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Para uma vida com qualidade

 


Para falar de qualidade de vida, precisamos colocar o foco na pessoa. Pensar e agir em função das suas necessidades, seus direitos e seu bem-estar a fim de ajudá-la a alcançar uma vida que vale a pena viver.

Viver e viver com qualidade não são a mesma coisa. Esse pequeno sobrenome que damos à vida é o que nutre a verdadeira felicidade e satisfação pessoal. Embora a qualidade de vida tenha sido mais trabalhada no mundo da deficiência intelectual, é um aspecto que afeta a todos nós.

Você já parou para refletir sobre o que realmente significa qualidade de vida? O que significa viver com qualidade? Significa apenas ter saúde física e mental? Você poderia ter uma vida digna e sem doenças, mas com pessoas ao seu redor que fariam e decidiriam tudo por você?

Esta última questão é muito interessante e o ponto de partida desse conceito. Muitas vezes pensamos que uma “vida boa” é ter pessoas que fazem tudo por você. Pessoas que limpem você, que cozinhem para você, que deem para você tudo o que você gosta, etc. No entanto, é possível ser realmente feliz e se sentir útil dessa forma?


O que significa qualidade de vida?

Antes de dar alguns passos em direção ao bem-estar, devemos parar e pensar no que significa ser feliz, como podemos saber se nossa vida tem qualidade ou não e do que precisamos para melhorar essa qualidade. O primeiro passo que teríamos que dar seria entender o que realmente significa a qualidade de vida.

Os autores Schalock e Verdugo, expoentes máximos desse modelo, explicam que uma pessoa pode ter qualidade de vida quando suas necessidades são satisfeitas e ela tem a oportunidade de enriquecer sua vida nas áreas que seriam importantes. O que significa isso? Como saber se nossas necessidades são satisfeitas?

Podemos decompor o que significa qualidade e dividir sua semântica em partes menores para enxergar melhor seu significado completo. Para fazer isso, podemos dividir a qualidade de vida em oito dimensões ou áreas que todos deveriam cultivar. As dimensões da qualidade de vida são o bem-estar emocional e material, as relações pessoais, o desenvolvimento pessoal, o bem-estar físico, a autodeterminação, a inclusão social e os direitos.

Os pilares que sustentam a felicidade das pessoas são independência, participação social e bem-estar físico e mental. Se um desses pilares for quebrado ou enfraquecido, a satisfação da pessoa também pode ser prejudicada.

A importância daqueles que nos rodeiam

Os seres humanos não vivem em bolhas, isolados dos outros. Não podemos compreender a qualidade de vida sem levar em conta as pessoas ao nosso redor. Isso inclui tanto pessoas próximas a nós quanto outras que talvez nem sequer conhecemos, mas que de uma forma ou de outra nos influenciam.

A família, as pessoas com quem você mora, os amigos e colegas de trabalho são pessoas com as quais você interage diariamente. Com elas você ri, cria momentos felizes, recebe apoio nos momentos tristes, aproveita o seu tempo livre e compartilha a maior parte da sua vida.

Não podemos esquecer que vivemos cercados de outras pessoas ou grupos que também acabam influenciando o nosso dia a dia. As pessoas que fazem parte da comunidade, como a mulher que nos atende no supermercado, a professora da academia, o vizinho do lado, etc., também exercem impactos na nossa vida.

Além disso, todos fazemos parte de uma cultura que segue certas leis ou regras sociais. Essas normas impactam nossa maneira de ver a vida, nossos valores, nossas crenças e o significado do que nos rodeia. O que em uma determinada cultura pode ser considerado algo positivo em outra pode ser visto de forma muito negativa.

Passos que nos aproximam de uma vida com qualidade

Dependendo de onde estivermos, a maneira de melhorar a qualidade de vida assume uma forma ou outra. Quando falamos do sistema social e cultural, os passos necessários serão a modificação das políticas sociais, os direitos e a igualdade, bem como a existência de um suporte econômico para que se possa avançar.

Quando falamos de qualidade de vida nas empresas ou organizações que nos rodeiam, temos que direcionar o foco para a mudança organizacional, as políticas internas e externas, as atividades e a formação direcionadas à inclusão dessa visão na organização.

Se o que queremos é exercer um impacto na qualidade de vida de uma pessoa, teremos que nos concentrar nas oito dimensões que comentamos. Um dos modelos mais úteis para melhorar a qualidade de vida de outras pessoas é o planejamento centrado na pessoa.


Planejamento centrado na pessoa

O planejamento centrado na pessoa ou PCP se baseia em focar na pessoa, posicionando-a bem no centro daquilo que queremos observar. Esse olhar deve sempre levar em conta que o ser humano é único, tem direitos inalienáveis, é um ser independente com gostos e preferências próprias.

Conhecer e entender o que a pessoa sente, quais são seus pontos fortes, suas aspirações e capacidades será essencial no processo de melhoria da qualidade de vida. É necessário dar voz à pessoa, empoderá-la e atender as suas necessidades e as necessidades das pessoas ao seu redor.

Satisfazer as dimensões da qualidade de vida da pessoa, cuidar de quem está ao seu redor e nos apoiar nos pilares da autodeterminação, da participação social e do bem-estar são os passos que devemos dar para começar a trilhar esse longo caminho que chamamos de qualidade de vida.


Bibliografia

Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.

Todos somos todos. Derechos y calidad de vida de las personas con discapacidad intelectual mayores necesidades de apoyo. Informe ejecutivo

El concepto de calidad de vida en los servicios y apoyos para personas con discapacidad intelectual. Schalock y Verdugo.

Modelo de calidad de vida aplicado a la atención residencial de personas con necesidades complejas de apoyo.

Discapacidad e inclusión. Manual para la docencia, Schalock y Verdugo. 2013

Calidad de vida. Manual para profesionales de la educación, salud y servicios sociales. Schalock y Verdugo. 2003.

Planificación centrada en la persona. Guía FEAPS. 20007


 Escrito e verificado por a psicóloga Andrea Pérez.






Brasil alcança melhor campanha de sua história nos Jogos Paralímpicos




247 - O Brasil alcançou neste sábado (7) sua melhor campanha na história dos Jogos Paralímpicos, superando marcas anteriores em número de medalhas, pódios e ouros. Com um total de 86 medalhas, sendo 23 de ouro, o país garantiu seu lugar entre as seis melhores nações do mundo no quadro geral. O destaque foi o desempenho no judô, com a conquista de oito medalhas, incluindo quatro ouros, o que garantiu ao Brasil a primeira colocação no quadro de medalhas da modalidade.

A participação das mulheres também foi fundamental, representando mais da metade das medalhas brasileiras, com 12 ouros femininos entre as conquistas. Além disso, o país garantiu pódios em 12 das 20 modalidades em que competiu, com estreias marcantes no badminton, tiro esportivo e triatlo. O programa Bolsa Atleta, presente em todas as conquistas, foi essencial para o sucesso dos atletas brasileiros, que competiram em Paris com apoio direto do governo federal.

Entre os atletas que brilharam, destacam-se Wilians Araújo e Arthur Silva, que conquistaram o ouro no judô, além de Rayane Soares e Jerusa Geber, que se sagraram campeãs no atletismo. O desempenho excepcional do Brasil nos Jogos de Paris consolida o país como uma potência no esporte paralímpico, com um futuro promissor pela frente.






Clique no link abaixo para ler :













Confira as medalhas do Brasil nos Jogos Paralímpicos Paris 2024

Medalhas de ouro 🥇

Gabriel Araújo | Natação | 100m costas - S2
Júlio Agripino dos Santos | Atletismo | 5000m - T1
Ricardo Mendonça | Atletismo | 100m - T37
Petrúcio Ferreira | Atletismo | 100m - T47
Ana Carolina Moura | Taekwondo | -65kg - K44
Carol Santiago | Natação | 100m costas - S12
Gabriel Araújo | Natação | 50m costas - S2
Fernanda Yara | Atletismo | 400m - T47
Claudiney Batista | Atletismo | Lançamento de disco - F56
Gabriel Araújo | Natação | 200m livre - S2
Carol Santiago | Natação | 50m livre - S13
Elizabeth Gomes | Atletismo | Lançamento de disco - F53
Yeltsin Jacques | Atletismo | 1500m - T11
Jerusa Geber | Atletismo | 100m - T11
Carol Santiago | Natação | 100m livre - S12
Talisson Glock | Natação | 400m livre - S6
Alana Maldonado | Judô | -70kg - J2
Rayane Soares | Atletismo | 400m - T13
Arthur Silva | Judô | -90kg - J1
Mariana D`Andrea | Halterofilismo | Até 73kg
Willians Araújo | Judô | +90kg - J1
Rebeca Silva | Judô | +70kg - J2
Jerusa Geber | Atletismo | 200m - T11

Medalhas de prata 🥈

Phelipe Rodrigues | Natação | 50m livre - S10
Wendell Belarmino | Natação | 100m livre - S11
Thalita Vitória Simplício | Atletismo | 400m - T11
Alexandre Galcani | Tiro Esportivo | Carabina de ar deitado 10m - SH2
Elizabeth Gomes | Atletismo | Arremesso de peso - F54
Renan Cordeiro | Triatlo | PTS5
Débora Carneiro | Natação | 100m peito - SB14
Aser Mateus | Atletismo | Salto em distância - T36
Raissa Rocha Machado | Atletismo | Lançamento de dardo - F56
Rayane Soares | Atletismo | 100m - T13
Joeferson Marinho | Atletismo | 100m - T12
Bartolomeu Chaves | Atletismo | 400m - T37
Patrícia Pereira | Natação | 50m peito - SB3
Matheus Rheine, Douglas Matera, Carol Santiago e Lucilene da Silva | Natação | Revezamento 4x100m livre misto - 49 pontos
Wanna Brito | Atletismo | Arremesso de peso - F32
Talisson Glock | Natação | 100m livre - S6
Carol Santiago | Natação | 100m peito - SB12
Cecília Araújo | Natação | 50m livre - S8
Brenda Freitas | Judô | -70kg - J1
Gabriel Bandeira | Natação | 100m costas - S14
Zileide da Silva | Atletismo | Salto em distância - T20
Thiago Paulino | Atletismo | Arremesso de peso - F57
Ricardo Mendonça | Atletismo | 200m - T37
Luis Carlos Cardoso | Canoagem | Caiaque KL1 200m
Erika Zoaga | Judô | +70kg - J1

Medalhas de bronze 🥉

Gabriel Bandeira | Natação | 100m borboleta - S14
Yeltsin Jacques | Atletismo | 5000m - T1
Joyce Oliveira e Cátia Oliveira | Tênis de mesa | Duplas - WD5
Talisson Glock | Natação | 200m medley - SM6
Patrícia Pereira, Lídia Cruz, Daniel Xavier Mendes e Talisson Glock | Natação | Revezamento 4x50m livre - 20 pontos
Silvana Fernandes | Taekwondo | -57kg - K44
Giovanna Gonçalves | Atletismo | Lançamento de club - F32
Luiz Filipe Manara e Cláudio Massad | Tênis de mesa | Duplas - MD18
Bruna Alexandre e Danielle Rauen | Tênis de mesa | Duplas - WD20
Maria Clara Augusto | Atletismo | 400m - T47
Cícero Nobre | Atletismo | Lançamento de dardo - F57
Lídia Cruz | Natação | 150m medley feminino - SM4
Arthur Xavier, Gabriel Bandeira, Beatriz Borges e Ana Karolina Soares | Natação | revezamento 4x100m livre misto - S14
André Rocha | Atletismo | Lançamento de disco - F52
Beatriz Carneiro | Natação | 100m peito - SB14
Vinícius Rodrigues | Atletismo | 100m - T63
Vitor Tavares | Badminton | Individual - SH6
Júlio Agripino dos Santos | Atletismo | 1500m - T11
Bruna Alexandre | Tênis de mesa | Feminino - WS10
Mariana Ribeiro | Natação | 100m costas - S9
Mayara Petzold | Natação | 50m borboleta - S6
Mateus Evangelista | Atletismo | Salto em distância - T37
Lorena Spoladore | Atletismo | 100m - T11
Lara Lima | Halterofilismo | Até 41kg
Mariana Ribeiro | Natação | 100m livre - S9
Verônica Hipólito | Atletismo | 100m - T36
Ariosvaldo Fernandes | Atletismo | 100m - T53
Brasil | Goalball | Masculino
Rosicleide Andrade | Judô | -48kg - J1
Keyla Silva Barros | Atletismo | 1500m - T20
Maria de Fátima | Halterofilismo | Até 67kg
Miqueias Rodrigues | Canoagem | Caiaque KL3 200m
Christian Gabriel | Atletismo | 200m - T37
Paulo Henrique Andrade | Atletismo | Salto em distância - T13
Brasil | Futebol de cegos
Marcelo Casanova | Judô | -90kg - J2
Lídia Cruz | Natação | 50m costas - S4
Thomaz Moraes | Atletismo | 400m - T47


Recomendo a série The Good Bad Mother na Netflix





 

Fica até o final comigo… 😃


A série coreana The Good Bad Mother traz o impacto que uma deficiência física causa na vida de uma pessoa, assim como a todos que fazem parte de seu círculo familiar e amigos mais próximos.

Mostra, também, todo o sofrimento e resiliência de uma mãe que vê seu filho se tornar totalmente dependente em sua rotina de vida.

Muito bom e realista o depoimento de Alex Abreu. Pedindo licença faço minhas as suas palavras. Sábios conselhos e lições de vida, que todos deveriam aproveitar, sem precisar passar por situação tão traumática de uma deficiência física com dependência total de outras pessoas.

Como estou cadeirante há 20 anos, passei por tudo, mas graças à pessoas maravilhosas como minha Mãe, Pai, irmã, amigos e auxiliares, superei as piores fases e, hoje, olhando para trás, só tenho Gratidão em meu coração.

( Rosa Maria - Editora do Blog )







Como lidar com uma deficiência física ?

 


Como lidar com uma deficiência adquirida? Este é um tema complexo que tentaremos abordar por meio da visão dos pacientes e profissionais do setor.

Lidar com uma deficiência física adquirida é uma questão muito complexa. Esta é uma situação que ocorre com muita frequência e que constitui um grande desafio pessoal devido ao grande choque que gera a nível emocional em praticamente todas as áreas da vida.

De acordo com o Observatório Estadual de Deficiências, a deficiência física (motora ou orgânica) é a mais prevalente hoje. A seguir, propomos algumas ideias para iniciar este novo processo que envolve o enfrentamento de diversos lutos (nossa vida anterior, nossa nova funcionalidade e corpo, outras perdas associadas e, em última instância, a nova realidade que temos que viver).

Como lidar com uma deficiência?




Segundo Anna Gilabert, psicóloga do Institut Guttmann que também sofre uma lesão na medula espinhal devido a um acidente que a obriga a usar uma cadeira de rodas, conviver com uma lesão neurológica e se adaptar a ela não é uma tarefa fácil. Esta psicóloga afirma que esta nova realidade implica enfrentar certas dificuldades em todas as esferas da vida: biológica, psicológica e social.

“O grau de adaptação funcional a esta circunstância vital e a experiência subjetiva de cada um dependerão de diversos fatores: as características da lesão, o ambiente sociocultural, a personalidade, o ciclo de vida, a estrutura familiar… e o gênero”.   - Anna Gilabert -

Cada pessoa terá seus próprios recursos para lidar com a sua deficiência, sejam pessoais ou fornecidos por aqueles ao seu redor. Deixamos aqui algumas primeiras ideias a respeito de como enfrentar uma deficiência, neste caso física e adquirida:

  • Permita-se sentir
Enfrentar uma deficiência física significa enfrentar uma situação complicada porque este é um choque com a nossa vida anterior. Assim, há uma ruptura com o eu de antes e com o eu de agora que exige mudanças e adaptações. Muitas atividades diárias podem gerar um grande choque emocional, por isso é importante nos permitir sentir; todas as emoções são válidas.

Não se reprima nesse sentido e tente remover a culpa dos seus sentimentos. Se eles estão lá, é por um motivo; lembre-se de que as emoções são adaptativas, embora às vezes sejam dolorosas. Além disso, elas irão evoluir se permitirmos que façam isso.

“Não vamos esquecer que as pequenas emoções são as grandes capitãs de nossas vidas, e que as obedecemos sem perceber.”   - Vincent van Gogh -

 

  • Deixe as emoções fluírem
Em consonância com o ponto anterior, deixar que nossas emoções fluam nos permitirá, em parte, dar-lhes espaço e canalizá-las. Nesta fase, em que teremos que ver a deficiência pela primeira vez, será totalmente normal sentir emoções como raiva, tristeza, desamparo, frustração…

Todas elas fazem parte do luto (do qual trataremos no próximo ponto). Por que é importante deixar as emoções fluírem? Porque elas nos ajudarão a nos ajustar à nova realidade. Como afirma a psicóloga Dafne Cataluña, as emoções têm uma série de funções:

Elas evocam conforto quando estamos tristes.

Elas nos distanciam do que é tóxico.

Elas ajudam a criar energia quando algo bloqueia nossos objetivos.

Elas permitem que você busque segurança contra ameaças.

Em última análise, as emoções nos ajudam a sobreviver. Por isso, devemos dar-lhes a importância que merecem e, sobretudo, pedir ajuda psicológica se sentirmos que não sabemos como gerenciá-las.

  • Controle a raiva para lidar com a sua deficiência

Outra ideia que nos ajudará na tarefa de enfrentar uma deficiência é controlar a raiva. Essa é uma emoção que aparece com muita frequência nesse tipo de situação, e é até provável que acabemos descontando em nossos entes queridos por esse desconforto interior que carregamos.

Em primeiro lugar, não se culpe por isso; ouça a si mesmo e entenda por que está agindo assim.

A raiva pode surgir por diversos motivos: pela frustração de não podermos mudar a nova situação, por pensamentos como “por que eu?”, pela raiva de si mesmo por ter feito isso ou aquilo (pensar que poderíamos ter evitado o acidente que nos conduziu a esta nova realidade, por exemplo), etc.

Para administrar essa emoção, devemos entender sua origem e também dar-lhe seu espaço e seu significado. Existem muitas maneiras de canalizar esta e outras emoções: compartilhando a forma como nos sentimos, pedindo ajuda, praticando esportes e outros hobbies, buscando novos desafios, escrevendo, etc.

  • Converse com pessoas na mesma situação

Muitas pessoas que acabam de adquirir uma deficiência física dizem que o que mais as ajuda é conversar com pessoas que já passaram pela mesma coisa. No final das contas, falar com essas pessoas significa falar com quem pode nos entender muito mais do que alguém que não viveu o mesmo, então a empatia é importante aqui.

Fazer isso pode nos ajudar a perceber as muitas coisas que ainda podemos fazer, a compartilhar experiências, dúvidas e sentimentos, a relativizar, a sentir-nos acompanhados, etc. Em última análise, trata-se de ser capaz de observar como os outros superaram esse problema e como conseguiram ser felizes novamente em sua nova realidade.
Experimente uma nova atividade

Seja um esporte, um curso de culinária, uma nova faculdade, um novo desafio… Sem se forçar. Isso pode ajudá-lo a se distanciar da nova realidade, mas de forma saudável, investindo seu tempo e energia em coisas novas que façam você se divertir.

Às vezes, o objetivo não é tanto curtir, mas sair da apatia em que costumamos mergulhar neste tipo de situação.

  • Peça ajuda se precisar



Também será importante cercar-nos dos nossos entes queridos e procurar espaços e pessoas com quem partilhar o que sentimos, além de pedir ajuda profissional quando sentirmos necessidade.

Os hospitais de reabilitação que atendem pessoas que acabaram de adquirir uma deficiência contam com esse tipo de profissional, e isso porque é fundamental administrar a parte emocional de todo esse processo, além da própria reabilitação física (e médica).

Lidar com uma deficiência dá início a uma nova realidade

Como vimos, enfrentar uma deficiência implica um desafio complexo, pois significa enfrentar uma nova realidade em que, embora sejamos os mesmos, muita coisa mudou.

É conveniente saber que este é um caminho, um processo de aceitação. Nele, aos poucos, vamos nos sentindo melhor. É claro que algo assim não será aceito da noite para o dia.

Para enfrentar esta situação, devemos nos apoiar em nosso entorno e trabalhar muito os medos, dúvidas e inseguranças que surgem ao longo do caminho, apostando no nosso bem-estar e lutando pelas coisas que nos fazem sentir bem novamente.

“A deficiência envolve uma situação de crise e mudanças em muitos aspectos da vida de uma pessoa. Cada mudança envolve a necessidade de repensar os próprios valores e a visão de si mesmo e do mundo. Nesse caso, trabalhar o autoconceito é a chave para fazer a pessoa se sentir útil e melhorar seus níveis de autoestima.”

 - Testemunho de uma pessoa com deficiência física adquirida -






Como lidar com uma deficiência física ?

 


Como lidar com uma deficiência adquirida? Este é um tema complexo que tentaremos abordar por meio da visão dos pacientes e profissionais do setor.

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