Deputado Federal Rubens Paiva com a família. Morto durante tortura, na ditadura militar brasileira (1964 a 1985), deixou a esposa e
5 filhos pequenos.
Ninguém está preparado para enfrentar a perda de um ente querido, especialmente a morte de uma mãe. Para muitos, essa pode ser a experiência mais traumática de suas vidas. O que podemos fazer para lidar com esse luto?
"Perder uma mãe é possivelmente a primeira experiência pela qual você passará sem que ela esteja presente para apoiá-lo."
"Após a perda de um ente querido, é normal sentir uma espécie de entorpecimento emocional. É difícil reagirmos às coisas, a vida passa mais devagar e não é fácil estar conectado com o exterior, com o que está acontecendo ao nosso redor. Isso faz parte do próprio luto."
"Uma forma de homenagear nossa mãe é ter a vida que ela desejaria para nós. Ser feliz é uma forma de homenageá-la. A sua memória viverá para sempre nos nossos corações e é assim que a tornamos presente todos os dias."
Lula acerta ao dizer que não há na História nada semelhante ao que está acontecendo na Faixa de Gaza, a não ser “quando Hitler resolveu matar judeus”
Dando um passo além nas contínuas denúncias dos crimes cometidos por Israel contra os palestinos, o presidente Lula causou furor ao fazer uma comparação entre o que ocorre hoje em Gaza e o que Hitler fez com os judeus durante o nazismo.A comparação entre genocídios é sempre delicada pois a experiência vivenciada por cada povo afetado é inigualável. Cada um representa uma narrativa singular e dolorosa na história das comunidades vitimadas. Logo, não há como estabelecer qualquer hierarquia entre genocídios. É impossível estabelecer uma métrica objetiva para determinar o 'pior' genocídio da história. Categorizar historicamente vítimas maiores ou menores é uma perigosa armadilha de reprodução de racismo.A contradição de o povo judaico ser ora vítima e agora algoz é palpável, tenebrosa e desalentadora. Lula externou o que está no imaginário de muitos de nós. Uma comparação que causa muita dor a judias e judeus de todo mundo, que tiveram as suas vidas cindidas pelo genocídio dos judeus na Europa, e agora veem um crime similar sendo cometido, supostamente em seu nome. Enquanto coletivo de judias e judeus, temos antepassados que foram vítimas do Holocausto nazista, e entendemos que nosso imperativo ético é nos posicionarmos contra o genocídio do povo palestino e contra a utilização da nossa defesa como justificativa.Se a criação e fundação de um Estado judaico foi uma medida de sobrevivência num mundo sitiado, ela logo se tornou um pesadelo. O Estado de Israel não trouxe emancipação verdadeira aos judeus pois a sua existência é mantida às custas da negação da autodeterminação dos palestinos. As lideranças israelenses seguem promovendo um massacre contra palestinos e ainda ameaçam a vida de judeus e judias em todo o mundo. Israel representa hoje a maior fonte de insegurança para todos os judeus do planeta ao usar nossa identidade como fachada e justificativa para sua campanha de terror.Por isso, defendemos e acreditamos que as palavras de Lula são de grande importância pois levantam questões relacionadas à urgência da ação, como um chamado definitivo dirigido a todos para agir diante do que ocorre em Gaza neste momento. Frente à incapacidade da ONU e de várias organizações internacionais em conter a violência perpetrada por Israel em Gaza, destaca-se a importância vital da postura demonstrada por líderes internacionais como Lula, que levantam suas vozes contra o que é já considerado por incontáveis especialistas como um genocídio contra o povo palestino.As palavras têm poder. Se a forma como Lula se expressou na ocasião foi pouco cuidadosa – tropeçando justamente neste ninho de comparações forçadas – sua fala tem o objetivo de atingir a imaginação e provocar uma crise moral sobre Israel. O pedido de impeachment protocolado pelos deputados bolsonaristas é uma medida descabida, assim como as acusações de antissemitismo – cujo real objetivo é deslegitimar o governo e a diplomacia brasileira. Não acreditamos que judeus brasileiros estão em risco por causa de sua declaração.Apoiamos as colocações do presidente Lula e cobramos que a radicalidade de suas palavras seja colocada em prática. Seria um gesto diplomático de relevância gigantesca romper todas as relações entre o estado brasileiro e Israel, em especial as relações militares que também fortalecem a barbárie em terras brasileiras, com a compra de armas e tecnologias de controle social que são usadas para atingir a vida do povo negro nas favelas. Convocar o embaixador brasileiro em Tel Aviv foi um passo ainda insuficiente nessa direção.Por fim, convidamos a todas e todos, mas principalmente ao governo brasileiro a atender as demandas do movimento internacional de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), liderado pelas bases da sociedade civil palestina. O povo palestino tem pressa e nossas ações têm poder."Edição: Lucas Estanislau
Gostaria de viver como outras crianças do mundo
Vivemos uma vida de merda, terra e mar, tudo bloqueado
Gostaria de ir à escola
Temos medo de andar por nossas terras, porque há mísseis instalados ali
Muitas vezes penso em nossa situação e nunca vejo uma saída
Onde não se consegue dormir é difícil sonhar
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Reconhecer isso mesmo com o corpo ainda quente é obrigatório, porque sua vida foi dedicada ao ódio e à violência contra grupos sociais. Esconder é de alguma forma invizibilizar essa violência, esse horror que foi por ele incentivado em vida.
Reconhecer isso mesmo com o corpo ainda quente é obrigatório, porque sua vida foi dedicada ao ódio e à violência contra grupos sociais. Esconder é de alguma forma invizibilizar essa violência, esse horror que foi por ele incentivado em vida.