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Setembro Amarelo
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Minimalismo: o que me fez querer transformar a minha vida
Estudo comprova : ter menos coisas nos faz mais felizes
Redação Hypeness
Talvez você esteja sonhando com uma casa maior ou um novo smartphone nesse exato momento. Mas, diferentemente do que pode parecer, essas coisas não vão fazer de você uma pessoa mais feliz… É o que sugerem alguns estudos recentes.
Em primeiro lugar, as pesquisas apontam que gastar dinheiro em experiências, e não em bens materiais, transforma você em uma pessoa mais feliz. Viajar, por exemplo, garante uma dose de felicidade maior do que passar o dia gastando no shopping. Não se sabe exatamente o porquê disso, mas acredita-se que o segredo está no fato de que nos acostumamos rapidamente às coisas que temos, mas as experiências que vivemos ficam na memória para sempre. Afinal, mesmo que você viaje para o mesmo destino diversas vezes, é provável que cada visita seja diferente da outra.
Para confirmar essa teoria, um estudo realizado em Harvard com duração de 75 anos sugere que a coisa que mais nos deixa felizes e saudáveis não pode ser comprada: são as nossas relações interpessoais. É tão simples quanto parece. Pessoas que cultivam relacionamentos saudáveis se tornam mais saudáveis também. E a saúde está intimamente ligada à felicidade. ♥
Tanto é que hoje em dia muitas pessoas estão aderindo a um estilo de vida minimalista, em que busca-se ter apenas o essencial. Com isso, além de diminuir os gastos fixos, vivendo em residências menores e com menos consumo, as pessoas também desfrutam de mais tempo para aproveitar ao lado de amigos e familiares – e podem gastar o restante das economias em experiências que realmente valham a pena.
Estudo comprova : ter menos coisas nos faz mais felizes
Redação Hypeness
Talvez você esteja sonhando com uma casa maior ou um novo smartphone nesse exato momento. Mas, diferentemente do que pode parecer, essas coisas não vão fazer de você uma pessoa mais feliz… É o que sugerem alguns estudos recentes.
Em primeiro lugar, as pesquisas apontam que gastar dinheiro em experiências, e não em bens materiais, transforma você em uma pessoa mais feliz. Viajar, por exemplo, garante uma dose de felicidade maior do que passar o dia gastando no shopping. Não se sabe exatamente o porquê disso, mas acredita-se que o segredo está no fato de que nos acostumamos rapidamente às coisas que temos, mas as experiências que vivemos ficam na memória para sempre. Afinal, mesmo que você viaje para o mesmo destino diversas vezes, é provável que cada visita seja diferente da outra.
Para confirmar essa teoria, um estudo realizado em Harvard com duração de 75 anos sugere que a coisa que mais nos deixa felizes e saudáveis não pode ser comprada: são as nossas relações interpessoais. É tão simples quanto parece. Pessoas que cultivam relacionamentos saudáveis se tornam mais saudáveis também. E a saúde está intimamente ligada à felicidade. ♥
Tanto é que hoje em dia muitas pessoas estão aderindo a um estilo de vida minimalista, em que busca-se ter apenas o essencial. Com isso, além de diminuir os gastos fixos, vivendo em residências menores e com menos consumo, as pessoas também desfrutam de mais tempo para aproveitar ao lado de amigos e familiares – e podem gastar o restante das economias em experiências que realmente valham a pena.
Tatuagem minimalista
Como o próprio nome diz, a tatuagem minimalista é mínima, ou seja, são desenhos pequenos e discretos, que encaixam em qualquer parte do corpo. A tatuagem pode ter tanto traços mais finos quanto mais grossos (depende do estilo de cada um).
Outra característica desse estilo é a simplicidade. As tatuagens minimalistas são desenhos simples, que carregam um significado. Elas podem ser tanto coloridas como as mais tradicionais que são apenas com tinta preta. O lema do minimalismo é: “menos é mais”.
Minimalismo : Quando a vida pede um pouco mais de calma e de alma
Estamos carentes de simplicidade. Depois de adquirirmos o prazer da conquista, de sermos possuidores de grande parte daquelas coisas com as quais sonhamos há tanto tempo, estamos percebendo que falta algo mais. Falta essência. Falta qualidade. Falta significado. Falta alma...
Fabíola Simões
Começou com a leitura do livro da Marie Kondo: “A mágica da arrumação”. Depois vieram os vídeos da Fê Neute no YouTube e o documentário “Minimalism” no Netflix. Eu estava encantada e ao mesmo tempo queria compreender esse movimento novo, que surgiu há alguns anos e que eu nunca tinha ouvido falar. Eu queria descobrir o tão aclamado “Minimalismo”.
Constatei que não sou nem nunca serei minimalista de carteirinha; porém, me interessei em trazer para minha rotina muito dessa filosofia que faz uma reflexão sobre os excessos, sobre o consumismo desenfreado e perda de controle e liberdade. O minimalismo resgata a consciência sobre aquilo que você realmente precisa ter na sua vida, e busca valorizar o que traz felicidade, o que merece ser mantido e o que deve ser descartado. Isso se aplica não somente aos bens materiais, mas se estende também a outras esferas da vida, como aos pensamentos e relacionamentos.
Estamos carentes de simplicidade. Depois de adquirirmos o prazer da conquista, de sermos possuidores de grande parte daquelas coisas com as quais sonhamos há tanto tempo, estamos percebendo que falta algo mais. Falta essência. Falta qualidade. Falta significado. Falta alma. Estamos cansados de excessos. Estamos fartos daquilo que ocupa nosso tempo e energia sem trazer em troca a tão almejada felicidade. Estamos exaustos de consumir sem ter tempo de usufruir. Estamos admirados de como viramos reféns de um estilo de vida que tira nossa paz e liberdade ao ditar a moda e impor a busca constante pelo último modelo. Estamos desejosos de fazer o caminho de volta…
É preciso aprender a selecionar. Selecionar nossos objetos, nossos afetos, nossas lembranças do passado, nossas tralhas e roupas. Só manter aquilo que merece prevalecer. Só deixar ocupar espaço aquilo que nos traz bem-estar. Só ser possuidor daquilo que não complica nem atrapalha o andamento de nossa vida. Organizar fora e dentro de nós. Nos cercar de menos, para ter mais: mais tempo, mais liberdade, mais felicidade. Descartar o hábito de consumir sem consciência, trocando de modelo a cada temporada, acreditando que a vida é tão volátil e descartável quanto os objetos Xing ling que foram feitos para não durar. Aprender a resgatar o que é simples e durável. O que é modesto e eterno. O que é suficiente e traz felicidade. O que parece ser menos, mas adquire significado por ser único.
Quando descobri que o minimalismo prioriza a qualidade em vez da quantidade, me lembrei da bochechinha, minha única boneca, que ganhei no meu aniversário de nove anos. Eu só tinha aquela boneca, e por isso meu cuidado com ela era tão grande. Isso a tornou especial, importante, única. Tão especial que, quando minhas primas vinham passar férias na minha casa, ficavam fascinadas pela minha boneca, e contavam os minutos para chegar a hora em que poderiam pega-la no colo. Elas, que tinham o quarto lotado das mais variadas bonecas, de todos os estilos e até mais bonitas que a minha, enxergavam em minha “quase filha” uma aura de encantamento que não enxergavam em nenhuma outra. Como diz uma das frases do Pequeno Príncipe: “Foi o tempo que dedicastes à tua rosa que a fez tão importante…”
Existe uma grande diferença entre simplificação e privação. Não quero me privar de ter uma bolsa bacana, um scarpin salto agulha ou um vestido colorido para usar na primeira comunhão do meu filho. Porém, ao escolher adotar alguns aspectos minimalistas, eu decido que um scarpin preto terá muito mais serventia e me trará muito mais alegria que uma bota tipo meia, proclamada aos quatro ventos pelas blogueiras, que fatalmente ficará encalhada no meu closet pelo resto da vida. Ao decidir simplificar, aprendo a optar. A fazer boas escolhas. A consumir menos e com consciência. A escolher produtos com maior durabilidade e usabilidade. A não encher minhas gavetas com porcarias baratinhas que só me trarão alegria momentânea. A não complicar. A não acumular. A me conhecer. A saber o que me traz paz. A descobrir meu estilo particular de ser e estar no mundo.
É hipocrisia dizer que a aquisição de bens materiais não traz felicidade. Porém, é necessário refletir sobre os excessos. Sobre o acúmulo. Sobre o que está por traz da nossa necessidade de nos cercar de tanta coisa que nem usamos ou nem sabemos que temos. Sobre a nossa desorganização. Sobre a incapacidade de usarmos tudo o que temos até o fim, ou antes que o produto vença. Sobre nossa necessidade de enchermos nossas gavetas, nossos armários, nossa casa e nosso interior com tanta tralha. Sobre a insatisfação. Sobre nosso comportamento automático e habitual. Sobre a dificuldade de, atolados sob tanta bagunça e informação, descobrirmos quem somos de fato.
Adquirir hábitos minimalistas não se trata obrigatoriamente de adotar um estilo clean, ter uma casa sem móveis ou usar roupas só brancas, pretas e cinzas. Se trata, acima de tudo, de descobrir quem você é, o que quer da vida, e o que as coisas que você tem representam para você. Após descobrir isso e abraçar o que realmente é essencial, você estará rodeado somente do que faz sentido para você, do que é importante e te faz bem. Finalmente estará cercado de calma, envolvido por aquilo que lhe aquece a alma, e certamente muito mais feliz…
Postado em Conti Outra
Minimalismo: o que me fez querer transformar a minha vida
Nat Medeiros
Tudo que é excesso nos desgasta
O minimalismo é um estilo de vida que vem ganhando notoriedade no mundo ao nos fazer repensar o nosso modo de viver. O objetivo é viver menos para coisas e mais para experiências. Não é sobre deixar de consumir, é passar a ter um consumo consciente. Não é sobre deixar de se conectar ou se relacionar com as pessoas, é sobre escolher melhor os nossos relacionamentos, sobre só se conectar ao mundo digital o suficiente, sobre assumir apenas compromissos que nos façam bem e nos levem à evolução. Agora que todo o deslumbre das redes sociais e do consumismo começam a nos trazer desgaste e infelicidade em determinados momentos, somos levados a nos questionar: “Precisamos mesmo de tantos amigos, de tantas roupas e sapatos, de tantos compromissos, de tantos likes e visualizações? O nosso tempo é o nosso bem mais precioso, para onde ele está indo? Investimos a maior parte dele para ganhar dinheiro e comprar coisas que nos fazem ou não nos fazem feliz?”. São esses questionamentos que começaram a me alfinetar. Eu não descobri o minimalismo por acaso, descobri por necessidade. No início do ano comecei a apresentar algumas insatisfações com a minha vida, são elas:
1. O alto número de demandas nas redes sociais. Muitas pessoas me chamando para conversar ou pedir conselhos. Tudo bem você conversar duas ou três pessoas por dia através das redes. Mas quando vinte, trinta pessoas te chamam ou mandam vídeos, áudios e textos, isso se torna bem complicado. Um dia eu parei para contar e se eu fosse responder todas as mensagens, ouvir todos os áudios, ler tudo que me chegava e ver todos os vídeos que me enviavam, eu teria que pedir contas do meu emprego pra poder atender a tudo isso.
2. O alto número de roupas e objetos que eu possuía. Essas coisas sempre ocuparam muito espaço no meu guarda-roupa. Esporadicamente eu doava quantidades enormes de coisas, até mesmos roupas que eu nunca cheguei a usar. Mas eu escoava isso, porque logo em seguida em comprava mais coisas. Isso tudo se tornou uma preocupação pra mim. “E se roubarem as minhas coisas?”, “E se um dia eu for embora da cidade? Não vai ter como eu levar tudo! Acho melhor eu nem ir porque não quero perder minhas preciosas coisas…”.
Foi bem nessa época que eu li o livro “Clube da Luta”. O livro faz um questionamento bem interessante sobre o consumismo, que pode ser sintetizado em uma frase gloriosa: “As coisas que você possui acabam possuindo você”. Eu super concordei com a frase, mas só isso. Porque eu não estava nem um pouco aberta a adotar a filosofia de vida relatada no livro. Abrir mão do conforto e da segurança definitivamente não eram opção pra mim.
O Começo da mudança
Mas, diante essas insatisfações, eu fui fazendo algumas mudanças. Parei de estar tão disponível nas redes sociais. No meu Facebook pessoal até pedi que as pessoas evitassem me chamar no Messenger e Whatsapp. Também fiz uma limpa em meu guarda-roupa. Me desfiz mesmo daquelas roupas que eu nunca tinha usado e achava que ainda usaria um dia. Fiz um brechó para as amigas e consegui cerca de 500 reais com roupas que estavam paradas no meu guarda-roupa. Só que parte desse dinheiro eu acabei usando pra comprar mais roupas, ou seja, eu escoei meu estoque (o que não foi nada minimalista). O lado bom foi que eu acabei comprando somente roupas que tinham muito a ver com meu estilo, que é mais sóbrio (metade das novas roupas eram cinza, a outra metade se dividiam entre preto e branco). E como eu estava praticamente renovando o meu guarda-roupa, eu decidi que compraria um maior, para poder caber as coisas de modo mais organizado e espaçado.
O desgaste com as redes sociais e a experiência da morte
Foi nessa época da minha vida também que a minha mãe teve uma piora em seu estado de saúde. Foram três meses vivendo em um hospital. Minha vida se resumia a: casa, trabalho, hospital. Não foi fácil. Eu tive que dar uma pausa nos meus textos. E expliquei o motivo à quem me lia através das redes sociais. Foi bem bacana porque muitas pessoas me mandavam diariamente mensagens de carinho, desejando força. E eu sempre tive o cuidado e a consideração de responder. Mas hoje vejo que me preocupar em sempre responder às mensagens não foi bom pra mim naquele momento. Porque as quase duas horas diárias que eu gastava respondendo às mensagens, poderiam ser dedicadas à minha mãe. Infelizmente ela faleceu no fim de julho e é algo que hoje não posso mudar. O que me conforta é que ela confidenciou antes da sua morte à três ou quatro amigas que estava muito feliz comigo, pois eu estava cuidando muito bem dela. Mas isso não me tira a certeza de que eu poderia ter vivido mais aquele momento. Eu poderia ter feito ainda melhor.
Vou comprar um carro! Mas pra quê mesmo?
Após a morte da minha mãe, eu comecei a me questionar: quero continuar vivendo na cidade? Sei que outros lugares poderiam me proporcionar mais oportunidades. Mas tudo ficava no imaginário. Eu não tinha nenhum plano real. Foi nessa época também que eu passei a ter possibilidades concretas de comprar um carro e esse foi se tornando meu plano principal. Voltei para a auto escola e coloquei metas de economia na minha vida, o que foi bem bacana. Sim, ter um carro era o meu objetivo agora. Isso é interessante porque lá em casa praticamente não tivemos carro. Isso me deixava muito frustrada. Eu via meus colegas com pais que tinham carro, meus tios, conhecidos, todo mundo! E não eram raras as vezes em que nós, lá em casa, deixávamos de ir a algum lugar ou evento pela falta de um carro. Mais tarde, vinham as cobranças dos amigos e colegas: “Você tem que juntar dinheiro pra comprar um carro logo”. Sim, eu tinha que juntar dinheiro pra comprar um carro logo. Nisso, foram mais de 25 anos sem carro. Frustante, não é? Mas agora finalmente eu teria condições de comprar um! E foi justamente quando essa possibilidade veio, que eu me perguntei: “Pra quê mesmo eu quero um carro? Porque eu vivi a vida inteira sem um e sei viver muito bem sem. Não sinto falta do que praticamente nunca tive. Além de não ter falta, não sinto necessidade pois moro pertinho do trabalho e dos lugares dos quais mais gosto de ir, sem citar que hoje temos o bom e acessível Uber. Minha casa não tem garagem e eu teria que me mudar de um lugar que é meu, em uma excelente localização, pra ir morar de aluguel só pra poder ter um carro do qual não tenho necessidade. Carro precisa de manutenção, requer grana, necessita lugar para estacionar, traz preocupação e como pontuou um amigo: “Poderia despertar ainda mais a minha ansiedade”. Comprar um carro também não seria a melhor escolha se eu penso em mudar de país no ano que vem, por exemplo. Isso somente travaria meus planos.
O que a sociedade quer X O que eu quero
Eu caminhei a vida toda para chegar ao momento em que a sociedade dita como indicador de sucesso para finalmente descobrir que esse lugar não atende às minhas expectativas e nem melhora a minha qualidade de vida. Talvez um carro melhore muito a qualidade de vida de quem dependa de transporte público, dependa de terceiros ou atravesse longas distâncias, mas esse não é o meu caso. Definitivamente não! Inclusive há estudos que mostram que determinadas gerações não se interessam tanto em comprar casa ou automóveis, preferem adquirir experiências. Essa diferença de interesse também é muito comum entre culturas e países diferentes. Eu não estou falando que comprar carro é besteira. Mas eu parei de ouvir a sociedade para me entender melhor e vi que os meus anseios diferem um pouco do padrão.
Enfim, o Minimalismo!
E foi neste justo e iluminado momento que eu descobri o “Minimalismo”, que é o estilo de vida onde o “Menos” é considerado “Mais”. Aqui não se fala de não consumir, mas fala do consumo consciente: Eu vou comprar só coisas que eu gostarei muito de usar. Eu vou manter na minha casa e na minha vida somente o que é essencial. Bacana, não é? E isso não é sobre o lado material da vida, mas também o lado virtual, social e tantos outros. “Só vou aceitar compromissos em que quero realmente ir”, porque quando dizemos por educação um “Sim” a algo que não queremos muito, estamos dizendo um “Não” a nós mesmos ou a algo que queremos muito. Minimalismo é ter consciência de quem somos. Não é sobre ter dois pares de sapato. Não existem regras. Se pra você é importante ter 12 pares de sapato, ok. Mas que você tenha realmente pares de sapatos que você goste muito de usar, e não pares de sapatos que são lindos mas machucam, que são lindos mas você não usa, que são lindos mas que não combinam mais com o seu estilo. Minimalismo é você reduzir coisas, pessoas, situações e ficar apenas com o que é essencial e te faz muito bem. Mais tempo, mais afeto, mais relações genuínas e profundas, mais grana. Minimalismo no meu conceito é: “Ei, eu quero mesmo ir nesse ritmo, eu quero mesmo estar nesse pódio, isso realmente me traz felicidade e paz?”.
Postado em Conti Outra
Por que vale a pena aderir ao menos é mais?
Helena Cecília de Fraga Verhagen
Como ser feliz cuidando mais do carro do que o que se come? Como ser feliz “comprando e jogando coisas fora” e todo dia se deparar no caminho do trabalho com um rio sujo? Como ser feliz usando toneladas de maquiagem diariamente e antes de dormir, se olhar no espelho se achando feia?
Nós não somos responsáveis pelas catástrofes do mundo, mas somos 100% responsáveis por nós e nosso estilo de vida.
Fazer as coisas só “para ser bacana com o mundo” também não se sustenta. Agora, alterar a própria consciência e transformar sua ligação consigo mesmo e consequentemente, com o meio onde vive, faz todo sentido.
Se você topar olhar para dentro, para sua mente e seu próprio “lixo interno”, naturalmente, encontrará soluções que te levarão a atitudes pequenas que causarão um grande impacto na sua vida e em tudo ao seu redor.
Devido “ao famoso vazio interno” e doenças crônicas, fui aos poucos, mudando minha consciência. Abaixo, listo algumas coisas que podemos adaptar ao nosso dia-a-dia e que fazem parte da macro tendência Lowsumerism:
Reciclar lixo em casa; deixar luz acesa apenas onde está; não ter mais carro; comprar somente o necessário de comida; roupas e cosméticos (de preferência orgânico ou que conheça os produtores); comprar algo novo somente quando o outro já acabou; optar por comidas frescas (portanto ir mais vezes ao supermercado comprando menos cada vez); usar “moon cup”(coletor menstrual) ao invés de absorventes; consertar mais sapatos e roupas (sapateiro e costureira) ao invés de jogar fora e comprar novas peças; cozinhar mais do que comer fora; estar mais perto da natureza assim se sentindo integrado com o planeta e com o todo, optar por remédios naturais (aromaterapia, florais, chás, musicoterapia); enxergar o sofisticado no simples e literalmente viver o “menos é mais”.
Ao invés de pensar: “não tenho” aprender a trocar, substituir coisas que farão bem para você, em primeiro lugar, e consequentemente, para o planeta.
Pensando que esta é uma macro tendência para as próximas décadas, faz todo sentido o aumento de medicinas alternativas. É no caminho alternativo que pode estar algumas ferramentas que ajudem a nos conectarmos mais com nós mesmos mesmos.
A indústria farmacêutica também faz parte “da massa do consumo”. A medicina salva vidas, mas não te dá saúde. Já as medicinas orientais focam em aumentar a nossa longevidade e assim, melhorar nossa saúde a cada dia.
Deixo aqui o convite para colocarmos na balança nossas prioridades. O que queremos viver e consumir de verdade. O marketing sabe de tudo isso, então prestem atenção… não é um selo verde que ajuda a resolver o problema, mas sim nossa consciência interna.
Por fim, gostaria de recomendar este breve documentário, da Box 1824, a maior empresa de pesquisa em tendência de consumo brasileira. “The rise of Lowsumerism” (em tradução livre, “A chegada do baixo consumo”) ilustra brilhantemente essa necessidade de nos transformarmos.
Por fim, gostaria de indicar este breve documentário.
Postado em Conti Outra
Minimalismo: um texto sobre as coisas importantes da vida
No último final de semana a Netflix disponibilizou um documentário que eu queria assistir há algum tempo: “Minimalism: A Documentary About the Important Things“.
Eu sou um grande fã de documentários. Assim como os livros biográficos, eles são uma grande fonte de inspiração. Como o título adequadamente afirma, “Minimalism” é sobre as coisas importantes na vida. Joshua Millburn e Ryan Nicodemus, Os Minimalistas — não confunda com Os Tribalistas —, cresceram perseguindo o Sonho Americano. Dinheiro, prestígio e coisas. E eles conseguiram. Se tornaram executivos bem-sucedidos. Pelo menos, no sentido tradicional e aplaudido pela sociedade.
Mas, quem são os Minimalistas e o que é o minimalismo?
Dois caras que viveram no mundo corporativo presos na mentalidade de acumular dinheiro, posses e prestígio. No entanto, apesar de ambos serem bem-sucedidos no que faziam, nenhum deles era verdadeiramente feliz. Eles tinham os gadgets do momento, casas enormes e carros luxuosos, mas trabalhavam de forma insana e se sentiam constantemente estressados.
Quando sua mãe faleceu e seu casamento terminou em divórcio, ambos no mesmo mês, Joshua teve uma epifania. Percebeu que a maioria de suas posses materiais não estavam agregando valor à sua vida ou ajudando-o a se tornar mais feliz. Foi então que se livrou de boa parte dos seus pertences a fim de se concentrar nas coisas que realmente importavam para ele.
Ryan, que estava se sentindo mal por ter treinado sua equipe para vender celulares a crianças de 5 anos, percebeu que o semblante de Joshua havia mudado. Ele estava sereno, parecia feliz. Ao descobrir que o motivo era a mudança radical em seu estilo de vida, fez o mesmo que o amigo: encaixotou suas coisas e se livrou de 80% do que tinha. Sentiu um peso sair de suas costas.
Os amigos criaram um blog sobre sua nova filosofia de vida. Logo veio um podcast, palestras e, mais recentemente, o documentário. O minimalismo é um estilo de vida onde você reduz suas posses de tal forma que tenha apenas itens que realmente tragam valor à sua vida. Trata-se de remover o excesso de sua vida, de modo que você seja capaz de se concentrar no que é mais importante. Não há limite de itens ou restrições específicas. E, eles não estão dizendo que todo o tipo de consumo é prejudicial. É apenas uma maneira mais simples de viver para reduzir o estresse e ter mais liberdade.
“Imagine uma vida com menos: menos coisas, menos desordem, menos estresse e descontentamento… Agora imagine uma vida com mais: mais tempo, mais relações significativas, mais crescimento, contribuição e contentamento “.
Joshua Millburn e Ryan Nicodemus. Foto: Divulgação.
Isso é útil? Me traz alegria?
Dan Harris, autor do ótimo “10% Mais Feliz“, é um dos entrevistados do documentário. Ele compartilha sua experiência sobre estresse e ansiedade. Em 2004, Harris teve um ataque de pânico em rede nacional enquanto apresentava o “Good Morning America” da rede ABC.
Durante a entrevista, menciona que o melhor conselho que recebeu até hoje, no contexto da ansiedade, foi sobre perguntar a si mesmo se “Isso é útil?”. A pergunta lembra o conceito de “Isso me traz alegria?” da autora japonesa Marie Kondo.
Desde que li pela primeira vez a frase “menos é mais”, num artigo sobre a obsessão de Steve Jobs com designs minimalistas, resolvi seguir essa filosofia. Eu recém tinha completado 20 anos, era um jovem comum que adorava comprar roupas de marcas famosas e sonhava em ter um carro importado. Afinal, pra mim isso era sinônimo de status pessoal.
O que percebi, com o tempo, é que nenhuma daquelas coisas me traria alegria. Quem segue um estilo de vida consumista, geralmente, compra itens apenas para seguir modismos e fazer parte de um grupo. Me dei conta de que as pessoas com as quais eu me importava de verdade não estavam nem aí se eu andava de Corolla ou Fusca. Se vestia uma camisa da Tommy Hilfiger ou da Renner.
Quando deixei de ter um comportamento consumista, passei a ser menos ansioso. Ao invés de juntar dinheiro para ter coisas, percebi que seria mais feliz utilizando minhas economias para viajar, por exemplo. Troquei o carro por uma bicicleta e logo me sobrou grana para um mochilão pela Europa. Enquanto alguns conhecidos me mostravam seus novos iPhones ou Galaxys, eu e meu velho BlackBerry embarcávamos para Nova York.
E veja que não existe certo ou errado nessa história. São escolhas. Mas, nunca estive tão bem comigo mesmo. E sereno, como Joshua.
Steve Jobs em sua casa em 1982. “Isso era típico da época. Eu era solteiro. Tudo o que você precisava era de uma xícara de chá, uma luz, você sabe, e era tudo o que eu tinha”. Foto: Diana Walker
Ame as pessoas e use as coisas — porque o oposto nunca funciona
Se eu sou minimalista? Não no nível de Joshua ou Ryan. Eu continuo comprando coisas. E eles também, na verdade. O objetivo do documentário não é fazer com que as pessoas joguem fora todas as suas posses e se mudem para um bangalô. O ponto central é simplesmente perguntar-se por que você possui as coisas que possui, o que elas acrescentam à sua vida e se você pode viver tranquilamente sem elas.
Essa ideia de desapego material me lembrou dois fatos recentes.
O primeiro é sobre o Serafín (70) e a Shirley (69), um casal de idosos casados há 40 anos. Em maio eles partem para uma viagem de volta ao mundo. De moto! Numa Honda CG 160 Titan — o único bem material dos dois.
Eles entenderam qual o verdadeiro patrimônio em nossa passagem por esta vida e o porquê ela vale a pena ser vivida. Quando escrevi aquele artigo, o Serafín me contou que eles finalmente compreenderam que o que realmente vale é o ser — e não o ter. E que, por sinal, isso é a única coisa que levamos para o outro lado junto com as nossas escolhas. Todo o resto fica aqui. Por mais que, na teoria, saibamos disso desde muito jovens, é apenas “quando a água bate na bunda” que entendemos o sentido real por trás de frases clichês que circulam por aí.
Já o segundo fato tem a ver com algo que comprei. Recentemente adquiri um Kindle, o leitor digital da Amazon. O interessante nisso é que uma compra feita por impulso (sou um ser humano, afinal de contas), fez com que eu deixasse de amar meus livros físicos — ou 90% deles. Ao olhar minha estante repleta de volumes empoeirados, pensei comigo mesmo: “isso é útil?“. Não. Eu não preciso mais deles. Já posso me desapegar. Percebem como a compra de um item gerou o desapego de uma centena de outros?
Coisas, coisas, coisas
“Na Natureza Selvagem“, filme que conta a história real de Christopher McCandless, um viajante que deixou de lado o sonho da carreira bem sucedida e as convenções sociais, tem um diálogo bastante marcante pra mim.
Walt, pai de Christopher, diz que quer presenteá-lo com um carro novo. Presente de formatura. A resposta do filho é um discurso parecido com o dos Minimalistas.
“Um carro novo? Por que eu iria querer um carro novo? O Datsun (seu carro, modelo B210 de 1982) é ótimo. Vocês acham que eu quero um carro chique? Vocês estão preocupados com o que os vizinhos pensam?”.
Seu velho Datsun era útil para o seu dia a dia. Ele não precisava de um carro melhor.
A cena, em inglês — não encontrei a versão legendada —, pode ser assistida abaixo.
A mensagem
Em linhas gerais, a principal mensagem dos Minimalistas é que devemos ser mais conscientes em relação ao que estamos consumindo. É um lembrete útil e eu recomendo fortemente que você assista o documentário.
Podemos não ter o controle sobre todas as áreas das nossas vida, mas temos controle sobre o quanto gastamos e o quanto precisamos para sermos felizes.
Publicado originalmente em matheusdesouza.com, publicado na CONTI Outra com a autorização do autor.
Você sabe o que é Lowsumerism ? Conheça essa nova conscientização sobre o consumo
Tales Luciano Duarte
Lowsumerism (low + consumerism) = Baixo Consumismo. Ou seja, ser mais consciente ao consumir.O MOVIMENTO LOWSUMERISM CONSCIENTIZA A PARTIR DE PERGUNTAS BÁSICAS:– Realmente precisamos disso?– Podemos pagar por isso? Ou apenas queremos nos sentir incluídos ou afirmar nossa personalidade?– Sabemos a origem desse produto e para onde ele vai depois que o descartamos?– Não estamos sendo iludidos pela propaganda?– E, principalmente, qual é o impacto que esse produto causa no meio ambiente?SÃO TRÊS SIMPLES ATITUDES QUE FAZEM UMA GRANDE DIFERENÇA:– Pensar antes de comprar.– Buscar alternativas de menor impacto para os recursos naturais, como trocar, consertar e fazer.– Viver apenas com o que é realmente necessário.
UMA ANÁLISE MAIS ESPIRITUAL DO CONSUMISMO:
Segundo o Budismo e outras linhas de pensamento, a fonte de todos sofrimentos é o apego.Então seguindo esta linha de pensamento, quanto mais tivermos e acumularmos (físico e mentalmente) mais sofreremos e menos livres seremos.Existe várias pesquisas mostrando que não existe relação entre felicidade x bens materiais.Sem buscar nos delongar demais e ser simples no texto e economizando palavras.Veja o vídeo abaixo e entenderá como nasceu o consumismo, onde ele nos levou e em que ponto estamos e como podemos mudar esse jogo.
Postado em Yogui.com
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10 coisas que o minimalismo pode mudar na sua vida
Tales Luciano Duarte
1. Menos estresse
Ter menos posses significa ter menos coisas para se preocupar; você não só terá menos coisas para pagar, como também para cuidar. Todos nós sabemos como é prazeroso ter um espaço livre da desordem. Sua vida ficará muito mais calma, com menos coisas no caminho.
2. Ter mais tempo e ser mais produtivo
Menos posses significa menos distrações e mais tempo para ser gasto em coisas que realmente importam. Passar o tempo com seus amigos, familiares e entes queridos, fazer uma caminhada despreocupado, jardinagem, meditação, exercício, yoga, aprender novos idiomas, etc. Todas essas coisas podem enriquecer a sua vida mais do que umvideogame novo ou roupas que usará uma vez na vida.
3. Melhor para o Meio Ambiente
Quanto menos tiver, menos temos que jogar fora ou substituir. Consumismo está causando grandes estragos no meio ambiente, desse modo, o enxugamento de nossas vidas podem fazer uma grande diferença para o planeta. Não só evita contribuirmos para aterros de lixo, mas diminui a quantidade de produtos que estão sendo produzidos, o que significa menos recursos sendo gastos e menos poluição no ecossistema.
E isso necessariamente não tem nada a ver com piora na economia, os países que investem cada vez mais em economia verde estão cada vez melhores economicamente. Pois a área de serviços supera grandemente a área de produtos acabados.
4. Capacidade de viver em um espaço menor
Além do tamanho médio das casas terem aumentado nos últimos 40 anos, muitos lares ainda não têm espaço suficiente para armazenar todos os pertences de seus donos. Garagens são preenchidos com coisas em vez de carros e uso de instalações de armazenamento está em seu ponto mais alto.
Se você não precisa de um grande espaço para armazenar todos os seus pertences, você pode ter uma casa menor, e consequente economizar com isso e ter focos mais altruístas na vida.
5. Mais liberdade financeira
Menos material significa menos dívida e, portanto, mais dinheiro. Só é preciso uma mudança de perspectiva para perceber que talvez esse novo telefone, ou essa nova camisa não seja assim tão importante. Esse dinheiro pode ser melhor gasto em cultivar uma dieta saudável e estilo de vida para si e sua família, viajar o mundo, ou até mesmo poupar.
6. Referencial de bom exemplo
Uma abordagem minimalista à vida define um grande exemplo para as pessoas ao seu redor, incluindo seus filhos, familiares e amigos. Se as pessoas percebem que realmente você está bem sem tantas coisas, eles podem ser inspirados a começar a reduzir, também.
Nós precisamos ser a mudança que queremos ver no mundo, e esta é uma maneira de fazê-lo. Ao invés de pregar a mudança, mostrá-la. Seja um modelo positivopara os seus filhos e para sociedade em geral e mostrar-lhes que não precisamos acumular coisas para ser feliz.
Não precisamos seguir padrões de consumo estipulados socialmente. É importante que as crianças saibam que podemos escolher como queremos viver nossas vidas.
7. Não se sente amarrado ou sobrecarregado
Em muitos momentos na vida surgem oportunidades de crescimento e mudançasque nos fazem sentir vivos e nos lançar ao mar, mas quando se tem um estrutura física muito densa, muitos pertences, essa mudança se torna difícil e complicada. Nos pegamos em decisões de onde vou colocar minhas coisas, meus objetos, ficará mais caro eu pagar para guardar tudo isso do que a vantagem que terei com essa nova experiência.
Assim acabamos ficando onde estamos e acumulando mais, e quanto mais acumulamos mais presos ficamos nesse redemoinho que nos impedem de sair da velha zona de conforto e nos lançar a novas experiências que nos fariam sentir mais vivos, motivados e felizes.
8. Comparação nos faz consumir
Ninguém vai se levantar em seu funeral e dizer: Ele tinha um sofá tão grande, bonito e confortável.
Isto é tão verdadeiro, mas em nossa sociedade, se não temos o que outros tem nos sentimos inadequados ou menos do que eles de alguma forma. Como resultado, estamos constantemente em busca de comprar mais, para impressionar os outros com o que temos.Isso é realmente importante na imensidão da vida? Esta é uma grande questão a se perguntar.
9. Passado
Às vezes sentimos a necessidade de guardar coisas que só servem para nos lembrar do passado – coisas que já não importa e que são muitas vezes ligados a memórias infelizes. Por que sabotar a nós mesmos dessa maneira? Passado é passado; deixá-o lá.
10. Seja mais feliz
Quando você vê os benefícios de todos os pontos anteriores em sua vida, provavelmente, você se sentir mais feliz. Mais importante, você vai perceber que não precisa de excesso de posses para fazê-lo feliz. Um estudo revela que as experiências vividas trazem mais felicidades que as coisas que temos . Como Jim Carrey disse uma vez:
“Eu gostaria que todos pudessem ficar ricos, famosos e ter tudo o que sempre sonharam para que possam ver que essa não é a resposta para felicidade.”
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