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O tácito acordo da mediocridade


A MEDIOCRIDADE - Notícias PB - A notícia em primeira mão!


Kássia Luana


Ouvi uma palestra on line da professora Lúcia Helena Galvão em que ela citou o Steven Pressifield que diz que “há uma espécie de tácito acordo em prol da mediocridade na sociedade”.

Acordo tácito é um acordo silencioso, não formalmente expresso. Mediocridade é referente a básico, sem nada de especial, comum, na média.

A frase diz, basicamente, que a humanidade fez um acordo para que todos permaneçam “na média”. Nem um milímetro acima disso. Todos unidos para serem razoáveis. Não bons. Não excelentes. Apenas, razoáveis.

Por dias fiquei com esta afirmação na mente. Será que também aceitei este acordo? Em que momento?

Fui educada para dar sempre o meu melhor. Independente do que estivesse fazendo. E isso causou alguns problemas na minha jornada. Colegas de trabalho que me odiavam pelo destaque na atividade, conhecidas que não aceitavam as minhas mudanças ou a coragem para tomar certas decisões, familiares que julgavam…

E, em certo momento, cheguei a ceder a isso e tentei me conformar com uma vida medíocre…

Até pouco tempo, apesar de gostar de cozinhar, eu não me saía muito bem. Faltava em mim uma coisa que é de extrema importância na cozinha: paciência. Hoje, além de paciência, me dediquei muito para aprimorar estas habilidades e, modéstia à parte, tenho me saído muito bem.

Fui duramente criticada. Gente que duvidou, fez piada, gente que questionou e até disseram que não era eu quem fazia… Até me verem trabalhando, experimentarem e começarem a comprar meus produtos e pedir as receitas. Então, ouvi de um amigo a seguinte frase: “Se você consegue, eu também consigo. Vou tentar!”. No primeiro momento eu tomei um susto. Pareceu pejorativo. Mas, enfim, entendi o que era tão odiado e julgado em mim: se eu consegui, eles não tinham mais desculpas para não tentar. Teriam que sair da zona de conforto e fazer também.

O colega de trabalho acomodado teria que se empenhar para vender mais já que a “novata” mostrou que, mesmo em períodos de baixa, era possível vender muito mais que a meta. O amigo que se mantinha em um casamento fracassado por medo de não superar o divórcio, tinha alguém que superou e se tornou um ser humano melhor depois disso. A amiga que vivia se lamentando por não crescer financeiramente, agora tinha o exemplo de alguém que perdeu “tudo”, recomeçou do menos zero (com inúmeras dívidas) e deu à volta por cima. O conhecido que dizia não ter tempo para estudar e cuidar da espiritualidade, viu alguém ter dois empregos, cuidar da saúde e alimentação e ainda ter tempo para cursos relacionados ao tema. E assim por diante.

Repare que, quando alguém ganha algo ou mostra alguma vitória nas redes, aparecem meia dúzia de haters usando as seguintes frases: “com dinheiro é facil”; “deve ser por causa do marido”; ” deve ter alguma coisa por traz disso”, “é Impossível!”; “é truque”; “não vai durar muito tempo”; e por aí vai.

É mais fácil descredibilizar a conquista do outro do que admitir que está acomodado, apesar de inconformado, na mediocridade.

Você também aceitou este acordo lá na escola, quando, por exemplo, aceitava culpar apenas o professor por não se dar bem na matéria, ao invés de se empenhar para entender o assunto.

Cada vez que você deixa de dar o seu melhor, você reafirma este acordo.

Cada vez que você tem uma grande ideia e prefere engaveta-la, você reafirma este acordo.

Cada vez que você esconde e prefere não desenvolver seus talentos, você reafirma este acordo.

Cada vez que você reza pra não chegarem mais clientes porque você não quer mais trabalhar, você reafirma este acordo.

Cada vez que você relativiza a conquista do outro por medo de tentar, você reafirma este acordo.

Acredito piamente que cada um de nós é especial. Nascemos com dons únicos e capacidade infinita proveniente da fonte de tudo (Deus, Universo, Todo…). Você veio com uma missão e, encontrando seu propósito e se dedicando à ele, você evolui, honra a si mesmo e a Fonte, ajuda a toda humanidade. Assim, cada vez que você se nega a dar o seu melhor e usar estes talentos, você está desperdiçando vida, energia e desonra a Fonte.

Quebre o acordo! Mostre ao mundo que tudo é possível! Seja exemplo para os outros e ajude-os à crescer e melhorar também! Você é capaz de muito mais do que imagina. Basta que acredite profundamente nisso, se esforce e dê o seu melhor.

Eu acredito em você!






Mediocridade | AGORA BABOU



O tácito acordo da mediocridade


A MEDIOCRIDADE - Notícias PB - A notícia em primeira mão!


Kássia Luana


Ouvi uma palestra on line da professora Lúcia Helena Galvão em que ela citou o Steven Pressifield que diz que “há uma espécie de tácito acordo em prol da mediocridade na sociedade”.

Acordo tácito é um acordo silencioso, não formalmente expresso. Mediocridade é referente a básico, sem nada de especial, comum, na média.

A frase diz, basicamente, que a humanidade fez um acordo para que todos permaneçam “na média”. Nem um milímetro acima disso. Todos unidos para serem razoáveis. Não bons. Não excelentes. Apenas, razoáveis.

Por dias fiquei com esta afirmação na mente. Será que também aceitei este acordo? Em que momento?

Fui educada para dar sempre o meu melhor. Independente do que estivesse fazendo. E isso causou alguns problemas na minha jornada. Colegas de trabalho que me odiavam pelo destaque na atividade, conhecidas que não aceitavam as minhas mudanças ou a coragem para tomar certas decisões, familiares que julgavam…

E, em certo momento, cheguei a ceder a isso e tentei me conformar com uma vida medíocre…

Até pouco tempo, apesar de gostar de cozinhar, eu não me saía muito bem. Faltava em mim uma coisa que é de extrema importância na cozinha: paciência. Hoje, além de paciência, me dediquei muito para aprimorar estas habilidades e, modéstia à parte, tenho me saído muito bem.

Fui duramente criticada. Gente que duvidou, fez piada, gente que questionou e até disseram que não era eu quem fazia… Até me verem trabalhando, experimentarem e começarem a comprar meus produtos e pedir as receitas. Então, ouvi de um amigo a seguinte frase: “Se você consegue, eu também consigo. Vou tentar!”. No primeiro momento eu tomei um susto. Pareceu pejorativo. Mas, enfim, entendi o que era tão odiado e julgado em mim: se eu consegui, eles não tinham mais desculpas para não tentar. Teriam que sair da zona de conforto e fazer também.

O colega de trabalho acomodado teria que se empenhar para vender mais já que a “novata” mostrou que, mesmo em períodos de baixa, era possível vender muito mais que a meta. O amigo que se mantinha em um casamento fracassado por medo de não superar o divórcio, tinha alguém que superou e se tornou um ser humano melhor depois disso. A amiga que vivia se lamentando por não crescer financeiramente, agora tinha o exemplo de alguém que perdeu “tudo”, recomeçou do menos zero (com inúmeras dívidas) e deu à volta por cima. O conhecido que dizia não ter tempo para estudar e cuidar da espiritualidade, viu alguém ter dois empregos, cuidar da saúde e alimentação e ainda ter tempo para cursos relacionados ao tema. E assim por diante.

Repare que, quando alguém ganha algo ou mostra alguma vitória nas redes, aparecem meia dúzia de haters usando as seguintes frases: “com dinheiro é facil”; “deve ser por causa do marido”; ” deve ter alguma coisa por traz disso”, “é Impossível!”; “é truque”; “não vai durar muito tempo”; e por aí vai.

É mais fácil descredibilizar a conquista do outro do que admitir que está acomodado, apesar de inconformado, na mediocridade.

Você também aceitou este acordo lá na escola, quando, por exemplo, aceitava culpar apenas o professor por não se dar bem na matéria, ao invés de se empenhar para entender o assunto.

Cada vez que você deixa de dar o seu melhor, você reafirma este acordo.

Cada vez que você tem uma grande ideia e prefere engaveta-la, você reafirma este acordo.

Cada vez que você esconde e prefere não desenvolver seus talentos, você reafirma este acordo.

Cada vez que você reza pra não chegarem mais clientes porque você não quer mais trabalhar, você reafirma este acordo.

Cada vez que você relativiza a conquista do outro por medo de tentar, você reafirma este acordo.

Acredito piamente que cada um de nós é especial. Nascemos com dons únicos e capacidade infinita proveniente da fonte de tudo (Deus, Universo, Todo…). Você veio com uma missão e, encontrando seu propósito e se dedicando à ele, você evolui, honra a si mesmo e a Fonte, ajuda a toda humanidade. Assim, cada vez que você se nega a dar o seu melhor e usar estes talentos, você está desperdiçando vida, energia e desonra a Fonte.

Quebre o acordo! Mostre ao mundo que tudo é possível! Seja exemplo para os outros e ajude-os à crescer e melhorar também! Você é capaz de muito mais do que imagina. Basta que acredite profundamente nisso, se esforce e dê o seu melhor.

Eu acredito em você!






Mediocridade | AGORA BABOU



Não há propósitos éticos que salvem as novelas da mediocridade




Por que ‘especialistas’ insistem em se sentir ofendidos com um produto de nível tão baixo?

Guy Franco 


A novela não tem função social alguma além de delimitar o horário de mandar o seu filho dormir. 

O conteúdo pode incluir os temas mais atuais e pertinentes, mas seu alcance intelectual nunca ultrapassará a capacidade mental de uma morsa.

O máximo que se pode esperar de uma novela nova é que não seja tão ruim quanto a anterior. A melhor delas é, no máximo, tão boa quanto um seriado medíocre. 

O objetivo é que seja tão simples que qualquer cérebro desprovido dos processos mentais mais básicos consiga compreendê-la.

Peguemos ‘Amor à Vida’. Lá encontramos uma boa amostragem de assuntos edificantes – a inseminação artificial, a adoção de criança por casal gay, a filha autista, a jovem com câncer, o pai de família desempregado. São temas pertinentes, sem dúvida, mas isso não faz da novela melhor ou pior do que uma propaganda de plano de saúde. De que adianta injetar algum propósito ético se o material continua ruim?

A ideia de que a novela tem uma função social fez surgir uma classe de ‘especialistas’ cuja principal atividade é se sentir ofendido com o que vê na televisão. 

Esses especialistas não estão lá muito preocupados com a qualidade da obra; preferem se limitar a interpretar a posição do autor, questionar se o conteúdo é pertinente ou apontar para a fala de um personagem que poderia ofender alguém.

Manifestações como essas, cheias de boas intenções, não me convencem de que a sociedade está mais engajada, como me avisaram, mas de algo mais assustador: a vontade que o povo tem de ver suas opiniões enfiadas na cabeça dos outros através da boca de um personagem de novela.

A tropa moralista marcha, com tochas e foices, contra o que acabou de sair da boca de um personagem de ficção. A dificuldade de separar ficção da realidade é sinal de um problema psicológico sério.

Mês passado, a Acrimesp (Associação de Advogados Criminalistas do Estado de São Paulo) mandou uma carta aberta à Globo reclamando da personagem de Carol Castro em ‘Amor à Vida’ – que teria orientado um cliente a mentir. Na mesma época, enfermeiros organizaram um abaixo-assinado porque se sentiram ofendidos pela maneira com a qual os profissionais estavam sendo mostrados na novela. Sem contar que até as ex-chacretes mandaram uma dessas cartas para a Globo.

Difícil é saber se enfermeiros, advogados e ex-chacretes estão sendo denegridos pela novela, como afirmam, ou por eles mesmos quando mandam uma carta aberta contra a conduta de um personagem de ficção.

E o que choveu de reclamações nos primeiros episódios de ‘Amor à Vida’, quando o personagem de Antônio Fagundes se recusou a fazer um aborto de uma paciente! O pior é que poucas semanas depois, quem se revoltou foi um grupo de cristãs; mas desta vez em repúdio a ‘Saramandaia’, que teria dado uma mensagem clara de apoio ao aborto. Em menos de um mês a Globo foi acusada de abortista e ultraconservadora.

A novela é um produto audiovisual democrático; é ruim para todo mundo e dá espaço para todo mundo se sentir ofendido.

O autor não escreve uma obra, mas presta um serviço ou um desserviço dependendo se a sua opinião bate com a dele. Novela no Brasil não passa disso, de uma prestadora de serviços. Uma instituição pela qual se espera resolver os problemas do país.

A maneira mais coerente para mostrar que um programa de televisão desagrada é mudar de canal. Mas os especialistas continuam assistindo. Insistem em se sentir ofendidos. Sentem prazer nisso.

Em lugar nenhum está escrito que somos obrigados a assistir à televisão. São mais de 60 anos de novela. Será que já não deu tempo de entender como elas funcionam? Por que ainda querem se surpreender positivamente? Por que devotar tanto tempo se indignando com algo que não é do seu real interesse? 

A opção de mudar de canal, segundo consta, ainda é permitida.

Numa época em que nunca houve tanta opção de entretenimento, é fácil entender por que cada vez menos pessoas assistem novela — e difícil entender porque tanta gente se sente ofendida por ela.


Postado nos blog Com Texto Livre e no Blog do Saraiva em 14/08/2013