A empatia é, em termos simples, a habilidade de colocar-se no lugar do outro. Por exemplo, se você escuta uma história sobre uma criança que perdeu os pais em uma comunidade que foi devastada pelo desmoronamento de uma barragem e se comove, é possível ter dois tipos de reação: sentir dó, que representa a simpatia; ou se colocar no lugar daquela criança, imaginar o que ela passou e tentar entender o que ela sentia, enxergar o panorama a partir dos olhos dela. É ser sensível a ponto de compreender emoções e sentimentos de outras pessoas.
Ser empático não se restringe às pessoas que conhecemos, mas principalmente com os desconhecidos ou mesmo com pessoas com características opostas às nossas. Este é um grande esforço que demanda sensibilidade, inteligência emocional e vontade de experimentar uma nova perspectiva. Esta é uma habilidade que pode ser aprendida, mas que precisa ser cultivada diariamente.
A capacidade de se colocar no lugar do outro é uma das funções mais importantes da inteligência. Demonstra o grau de maturidade do Ser Humano. - Augusto Cury -
No entanto, apesar de toda a ênfase e valor que nossa cultura atribui à empatia – especialmente como um antídoto contra o bullying e outros comportamentos antissociais – há uma grande confusão sobre o que é, e o que não é. Aqui está o que a ciência sabe sobre a empatia:
1 - Empatia e Simpatia não são sinônimos:
Algumas pessoas costumam substituir uma pela outra, mas na verdade, são processos diferentes. Quando você sente simpatia por alguém, você se identifica com a situação que a pessoa vivencia. Isso pode ser um sentimento puro e verdadeiro; você pode sentir simpatia por pessoas que você nunca conheceu ou por um problema que você pessoalmente nunca experimentou, assim como por pessoas que conhece e cenários que são familiares à você.
Mas sentir simpatia não conecta você necessariamente com a pessoa ou com o que ela está sentindo. Você pode ser solidário com a situação de alguém, e ao mesmo tempo ignorar completamente seus sentimentos e pensamentos.
O processo emocional chamado empatia é outra coisa; envolve realmente ouvir e compreender o ponto de vista e/ou a situação do outro, podendo, ou não, se identificar e sentir os mesmos sentimentos. A simpatia é o sentimento por alguém; empatia envolve o sentimento com alguém.
2 - A Empatia é um comportamento aprendido
A pesquisadora e best-seller
Brené Brown ficou famosa ao escrever sobre vulnerabilidade, vergonha, estranhamento e outras emoções que sentimos ao crescer.
Para ela, as crianças têm oportunidades de aprender empatia com seus pais, professores e colegas. Ler boa literatura pode ser uma maneira poderosa de desenvolver empatia, assim como estudar uma história ou estar presente com um amigo no parquinho que está passando por momentos difíceis.
No Brasil, um estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul analisou 100 crianças carentes, com idades entre 6 e 9 anos, a fim de entender qual o impacto da empatia na vida delas. O resultado trouxe uma revelação importante: crianças mais empáticas tendem a ser mais competentes socialmente do que as outras.
3 - Você não é responsável pelas emoções dos outros
Um obstáculo para expressar empatia autêntica é a tendência de acreditar que somos responsáveis por fazer com que outras pessoas se sintam melhor, especialmente aquelas que amamos. Imagine se as emoções de todos a nossa volta fossem nossa responsabilidade, ficaríamos sobrecarregados !
A empatia não nos pede para assumir a responsabilidade pelos sentimentos de outra pessoa. Trata-se da capacidade de estar verdadeiramente presente e de manter um espaço seguro para os outros sentirem suas próprias emoções completamente. Assim, elas são capazes de entender sua experiência.
Desenvolver a empatia nos permite um maior bem-estar emocional e mais qualidade nos relacionamentos. Além disso, ela pode ajudar a manter a nossa saúde mental, já que promove o autoconhecimento.
É preciso dominar esta sabedoria que, em muitas situações, não nos ensinaram nem na profissão, nem nos livros. Empatia se aprende !
Quando demonstramos empatia?
Podemos ser muito empáticos, mas se não demonstrarmos e se não colocarmos em prática, isso não serve para nada. Dito isto, vamos enumerar algumas ocasiões em que podemos utilizar a empatia:
Quando sabemos ouvir e compreender os sentimentos do outro sem estar tão dependentes de nós mesmos e das nossas próprias palavras.
Quando não usamos apenas palavras para consolar. Também um abraço, um tapinha no ombro, um beijo e uma carícia nos fazem ser mais empáticos.
Quando estamos com alguém que tem um problema e o ajudamos, por exemplo, com o nosso senso de humor.
Quando nos expressamos com delicadeza e cortesia.
Quando não mostramos atitudes de aborrecimento, irritação e cansaço diante daquilo que os outros nos contam.
Quando não fazemos um comentário, uma piada ou uma brincadeira que sabemos que vai chatear o outro.
Quando fazemos, por exemplo, um idoso ou uma criança compreenderem que os entendemos.
Quando ajudamos a resolver problemas e somos capazes de acalmar os outros.
Por outro lado, também podem existir momentos e situações em que não mostramos empatia:
Quando acreditamos que os nossos problemas são os únicos que existem no mundo.
Quando não escutamos os outros.
Quando julgamos e fazemos comentários que machucam.
Quando não oferecemos um sorriso, um gesto amável ou uma carícia aos outros.
Quando fazemos sempre algo pelos outros na esperança de receber algo em troca.
A empatia é uma boa habilidade para colocar em prática, pois nos permite compreender os outros. Mas também é imprescindível termos cuidado ao praticá-la em excesso, para não nos desconectarmos de nós mesmos. E agora vamos conhecer um pouco do significado de respeito.
Para que serve o respeito?
Respeitar é colocar distância diante da visão diferente de outra pessoa. Ele, portanto, nos ajuda a não julgá-la pela sua escolha ou opinião.
Respeitar é considerar a outra pessoa nas suas diferenças individuais, não esperando que esta seja de outra forma, que opine ou que se comporte de forma diferente a como essa pessoa é.
Como conseguir respeitar a todos?
Respeitar é perceber que cada pessoa tem direito de escolher ser quem ela realmente é, na sua forma de pensar, de opinar, de sentir, de agir e inclusive nos seus gostos e preferências de vida.
Portanto, se cada pessoa tem o direito de ser quem ela decidir ser, ninguém mais tem o direito de opinar, nem de decidir sobre a outra pessoa.
De que forma mostrar respeito?
O respeito se expressa quando não se julga a outra pessoa pela sua visão, decisão, comportamento, ou forma de vida. A pessoa não é censurada nem recriminada por ser como é, e também não se espera que ela seja de outra forma.
Portanto, respeitar é a maior mostra de que aceitamos a outra pessoa na sua individualidade, na sua totalidade como a pessoa que é, não como gostaríamos que ela fosse.
Como expressar o respeito?
O respeito se mostra por meio da empatia, isto é, com uma atitude comunicativa que mostra que sabemos, aceitamos e respeitamos a outra pessoa como ela é, mesmo que talvez não estejamos de acordo com suas decisões, opiniões ou comportamentos.
A empatia é a ferramenta utilizada dentro da comunicação assertiva ou adequada, que mostra o respeito depois de escutar a outra pessoa, observando de onde ela nos fala, com seus sentimentos e experiências pessoais.
Para isto, expressa-se compreensão e entendimento em relação ao seu direito e, se for o caso, posteriormente podemos expressar a nossa própria opinião, que mesmo que seja diferente, é respeitosa diante do ponto de vista alheio.
Quando é mais difícil respeitar?
É mais difícil respeitar quando ser quer ter razão a qualquer custo, ou quando se supõe, frente a qualquer ponto de vista, que a própria postura é a única possível, e a que possui a certeza absoluta.
Por outro lado, é pouco provável que exista o respeito quando a atitude é agressiva com a outra pessoa, nos gestos, na comunicação não verbal e nas atitudes. Mesmo com as palavras adequadas, o respeito não está presente.
Para respeitar…
É preciso considerar a sua própria visão apenas como uma possibilidade entre muitas outras.
É preciso falar na primeira pessoa, opinando e expressando o que é o seu ponto de vista, não o que marca “a lei como verdade absoluta”.
É preciso aceitar que a própria percepção, ainda que pareça objetiva, não o é em nenhum caso. A percepção está sujeita à própria interpretação, baseando-se nas experiências anteriores, no estado de ânimo e, inclusive, nas crenças prévias que já existem em cada pessoa, em função do seu próprio aprendizado.
E quando nos dirigimos aos outros, devemos fazê-lo a partir da empatia, incluindo a escuta e a observação da abordagem da outra pessoa, assim como a aceitação do seu direito de ser como decidir ser.
Entendeu agora porque empatia e respeito andam de mãos dadas? É o amor imperando !
E agora uma canção incrível, muito empática que você vai adorar !
❤️ “A Little Respect”, um dos maiores hits da lendária dupla Erasure, é a música mais incrível que você vai ouvir agora. Uma das bandas que mais fizeram sucesso na década de 1980, Erasure foi pioneira do synthpop e influenciou muitos artistas pop.
❤️ A banda, composta pelo guitarrista Vince Clarke e pelo vocalista Andy Bell, iniciou carreira no mercado musical em 1985, com o lançamento do single “Who Needs Love (Like That)” e logo em seguida estrearam com o álbum “Wonderland”.
"A Little Respect" é uma canção lançada em 1988 pelo duo britânico, sendo o terceiro single europeu (e segundo americano) do seu álbum The Innocents. A canção fala a importância do Respeito e da Empatia para todos, nós, saudosistas da boa música !
❤️ Até a próxima gente !!
Imagens do Tumblr editadas por Adriana Helena