Adriana Helena
Nos momentos de nostalgia procuramos canções que trazem boas lembranças. Eu duvido que alguém não conheça "Rebel in Me" do talentoso Jimmy Cliff que alegrou o Brasil nas décadas de 80/90. Tenho muita história para contar hoje por aqui!
Mas primeiramente, nada melhor do que começar a semana com um texto da Letícia Thompson que tocou-me profundamente neste momento de fragilidade que estou vivenciando. É importante que saibamos que somos importantes, seja para nós mesmos ou para alguém que precise da gente...
"Valemos mais que todas as belezas da terra juntas. Todas essas maravilhas que nos encantam, nos deixam extasiados e sem palavras, não receberam a forma e semelhança do próprio Deus. Nós sim.A nada foi dado o presente da eternidade. Todas as coisas passarão, mas nós, mesmo quando essa forma que nos encobre nos abandona, ainda continuamos e somos recebidos pelos braços abertos do Deus-Pai, que nos ama acima de todas as coisas.Então, por que essa ansiedade que nos impede de bem viver? Por que as horas perdidas no meio da noite pensando em como será amanhã ou depois, se as horas que matamos só nos trazem cansaço e desânimo?Se valemos mais que toda a criação é que Deus tem também um cuidado todo especial para conosco.A calma, o repouso da alma, o descanso é algo que se cultiva devagarinho.À medida que a fé aumenta, a ansiedade vai desaparecendo e quando chegamos ao ponto de dormir tranqüilos mesmo quando a tempestade agita nosso barco, é que temos a plena confiança nAquele que o dirige.A ansiedade nos conduz ao desespero que, por sua vez, nos faz tomar atitudes precipitadas e com freqüência erradas. A fé e a confiança ao contrário, nos dão segurança e nos trazem a paz, tão necessária à nossa saúde física e espiritual.Pessoas tranqüilas suportam mais facilmente a dor e as adversidades da vida, elas vivem melhor e são companhias mais agradáveis para os outros. São, na verdade, as flores que encantam as abelhas por causa do seu mel e sua doçura.E mesmo se não possuímos a princípio esse dom da calma, esse fruto do Espírito que reflete em nós a luz de Cristo, ainda assim podemos aprender. É questão de exercício, disciplina, oração. Um pouquinho mais a cada dia, até que seja alcançada a plenitude.Deus nunca nos abandona! Ele vela nosso sono e guia nossos caminhos. Nos dá sabedoria e orienta nossas decisões. Quem crê nisso, jamais se desespera.Não andeis ansiosos! Valemos mais que os lírios e todas as flores do campo! E Deus tem sempre cuidado de nós!"
Valemos mais que todos os lírios e as flores do campo
Sobre Jimmy Cliff e sua trajetória musical de sucesso
Jimmy Cliff, é um músico jamaicano de reggae e ska que só tem músicas envolventes.
Seu talento foi percebido desde a infância, quando Jimmy participava de feiras e mostras culturais cantando. Aos 14 anos, mudou-se para Kingston para dedicar-se à carreira artística.
Na capital, conheceu Leslie Kong, que cuidou de sua carreira.Nesse período, gravou dois singles que não fizeram sucesso. Seu primeiro sucesso ocorreu com o single Hurricane Hattie.
Seus sucessos locais seguintes incluíram "King of Kings", "Dearest Beverley", "Miss Jamaica", e "Pride and Passion".
Em 1964, Cliff foi escolhido como um dos representantes da Jamaica na Feira Mundial de Nova Iorque de 1964-65.
Em 1964, mudou-se para a Inglaterra após assinar contrato com a Island Records, que tentou vender o reggae para o público do rock sem sucesso.
Seu primeiro disco internacional, Hard Road to Travel, lançado em 1967, fez sua carreira dar um salto. A canção Waterfall se tornou hit no Brasil, onde ganhou o Festival Internacional da Canção em 1969. Nesse mesmo ano, a canção Wonderful World, Beautiful People chega ao Top 30 nos Estados Unidos, tornando-se um dos primeiros reggaes conhecidos fora da Jamaica.
Em 1970, Jimmy lançou o sucesso "Vietnam", que Bob Dylan considera ser a melhor canção de protesto que ele já ouvira na vida.
Cartaz do filme estrelado por Jimmy Cliff em 1972
Em 1972, estrelou o filme The Harder They Come, dirigido por Perry Henzell, que conta a história de um cantor de reggae que, em busca do sucesso, se associa a produtores musicais corruptos e traficantes de drogas. A trilha sonora do filme alcançou sucesso mundial, conferindo, ao reggae, uma projeção inédita.
Em 1975, Cliff cantou no episódio doze da primeira temporada do programa Saturday Night Live. Depois de uma série de álbuns, Cliff tirou férias e viajou à África. Em seguida, se converteu ao islamismo, mudando seu nome para El Hadj Naïm Bachir.
Participação no Brasil nos anos 80/90 e melhores momentos da carreira
Em 1980, excursionando com Gilberto Gil, lotou todos os auditórios onde pisou. Quatro anos depois, ele repetiu a façanha sozinho, em um ginásio em São Paulo e no programa de televisão Cassino do Chacrinha.
Em 1985, o álbum Cliff Hanger ganhou o Grammy Award para o melhor álbum de Reggae. Também em 1985, Cliff contribuiu para a canção Sun City, uma canção de protesto escrita e composta por Steven Van Zandt e gravada pelos Artists United Against Apartheid, um grupo de artistas que trabalharam em conjunto para transmitir suas ideias de oposição à política sul africana de apartheid.
Em 1990 participou do Rock in Rio. Ainda em 1990, Cliff participou do primeiro CD do Cidade Negra, na canção Mensagem, feita por Ras Bernardo.
Em 1991, gravou, na Bahia em Salvador o CD Breakout, lançado em 1992.. O disco contou com as participações de Olodum na canção Samba Reggae e Araketu nas canções Breakout e War a Africa.
Em 1995, lançou o single Hakuna Matata, que fez parte da trilha sonora do filme O Rei Leão.
Diferente dos outros artistas de reggae jamaicanos, Jimmy não é da religião rastafári, o que lhe causou preconceito em seu país. Sua religião é a muçulmana, após a sua conversão ao islamismo, mudou de nome para El Hadj Bachir Naim.
Rebel In Me de Jimmy Cliff é uma das canções mais lindas do reggae
"Rebel In Me" e sua harmonia rebelde
A música 'Rebel In Me' de Jimmy Cliff é uma expressão lírica que celebra a conexão e a liberdade que podem surgir quando as pessoas se reconhecem mutuamente em suas essências rebeldes e amorosas.
A letra sugere que dentro de cada um de nós existe um rebelde e um amante, e que o encontro dessas duas forças pode levar a uma harmonia poderosa e libertadora.
Jimmy Cliff, conhecido por suas contribuições ao reggae e por letras que frequentemente abordam temas de resistência e amor, utiliza a repetição para enfatizar a importância da reciprocidade e do compartilhamento dessas qualidades intrínsecas.
O encontro das forças rebelde e amante leva a uma harmonia poderosa
A rebelião mencionada na canção pode ser interpretada como uma metáfora para a luta contra as injustiças ou o status quo, enquanto o amor representa a compaixão e a conexão humana que podem transcender as barreiras sociais e pessoais.
A música também destaca a profundidade e a necessidade de devoção no amor, sugerindo que o amor verdadeiro é um oceano profundo que requer dedicação e cuidado. A ideia de que o amor e a rebeldia podem coexistir e se reforçar mutuamente é um chamado para que as pessoas reconheçam e abracem essas facetas de si mesmas, criando assim um mundo mais harmonioso e amoroso. Tomara que aprecie a edição da semana!
Referências e Pesquisa
Outras lindas canções de Jimmy Cliff