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Precisamos parar de ter pressa com aquilo que leva tempo


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Pare de pular etapas. Processos são necessários e, embora seja tão difícil esperar, há coisas que levam tempo.


Thamilly Rozendo

Pare de pular etapas. Processos são necessários e, embora seja tão difícil esperar, há coisas que levam tempo. Queremos apressar tudo, controlar todas as coisas e quando não conseguimos, ficamos angustiados. Achamos que não irá acontecer, que não vai dar certo.

Ultimamente tenho pensado muito nisso e do quanto a gente se sabota tentando apressar coisas que levam tempo. Por exemplo, se você decidir estudar para um concurso deve entender o quanto a persistência, dedicação e tempo são essenciais para que você conquiste a sua vaga. Acontece que, a gente tem a mania de desistir no meio no caminho. Isso vale para tantas coisas. Inclusive os nossos sonhos. A partir do momento que olhamos para o tempo, não como uma trave, mas como um meio necessário para nos lapidar e nos preparar para aquilo que iremos viver, a nossa ânsia por querer tudo já e agora, começa a mudar.

Quem aqui não quer ser bem-sucedido no trabalho? Ter sucesso profissional? Ou talvez você queira um relacionamento, uma família, uma viagem…. Não sei. Apenas descobri, depois de muita teimosia, que o tempo nos ensina. Nos prepara para coisas que sem toda essa bagagem e aprendizado, jamais seríamos capazes de assumir. De ter. E também de ser. Calma, algumas coisas levam mais tempo que outras e isso não significa que nunca irão acontecer. Se você terminou um relacionamento, respeite seu tempo. Suas fases. Seu sentimento diante disso. E isso vale para quem está em busca de um sonho, reconhecimento profissional, sucesso…. Não tente apressar aquilo que necessita de tempo.

Os processos são importantes. As fases também. Você se torna grande não quando pula etapas, mas quando se respeita, faz o que está ao seu alcance e entende que nem tudo depende de você. Não se cobre por coisas que não estão ao seu alcance. Cada coisa ao seu tempo. A sua vez irá chegar. Sempre chega, para quem não estaciona.





O experimento do violinista no metrô : uma prova de que olhamos sem ver



O Washington Post quis provar até que ponto as pessoas eram capazes de reconhecer algo bonito ou sublime quando a beleza competia com a rotina. Infelizmente, provou o contrário: que olhamos sem ver e ouvimos sem escutar.


O experimento social do violinista no metrô foi realizado para provar que olhamos sem ver. Foi realizado pela primeira vez em 2007 e repetido após sete anos. Seu protagonista foi o famoso violinista Joshua Bell, e ele provou que os seres humanos são bons em ignorar a beleza.

O experimento foi organizado pelo jornal Washington Post. Partia de uma pergunta: a beleza é capaz de capturar a atenção das pessoas se for apresentada no contexto cotidiano e em um momento inadequado?

Em outras palavras: as pessoas são capazes de reconhecer o belo fora dos cenários em que esperam que ele esteja?

O resultado final mostrou que olhamos sem ver e ouvimos sem escutar. Nos deixamos levar pelas aparências e estamos tão absorvidos que não somos capazes de descobrir as belezas ocultas.

“Tudo tem sua beleza, mas nem todos podem vê-la”.  - Confúcio -




Joshua Bell, um virtuoso

Joshua Bell é um dos melhores violinistas do mundo. Nasceu em Indiana (Estados Unidos) em 1967. Quando era muito pequeno, seus pais o viram reproduzindo o som do piano que sua mãe tocava, com faixas de borracha. Ele tinha apenas 4 anos de idade.

Seu pai lhe comprou um violino e aos 7 anos o garoto já fazia seu primeiro show.

A característica mais marcante de Joshua Bell é seu amor pela música clássica e sua defesa de uma ideia: ela deve estar ao alcance de todos os públicos. Ele não é um daqueles músicos que pensam que ela é válida apenas em determinados ambientes ou para um público treinado.

Bell apareceu na Vila Sésamo e participou da criação de várias trilhas sonoras para filmes. Além disso, interpretou o tema central do filme O Violino Vermelho e atuou como o dublê do protagonista em várias cenas.

Por isso, o Washington Post achou que Joshua Bell era o personagem mais indicado para o seu experimento social.


O experimento do violinista no metrô

O experimento do violinista no metrô consistia em colocar Joshua Bell para tocar violino em uma estação muito popular do metrô de Washington, em um momento de grande circulação de pessoas.

Bell quis interpretar a música com seu valioso violino Stradivarius, avaliado em mais de três milhões de dólares.

Os criadores do experimento estimaram que entre 75 e 100 pessoas parariam para escutá-lo. Também acreditavam que Bell receberia pelo menos 100 dólares ao longo da duração de sua performance.

Três dias antes, ele havia dado um concerto em que os presentes haviam pago 100 dólares para ouvi-lo em cadeiras não muito bem localizadas.

O dia marcado foi 12 de janeiro de 2007 às 7:51 da manhã. Bell estava vestido com uma camisa de mangas compridas, jeans e boné. Ele começou interpretando uma obra de Johann Sebatian Bach, depois continuou sua magistral interpretação com a Ave Maria de Shubert e várias outras peças.

Rapidamente, ficou evidente que olhamos sem ver e ouvimos sem escutar.





Olhamos sem ver e ouvimos sem escutar

No total, o prodígio do violino tocou por 47 minutos. Durante esse tempo, 1.097 pessoas passaram.

Para a grande surpresa de todos, apenas seis delas pararam para escutar. No total, ele ganhou 32 dólares e 17 centavos pela sua performance. Joshua Bell disse, mais tarde, que o mais frustrante foi terminar suas interpretações e ver que ninguém o aplaudia.

Apenas uma mulher o reconheceu e um homem parou para escutá-lo por seis minutos. Era um jovem de 30 anos chamado John David Mortensen, um funcionário do departamento de energia do Estado.

Mais tarde, ele disse que os únicos clássicos que conhecia eram os clássicos do rock. No entanto, a música de Bell lhe pareceu sublime e ele decidiu parar para ouvir. “Senti paz“, disse ele.

A prova de que olhamos sem ver e ouvimos sem escutar é que a maioria dos que passavam ficava completamente indiferente ao espetáculo. Para Bell, também foi desanimador sentir-se tão ignorado.

Por isso, sete anos depois, ele voltou a tocar no mesmo lugar, mas precedido por uma grande publicidade. Desta vez, centenas de pessoas se reuniram ao seu redor.

O objetivo era levar a música clássica aos jovens e Bell fez um pequeno concerto didático. Ele lamentou que tantas pessoas no mundo não conseguissem identificar a beleza em muitos momentos, e quis fazer algo para superar essa deficiência.










Pressa x resultado



Eu vi esse tweet um dia desses e favoritei. Vi que não devia o respeito certo aos conhecimentos dos meus ancestrais. Realmente, hoje com sistemas de busca, tudo parece ter uma solução mágica e rápida. Qualquer pessoa se sente capaz de fazer qualquer coisa, desde uma bricolagem qualquer, até mesmo uma bomba (atômica).
Isso tem um lado bom e outros lados maus.
Um deles é a pressa.
Já diziam que a pressa é inimiga da perfeição. Essa mesma pressa que acomente os jovens, um eterno anseio de movimento e de respostas rápidas, mas da qual muitas pessoas não conseguem se livrar. A pressa já até é reconhecida como doença.
Essa imediatidade gera uma série de transtornos dentro e fora do indíviduo.


Muitas vezes, as pessoas são descartadas ou desconsideradas porque, apesar de seu talento e excelente capacidade de soluções (e criatividade) não conseguem apresentar a resposta esperada em tempo dito hábil.
Muitos até consideram a busca de um produto, melhorando a qualidade e rapidez dessas respostas. Isso é positivo? Sim! Mas, até que ponto?
Alguns ainda, como o sociólogo italiano Domenico Masi, defendem o ócio criativo.
Não que eu admire o ócio, admiro a criatividade, em qualquer tempo, qualquer ritmo.
Adoro pessoas saindo do quadrado com qualquer projeto que seja, mas, preciso reconhecer, se existe essa manifestação sobre a necessidade de “dar um tempo”,  está claro o recado: é preciso pisar no freio.
Não somos onipotentes e nem precisamos ser.

Roberta Fraga

Crio seres imaginários, escrevo contos, costuro histórias.


Postado no blog Livros e Afins