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Como superar a morte de uma mãe



Ninguém está preparado para enfrentar a perda de um ente querido, especialmente a morte de uma mãe. Para muitos, essa pode ser a experiência mais traumática de suas vidas. O que podemos fazer para lidar com esse luto?


Quando se trata de superar a morte de uma mãe, não existem receitas mágicas nem estratégias rápidas. Embora tenhamos uma garantia tácita de que essa experiência ocorrerá em algum momento, ninguém está preparado para isso. Não importa que já sejamos adultos e que já tenhamos lidado com outras perdas, adversidades e dramas de outros tipos e outras texturas emocionais.

A perda da figura materna é uma das experiências mais dolorosas. É um dos eventos mais traumáticos que o ser humano vivencia. É verdade que tudo depende da relação que tivemos com aquela figura familiar. Porém, em média, o vínculo criado traça uma aliança de grandes significados, apoios, apegos e um afeto do qual se tornam a espinha dorsal.

A escritora Joan Didion disse em seu excelente livro El año del pensamiento mágico , no qual abordou o tema do luto, que a vida passa rápido e às vezes pode nos mudar em um instante. E que alguém que perdeu recentemente um ente querido tem uma expressão particular, que só quem passou pela mesma coisa reconhece.

Como podemos lidar com essa circunstância pela qual todos teremos que passar em algum momento?
"Perder uma mãe é possivelmente a primeira experiência pela qual você passará sem que ela esteja presente para apoiá-lo."
Estratégias para superar a morte de uma mãe

Não há um tempo definido que se deva passar para superar a morte de uma mãe. Nunca superamos isso completamente, mas aprendemos a conviver com essa perda. Isso significa que podem se passar dois, três ou cinco anos e, de repente, você precisará lamentar novamente aquela ausência em algum momento específico. É perfeitamente normal que isso aconteça.

Um estudo da Universidade do Norte do Texas aponta para a necessidade de ter sempre um bom suporte. É verdade que cada pessoa enfrenta o luto à sua maneira; alguns precisarão de mais tempo e outros de menos. Também é verdade que essas perdas podem ser repentinas ou resultar de uma doença prolongada.

Cada realidade é única e muito particular, é verdade. Porém, o que é mais necessário ao vivenciar uma perda é ter alianças e apoio nessa jornada pelo luto. Porque a dor é paralisante e nos obriga a nos enrolarmos como uma bola com nosso corpo e com nossa vida por um tempo.

Momento em que perceberemos que pela primeira vez em nossas vidas enfrentaremos o sofrimento sem a ajuda de nossas mães… Vejamos agora algumas estratégias básicas que podem nos ajudar.

1. Permitir-se sentir cada sensação, emoção e memória

Tudo é válido. Toda emoção que aprisiona seu corpo e mente após a morte de uma mãe é válida e você deve aceitá-la. Raiva, tristeza, incompreensão, frustração, saudade, medo, desolação… Os primeiros dias após essa perda são sempre confusos e você tem uma estranha sensação de irrealidade. Tal experiência é completamente normal.
"Após a perda de um ente querido, é normal sentir uma espécie de entorpecimento emocional. É difícil reagirmos às coisas, a vida passa mais devagar e não é fácil estar conectado com o exterior, com o que está acontecendo ao nosso redor. Isso faz parte do próprio luto."
2. Não existe luto perfeito: cada pessoa o vivencia de uma maneira diferente

Cada luto é único e isso é algo que devemos respeitar. Às vezes, até dois irmãos podem lidar com essa perda de maneira diferente porque o relacionamento que tinham com a mãe não era o mesmo. Isso é algo que devemos respeitar. Haverá quem precise chorar mais e ter mais momentos de solidão.

Por outro lado, outras pessoas precisarão conversar com amigos e familiares, para sentir constantemente a proximidade de seus entes queridos. Não existe luto normativo, por isso é importante não pressionar ninguém a seguir em frente o mais rápido possível. Cada um precisa do seu tempo, do seu ritmo e dos seus processos internos de reajuste emocional.

3. Aceitação: a vida não será a mesma, será diferente

Para superar a morte de uma mãe devemos compreender que a nossa vida não será mais a mesma. Embora nos exortem a “voltar à normalidade”, essa normalidade não existirá mais, não será mais possível. Agora, a aceitação dessa perda virá quando entendermos que as coisas serão diferentes, mas não piores.

Vamos nos adaptar, porque a vida seguirá em frente e teremos amigos, familiares e parceiros maravilhosos. Haverá um vazio em nossos corações, mas o ser humano aprende a conviver com o vazio das ausências de várias maneiras.

A dor de quem não está mais se transforma aos poucos, como uma flor que germina em algo novo. Em mais uma forma de amor que nos acompanha, que nos protege…

4. Conversar sobre a mãe, lembrar-se dela e permitir-se ter dias ruins

Você tem que falar sobre o que dói para que doa menos. É bom compartilhar com nossos entes queridos aqueles momentos vividos com nossa mãe, porque lembrá-la é homenageá-la. Tê-la em mente é torná-la presente, mas garantir que essa memória não nos bloqueie, e sim nos impulsione. Porque nossa mãe iria nos querer felizes.

Ela desejaria para nós toda a felicidade do mundo e, portanto, uma forma de homenageá-la é tendo uma vida significativa. Da mesma forma, aceitemos também que a tristeza e a saudade nos visitarão de vez em quando. Teremos dias ruins, mas isso é perfeitamente normal.
"Uma forma de homenagear nossa mãe é ter a vida que ela desejaria para nós. Ser feliz é uma forma de homenageá-la. A sua memória viverá para sempre nos nossos corações e é assim que a tornamos presente todos os dias."
Se você quer sentir sua mãe próxima todos os dias, muitas pessoas encontram conforto nas joias de cinzas, que são pingentes especiais projetados para carregar uma pequena porção das cinzas de um ente querido. Esses tipos de medalhões não apenas permitem que você carregue fisicamente uma parte de sua mãe com você, mas também servem como um lembrete constante de seu amor e presença em sua vida diária.

5. Para superar a morte de uma mãe, encontre a sua paz e dê novos sentidos à sua existência

Cada perda nos obriga a reformular muitas coisas. É uma face na nossa existência, é verdade. Porém, para superar a morte de uma mãe é necessário que aos poucos encontremos a nossa paz. Nosso equilíbrio. E cada um o encontra de uma forma. Há quem tome consciência de que deve fazer mudanças em sua vida para que ela tenha maior sentido e significado.

Com a perda de um ente querido, tomamos consciência da nossa transitoriedade e isso nos impulsiona a viver com maior significado. Fazer isso também é uma forma de homenagear nossas mães.

Como manter a família unida após a morte de uma mãe

É verdade que, em alguns casos, a estrutura familiar pode ser alterada após a morte da mãe. Essa é uma circunstância que pode revelar problemas de relacionamento entre irmãos, entre filhos e o pai ou outras figuras. É verdade que cada unidade familiar tem características próprias.

No entanto, essa perda traumática nos afeta a todos e não será permitido que essa estrutura seja desfeita. Não é o que nossa mãe teria desejado. Isso nos obriga, sem dúvida, a fazer esforços, a conjugar intenções, compromissos e vontades. Todos precisamos uns dos outros, ainda mais em meio a um vazio tão doloroso.

Portanto, tentemos resolver as diferenças e extinguir os ressentimentos do passado. Vamos recomeçar e nutrir o vínculo com nossos familiares para nos fortalecermos, para que tudo que nossa mãe construiu sobreviva. Vamos nos apoiar, nos procurar, fazer ligações, agendar reuniões frequentes e fazer planos juntos. O afeto requer compromisso e o compromisso cumprido gera amor e confiança.

Para finalizar, a tristeza pela perda da nossa mãe estará sempre latente, mas aprenderemos a conviver com esse vazio. Sentir falta dela, sentir saudade dela, lembrar dela quando fazemos ou vemos certas coisas é uma forma de tornar presente o seu amor por ela. Reencontrar a alegria não é uma traição, é levar a vida que ela gostaria para nós.


Bibliografia

Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.

Ellis, J., Dowrick, C., & Lloyd-Williams, M. (2013). The long-term impact of early parental death: lessons from a narrative study. Journal of the Royal Society of Medicine, 106(2), 57–67. https://doi.org/10.1177/0141076812472623

Hayslip B, Pruett JH, Caballero DM. The “How” and “When” of Parental Loss in Adulthood: Effects on Grief and Adjustment. OMEGA – Journal of Death and Dying. 2015;71(1):3-18. doi:10.1177/0030222814568274

Schmitz-Binnall E. Resilience in adult women who experienced early mother loss. All Antioch University Dissertations & Theses.

Szanto K, Shear MK, Houck PR, et al. Indirect self-destructive behavior and overt suicidality in patients with complicated grief. J Clin Psychiatry. 2006;67(2):233-239. doi:10.4088/jcp.v67n0209

Keyes KM, Pratt C, Galea S, McLaughlin KA, Koenen KC, Shear MK. The burden of loss: unexpected death of a loved one and psychiatric disorders across the life course in a national study. AJP. 2014;171(8):864-871. doi:10.4088/jcp.v67n0209


 Escrito e verificado por a psicóloga Valeria Sabater.






Feliz Dia das Mães 2023 !


 











Mãezinha : minha homenagem . . .

 






Nota :

Minha Mãe, Lydia Maria, deixou seu corpo físico em 27/11/2022 e partiu para uma nova jornada espiritual.

Viveu fazendo o seu melhor por nós, os filhos, por seu marido, por seus pais, por seus netinhos e a todos que a rodeavam. 

Deixou saudade em todos que a conheceram. 

Abaixo coloco a cartinha que coloquei junto a seu Coração para acompanha-la em sua viagem :

Lydia Maria : Mãezinha Querida :

Saiba que sou eternamente grata pela oportunidade de ter sido sua filha ! E com certeza a Vera e o Gilberto* também !

Mesmo quando errei, você esteve do meu lado dizendo as verdades que eu precisava ouvir e me acolhendo até que a dor passasse.

Se estou onde estou e cheguei aonde cheguei é porque a Senhora acreditou em mim, em primeiro lugar. Por isso, todas as minhas conquistas tiveram sua força, seu apoio. Inclusive quem eu sou.

Jamais esquecerei que a Senhora só dormia depois que chegávamos da escola noturna, tarde da noite, nos esperando com uma comidinha quentinha e gostosa.

A lista de motivos para agradecermos é interminável. Cumpristes as Missões de Mãe e de Vó maravilhosamente.

Então, Mãezinha, muita gratidão por tudo que fizeste por nós.

Obrigado. Te amamos muito.

Fique com Deus ! Tenha e seja paz e luz onde estiver !

De suas filhas Rosa Maria e Vera Lúcia.

Porto Alegre, 27 de Novembro de 2022.
*Gilberto Antônio, meu amado irmãozinho que, também, partiu há alguns anos.





Feliz Dia das Mães ! 08/05/2022

 






Feliz Dia das Mães ! 08/05/2022

 






Samara Felippo desabafa : ‘Pãe não existe, o que existe é mãe solo’



"Pãe não existe, o que existe é mãe SOLO mesmo. Não fazemos a função do pai, a lacuna fica mesmo!", disse a atriz.

A atriz Samara Felippo, de 42 anos, resolveu usar seu perfil no Instagram neste domingo (08), Dia dos Pais, para fazer uma crítica ao termo “pãe” — geralmente utilizado para denominar mães que “fazem papel” de pai e mãe.

“Minha homenagem ao dia dos pais. O que existe é mãe SOLO mesmo”, escreveu a atriz, usando uma camiseta com a frase “pãe não existe”.

“SOLO de sozinha, porque também não existe mãe solteira, porque minha maternidade não tem nada a ver com meu estado civil e porque tem muita mãe casada e SOLO! Não fazemos a função do pai, a lacuna fica mesmo! E você, pai que paterna, que sei que existem muitos, você não faz mais que sua obrigação.”, disse a atriz.

Samara Felippo é mãe de Alícia, de 12 anos, e Lara, de 8, com o jogador de basquete Leandrinho.








Samara Felippo desabafa : ‘Pãe não existe, o que existe é mãe solo’



"Pãe não existe, o que existe é mãe SOLO mesmo. Não fazemos a função do pai, a lacuna fica mesmo!", disse a atriz.

A atriz Samara Felippo, de 42 anos, resolveu usar seu perfil no Instagram neste domingo (08), Dia dos Pais, para fazer uma crítica ao termo “pãe” — geralmente utilizado para denominar mães que “fazem papel” de pai e mãe.

“Minha homenagem ao dia dos pais. O que existe é mãe SOLO mesmo”, escreveu a atriz, usando uma camiseta com a frase “pãe não existe”.

Médica exclui as contas da filha nas redes sociais e polemiza com texto debatendo o assunto


Nina Rios e Fernanda Rocha Kanner
(Foto: Reprodução / Instagram)

"Eu não quero que ela cresça acreditando que é esse personagem. (...) E mega insuficiente. Triste geração em que isso justifica fama", disse a mãe em seu texto.

A médica paulistana Fernanda Rocha Kanner compartilhou em seu Instagram um texto que justificava a ausência de sua filha nas redes sociais. A filha de Fernanda é Nina Rios, uma adolescente de 14 anos que já era considerada uma influencer com quase 2 milhões de seguidores e diversos fãs clubes.

O texto da médica foi assunto polêmico entre os jovens que eram fãs e seguidores de Nina e também fez sucesso entre diversos papais e mamães na internet.

Confira:
“Turminha teen, eu vou escrever aqui porque recebi muitos directs de seguidores da Nina querendo saber o que aconteceu por ela ter sumido. Decidi apagar a conta do Tiktok e do Instagram dela. Chata, eu sei, mas nossa função como mãe não é ser amiguinha de vocês e isso vocês só vão entender em retrospectiva. Papo de tia. O carinho que vocês têm por ela é a coisa mais fofa mas eu não acho saudável nem para um adulto e muito menos para uma adolescente basear referências de autoconhecimento em feedback virtual.”, publicou.
Ela continua: “Isso é ilusão e ilusão mete uma neblina danada na estrada do se encontrar. Entre suas mídias eram quase 2 milhões de seguidores, dezenas de fã clubes, tudo muito doce mas também prejudicial para qualquer adolescente em processo de descoberta e busca pela individualidade. Eu não quero que ela cresça acreditando que é esse personagem. Não quero ela divulgando roupas inflamáveis de poliéster made in China. Não quero minha filha brilhante se prestando a dancinhas diárias como um babuíno treinado. Acho divertido… E mega insuficiente. Triste geração em que isso justifica fama.”
Fernanda ainda conta que começou a ficar muito preocupada com os possíveis danos ao psicológico da filha. “Li outro dia que a gente tem que voltar a ter vergonha de ser burro e é bem por aí. Saudade de quando precisava ter talento em alguma coisa para se destacar. Nascemos com vários dons que nos fazem únicos mas quando a gente copy paste a manada eles se diluem no processo e a gente cresce sendo só mais um na multidão. Não quero que ela se emocione com biscoitos (assim que fala?) e elogios. Nem que se abale com críticas de quem não conhece.”, diz.
“Opiniões são só reflexos de quem está oferecendo e não de quem recebe. Você me acha linda porque você é linda ou está feliz. Você me acha feia porque você é feia ou teve um dia ruim. Eu não tenho nada a ver com isso. A fã número um dela sou eu e ela continuará dando as caras por aqui, se quiser. Quando ela tiver conteúdo interessante para dividir ela pode voltar a ter conta. Conforme os planos, ela vai pra Suíça junto com big bro no segundo semestre continuar os estudos por lá. Pular de para-quedas, estudar biologia na floresta, salvar umas vacas nos Alpes. A vida só presta quando se é feliz offline primeiro. Beijo da tia Fê”, conclui.
Depois da publicação, a mãe de Nina recebeu muitas mensagens negativas em relação a sua atitude, muitas vezes vindas dos próprios fãs da filha. Ela respondeu com outro post:





Médica exclui as contas da filha nas redes sociais e polemiza com texto debatendo o assunto


Nina Rios e Fernanda Rocha Kanner
(Foto: Reprodução / Instagram)

"Eu não quero que ela cresça acreditando que é esse personagem. (...) E mega insuficiente. Triste geração em que isso justifica fama", disse a mãe em seu texto.

A médica paulistana Fernanda Rocha Kanner compartilhou em seu Instagram um texto que justificava a ausência de sua filha nas redes sociais. A filha de Fernanda é Nina Rios, uma adolescente de 14 anos que já era considerada uma influencer com quase 2 milhões de seguidores e diversos fãs clubes.

O emocionante discurso de Glenn Close em homenagem a sua mãe


 

A sociedade espera que sejamos mães, esposas ou companheiras perfeitas. No entanto, as mulheres precisam de mais. Nós temos o direito de lutar pelos nossos sonhos. A mensagem de Glenn Close na premiação do Globo de Ouro continua sendo inesquecível.

“Quando minha mãe completou 80 anos, me disse que tinha a sensação de não ter conquistado nada na vida”. Esta foi uma das frases contundentes e emocionantes que Glenn Close compartilhou com o público em seu discurso quando ganhou o Globo de Ouro pela atuação no filme A Esposa. Ao agradecer pelo prêmio, ela fez uma profunda reflexão sobre a maternidade e a necessidade de realizar os sonhos pessoais.

Poderíamos dizer que esta atriz é, nos dias de hoje, uma das mais admiradas pelo público. É uma verdadeira dama de mil caras, que encarnou mulheres de todos os tipos nas telonas.

Ela despertou em nós, por exemplo, uma mistura de terror absoluto e fascínio com seu papel em Atração Fatal. Aquela necessidade de matar Michael Douglas, um homem casado com quem teve uma relação e que acabou deixando-a, se tornou parte da história do cinema.

Ela também foi inesquecível em O Mundo Segundo Garp, um de seus primeiros papéis em que interpretou uma feminista de convicções firmes. Nos encantou em Albert Nobbs, quando teve que se vestir de homem. Também foram memoráveis seus trabalhos como Cruella de Vil e seu papel em O Reencontro (1984).

Dramas, comédias, aventuras, ficção científica e suspenses: Glenn Close assume qualquer personagem com a paixão e a excelência dos grandes artistas. Adota cada um dos seus papéis a partir da profundidade das emoções, daquele local privilegiado que só está presente nos grandes artistas. Além disso, as suas mensagens se destacam, como a que estava presente no seu discurso no Globo de Ouro.
“Toda forma de arte provém de um sentimento de profunda indignação”.   - Glenn Close -


A esposa, a mulher escondida por trás do homem

A Esposa começa nos apresentando uma personagem vivaz com um enorme potencial. Em sua juventude, a mulher interpretada por Glenn Close é ambiciosa e cheia de talento, vive na costa leste dos Estados Unidos e deseja ser escritora.

Feliz Dia das Mães 2021 !




Com tantas definições e estilos, palpites sobre a maternidade, queremos saber, afinal, o que é ser mãe? Astrid Fontenelle, Monica Martelli, Gaby Amarantos e Pitty tentam explicar através das suas experiências o que é essa magia de ser mãe. O livro citado é "O exército de uma mulher só" 



Dizem que mães são sempre iguais, e só muda o endereço. Para comemorar o Dia das Mães, o Humor Multishow prova que o ditado está errado e apresenta a pluralidade das mães com as melhores dos nossos programas, em uma seleção que envolve emoção e muita comédia! Tem a nossa amada Graça, Dona Hermínia, Dona Jô e, claro, Tatá Werneck!




Feliz Dia das Mães 2021 !




Com tantas definições e estilos, palpites sobre a maternidade, queremos saber, afinal, o que é ser mãe? Astrid Fontenelle, Monica Martelli, Gaby Amarantos e Pitty tentam explicar através das suas experiências o que é essa magia de ser mãe. O livro citado é "O exército de uma mulher só" 



Dizem que mães são sempre iguais, e só muda o endereço. Para comemorar o Dia das Mães, o Humor Multishow prova que o ditado está errado e apresenta a pluralidade das mães com as melhores dos nossos programas, em uma seleção que envolve emoção e muita comédia! Tem a nossa amada Graça, Dona Hermínia, Dona Jô e, claro, Tatá Werneck!



Feliz Dia das Mães 2020 !


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Feliz Dia das Mães 2020 !


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Pai, Mãe Nossos



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Pai... Mãe... de olhos mansos

sabemos que estás invisível em todas as coisas.

Que o teu nome nos seja doce, a alegria de nosso mundo.

Traze-nos as coisas boas em que tens prazer:

Os jardins, as fontes, as crianças,

o pão e o vinho,

os gestos ternos, as mãos desarmadas,

Os corpos abraçados...

Sei que desejas dar-nos nosso desejo mais fundo,

desejo cujo nome esquecemos... mas tu não esqueces nunca.

Realiza pois o teu desejo para que possamos sorrir.

Que o teu desejo se realize em nosso mundo

da mesma forma que ele pulsa em ti.

Concede-nos contentamento nas alegrias de hoje:

o pão, a água, o sono...

Que sejamos livres da ansiedade.

Que nossos olhos sejam tão mansos para com os outros

como os teus são para conosco.

Porque, se formos ferozes,

não poderemos acolher a tua bondade.

Ajuda-nos para que não sejamos enganados pelos maus desejos

E livra-nos

daqueles que carregam a morte nos próprios olhos.

Amém


Rubem Alves




"Alma" é o nome do lugar onde se encontram esses pedaços perdidos de nós mesmos. São partes do nosso corpo como as pernas, os braços, o coração. Circu... Frase de Rubem Alves.


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Mãe é quem fica . . .



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Depois que todos vão. Depois que a luz apaga. Depois que todos dormem. Mãe fica.

Às vezes não fica em presença física. Mas mãe sempre fica. Uma vez que você tenha um filho, nunca mais seu coração estará inteiramente onde você estiver. Uma parte sempre fica.

Fica neles. Se eles comeram. Se dormiram na hora certa. Se brincaram como deveriam. Se a professora da escola é gentil. Se o amiguinho parou de bater. Se o pai lembrou de dar o remédio.

Mãe fica. Fica entalada no escorregador do espaço kids, pra brincar com a cria. Fica espremida no canto da cama de madrugada pra se certificar que a tosse melhorou. Fica com o resto da comida do filho, pra não perder mais tempo cozinhando.

É quando a gente fica que nasce a mãe. Na presença inteira. No olhar atento. Nos braços que embalam. No colo que acolhe.

Mãe é quem fica. Quando o chão some sob os pés. Quando todo mundo vai embora. Quando as certezas se desfazem. Mãe fica.

Mãe é a teimosia do amor, que insiste em permanecer e ocupar todos os cantos. É caminho de cura. Nada jamais será mais transformador do que amar um filho. E nada jamais será mais fortalecedor que ser amado por uma mãe.

É porque a mãe fica, que o filho vai. E no filho que vai, sempre fica um pouco da mãe : em um jeito peculiar de dobrar as roupas. Na mania de empilhar a louça só do lado esquerdo da pia. No hábito de sempre avisar que está entrando no banho. Na compaixão pelos outros. No olhar sensível. Na força pra lutar.

No coração do filho, mãe sempre fica.


Autora : Bruna Estrela










Manuela D´Ávila : Quando a maternidade e o afeto subvertem as regras da política tradicional






PUBLICADO NO PORTAL BRASIL DE FATO

POR ANELIZE MOREIRA


Homem, branco, casado, com 48 anos e ensino superior completo. Esse foi o retrato dos candidatos que disputaram as eleições de 2018, de acordo com Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Foi nesse cenário eleitoral que uma mãe subverteu as regras da política tradicional, majoritariamente masculina, lançando-se ao desafio da corrida presidencial.

Manuela d’Ávila foi pré-candidata à presidência da República pelo PCdoB, em 2017 e, em 2018, formou chapa como candidata a vice-presidente do Brasil, junto com Fernando Haddad (PT). Ela tinha uma única condição: continuar a maternar a sua filha Laura, na época com 2 anos.

Em um pleito permeado por discursos de ódio e fake news, a sororidade, o afeto, e a maternidade questionam as formas de ocupar os espaços de poder. Laura se acostumou com a dinâmica da campanha eleitoral, sem rotina, em hotéis, entre colos de amigos e militantes e as viagens que fez por 19 estados brasileiros.

Dos registros feitos em bilhetes, redes sociais e crônicas escritas por Manuela nasceu o livro “Revolução Laura”, uma narrativa de como a maternidade pode ser revolucionária.

“Quando a gente muda a nossa cultura vai achar estranho o pai que nunca está com os filhos. Alguém está. Esse alguém é a mãe. Isso tem relação com as mulheres não ocuparem o espaço público. É fácil, fácil para o homem. Quando desfila com o filho, vira mito.” Essa é a primeira ideia, já na orelha do livro sobre o que se trata a publicação que já vendeu mais de 15 mil cópias desde 8 de março.

A autora é gaúcha, jornalista, feminista e mestra em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Na política foi vereadora, deputada federal e estadual. O Brasil de Fato conversou com Manuela d’Ávila sobre maternidade, política, infância, eleições, projeto de país, amor, Lula, ocupação de espaços e pautas das mulheres no governo Bolsonaro.

Confira a entrevista feita durante o lançamento no Armazém do Campo, em São Paulo, na última terça-feira (6).

Brasil de fato: Como surgiu a ideia do livro?

Manuela d’Ávila: Quando acabou a eleição no ano passado, uma amiga que é editora desse livro, a Cris Lisboa, que também foi minha colega de faculdade, pediu que eu me fizesse uma pergunta: se existia outra mulher amamentando minha filha enquanto concorreria a presidência e a vice-presidência do Brasil. Se a resposta fosse sim, era inexpressivo escrever, mas se fosse não, talvez fosse importante escrever.

Apesar de não ter a menor condição de assumir esse desafio, porque estava pra defender meu mestrado, decidi escrever. Como militante marxista, entendo que precisamos compreender o peso do trabalho reprodutivo, do trabalho não remunerado, como se dá a construção da opressão das mulheres na nossa sociedade e o impacto disso na participação das mulheres em espaços públicos.

O livro não é teórico, aliás, esse foi um dos grandes receios meus em escrevê-lo. O mais importante foi jogar luz sobre o assunto e mostrar que é muito difícil para as mulheres ocuparem esses espaços porque os homens exercem o poder, mesmo os de esquerda, com parâmetros absolutamente privilegiados que é a invisibilidade daquilo que nós fazemos.

Esse processo [descrito no livro] foi o que me salvou nessas eleições de tanto ódio, de tanta mentira. Se de um lado eu vivi a eleição mais violenta de todas, e fui o principal alvo de fake news, de outro viajei o Brasil inteiro, a maior parte do tempo junto com a Laura, embora não fossem todos os dias, porque sempre compartilhei com o meu companheiro os cuidados dela.

Diante de tanto ódio eu vi um levante de mulheres em torno do meu direito de estar com ela. Esse levante foi o que blindou os questionamentos todos da política tradicional em relação a minha militância vivendo a maternidade. Foi lindo.

O que é ser mãe em plena campanha eleitoral? Como foi ocupar um espaço tão machista e misógino?

A gente vive num país que acha razoável e até exige a presença de uma figura de primeira dama, mas faz questionamentos como: ‘seu marido não tem vontade de se envolver?’ Sim, é graças a nossa parceria que eu posso eu viver a minha vida em toda a sua potência, diferente da maior parte das mulheres.

As mesmas pessoas perguntavam assim: ‘a menina vai junto? tu não tem uma babá?’. Eu não tinha essas respostas, mas foi a maternidade, o meu espaço de viver a vida da forma mais coerente com o que eu acredito, não terceirizando cuidados, por exemplo. A Laura vai para creche desde um ano meio, mas além da creche eu decidi não terceirizar, ou seja, não tinha uma babá que andava comigo, isso não traria à tona a invisibilidade do trabalho das mães e dos pais.

Eu só tinha dois caminhos quando o PCdoB me perguntou se concorreria a presidência: não aceitar ou construir um caminho com a Laura. Nunca quis reproduzir um exercício de poder masculino. Quando falamos do poder nós estamos falando de uma lógica marcada por privilégios e o privilegio não é só ser homem branco. É ser um homem branco que utiliza do trabalho invisível das mulheres.

Se nós mulheres exercemos esse poder da mesma maneira, em última instância, estamos quase defendendo o feminismo liberal, que é a meritocracia. É difícil chegar aqui e eu estou nesse lugar dos homens desde os 22 anos. Não estou pra ser igual a eles, mas pra desvendar ou pra tornar claro quais são os mecanismos de exercício de poder deles.

Você traz no livro que a política é masculina e machista e não tem espaço para a ingenuidade e para a alegria das crianças: “Levar Laura comigo, tornou-se sem que eu percebesse uma forma de resistência a política que desumaniza”. Quais cobranças você teve por ser mãe e querer estar no trabalho com Laura? Como foi ocupar o Congresso com uma criança?

As pessoas no Brasil tratam as crianças como seres inaptos. Existe uma espécie de separação entre assunto de criança e assunto de adulto. Não existe isso, exceto assuntos como sexo, bebidas alcoólicas e coisas que pactuamos conscientemente que podem ser feitas por maiores de idade, o restante, todos os assuntos, são de todo mundo: a saúde, a doença, a morte, a vida. O que interessa é a forma como você vai conversar com alguém que está em outra etapa do desenvolvimento.

As pessoas não estimulam as crianças, elas são apartadas e protegidas depois são largadas nessa mesma sociedade. Em países com altos índices de desenvolvimento cientifico, tecnológico e humano há formas como licença dos pais e mães, a jornada de trabalho…enfim, porque isso impacta em tudo, na ideia de Previdência, nos serviços públicos, em tudo.

Se existem menos escolas e as mulheres vão ao trabalho, nos lugares que se tem mais redes de assistência às crianças, as mulheres são mais emancipadas, existe mais igualdade e as mulheres contribuem mais pra economia. Eu vivi todas as situações em que as pessoas expressavam que nenhum lugar era de criança, que lugar de criança é só onde tem brinquedo colorido de plástico, no Brasil.

Aqui [Armazém do Campo] não é lugar de criança? Porque não é lugar de criança? Minha filha sabe que a comida vem da terra desde sempre e vai desde que nasceu na feira. Feira é lugar de criança? Quem disse o que é e o que não é? A gente acaba criando um ambiente de não estimulo, de não cidadania para as crianças e isso tem um impacto grande no desenvolvimento delas e no desenvolvimento do nosso país.

O projeto de Brasil proposto por você e por Fernando Haddad era completamente distinto do que está acontecendo com governo Bolsonaro. O que seria diferente se vocês tivessem ganhado as eleições?

Seria completamente diferente. Primeiro porque a gente tem um sonho e eles constroem um pesadelo. A gente tem um sonho de um Brasil. Minha filha tem tudo em todos os aspectos, materiais, afetivos, em um mundo em que maior parte das crianças não tem nada. Nós somos aqueles que não nos conformamos que a minha filha tenha e os filhos dos outros não tenham. Eles são aqueles que os filhos têm, e [não se importam] se da porta pra fora tenha um legião de crianças sem. Isso não é uma diferença qualquer.

As razões pelas quais nós fazemos política são opostas às deles. Nós defendemos o Brasil, eles um nacionalismo fake. Nós amamos o Brasil e o nosso povo, eles odeiam o povo. Como podem ter um amor pelo Brasil se não amam o povo? Se não gostam de mulher, negros e a população LGBT, sobra quem? Quem são os normais do presidente Bolsonaro, eles próprios?

Se tivéssemos vencido as eleições seria absolutamente diferente. Estaríamos lutando para o Brasil gerar empregos. O desemprego do Brasil é avassalador. São quase 15 milhões de pessoas. A explicação para uma parte grande do sofrimento do nosso povo é essa, como se conformar? Qual a política de geração de emprego do governo Bolsonaro? São ações só pra retirar direitos, corta recursos do ensino fundamental e superior. Como ter perspectivas desenvolvimento sem educação no mundo de hoje?

O projeto deles é da morte dos sonhos. É o necrocapitalismo que administra quem vai viver e quem vai morrer e só vão viver os iguais à eles. Nós queremos que vivam todos e com diversidade, liberdade, direitos garantidos e dignidade.

Você esteve sempre ao lado do ex-presidente de Lula durante o julgamento e durante a prisão. Como você avalia esse processo de prisão política?

O significado da prisão é muito maior que a prisão de uma pessoa inocente. Lula é um inocente preso, mas o Brasil tem 40% da sua população carcerária sem julgamento, porque ele não é mais um dos inocentes presos? Porque a prisão do Lula faz parte de um plano de prisão do Brasil, a não possibilidade de liberdade para o nosso país construir um país soberano para o seu desenvolvimento.

A prisão do Lula é a prisão do Brasil aos EUA, esse modelo de capitalismo quebrado que eles pregam pra gente, embora desempenhem nas suas fronteiras. Esse Brasil que negocia liberdade das mulheres, dos LGBTs, e tem um governador (Wilson Witzel/PSC) que sobe em um helicóptero e atira em pobre? Em negros quem vivem em comunidades do Rio de Janeiro.

É essa a agressividade da prisão de Lula. É muito maior do que seria a condenação de um inocente sem nenhuma prova, é o esforço pra prender o nosso projeto de um Brasil livre e soberano.

Quem é a Manuela, mãe, mulher, política depois das eleições?

Se fosse uma equação matemática, sou alguém muito realizada de ter podido viver essa experiência de concorrer à vice-presidência do Brasil com 36 anos de idade.

Desde 17 anos, quando militava no movimento estudantil, viajei o país todo e tive possibilidade de viver esse Brasil de muitas formas mais intensas e apaixonantes. Tive a possibilidade de minha família também se apaixonar por esse Brasil que tem cores, sabores, que têm contradições gigantescas; os mares mais lindos do mundo e pessoas morando na rua.

Esse Brasil de contrastes é o país mais desigual do mundo, mas também é apaixonante. No saldo de gols, sinto que apesar de tanto ódio, as pessoas e a minha filha me salvaram. Me salvaram emocionalmente. Não foi uma eleição qualquer. É piegas, é brega, mas a força do afeto, do amor é muito mais transformadora do que a do ódio. E eu vivi isso na pele e sou testemunha disso. O amor é muito maior, isso o que nos diferencia e isso que pode nos mover. Nós temos amor, solidariedade e empatia e [sabemos] que a gente pode construir um mundo em que todas possam viver com dignidade. Essa foi a transformação na Manuela.

Tudo isso já existia em mim, mas cresceu. E, além disso, era jovem e fiquei grisalha após as eleições (risos).

Você falou nas redes sociais que já está escrevendo seu próximo livro. Qual o tema?

Vou entregar ele a daqui a 50 dias. Será sobre feminismo, suas razões, lutas, trazendo temas e conceitos de alguns debates atuais sobre a luta das mulheres.


Título: Revolução Laura: Reflexões sobre maternidade e resistência

Editora: Belas-Letras; Edição: 1st (4 de março de 2019) 

Capa comum: 192 páginas






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