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Senador Roberto Requião : Quero votar em Lula



Cármen, Generais e Globo jogam<BR>a política aos leões!







Henrique Vieira, um pastor verdadeiramente cristão !



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Marielle, negra, favelada, batalhadora pelos direitos humanos, uma guerreira assassinada !



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O Poder Judiciário persegue Lula e os pobres



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Discurso de resistência de aluna de Direito viraliza nas redes






A estudante de Direito da PUC-SP Michele Maria Batista Alves emocionou ao fazer um discurso de resistência às conquistas sociais da classe mais pobres do Brasil; "Resistimos às piadas sobre pobres, às críticas sobre as esmolas que o governo nos dá. À falta de inglês fluente, de roupa social e linguajar rebuscado. Resistimos aos desabafos dos colegas sobre suas empregadas domésticas e seus porteiros. Mal sabiam que esses profissionais eram, na verdade, nossos pais", disse ela no discurso que viralizou.




Publicado na Nova Escola - Diante de um auditório lotado no Citibank Hall, gigantesca casa de shows da capital paulista, uma aluna de uma das graduações mais tradicionais do país toma o microfone para um discurso duro. “Gostaria de falar sobre resistência. De uma em específico, a que uma parcela dos formandos enfrentaram durante sua trajetória acadêmica”.

Ela falava em nome dos alunos bolsistas do curso de direito da PUC-SP, em que as mensalidades são de 3.130 reais. “Somos moradores de periferia, pretos, descendentes de nordestinos e estudantes de escola pública”, enumerou. Descrevendo uma experiência de solidão e preconceito, a oradora apontava as dificuldades do convívio com alunos e professores de uma outra classe social:

“Resistimos às piadas sobre pobres, às críticas sobre as esmolas que o governo nos dá. À falta de inglês fluente, de roupa social e linguajar rebuscado. Resistimos aos desabafos dos colegas sobre suas empregadas domésticas e seus porteiros. Mal sabiam que esses profissionais eram, na verdade, nossos pais.”

Migrante e filha da escola pública

A fala, aplaudida de pé, viralizou em áudio e vídeo nas redes sociais. NOVA ESCOLA conversou com exclusividade com a autora do discurso. Seu nome é Michele Maria Batista Alves, de 23 anos. Natural de Macaúbas, cidade de 50 mil habitantes no centro-sul baiano, ela é uma dos milhares de estudantes de classe popular que chegaram à faculdade a partir da criação do Programa Universidade para Todos (ProUni), em 2004. É também um exemplo das dificuldades dessa trajetória.

Filha de mãe solteira, criada com a ajuda do avô, Michele veio para São Paulo aos 12 anos, para tratar de uma depressão. Sua família se estabeleceu numa casa alugada em Itapevi, cidade da Grande São Paulo onde mora até hoje, e de onde leva duas horas para ir e voltar ao centro da capital. A intenção inicial era regressar à Bahia, mas dois anos depois a descoberta de um tumor no pescoço adiou indefinidamente os planos. “Hoje estou curadíssima, mas por causa da doença fomos ficando. Minha mãe trabalhava de doméstica e eu comecei a ajudar no Ensino Médio como monitora numa escola infantil”, conta.

Sua história na Educação Básica foi toda em escola pública. “Estudei numa escola estadual perto de casa. Tive professores bons, mas a estrutura dificultava. Faltava água sempre, não tinha como ir ao banheiro, as classes eram lotadas e havia brigas. Eu sentia o quanto era difícil lecionar ali”, lembra ela, que diz nunca ter tido uma aula de Química – a professora só existia no papel, mas nunca apareceu. “Por tudo isso, acho muito difícil um aluno de escola pública entrar direto na faculdade.”

“Percebi que era pobre”

Ela própria teve de fazer cursinho. Duas vezes, a primeira delas num comunitário. “Foi uma experiência fundamental”, conta. “Tive vários professores de origem popular que me mostraram a diferença entre classes. Era a primeira vez que eu me reconhecia como pobre.”

A segunda foi no ingresso na PUC-SP. “Não tinha ninguém do meu círculo social. Não tinha recepção para bolsistas”, diz. No primeiro dia, uma menina contava animadamente sobre a viagem de férias à Europa. No terceiro, uma professora fez um comentário sobre métodos de estudos que deveriam ser evitados porque até a filha da empregada dela estudava assim. O impacto virou trecho do discurso:

“Naquele dia, soube que a faculdade não era para mim. Liguei para a minha mãe, que é doméstica, e disse que queria desistir. Ela me fez enxergar o quanto precisava resistir àquela situação e mostrar o quanto eu era capaz de obter aquele diploma”.

Espelho da realidade

Professores da PUC confirmam a situação narrada por Michele. “Ouvi de alguns bolsistas que a maior dificuldade não era preencher as lacunas de formação, mas conviver com a discriminação por parte de colegas”, diz Leonardo Sakamoto, professor do curso de jornalismo. “Se a PUC tivesse mais estudantes como eles, faria mais diferença do que faz hoje. Alguns dos meus melhores alunos foram bolsistas.”

“Os alunos beneficiários de bolsas são os mais dedicados, pois vêem no diploma da PUC a única chance de fugir de um destino cruel, previamente estabelecido”, confirma Adalton Diniz, professor do curso de Ciências Econômicas, que compara sua própria trajetória com o cenário atual. “Nasci no Jardim São Luiz, na periferia de São Paulo, fui operário metalúrgico e filho de uma dona de casa e um trabalhador que apenas completou o ensino primário. Estudei na PUC nos anos 1980 e não me recordo de ter enfrentado, de modo significativo, resistência, preconceito e hostilidade. Creio que a sociedade brasileira era mais generosa na época.”

Michele Alves seguiu em frente, mas não sem dificuldades. Passou os seis primeiros meses sem falar com ninguém. “Também por minha conta, porque antes eu era mais radical, mais intolerante. Acho que a gente tem de ser radical, mas não radical cego. Isso eu só aprendi depois, ao perceber como as pessoas me enxergavam e como eu poderia me aproximar delas. Aos poucos, fui criando métodos para dialogar com quem era diferente de mim. Ficar sem falar é muito ruim.”

Choro, apreensão – e aplausos

O episódio do discurso nasceu dessa espécie de diálogo radical. Com colegas, Michele fundou um grupo para discutir a situação dos bolsistas na PUC. A formatura se tornou uma pauta importante, porque o custo da colação de grau e do baile – na casa dos 6 mil reais – era proibitivo. Uma negociação com a comissão do evento garantiu quatro ingressos para cada bolsista e o direito do grupo a ter um orador.

Michele foi a escolhida. “Fiz o texto numa única noite. Chorei muito. É um relato carregado de histórias não só minhas, mas de todos os bolsistas, que eu revivia conforme ia escrevendo. Ensaiei 12 vezes e só na última consegui ler sem chorar”, conta. 

Chegou o 15 de fevereiro, data da colação, e Michele aguardava sua vez de subir ao palco. O orador oficial fez um discurso leve, contando ‘causos’ do curso e arrancando risadas da plateia. Michele gelou. “Pensei: ‘e agora, como vai ser? Vou vir com um tapa na cara, agressivo, não sei como vão reagir’”. De cima do palco, tentou procurar a família – cunhado, uma amiga do Chile, três colegas de trabalho e a mãe, aniversariante da noite. Não viu ninguém. Leu tudo de um fôlego só.

Ao terminar, ainda meio atordoada, correu de volta para seu assento. “Achei estranho meus colegas se levantando. Depois entendi. Estavam me aplaudindo”, diz ela, contente também com a repercussão de sua fala nas redes sociais. “É uma vitória saber que minha reflexão está chegando a lugares que antes não debatiam esse assunto. Quem sabe cause algum impacto na vida dos bolsistas que virão depois de mim.”


Postado em Brasil247 em 20/02/2018



Ouça , você irá se emocionar !







Filho de pedreiro e costureira é o doutor mais jovem do Brasil



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O piauiense Guilherme Lopes, de 26 anos, se tornou na última sexta-feira (9) o mais jovem doutor do Brasil. Ele teve sua tese de doutorado em biotecnologia aprovada na UFPI, em Parnaíba. 

Filho de costureira e pedreiro, moradores de Piripiri (PI), Guilherme foi de escola pública, usou a nota do Enem no Prouni e passou um ano na Espanha, aperfeiçoando sua pesquisa no Departamento de Farmacologia da Universidad de Sevilla, por meio de uma bolsa do programa Ciência sem Fronteiras, criado pela presidente Dilma Rousseff.
O sucesso de Guilherme Lopes reflete as mudanças feitas com investimentos públicos na Educação. O caso foi destacado pelo ex-presidente Lula em sua página.


Piauí 247 - O piuaiense Guilherme Lopes se tornou na última sexta-feira (9), aos 26 anos, o mais jovem doutor do Brasil. Ele teve sua tese de doutorado em biotecnologia aprovada na UFPI, em Paranaíba.

Filho de costureira e pedreiro, moradores da cidade de Piripiri, Guilherme veio de escola pública. Usou sua nota do Enem no Prouni, foi bolsista do curso de graduação em Biomedicina na Faculdade Maurício de Nassau, em Teresina.

Além disso, o jovem passou um ano na Espanha, aperfeiçoando sua pesquisa no Departamento de Farmacologia da Universidad de Sevilla, por meio de um bolsa do programa Ciência sem Fronteiras, criado pela presidente legítima e deposta Dilma Rousseff e encerrado pelo governo de Michel Temer. 

"Hoje, pude olhar pelo retrovisor da vida e vi que cheguei até aqui porque nunca vim sozinho. Me lancei ao novo, vivenciei o inesperado, saboreei o doce e o amargo, mas em todo o tempo o Todo Poderoso cuidou de mim”, disse Guilherme. Atualmente ele é professor da Faculdade Chrisfapi, onde ministra disciplinas nos cursos de Farmácia e Enfermagem.

O tema de sua tese é "Bioprospecção da bergenina isolada de Peltophorum dubium, com ênfase nas propriedades antioxidantes e anti-anti-inflamatórias: aporte para o desenvolvimento de novos fitomedicamentos". 

O mais novo Doutor tem apenas 26 anos de idade, dois meses e 26 dias. No ano passado, uma cearense foi reconhecida oficialmente como a mais jovem doutora do país, com 26 anos, nove meses e cinco dias.



Postado em Brasil 247 em 14/02/2018



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Guilherme com os pais e familiares





O julgamento de Lula e a luta de classes




Lula reforçou que sairá candidato e pediu apoio nas ruas, em ato em Porto Alegre, na véspera de seu julgamento  -  23/01/2018






Família do Presidente do TRF-4, que julgará Lula, já mata os “da Silva” desde Canudos !



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Romulus Maya

E passando, com destaque, pelos anos de chumbo da ditadura civil-militar que governou o Brasil de 1964 a 1985. A família Thompson Flores foi, então, agraciada pelo regime com uma vaga no STF, bem como com a prefeitura, “biônica”, de Porto Alegre.
Como vemos, a família Thompson Flores tem expertise em arbítrio, violação de direitos humanos, genocídio de pobres e, principalmente, conchavos com o poder.
Mas, mais importante do que tudo isso, a família do Presidente do TRF-4 é mestra no mascaramento da barbárie com o mais farsesco formalismo jurídico!
Notem: está no DNA da família!
Na mão dos Thompson Flores, “as instituições estão funcionando normalmente” (sic) no Brasil…
– … desde Canudos!
A Globo e a “meritocracia”… hereditária (!)

“ Thompson Flores ”…
Uma daquelas dinastias “meritocráticas” (aspas!) judiciárias, sabe…
Daquelas em que o… hmmm… “mérito”, digamos, passa de pai pra filho…
(às vezes filha também: Isabel Gallotti, Mariana Fux, (filha do MA) Mello, etc.)
Geração após geração…
antepassado desse aí foi nomeado por Costa e Silva – da linha mais dura da ditadura militar – para o STF. Presidiu o Tribunal no final dos anos 70, inclusive.
De onde se vê que a convergência ideológico-patrimonialista das famílias Marinho e Thompson Flores é antiga…
Globo e “juristocrata” unidos para dizer que o arbítrio é… “perfeitamente legal” (!)
Ontem e hoje!
Fiz logo a relação porque o sobrenome “Thompson Flores” não me era estranho. Já vira antes, na pós-graduação em direito internacional, acórdãos antigos do STF com “Thompson Flores” – o vovô de chumbo – como relator.
Mas isso não é tudo: o “mérito” já corre nas veias da família desde o Império!
Haja… hmmm… “talento”, digamos nessa família!
Darwin ficaria boquiaberto…
Teria até de reformular a sua teoria da evolução, talvez (!)
Sim, porque, vendo isso, Darwin obviamente concluiria que também há reprodução por brotamento na espécie humana (!):
– Filhos com as mesmas… hmmm… “aptidões”, digamos – e “mérito” (aspas!), dos pais!
Geração após geração…
Desde o século XIX!
Aliás…
Será que, na sua passagem pelo Brasil, Darwin, a bordo do HMS Beagle, conheceu o patriarca Thompson Flores?
O “juristocrata original” – tetravô do atual?





Na verdade, segundo o relato de Euclides da Cunha – Euclides da Cunha, minha gente! – a família Thompson Flores já vem descendo chumbo nos “da Silva” da vida (como Lula) desde…

– … Canudos!



3/3/2015

MIGALHAS

(…) Mas isso é apenas uma observação que não deslustra a reconhecida e festejada cultura do desembargador Thompson Flores, muito menos sua história. Com efeito, estamos a falar do trineto do Coronel Thompson Flores, que morreu na Guerra de Canudos, conforme nos informa o migalheiro Euclides da Cunha, e do neto do falecido ministro do STF Carlos Thompson Flores, que chegou à presidência da Corte, quando então foi saudado pelo colega Djaci Falcão, que vem a ser ninguém menos do que o saudoso pai do presidente do STJ, Francisco Falcão.


Prefeitura “biônica” de Porto Alegre:






**Nota** – leitora alerta para o fato de que o Desembargador do JN não usa o sobrenome do pai – “Lenz” – porque a linhagem “juristocrático-darwiniana” Thompson Flores, “ilustre”, é a da mãe.

É ou não é a cara da elite jeca e pedante brasileira?

Escolher para “nome de guerra” aquele que confere mais status?





Por Kiko Nogueira

13 de julho de 2017

DCM

Carlos Eduardo Thompson, presidente do TRF-4, estreia no Jornal Nacional

Assim como fez com Sergio Moro, seu torquemada de casa, a Globo está cuidando agora de domesticar e pressionar o Tribunal Regional da 4ª Região (Sul) no sentido de terminar o serviço contra Lula.

O Jornal Nacional dedicou boa parte de sua edição de quinta, dia 13 de julho, para explicar como opera o tribunal que pode tornar Lula inelegível.

A matéria era parte didatismo, parte wishful thinking. No subtexto, o repórter falava ao espectador “se Deus quiser, o destino do vagabundo será selado por estes guerreiros”.

Imagens do interior daquela corte e closes dos desembargadores João Pedro Gebran, Leonardo Paulsen e Victor Luiz Laus ilustravam a trama.

Num determinado momento, entrou ele, Carlos Eduardo Thompson, presidente do TRF-4, asseado, um retrato em aquarela ao fundo de algum medalhão, o cabelo emplastrado de brilhantina, fino, elegante, enquadrado com carinho pela câmera, declarando o que a emissora queria ouvir: até agosto de 2018, antes da eleição, o processo em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado a nove anos e seis meses de cadeia estará julgado em segunda instância.

A pedidos, Thompson foi além: deu sua opinião sobre a sentença do Homem de Maringá. “Olha! Muito bem trabalhada!”, cravou, a mão direita reforçando o ponto. Ironizou em seguida o fato de Lula ter criticado a ação.

Ou seja, tudo no script.

Daqui em diante, Thompson e seus amigos serão presença constante em todos os veículos do grupo. Será convidado dos programas de entrevistas (o de Roberto D’ávila é batata; Bial, o cretino fundamental, em seguida).

Eventualmente, ganhará algum prêmio do tipo “Faz Diferença” ou uma patacoada dessas.

Como a Globo pauta o resto da mídia preguiçosa, serão abertas as portas da fama para Thompson e companheiros.

Conheceremos sua casa, seus familiares, seus pets e hobbies — e seu rigor no trabalho, bem como a competência.

Desembargador Thompson Flores e o excesso dos seus floreios cênicos


Por Wilson Roberto Vieira Ferreira

sexta-feira, julho 14, 2017

CINEGNOSE


O magistrado canastrão

Ato contínuo, a máquina retórica de destruição da Globo volta seus canhões para o TRF-4 (Tribunal Regional da 4a. Região – Sul), instância que julgará o recurso dos advogados de Lula. Agora, sob a forma de intimidação. Seguido pelo restante da grande mídia, o Jornal Nacional dedicou grande parte da sua edição do dia 13 de julho para expor os rostos e os nomes dos desembargadores. Algo assim como os cartazes de “Procurados” dos velhos filmes de western.

E uma entrevista com o presidente do TRF-4, Carlos Eduardo Thompson, com todos os signos saturados da canastrice televisual – com a câmera enquadrando ao fundo a bandeira nacional e um quadro em aquarela de um respeitável juiz togado, um martelo de juiz pousado sobre um grosso livro, cabelo emplastrado de brilhantina, uma calma estudada e sobrancelhas levantadas em soberba por posar confortavelmente em uma grande poltrona ao lado de uma estátua de bronze em clássica pose de saudação e Poder, tudo em rede nacional.




A canastrice: saturação de signos em um enquadramento cenografado

Signos saturados que conotam moderação, bom-senso, juízo, discernimento, propriedade. Mas, ao mesmo tempo, gestual com dedo em riste como que apontando para o futuro (assim como a estátua de bronze), dando uma mensagem também de força e dureza. Um enquadramento de câmera e composição de objetos de cena tão canastríssimos que parece visivelmente roteirizado, cenografado e com marcações de cena.

Na Semiótica qualquer enunciado com tanta sobre-codificação (muitos repetição de signos para construir uma única significação) denota intencionalidade por trás da conotação.

Temos, portanto, em rede nacional a construção da mitologia do “bom-senso”, uma construção semiótica que legitima toda a atual judicialização da Política na qual juízes e procuradores se tornam os maiores protagonistas dos destinos políticos e econômico do País.



Postado em Duplo Expresso em 11/01/2018





Nota

Alguém acha, ainda, que o Ex-Presidente Lula da Silva será inocentado pelo TRF-4 com base nas leis vigentes, nas testemunhas e nas provas que o inocentam ?

Só se houver uma reviravolta muito grande neste Estado de Exceção que se instalou no país após o Golpe de 2016 !

Os responsáveis, nacionais e internacionais, pelo Golpe de 2016 não permitirão que Lula da Silva seja candidato nas eleições de 2018 !

E para isto contaram com a condenação imputada por Sérgio Moro em 1ª Instância e contam com a confirmação desta condenação pelo TRF-4.






Dia da Consciência : “ Nossa pele preta é o nosso manto de coragem e resistência ”



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Thais Folego


Da Revista AzMina 

A Revista AzMina perguntou pra seis mulheres negras incríveis: Por que precisamos do Dia da Consciência Negra?

" Nossa pele preta é o nosso manto de coragem e resistência ”, cravou a performer e cantora de funk, Linn da Quebrada, à pergunta “ Por que precisamos do Dia da Consciência Negra? ”, que fizemos para seis mulheres negras referências em suas áreas de atuação.

“ O 20 de novembro é uma data pautada por esses movimentos em contraponto a uma narrativa do 13 de maio que coloca a princesa Isabel como redentora de uma raça. Acho que a data quer dizer que nós temos vozes e temos poucos ouvintes para essas vozes e para nossas narrativas. É uma tomada de posição da história nos nossos próprios termos de participação ”, explica Giovana Xavier, doutora em História e professora da UFRJ.

O dia da Consciência Negra foi escolhido por ser atribuído à morte de Zumbi dos Palmares, em 1695, líder de um dos maiores quilombos da história do Brasil. Desde 2011 se tornou feriado nacional, mas de adoção optativa pelos municípios. Somente mil cidades em todo o país adotam o feriado.

A escritora Miriam Alves nos contou que a instituição da data em São Paulo faz com que ela receba até cinco convites para participar de eventos simultâneos e demanda que esses convites existam o ano todo. “ A gente é preto de janeiro a janeiro, então a discussão precisa ser feita de janeiro a janeiro ”, diz.
Leia os depoimentos:

Cida Bento, coordenadora do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT) e eleita pela revista “The Economist” em 2015 uma das 50 profissionais mais influentes do mundo no campo da diversidade

“ Precisamos do Dia da Consciência Negra pra nos apropriarmos do nosso poder enquanto maioria da população do Brasil e utilizarmos pra dar um basta na bandalheira que estamos vivenciando em nosso país. Podemos dizer BASTA! por meio do nosso voto em 2018. Todos os partidos e candidatos que votaram a favor de medidas e projetos de reforma e mudanças que prejudicam a população negra devem ser riscados de nossas listas.

Os que votaram a favor da reforma de congelamento de gastos públicos, da reforma trabalhista, os que querem dificultar o acesso de indígenas e quilombolas às suas terras, os que apoiam normativas que favorecem a violência contra as religiões de matriz africana, que impedem as discussões sobre gênero estão contra a população mais vulnerabilizada do Brasil, mas vão disputar nossos votos, pois somos a maioria do povo brasileiro. Vamos apostar na análise da história e da ação destes partidos e candidatos e não nos seus discursos mentirosos.”

Linn da Quebrada, performer e cantora de funk

“ Nossa pele preta é o nosso manto de coragem e resistência. Nosso terreiro e quilombo de celebração. Nossa ciência, fonte de saberes ancestrais. Ancestralidade viva e presente. Não é mito, é história. É memória de um rebanho de ovelhas negras, sem pastor. De Viúvas negras sem luto, mas em luta.”

Giovana Xavier, doutora em História, professora da UFRJ e coordenadora do grupo Intelectuais Negras

“ É interessante pensar a ideia de participação em oposição a de contribuição. Na narrativa de história oficial do negro assim como das pessoas indígenas somos sempre pensadas como pessoas que contribuíram para a formação e para a história do Brasil. Se a gente pensasse do ponto de vista de quem participa da história do país, visto esses dois grupos como participantes, e particularmente o grupo negro pelo protagonismo que desempenha, a gente não precisaria de um Dia da Consciência Negra, porque esse dia seriam todos os dias do ano.

Nesse sentido, eu acho importantíssimo ter o 20 de novembro no sentido de pensar datas comemorativas como calendários de luta, de luta por visibilidade, por respeito, por protagonismo, por humanização das nossas histórias, das nossas condições no mercado de trabalho, na mídia, de respeito ao conteúdo que a gente produz. Isso justifica a importância dessa data que inclusive é para se pensar do por que não é um feriado nacional.

O 20 de novembro é uma data pautada por esses movimentos em contraponto a uma narrativa do 13 de maio que coloca a princesa Isabel como redentora de uma raça. Acho que a data quer dizer que nós temos vozes e temos poucos ouvintes para essas vozes e para nossas narrativas. É uma tomada de posição da história nos nossos próprios termos de participação."

Miriam Alves, escritora e poeta com produção publicada nos Cadernos Negros

“ Eu sou sexagenária e lembro que, em 1978, o escritor Oliveira Silveira, lá do Rio Grande do Sul, que fez parte do movimento literário negro, falava que era importante que tivéssemos um dia para fazer essa marca, um contraponto a todos esses feriados e datas nacionais que existiam de referência aos escravizadores e assassinos de índios e de negros, aos estupradores de mulheres indígenas e negras. A única data que se referenciava aos negros era o 13 de Maio, que tem com protagonista uma mulher branca e que trabalha com uma folclorização da história em que foi em uma ‘penada’ que tudo se resolveu. Então o 20 de Novembro carrega pelo menos uns 40 anos de luta por essa data, em que todo o movimento negro brigou e construiu, incluindo escritores, políticos, artistas e mães de santo.

Precisa de um Dia da Consciência Negra? Na verdade não precisaria. Era só um dia, que passamos a comemorar uma semana e agora comemoramos o mês todo como sendo da Consciência Negra. O que espero é que eventos que discutem a temática – em que recebo cinco convites para participar em um único dia – não aconteçam só em novembro. A gente é preto de janeiro a janeiro, então a discussão precisa ser feita de janeiro a janeiro.”

Renata Éssis, backing vocal de Liniker e Os Caramelows

“ Ainda precisamos do Dia da Consciência Negra porque vivemos em uma sociedade na qual pessoas negras são tratadas como cidadãos de segunda classe. Na qual ofensas graves a pessoas negras são levadas como piadas ou amenidades. Na qual a completa inexistência de oportunidades é vista como falta de mérito. Esse dia existe para mostrar que há uma dívida histórica com a população negra que deve ser reparada – não só no Brasil mas no mundo todo.

Chegamos num momento da sociedade no qual os privilégios históricos dados a cada etnia são muito claros. Assim como é claro como isso mina a vida das pessoas todos os dias.

Essa sociedade muito doente na qual estamos é tomada como normal. O Dia da Consciência Negra vem para colocar uma perspectiva na vida das pessoas para que, um dia, ele já não seja mais necessário. Para termos consciência de que a humanidade tem de andar junta independentemente de cor. Isso vale tanto para Dia da Consciência Negra quanto pra o Dia do Índio e das Mulheres. São partes de uma sociedade levadas, até hoje, por uma falta enorme de oportunidades.”

MC Lola, integrante do grupo de rap Melanina MCs

“ O dia da Consciência Negra marca coisas que não deveríamos esquecer em dia nenhum. Toda a luta que nossos ancestrais tiveram para que hoje estivéssemos numa situação mais ‘estável’, mas ainda assim longe do ideal. Temos que lutar pelos espaços que deveríamos ter direito como os brancos, como acesso à faculdade e ao mercado de trabalho. O dia vale para que a gente se conscientize e para que a população tire pelo menos um dia para refletir sobre isso. As vezes a gente não se considera uma pessoa preconceituosa, mas uma atitude ou outra, uma coisa que já fez ou já falou pode dizer o contrário. Vale a pena parar e prestar atenção nas movimentações desse dia.

Para nós, artistas, vale nos utilizarmos dessa brecha para influenciar ainda mais o público a olhar para as questões raciais. Nós, que somos envolvidos com a arte e a cultura, temos vários meios de expor isso. Vale usar essa data para atrair as pessoas que se identificam com a nossa música a pensar sobre isso, a se conscientizar, atrair outras pessoas para a causa, tentar mudar de alguma forma o que acontece dentro de casa, no trabalho ou na escola.”



Postado em Luis Nassif Online em 20/11/2017




Linn da Quebrada



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mulheres negras na literatura brasileira
Miriam Alves



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O que é ser " pobre de direita "



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