuperar as forças que precisamos repor depois de um grande dia cheio de desgaste energético e emocional.

A solidão lhe ajudará a entender o que é realmente necessário para você crescer interiormente e aprender, assim, a definir prioridades de forma positiva.

Aumenta a sua eficiência no que você faz

Certamente você já sentiu muitas vezes a necessidade de, ao dar resposta a uma incerteza, pedir espaço para ficar sozinho. Dessa forma, você pode organizar seus pensamentos, traçar um plano de ação e, provavelmente, determinar o próximo passo em direção aos seus sonhos. Os ingredientes perfeitos para realizar seus objetivos com êxito.

Fortalece os seus relacionamentos

Você pode se identificar com este ponto ou não, mas é uma realidade que os nossos entes queridos não precisam da nossa atenção constante todos os dias.

Poderíamos resumir isso com o princípio da vida: “primeiro temos que aprender a amar a nós mesmos para aprender a amar outro ser humano único e extraordinário”. Tirar um tempo e se dedicar à sua pessoa lhe permitirá desfrutar dessas emoções com as pessoas que você ama.

Permite que você veja o rosto real e precioso da sua vida

Uma coisa importante que aprendi nos meus momentos de solidão em que escutava o meu coração e sentia a minha alma foi a minha essência. Estar sozinho permite se encontrar, encontrar a magia tão maravilhosa que temos em cada um de nós, como esplêndidos seres humanos que somos.

Convido-lhe a experimentar, a se atrever a dar o passo do desconhecido, caso ainda não tenha experimentado o valor do silêncio consigo mesmo, mais nada. Você e só você…

“Nós nascemos sozinhos, vivemos sozinhos e morremos sozinhos. Somente através do amor e das amizades é que podemos criar a ilusão, durante um momento, de que não estamos sozinhos.”    - Orson Welles -

 

Refletindo sobre a carência …




Kássia Luana

Estamos vivendo um período de carência coletiva. Todos querem ser ouvidos, mas não querem ouvir. Todos querem receber atenção, mas se negam a dar. Virou uma guerra de quem tem mais curtidas, mais seguidores.

Raramente alguém escuta o outro realmente. Geralmente estão apenas esperando seu momento de falar.

Nos sites de notícias ou redes sociais, olham as imagens e o título, ignoram todo o restante e criam uma opinião “ Pra lacrar ”.

Se não concorda com a sua opinião, rotulam, te expõem, e seguem em frente com o peito cheio e cantando vitória.

Roubam ideias, projetos, sonhos… A era do copiar e colar pra ganhar curtidas. Passam por cima de qualquer pessoa.

Brigam por política, artistas, opinam sobre fofocas de outras pessoas. O importante é a quantidade de like.

Durante 11 meses do ano é assim.

Mas note que essas mesmas pessoas, nas festas de final de ano, estão nas mesmas redes sociais em que “ lacraram ”  durante o ano inteiro, reclamando de carência, abandono da família, solidão, falta de relacionamento, de trabalho, dinheiro…

A culpa é da crise, da incompreensão das pessoas, do governo, do ex patrão, do ex marido, da amiga “ falsa ”, do colega de trabalho… sempre tem um culpado. Já reparou?

Durante 11 meses a pessoa vibra na raiva, inveja, cobiça, ira. Magoa e fere a si e aos outros. Engana, trai… E no final do ano culpa aos outros pela solidão que passou um ano plantando, regando, cuidando.

Se você quer que o seu 2020 seja diferente, comece agora a plantar o perdão, o amor, a gratidão e, inevitavelmente, é isso que vai colher. Dê atenção a si mesmo e as pessoas. Respeite-se e todos respeitarão você.

Pare de buscar fora o que só você pode se dar. E eu garanto que nunca mais você vai culpar ninguém pela forma como anda sua vida. Você estará muito ocupado sendo feliz !

Pense nisso !




Como lidar com a solidão ?







Postado em ClaraMente









Conviver consigo mesmo pode ser um grande desafio. Entretanto, quando descobrimos as fontes ilimitadas de prazer que estão presentes em nossa própria companhia, a percepção da solidão pode mudar.

Para ilustrar esse olhar de como a solidão pode ser nossa amiga, a artista latino-americana Fulana Who ilustra tirinhas sobre a temática. Confira as selecionadas abaixo.




























Postado em Conti Outra




Solidão. Um sério perigo para a saúde


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Quando ela não é voluntariamente assumida, por livre escolha do indivíduo, a solidão pode dobrar o índice de mortalidade após uma hospitalização por problema de cardiologia. O efeito, segundo pesquisas recentes, é mais sensível em homens do que em mulheres.

Damien Mascret – Le Figaro Santé 

Você vive sozinho? Se o médico lhe faz essa pergunta logo após sua visita a um atendimento de cardiologia, ele não o faz apenas por causa de questões práticas ou por empatia, mas sim porque a solidão, real ou sentida, aumenta consideravelmente o seu risco de morte durante o ano que virá a seguir. O que justifica a pergunta: Um coração fragilizado será mais vulnerável ao isolamento social?

“Pesquisas mostraram que os homens utilizam principalmente suas esposas como primeiro suporte, mas as mulheres com frequência encontram apoio em pessoas que não são seus maridos”, afirma Anne Vinggaard Christensen, uma doutoranda em saúde pública no centro de cardiologia da Universidade de Copenhague.

Mas essa cientista esclarece que as coisas acontecem de forma diferente para os homens e as mulheres. Christensen apresentou os surpreendentes resultados de sua pesquisa no dia 9 deste mês de junho no Trinity College de Dublin, na Irlanda, durante o congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia (EuroHeartCare).


A pesquisadora se baseou nos dados de todos os pacientes hospitalizados entre abril de 2013 e abril de 2014 em um dos cinco grandes centros de cardiologia da Dinamarca, inclusive aquele onde ela trabalha, perfazendo uma amostragem de mais de 13 mil pessoas, com idade média de 65 anos. A metade tinha sido hospitalizada por infarto do miocárdio e um terço por arritmia cardíaca; as restantes por insuficiência cardíaca ou doenças das válvulas do coração. A maioria (70%) era de homens. 

Mas o que a pesquisadora descobriu é que aqueles que viviam sozinhos apresentavam um risco duas vezes maior de morrer do que os outros durante o ano sucessivo a partir da sua alta hospitalar. Um excesso de risco que não foi encontrado nas pacientes mulheres!

Homens parecem ser mais dependentes

“Pesquisas anteriores já tinham demonstrado que os homens utilizam principalmente suas esposas como primeiro suporte, mas as mulheres com frequência encontram apoio em pessoas que não são seus maridos”, explica Anne Vinggaard Christensen. “Os homens portanto parecem ser bem mais dependentes da pessoa com a qual eles vivem, do que as mulheres. Já sabíamos que existe uma associação entre uma rede social pobre e a saúde, mas a força dessa associação nos deixou realmente surpresos”.


O mais surpreendente é que o sentimento de solidão faz com que dobre a mortalidade durante o ano seguinte a saída do hospital, e isso tanto para os homens quanto para as mulheres.

Nesse estudo dinamarquês, os pacientes deviam simplesmente responder à pergunta: “Acontece com frequência que você esteja sozinho até mesmo quando preferiria estar em companhia de outras pessoas?”. “Com frequência” foi a resposta para 6% dos homens e 10% das mulheres; “às vezes” para 17% dos homens e 21% das mulheres. 

Um desafio para a sociedade

Em seu livro Loneliness, Human nature and the need for social connection (Solidão, natureza humana e a necessidade de relações sociais) o neurocientista John Cacioppo, da Universidade de Chicago – conhecido por ter demonstrado em 2003, com o uso de ressonâncias magnéticas cerebrais, a ativação de zonas dolorosas quando as pessoas são rejeitadas por um grupo no decorrer de alguma partida esportiva – insiste repetidas vezes sobre os impactos provocados pela solidão prolongada.

“A solidão não altera apenas o comportamento mas seus efeitos atuam também quando medimos os hormônios do estresse, a imunologia e a função cardiovascular”, escreve Cacioppo. “À medida que o tempo passa, essas alterações fisiológicas se agravam a ponto de levar para a sepultura milhões de pessoas”. 

O fenômeno é bastante inquietante sobretudo quando consideramos a verdadeira epidemia de solidão que se desenvolve hoje em dia, sobretudo entre os idosos.

Uma pesquisa feita em 2017 encomendada pela organização francesa Les petits frères des pauvres (Os irmãozinhos dos pobres) estima que cerca de 900 mil pessoas com mais de 60 anos, apenas na França, já se encontram em uma situação de isolamento tanto em termos de círculo familiar quanto de roda de amigos. Um desafio que a sociedade moderna deverá enfrentar também em termos de saúde pública.



Postado em Saúde 247 










O medo de ficar solteiro


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Ter um parceiro é fundamental e até necessário para muitas pessoas. De fato, algumas delas, quando estão solteiras, procuram desesperadamente alguém para sair; e quando estão em um relacionamento, fazem o que for possível para mantê-lo, mesmo que isso as machuque. Parece que, atualmente, o medo de ficar solteiro domina as vidas de uma grande parte da população, levando-os a agir de maneiras muito pouco saudáveis.

Agora, ao contrário do que pode parecer, o fato de não ter um parceiro não é tão grave, já que pode ser uma oportunidade para nos conhecermos melhor e uma fase ou situação da vida muito gratificante. No entanto, por que esse medo de ficar solteiro aparece? O que está por trás do desconforto experimentado por não ter um parceiro? Vamos nos aprofundar.

Por que aparece o medo de ficar solteiro?

Na sociedade em que vivemos, o amor romântico adquiriu uma enorme importância. Para muitos, é sobre o que dá sentido à vida. Nós vemos isso em filmes, músicas e romances: se tudo der errado, você só precisa de um parceiro e todos os seus problemas desaparecerão.

Esta mensagem, apesar de estar errada, também pode ser muito persuasiva. Afinal, é muito mais fácil encontrar um parceiro do que começar a trabalhar para mudar o que não gostamos em nossas vidas. Infelizmente, namorar alguém só nos fará mais felizes se já estivermos bem de antemão. Quer dizer, a felicidade não vem de fora nem é outra pessoa que nos fornece, mas vem de dentro de nós e do relacionamento que temos com nós mesmos.

Assim, as pessoas que se sentem mal consigo mesmas muitas vezes acabam em um relacionamento que não as satisfaz com diferentes tipos de problemas, como em um relacionamento tóxico. Precisamente, um dos principais problemas desse tipo de interação é o medo de ficar solteiro. As pessoas que sofrem desse medo buscam o sentido da vida no amor. Assim, são incapazes de terminar um relacionamento com outra pessoa, ainda que se sintam profundamente infelizes.

Por outro lado, esse desejo de estar sempre em casal é reforçado a nível social. Quando vemos uma pessoa com mais de 30 anos que está solteira (e às vezes até mais jovem), olhamos para ela com desconfiança. “Algo de ruim ela deve ter”, dizemos a nós mesmos. Fazemos isso porque nós não concebemos que alguém possa ser feliz na solidão. No entanto, estudos recentes sobre o assunto mostram que, para estar bem em um relacionamento, primeiro é necessário estar confortável consigo mesmo.

Superando o medo da solidão

Um dos maiores paradoxos da nossa sociedade é que as pessoas solteiras tendem a ser mais felizes do que aquelas que estão em um relacionamento tóxico. Portanto, o objetivo não deveria ser procurar alguém a todo custo. Seria muito mais benéfico se concentrar em construir um bom relacionamento ou aprender a ficar sozinho.

Qualquer um desses dois planos de ação pode ajudar a gerenciar o medo de ficar solteiro. Além disso, tendem a se reforçar mutuamente. De fato, um dos segredos de um bom relacionamento é não precisar do nosso parceiro para sermos felizes. Isso não significa que não queremos estar com ele, mas que estamos conscientes de que poderíamos sobreviver sem a outra pessoa.

Mesmo que isso possa parecer contraintuitivo, manter uma certa independência em um relacionamento geralmente o torna mais forte. No momento em que pensamos precisar da outra pessoa para estarmos bem, começamos a realizar todos os tipos de comportamentos que obscurecem o amor. De fato, a dependência emocional é um dos estados que gera mais obstáculos em um relacionamento.

Como posso aprender a ficar bem sozinho?

É claro, dizer que é necessário aprender a ser independente é muito mais fácil do que conseguir. No entanto, se você prestar atenção às seguintes chaves para ir pouco a pouco as internalizando, o medo de ficar solteiro começará a ser parte do seu passado. Preparado?
  • Melhore sua autoestima. Estar realmente confortável com nós mesmos nos ajuda a não precisar de outras pessoas para nos sentirmos bem. Você é uma edição limitada.
  • Descubra tudo que você tem e, acima de tudo, como você pode continuar crescendo.
  • Lembre-se de que você já foi solteiro antes. Houve alguma época em que você estava sem um parceiro e feliz?
  • Use a visualização negativa. Qual seria a pior coisa que poderia lhe acontecer? Se o medo de terminar com seu parceiro for muito grande, imagine em detalhes o que aconteceria. No começo, isso fará com que você se sinta péssimo; mas se perseverar e pensar em como você ficaria depois de alguns meses, perceberá que nem tudo seria tão terrível.
  • Mantenha uma certa independência em seu relacionamento. Fazer as coisas sozinho e ainda ter um parceiro ajudará você a se sentir mais confiante em sua capacidade de estar bem, mesmo se terminar a relação.
Como você pode ver, o medo de ficar solteiro é muito comum, mas pode ser superado. Agora que você tem essas ferramentas, mãos à obra; em pouco tempo, você perceberá como sua segurança em si mesmo e em seu relacionamento vão melhorar.




 

Por que há mais solteiros do que nunca houve na história?



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Ainda não há cifras exatas a respeito, mas há estudos que podem servir para desenharmos um esboço da nova realidade: há mais solteiros do que nunca, ao menos nas sociedades ocidentais. Segundo as projeções, a partir de pesquisas independentes, 1 de cada 4 adultos maiores de 50 anos nunca se casou. Há alguns locais onde as cifras são ainda mais radicais. Em Nova York, por exemplo, um de cada dois adultos mora sozinho.

Por que isto está acontecendo? Não é fácil saber. O fenômeno é tão inédito que ainda não há conclusões que possam ser consideradas definitivas. Ao contrário, diferentes hipóteses são levantadas para explicar este fato. Há também muitos relatos cotidianos de pessoas que falam das uniões permanentes ou do casamento como algo indesejável, como um fardo que não desejam carregar.

“ Não quero alguém que me diga que tudo sempre ficará bem. Prefiro alguém que me olhe nos olhos e me diga: ‘Está tudo ferrado, mas eu vou ficar aqui ”.   Yoha Navarrete

Ao mesmo tempo, o mal-estar emocional e sentimental cresce no mundo, juntamente com os casos de depressão e os transtornos de diversos tipos. Para os enfoques não biologicistas, ou seja, aqueles que não responsabilizam os genes por tudo, o que está acontecendo no mundo está estreitamente associado com vínculos afetivos frágeis ou disfuncionais. Talvez o fato de que existam mais solteiros do que nunca seja outra peça dessa mesma lógica.

Os solteiros e os solitários

Há muitos solteiros que vivem bem e felizes. São os casos onde a solteirice não implica a solidão, ou aqueles em que a solidão não implica isolamento. Geralmente, são pessoas que escolheram conscientemente não formar um casal. É comum também que tenham outros interesses que preencham suas vidas.

A decisão de permanecer solteiro quase sempre é motivada pelo desejo de concentrar todas as energias em um ou vários projetos, como o trabalho, por exemplo. Estas pessoas têm trabalhos que adoram e não querem passar pelo dilema de dedicar menos tempo à carreira para corresponder adequadamente às expectativas de uma família. Ainda assim, costumam ter um parceiro e uma boa rede de amizades e familiares.

Os solitários, ao contrário, não têm muita certeza quanto à razão pela qual não têm um parceiro estável para conviver. Uma resposta frequente é a de que não encontraram a pessoa certa. Entretanto, também não se sentem totalmente confortáveis vivendo sozinhos. Costumam viver numa rotina constante. É comum que predominem sentimentos de apatia ou tristeza.

Também há outros tipos de solitários. São aquelas pessoas que pulam de uma relação para a outra, sem passar muito tempo em nenhuma. Vivem o “aqui e agora”, numa espécie de adolescência eterna na qual não existe futuro.

Por que hoje há mais solteiros do que nunca?

Os sociólogos têm diversas hipóteses para explicar essa presença significativa de solteiros. Alguns apontam para a existência de um entorno que promove o egocentrismo como nunca aconteceu antes. O indivíduo se tornou o centro de tudo. A preocupação central de muitas pessoas é consigo mesmas. Nesse esquema, não há lugar para mais ninguém. Portanto, prestar atenção aos sentimentos e necessidades de outra pessoa é algo que não lhes interessa.

Além disso, foi levantada a ideia de que estamos passando pelo chamado “paradoxo da escolha”. Consiste no seguinte: antes, o número potencial de pessoas que podíamos conhecer era limitado. A internet tornou possível que esse potencial de vínculos seja virtualmente infinito. Da mesma forma, a quantidade potencial de parceiros é incontável. O que acontece então é que o número excessivo de opções paralisa a capacidade de decidir.

Igualmente, quando uma pessoa se decide por algo, sempre sente que saiu perdendo. E sente isto porque sempre terá outras opções com as quais comparar “sua aquisição”. Há uma tendência humana de lamentar o que não se tem, ao invés de apreciar aquilo que se tem.

A solidão e o casal

Parece que atualmente muitas pessoas esqueceram que um casal é uma construção. Não se forma um casal apenas por sair junto ou por fazer sexo. As conversas, os acordos, os conflitos e as experiências são o que vão tornando um casal aquilo que é.

Portanto, formar um casal demanda esforço. Também exige tolerância, generosidade e paciência. Além disso, evidentemente, renúncias. Isto é exatamente aquilo que alguns solteiros não querem: se esforçar ou acomodar outras necessidades que não sejam as suas em seu mundo emocional.

A solidão não escolhida nunca é uma boa opção. Há estudos que indicam que ela chega inclusive a causar dores físicas. Neste caso, seria necessário pensar se realmente não se encontrou a pessoa certa ou se na verdade a pessoa não se adaptou a formar um casal com outra. Realmente vale a pena se perguntar isso.



Postado em A Mente é Maravilhosa em 09/04/2018



A deliciosa sensação de estar sozinho e sentir-se verdadeiramente feliz



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Lara Brenner


Solidão: estado de quem se encontra ou vive só, isolamento (Aurélio).

Enquanto enchia minha farta taça de vinho pela segunda vez, já com os dentes e lábios roxos, dei-me conta de que a mesa a que me sentava estava vazia, exceto por mim. Na cozinha também havia ninguém, assim como em todo o apartamento. Sequer música se podia ouvir. Eu estava só e engolida pelo silêncio.

Por um segundo, incomodou-me um pouco que a ideia de que alguém, vendo aquilo, pudesse concluir ser um momento de solidão abandonada. O ato de beber sozinho carrega a história de escritores decadentes e amores de insucesso, conferindo ao álcool um comportamento ambíguo: consumido em grupo, serve para brindar a vida; já em isolamento, serve para afogar as mágoas.

Entre um gole e outro de vinho, a verdade me caiu como um estalo: entre mim e aquele líquido, havia nada além de glória. Não existia ânsia por companhia, tampouco sofrimento por sua ausência. Pareceu-me injusto que não houvesse na Língua uma palavra que expressasse a glória de estar só, mas felizmente o sociólogo Paul Tillich teve a cortesia de me apresentá-la. Solitude. As quatro sílabas dançavam em minha língua já meio dormente. “O idioma criou a palavra solidão para expressar a dor de estar sozinho. E criou a palavra solitude para expressar a glória de estar sozinho.” A Língua quase nunca desaponta.

Jobim inventou que é impossível ser feliz sozinho. Terceirizando a responsabilidade pela plenitude do espírito, criou-se o estigma do hedonismo acompanhado, de que a felicidade só é boa quando dividida. As redes sociais estão aí para perpetuar o sentimento: haja sorrisos, brindes, porres e bossa. Haja viagens, selfies em grupo, bares lotados e músicas entoadas em coro. Ficar sozinho parece coisa de gente humilhada e infeliz, mas talvez não suportar a própria companhia por um instante seja o autêntico sinal de infelicidade. Pessoas que têm hábitos como ir a cinema, beber, dançar e fazer compras sem companhia causam grande furor às demais, ainda que ninguém tenha a curiosidade de indagar se aquilo é ato intencional. Só que a balbúrdia costuma causar ilusão de felicidade e a verdadeira fuga pode residir aí.

É bem provável que uma vida inteira de solitude se transforme em solidão, mas é curioso como viver apenas em grupo cansa e chega uma hora em que tudo o que se quer fazer é correr dali para a calmaria do mar, que só é alcançada quando se nada para dentro. Solitude é uma opção, um deleite, uma vontade. Talvez sua graça seja saber que é facultativa e que, quando a alma pedir por compartilhamento, haverá pessoas queridas que ficarão felizes em oferecê-lo.

Necessário, portanto, ser forte e seguro para curtir a solitude, sendo a recompensa tanto simbólica quanto aproveitável. Basta perceber que grandes decisões e guinadas na vida costumam ser precedidas por momentos de recolhimento. Bastar-se não se restringe à negação das pessoas e do mundo, e, sim, saber que existir não depende necessariamente de alguém além de si.



Postado em Revista Bula



Refletindo : Você está perdido no mundo?



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Solidão . . .




Poesia que consta na página 79 do livro 
Palavras Para Entorpecer o Coração da mesma autora


A inovação da solidão


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“Eu compartilho. Portanto eu existo”. 
Esse é o enfoque da brilhante animação intitulada The Innovation of Loneliness (A Inovação da Solidão, em tradução livre).

Inspirado no livro da psicóloga Sherry Turkle: Alone Together, onde ela analisa como os nossos dispositivos e personalidades on-line estão redefinindo a conexão humana e a comunicação, e nos convida pensar profundamente sobre os novos tipos de conexão que queremos.





A solidão que as redes sociais e a tecnologia podem promover







Redes sociais, bate-papo e solidão



A internet trouxe novos mundos e novos horizontes. Nos permite conversar com pessoas que estão em lugares muito distantes, manter contato com familiares e amigos, que estão a milhares de quilômetros de distância, a um custo muito baixo, dando muita liberdade em ficar no tempo o que quiser para navegar. A internet formou uma nova sociedade. Grandes distâncias passaram a ser suprimidas no mundo de bits e bytes, tornando-se cada vez mais inexistentes. Podemos conversar com as pessoas do outro lado do mundo, como se elas estivessem bem ao nosso lado. Como eu tenho dito em anteriormente, as pessoas passaram a se afastar dos que mantém contato fisicamente. É comum ver na nossa sociedade, vizinhos que não se comunicam, muito mal para dar um bom dia. As pessoas passam a ignorar umas as outras, tornando-se invisíveis.

Redes sociais e bate-bapos virtuais trazem solidão? Pode dizer que sim, como pode dizer que não. O problema nos relacionamentos humanos, não estão de fato nas redes sociais e sim, da forma em que as redes sociais estão sendo tratadas e vividas. Elas possuem muitos atrativos e são muito sedutoras. 

Primeiramente, era uma ótima forma de rever seus velhos amigos do colégio ou da empresa em que trabalhava há muito tempo, mas depois passou a ser uma grande forma de fazer muito amigos, manter contatos profissionais e até mesmo compartilhar ideias, tornando-se popular. Redes sociais não somente trazem solidão, como também formam até relacionamentos amorosos entre duas pessoas geograficamente distantes. Eu mesmo presenciei esses casos. E estes têm mais chances de encontrar sua chamada "alma-gêmea", do que na rua.

Mas há aqueles que por causa da solidão vivem enfurnados dentro das redes sociais, desligando totalmente da realidade. Poucos são os que têm coragem de transformar a amizade virtual em real, infelizmente. Eu, particularmente, incentivo e estimulo a prática de encontros presenciais entre amigos virtuais, pois acho uma forma muito saudável de manter uma relação fortalecida. Muitos que querem serem populares ou até mesmo os que conseguem isso, fazendo auto-propaganda, pedindo pra adicionar como amigo ou seguindo de volta, acabam tendo a ilusão de que são muito amados e respeitados, o que não é verdade. Usar redes sociais apenas para fazer números e ostentar que tem muitos amigos e seguidores, não é uma garantia de amor e respeito das pessoas por você. Por isso deve se lembrar do real motivo de se ter números elevados.

Por isso, passamos a exercer a arte da invisibilidade o tempo todo, e isso se torna mais evidente na era das redes sociais em que os que estão longe são melhores que estão perto. Admiramos mais as pessoas que estão distantes, há quilômetros de nós, do que nossos vizinhos, na qual vivemos reclamando o tempo todo e nos chateando. Também existem relações que se tornam conturbadas, depois do primeiro encontro, aumentando ainda mais o receio de transformar a amizade virtual em real, e vivermos num mundo fechado, onde os nossos amigos e seguidores das redes sociais são pessoas perfeitas e que daria tudo para que os mesmos fossem vizinhos de rua. Mas você parou para peguntar que a admiração, o carinho e o respeito será o mesmo, se todos virassem seus vizinhos e pudesse encontrar todos os dias?

A solidão é um grande mal em nossa sociedade, onde deixamos de ser pessoas para serem apenas números. Muitos querem a popularidade, com a quantidade, mas não se preocupam com a qualidade destas mesmas relações que estão cada vez mais escassas. Quem sabe podemos olhar com outros olhos os nossos vizinhos, pois mal sabemos o que nossos amigos virtuais fazem no "mundo real".
Postado no Blog Vou-de-blog