Certamente você já ouviu a música 'Walking On The Chinese Wall' de Philip Bailey, conhecida por sua voz única e emotiva. A canção é um exemplo de como a arte pode transcender barreiras culturais e temporais, oferecendo uma experiência profunda e reflexiva para o ouvinte. Venha comigo conhecer essa rica história.
'Walking On The Chinese Wall' é uma jornada poética que convida à introspecção e à contemplação das complexidades da vida e do amor. É uma música tão bonita mas pouco reconhecida. Eu diria que é uma das mais belas já criadas e que ainda exalta um dos maiores monumentos da humanidade: A gigantesca Muralha da China.
A Muralha da China
A Muralha da China, também conhecida como a Grande Muralha, é uma impressionante estrutura de arquitetura militar construída durante a China Imperial.
A Grande Muralha consiste de diversas muralhas, construídas durante várias dinastias ao longo de aproximadamente dois milênios (começou no ano 220 a.C com término no século XV, durante a Dinastia Ming). Se, no passado, a sua função foi essencialmente defensiva, no presente constitui um símbolo da China e uma procurada atração turística.
As suas diferentes partes distribuem-se entre: o Mar Amarelo (litoral Nordeste da China), o deserto de Góbi e, a Mongólia (a Noroeste).Os chineses ergueram muros para se proteger de invasões dos povos ao norte.
As primeiras construções surgiram antes da unificação do império, em 221 a.C. Ao unir sete reinos em um país, o imperador Qin Shihuang (259-210 a.C. - Dinastia Chin- começou a unificar a muralha, aproveitando as inúmeras fortificações construídas por reinos atuais. Com aproximadamente três mil quilômetros de extensão à época, foi ampliada nas dinastias seguintes.
Com a morte do imperador Qin Shihuang, iniciou-se na China um período de agitações políticas e de revoltas, durante o qual os trabalhos na Grande Muralha ficaram paralisados.
Com a ascensão da Dinastia Han ao poder, por volta de 206 a.C., reiniciou-se o crescimento chinês e os trabalhos na muralha foram retomados ao longo dos séculos até o seu esplendor na Dinastia Ming, por volta do século XV, quando adquiriu os atuais aspectos e uma extensão de cerca de sete mil quilômetros.
Acredita-se que os trabalhos na muralha ocuparam a mão de obra de cerca de um milhão de operários (até 80% teriam perecido durante a sua construção, por causa da má alimentação e do frio), entre soldados, camponeses e prisioneiros. Uma lástima!
Vista aérea da grandiosidade de parte da Grande Muralha da China
A magnitude da obra, entretanto, não impediu as incursões de mongóis, xiambeis e outros povos, que ameaçaram o império chinês ao longo de sua história. Por volta do século XVI perdeu a sua função estratégica, vindo a ser abandonada a partir de 1664, com a expansão chinesa na direção norte na Dinastia Qing.
No século XX, na década de 1980, Deng Xiaoping deu prioridade à Grande Muralha como símbolo da China, estimulando uma grande campanha de restauração de diversos trechos.
Porém, a requalificação do monumento como atração turística sem normas para a sua utilização adequada, aliada à falta de critérios técnicos para a restauração de alguns trechos (como o próximo a Jiayuguan, no Oeste do país, onde foi empregado cimento moderno sobre uma estrutura de pedra argamassada, que levou ao desabamento de uma torre de seiscentos e trinta anos), geraram várias críticas por parte dos preservacionistas, que estimam que cerca de dois terços do total do monumento estejam em ruínas.
Estende-se desde o passo de Jiayuguan (província de Gansu), lado oeste, até a foz do rio Yalujiang (província de Liaoning), lado leste. Atravessa o Deserto de Gobi, quatro províncias (Hebei, Shanxi, Shaanxi e Gansu) e duas regiões autônomas (Mongólia e Ningxia ).
Em 2012 foi anunciado que a Muralha da China mede 21.196 quilômetros na totalidade e aproximadamente 7 metros de altura. Esta medida contempla todas as paredes que foram alguma vez construídas, mesmo as que já não existem.
A Muralha da China após concurso informal internacional em 2007, foi considerada uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo.
Essa perspectiva é interessante: A muralha termina abruptamente, logo que atinge o oceano. Estranho não é?
Sobre a música "Walking on the Chinese Wall" e seu grande intérprete Philip Bailey
Walking on the Chinese Wall" é uma canção do cantor americano de R&B e soul chamado Philip Bailey e que tem uma energia única.
O som da bateira, da voz do intérprete e do coral de fundo é mágico e empolgante. A música tornou-se a faixa-título do álbum "Chinese Wall" lançado em 1985.
Você sabia que Phil Collins produziu, tocou bateria e cantou, como parte dos planos de fundo, sobre a música? Mas a canção não foi creditada como um dueto de Bailey e Collins. Percebe-se, inclusive, toda a genialidade de Collins na bateria e na produção da melodia desta canção.
Philip Bailey e Phil Collins vierem dueto na canção Easy Lover
Para acompanhar o audio, inseri cenas da Muralha da China , da capital da China - Pequim e algumas cidades que compõem o Tigre Asiático. Afinal a letra possui várias interpretações e não soa apenas como uma canção romântica.
"Walking on the Chinese Wall" foi escrita por Roxanne Seeman e Billie Hughes que se conheceram e começaram a compor músicas juntos logo depois que retornaram de uma viagem de três semanas pela China.
Tendo caminhado na Grande Muralha, no Portão do Norte, fora de Pequim, Seeman veio com a letra. A muralha foi a sua inspiração! Um dos refrões "observando as moedas caírem" refere-se às moedas do I Ching.
Seeman extrai de seus estudos de artes e literatura chinesas, fazendo referências ao I Ching ("Livro das Mutações") e Sonho da Câmara Vermelha (uma das Quatro Grandes Novelas Clássicas da literatura chinesa), como nas letras da ponte "Sonho de câmara vermelha, do céu acima, contos antigos de amor chinês oculto".
A letra faz uso de imagens vívidas e metáforas para explorar temas de amor, busca espiritual e a passagem do tempo. A 'Chinese Wall' (Muralha da China) serve como uma metáfora poderosa para barreiras emocionais e espirituais que o protagonista enfrenta em sua jornada.
Está tudo na tradução da letra, é só acompanhar no clipe! Tomara que se divirta com uma das sétimas maravilhas do mundo!
Ninguém gosta de ouvir mentiras. Não gostamos das mentiras piedosas, nem de que decidam por nós o que devemos saber ou não. Se a verdade vai nos machucar, somos nós quem temos que decidir isso.
As pessoas têm a mania de ocultar coisas que fazem, dizem ou pensam porque acreditam que assim evitam fazer mal aos outros. Mas não, na verdade não há nada tão dilacerante quanto a mentira, a omissão e a hipocrisia. Com eles, nos sentimos pequenos e vulneráveis, e ao mesmo tempo, gera-se desconfiança e insegurança frente ao mundo.
Não há nada que nos rompa mais por dentro e que nos revolva as vísceras tanto quanto que decidam por nós, que traiam nossa confiança ou que nos assumam incapazes de tolerar e vivenciar certas experiências.
Nenhum sentimento é inválido
Ao longo de nossa vida, sofremos e choramos por centenas de situações causadas pelos outros. Entretanto, todos esses sentimentos e emoções nunca são inúteis; pelo contrário, grande parte do nosso aprendizado é mediado pela dor.
Do mesmo modo, sofrer nos faz compreender e conhecer a nós mesmos, entender que somos fortes e que nada dura para sempre. Dessa forma, conseguimos administrar nossas emoções.
Nossa vida é nossa. Devemos vivê-la como quisermos e não como julgam os outros. Decidiríamos por alguém a quem ele ou dela deve amar e de que maneira? Não, isso é uma loucura. É injusto tentar decidir pelos outros.
O poder de dizer as coisas de frente
Dizer as coisas cara a cara é ser sincero, nada mais e nada menos. As pessoas confundem isso com a falta de educação, de tato ou de prudência.
Como a sinceridade é um termo que leva a confusões e cada um tem sua própria versão do conto, vejamos algo mais sobre ela.
Ser sincero não quer dizer que devemos falar tudo o que nos vem à cabeça, de forma brusca ou a qualquer momento. Ser sincero com critério, empatia e ética não significa maquiar a realidade, mas adequar sua comunicação ao momento e à pessoa.
A sinceridade faz com que encontremos companheiros, gente leal, íntegra. Ou seja, boa gente. Como é óbvio, muitas vezes a intenção não é ruim, mas devemos saber que ao não dizer a verdade, estamos faltando ao respeito com a pessoa “afetada”.
Não podemos tomar decisões pelos outros porque é assim que causaremos um verdadeiro dano. Um dano que é irreversível e que quebra as leis de toda relação sólida e equilibrada.
De fato, mentindo para alguém privamos tal pessoa da oportunidade de dirigir sua dor e aprender a lição que ela tem que aprender. Por isso, é algo tremendamente injusto e abusivo.
A sinceridade dói naquelas pessoas que vivem em um mundo de mentira
A sinceridade nunca dói, o que dói são as realidades. Ser sincero sempre é um grande gesto, apesar de tudo e de quem for. Entretanto, pode acontecer de alguém preferir viver em um mundo de fantasia, sem querer enxergar a realidade. Nesse caso, tudo é respeitável.
Entretanto, o mal de mentir ou de ocultar a verdade é que a partir daí ficam em dúvida mil verdades que quebram a confiança, a segurança e os sentimentos de amor mais potentes.
Em resumo, a verdade constrói e a mentira destrói. Cada um de nós está capacitado para assumir a realidade do que nos corresponde e, portanto, de resolver os possíveis danos que possamos sofrer.
Não podemos viver esperando que a vida seja um caminho de rosas nem para nós, nem para os outros. Assim, sempre que nos corresponda, deveríamos optar por sermos sinceros e não privar as pessoas da oportunidade de crescer superando as adversidades ou desconfortos de sua própria existência.
“Agora, só existem 2 gêneros: masculino e feminino.”
–Donald Trump, no discurso de posse, em 20 de janeiro de 2025.
São assustadoramente previsíveis os primeiros atos do presidente Trump ao tomar posse. Ele fez justamente o que prometeu durante a campanha. Estados Unidos da extrema-direita, é isso.
Eu diria que é até mais do que o espírito dos republicanos; são os trumpistas. É a cara dessa leva de radicais que assola hoje parte do mundo. O Trump, devemos reconhecer, é a demonstração exata desse atraso e desse modo de encarar o mundo. E, parece evidente, os norte-americanos merecem exatamente o presidente que escolheu.
Em seu discurso de posse, Trump fez uma afirmação que define o tamanho da sua pequenez: “Agora, só existem 2 gêneros: masculino e feminino”. É muito impressionante a capacidade de um líder mundial falar algo com essa dimensão em relação a um tema tão sensível. É triste ver onde chegamos em termos de mediocridade e violência.
Essa é uma alegação falsa e perigosa, mas é a verdadeira expressão do grupo que assume os EUA. Só uma sociedade falsa e hipócrita pode apoiar uma atitude política que divide mortalmente as pessoas. Essa declaração define o grau de belicosidade que enfrentaremos. O atraso. A perseguição. O apoio à violência.
Mundo afora, vários adeptos estão em estado de pura felicidade, inclusive no Brasil. Os bolsonaristas, mesmo aqueles que fizeram o papel ridículo de ir à posse para ficar rezando no hall do hotel e depois assistir à cerimônia pelo telão, devem segurar suas expectativas sob alguns aspectos.
Claro que eles podem celebrar a vitória da extrema-direita. Porém, os que projetam alguma relação dos atos relativos ao perdão aos invasores do Capitólio com o nosso 8 de Janeiro devem se atentar para um pequeno e fundamental detalhe: lá, o Trump ganhou; aqui, o Bolsonaro perdeu. Quem banca o jogo é quem vence.
Com a vitória, o presidente estadunidense tem o direito de fazer todas as insanidades que está realizando, até porque os norte-americanos votaram exatamente nessas bizarrices. Agora, não são mais bravatas e promessas que pareciam estranhas. Não. No dia da posse, Trump assinou dezenas de decretos e começou a colocar em prática parte dos seus compromissos da extrema-direita, cumprindo o que falou na campanha.
Já declarou, de maneira clara e inequívoca, que não precisa do Brasil e da América Latina. Nesse sentido, decretou emergência nacional na fronteira com o México e vai usar as Forças Armadas contra os estrangeiros. O papel militar nas fronteiras será brutal.
Também endureceu a lei contra a imigração, inclusive aumentando penas e as hipóteses de deportação; assinou um decreto específico contra ameaças estrangeiras; e tentou acabar com o direito à cidadania norte-americana para nascidos de imigrantes ilegais e de pessoas sem residência permanente nos EUA. Na última decisão, o Judiciário do país foi diligente e suspendeu a medida, que julgou ser “flagrantemente inconstitucional”.
Trump ainda aumentou o rigor do controle migratório e busca enfrentar o que ele considera uma “invasão” ao país, orientando o procurador-geral a incentivar a pena de morte. Por incrível que possa parecer, há uma decisão governamental no sentido de aumentar as hipóteses de matar em nome do Estado. O que seria o reconhecimento do fracasso é, na verdade, um elogio à barbárie.
Algumas medidas terão grande efeito em diversos países em razão do enorme poder dos EUA. Foi formalizada, novamente, a saída do Acordo Climático de Paris.
A pretexto de fortalecer a liberdade de expressão, já assinou decreto que incentiva o vale-tudo nas plataformas digitais. Esse é um ponto que define os novos tempos: o completo aval para se valer indiscriminadamente de uma pretensa liberdade em nome do abuso. O fim das relações institucionais e dos direitos constitucionais em nome de uma falsa impressão de ampla liberdade de expressão.
Determinou a saída do país da OMS e é possível prever o caos sanitário que ocorrerá com a hipótese de novas pandemias. Flertou com o autoritarismo ao provocar o Golfo do México. E –o que é a cara desse governo– reforça por decreto a meritocracia no funcionalismo, encerrando as contratações federais com base em etnia, sexo ou religião. Além disso, acabou com os programas ligados à diversidade e à inclusão, incluindo-se os de justiça ambiental. É a desordem prometida sendo rigorosamente cumprida.
Registro de ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021 – Foto: Reprodução
Só faço 1 registro sobre o perdão concedido aos criminosos que assaltaram o Capitólio, em 21 de janeiro de 2021, na ação que foi considerada a maior ofensa contra as polícias norte-americanas, inclusive com a morte de policiais. Primeiro, é um direito constitucional do presidente e que não tem sequer que ser submetido a nenhum outro poder nos EUA. Ao que consta, 1.500 pessoas foram beneficiadas. É importante ressaltar que 1.250 pessoas já foram condenadas e várias, 940, assumiram a culpa, em penas que chegam a 22 anos de cadeia.
É importante frisar que não existe absolutamente nenhuma relação entre o ato do presidente empossado e o que ocorre no Brasil. Aqui, com a independência e a soberania asseguradas, vamos julgar os responsáveis pela tentativa de golpe no 8 de Janeiro. Já existem 371 pessoas condenadas pela Suprema Corte. O país inteiro aguarda o processo contra Bolsonaro e os seus chefes mais imediatos.
Nada do que ocorreu nos EUA pode influenciar o Judiciário brasileiro. O Brasil pode dar aula e exemplo de como manter íntegra a democracia interna em tempos de severa crise.
É bom lembrarmos de Clarice Lispector:
“Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer sentimento”.
A música “Amazing Grace” foi escrita pelo ex-traficante de escravos John Newton, em 1773, para ilustrar um sermão de Ano Novo. A canção é considerada um hino cristão e um dos mais relevantes de todos os tempos.
A história de “Amazing Grace” é marcada por uma transformação pessoal de Newton, que passou a acreditar em Deus e a se opor ao tráfico de escravos.
Como surgiu a música?
Newton compôs a canção para ilustrar um sermão de Ano Novo em 1773.
A melodia da canção é considerada uma cantiga regional africana, que os escravos cantavam em forma de lamento.
A melodia é baseada na escala pentatônica, que tem origem no mundo oriental e africano.
A história de John Newton
Newton foi um ex-traficante de escravos que se tornou cristão e abolicionista, após ter sido levado à ilha Plantain, perto da costa de Serra Leoa, em 1745, onde foi escravizado.
Newton morreu no final de 1807, nove meses depois da abolição do comércio de escravos no Império Britânico.
A repercussão da música
“Amazing Grace” é um hino conhecido internacionalmente e cantado por estrelas como Elvis Presley, Aretha Franklin e Andrea Bocelli.
A história de Newton foi retratada em um musical da Broadway e no filme Newton's Grace.
A princípio bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos. Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis.
Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida, o cinema, o teatro: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas.
E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo.
Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar a luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito. É o que dá ver tanta televisão.
Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Ter um parceiro constante pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.
Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.
Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno.
Olhe para o relógio: hora de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente.
A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz.
Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade.
Tempos difíceis e sombrios, onde as pessoas se escondem em máscaras de IP.
Onde criamos um perfil, e acreditamos que somos aquilo que na verdade, não somos.
Rostos de amigos nas redes sociais parecem outras pessoas, de tantos filtros aplicados.
Todo mundo quer aparecer bem na foto, mesmo que seja um clone de nós mesmos.
Mas, chega uma hora em que a realidade nos chama para dançar a existência real e nesta hora, o baile fica sufocante…
Nos esquecemos de quem somos, cremos em poderes que não temos.
Devotamos crédito para ídolos que nem ídolos são, apenas mais um perfil na rede social.
E, quando pensamos que podemos viver só de bananas, de ar, de carne louca ou de legumes crús, a vida nos apresenta a conta, e nem sempre conseguimos pagar.
Acho que se a Vida pudesse mandar um recado hoje para cada um de nós, seria algo assim:
Desligue-se!
Viva a realidade do pé na areia, na grama. Da conversa boa com amigos de verdade, ou mais meia hora na cama…
Volta para sua vida sem maquiagem, de calção e pijama velho, aquele sapato confortável, o chinelão gasto que você adora.
Chega de pose, chega de representar.
Chega de Like para os outros, dê-se um Like de verdade.
Vem viver, amar, beijar na boca, comer de verdade, caminhar para gastar a energia, nem precisa correr, mas se você gosta de correr, corra!
Seja livre, seja você, seja a Vida.
Ela te representa, ela te chama, ela te pede: desliga tudo e bora viver.
Ainda dá tempo de ser feliz ainda hoje, de verdade.
Sendo o Perfil Real da nossa Existência.
Você é uma pessoa linda demais para ter que representar qualquer coisa.
Há um silêncio que chega com os anos, e ele não é feito apenas da ausência de ruídos, mas da transição suave entre o que éramos e o que nos tornamos.
Aos 60, você começa a sentir a sutileza do distanciamento. A sala que antes pulsava com suas ideias agora parece cheia de vozes que não pedem mais sua opinião. Não é uma rejeição, é o ritmo da vida. É quando aprendemos que nossa contribuição não está no presente imediato, mas nos rastros que deixamos nos corações e mentes ao longo do caminho.
Aos 65, você percebe que o mundo corporativo, outrora tão vital, é um fluxo incessante. Ele segue, indiferente ao que você fez ou deixou de fazer. Não é uma derrota, é a libertação. Esse é o momento de olhar para si mesmo, despir-se do ego e vestir a serenidade. Não se trata mais de provar, mas de ensinar, de compartilhar, de ser mentor. A verdadeira realização não é a que se exibe, mas a que inspira.
Aos 70, a sociedade parece lhe esquecer, mas será mesmo. Talvez seja apenas um convite para reavaliar o que realmente importa. Os jovens não o reconhecerão pelo que você foi, e isso é uma bênção disfarçada: você pode agora ser apenas quem você é. Sem máscaras, sem títulos, apenas a essência. Os velhos amigos, aqueles que não perguntam “quem você era”, mas “como você está”, tornam-se joias preciosas, diamantes que brilham no crepúsculo da vida.
E então, aos 80 ou 90, é a família que, na sua correria, se afasta um pouco mais. Mas é aí que a sabedoria nos abraça com força. Entendemos que amor não é posse; é liberdade. Seus filhos, seus netos, seguem suas vidas, como você seguiu a sua. A distância física não diminui o afeto, mas ensina que o amor verdadeiro é generoso, não exigente.
Quando a Terra finalmente chamar por você, não há motivo para medo. É a última dança de um ciclo natural, o encerramento de um capítulo escrito com suor, lágrimas, risos e memórias. Mas o que fica, o que realmente nunca será eliminado, são as marcas que deixamos nas almas que tocamos.
Portanto, enquanto há fôlego, energia, enquanto o coração bate firme, viva intensamente. Abrace os encontros, ria alto, desfrute os prazeres simples e complexos da vida. Cultive suas amizades como quem cuida de um jardim. Porque, no final, o que resta não são as conquistas, nem os títulos, nem os aplausos. O que resta são os laços, os momentos partilhados, a luz que espalhamos.
Seja luz, seja presença, e você será eterno.
Dedico a todos que entendem que o tempo não apaga, mas apenas transforma.
Deixe-se levar pelo otimismo das sementes que de tão pequenas, parecem um milagre quando perfuram a terra escura e nascem para o sol.
Permita-se acreditar que um corpo pesado com muitas toneladas pode voar, e você pode fazer muito mais, emagrecer ou engordar quantos quilos desejar.
Descubra que 3 ovos juntos com outros ingredientes fazem um bolo, e com uma vela em cima, faz uma festa muito legal.
Perceba que ao acordar, você voltou de um mundo em que nem tem noção de onde seja, acordou da morte, voltou para a Terra, e deveria comemorar.
Não se deixe abater pela dor dessa doença que te causa aflição, convide o seu corpo para uma reação, ajude-o a combater esse mau. Seu corpo sabe secar cada ferida, reagir a cada alergia, mandando sinais de problemas e de cura.
Entregue seus problemas que você não pode resolver agora, nas mãos de Deus, para quem pode realmente trazer uma solução.
Mas, ao entregar, não faça como Tomé, que pediu para ver os buracos nas mãos de Jesus, para saber se aquele homem era realmente o Mestre.
Entregue seus problemas e parta para buscar soluções. Pare de criar novos problemas.
Seja fiel em tudo e com todos.
Entregue-se a certeza de que o amor vai te visitar todas as noites em forma de anjos, que zelam pelo seu sono, pela sua completa restauração, e ao acordar, sinta na boca a doçura do amor de Deus por você, seu presente chegou: a Vida, o dia, as horas, a possibilidade de mil mudanças.
Acredite na Vida, acredite em você, acredite que a montanha lá fora, é apenas um morro que você vai dar o primeiro passo e vencer.
Entregue-se a ação que põem a fé em movimento.
Não desista de nada, nem de você, nem dos seus sonhos.
Seja você o milagre de hoje que vai motivar o próximo, e quem sabe o próximo é alguém que você ama tanto, e que vai te encher de orgulho saber que você é espelho para essa pessoa. Você é o espelho de Deus !