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Microplásticos são encontrados em pinguins na Antártica e preocupam cientistas


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Gabriela Glette

A quantidade de plástico no mundo é tão grande que, em 2050 os oceanos abrigarão mais detritos plásticos do que peixes. Este dado foi apresentado pela Fundação Ellen MacArthur, uma das mais respeitadas no meio. Longe de ser um dado sem fundamento ou sensacionalista, cientistas da Universidade de Coimbra – Portugal, encontraram microplásticos no organismo de pinguins que habitam a Antártica, realidade que nos mostra que a alimentação destes animais já está sendo afetada pela poluição gerada por nós mesmos.

Para chegar à conclusão, os pesquisadores analisaram 80 amostras de fezes de pinguins da espécie Gentoo pygocelis papua. O microplástico estava presente em 20% delas. De acordo com o estudo – publicado na revista Scientific Reports, os microplásticos encontrados eram partículas minúsculas de diferentes tamanhos, formatos e cores, o que indica uma variedade do material no território da Antártica.

Se os detritos plásticos já chegaram ao continente mais frio e menos habitado do planeta, certamente os animais que vivem em áreas com maior densidade demográfica são ainda mais afetados. Este estudo, portanto, confirma as piores expectativas: este tipo de poluição já entrou na cadeia alimentar marinha, inclusive nos locais mais remotos do planeta.

De acordo com José Xavier – principal autor da pesquisa: “Esta descoberta é de muita importância para desenvolver novas medidas para reduzir a poluição na Antártida, particularmente relacionada com plásticos, podendo servir de exemplo para outras regiões do mundo”.

A importância de investir na economia circular

Os plásticos são parte fundamental do nosso cotidiano, mas também um dos exemplos mais emblemáticos da nossa atual economia linear ‘extrair-transformar-descartar’. Com quase 8 milhões de toneladas de plásticos caindo no oceano a cada ano, nós precisamos repensar a nossa forma de produzir, usar e reutilizar plásticos com urgência.

É por isto que a Economia Circular surge como um verdadeiro catalisador, já que distingue-se como um modelo focado na manutenção do valor de produtos e materiais durante um maior período de tempo. É preciso repensar o consumo. Cuidar do planeta não é apenas separar o lixo ou tomar banhos rápidos, mas sobretudo, o que compramos e a quais empresas entregamos nosso dinheiro.






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No plástico, o fim dos desertos?







Árvores de plástico podem acabar com os desertos, transformando-os em áreas de abundante vegetação natural… Pelo menos é o que afirma o engenheiro espanhol Antonio Ibañez de Alba, idealizador do sistema que deve causar a formidável mudança.


O processo começa pelo plantio, na borda do deserto, de palmeiras de plástico (poliuretano) capazes de absorver a água que se forma à noite, quando a temperatura cai muito e parte da umidade do ar se condensa sob a forma de gotinhas de água.

Essas gotinhas são absorvidas pelas folhas de poliuretano e levadas até o centro do tronco das palmeiras, que funciona como um reservatório.

As raízes das palmeiras, também de poliuretano, têm função semelhante: absorvem as gotinhas que chegam ao solo e as conduzem até o reservatório.

Durante o dia, o vapor desa água, liberado pelas folhas, eleva a umidade do ar. E a sombra das palmeiras de plástico diminui a temperatura da área.

Alguns meses depois, o aumento da umidade e a diminuição da temperatura permitem que nuvens penetrem na região.

Como a copa dessas árvores de plástico é branca, a luz do sol se reflete nas folhas delas e atinge as nuvens, o que favorece a ocorrência de chuvas.

Nessa fase, são plantados pequenos arbustos naturais à sombra das almeiras de plástico. À medida que a vegetação verdadeira se desenvolve, as palmeiras artificiais são arrancadas e replantadas mais adiante.

Em pouco tempo, pelo menos em teoria, o deserto acaba desaparecendo. A Austrália, Argélia e Arábia já demonstraram interesse no projeto.

Postado no Blog Reporter Net em 09/03/2012