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Estes valores, apesar de importantes, não devem ser nossas prioridades sob pena de nos infelicitar





Gostemos ou não, vivemos uma época em que os valores humanos passaram a um segundo plano. Boa parte do mundo e da vida atual gira em torno do poder e do dinheiro. Trata-se de uma lógica diante da qual existem muitas resistências, mas que, de todos os modos, impõe alguns dos principais valores que nos fazem infelizes.

Muitas vezes nós assumimos essa lógica do mundo atual como se ela fosse a única possível. Isso não é verdade. Apesar de muitos valores atuais estarem associados à produção e ao capitalismo, também podemos ser críticos diante deles e não permitir que determinem completamente as nossas vidas.

Se os assumirmos sem crítica e como algo absoluto, acabam limitando a nossa vida e nos conduzindo à angústia e à insatisfação. Por isso, é importante identificá-los e não permitir que eles invadam tudo. Estes são os principais valores que nos fazem infelizes, muitas vezes sem nos darmos conta disso.

1. A eficiência, um dos valores que nos fazem infelizes

Uma das maiores exigências no mundo atual é a de sermos eficientes. Constantemente, nós recebemos mensagens relacionadas com a importância das conquistas, a necessidade de concentração em nossos objetivos e o sucesso. Não há nada de errado nisso. O que não é bom é dar um peso excessivo a esse valor, e colocar tudo para girar em torno disso.




A eficiência é um dos valores que nos dirigem, porque trata-se de uma característica que facilita o bom desempenho da economia. As empresas querem gente eficiente porque isso é mais rentável. A eficiência garante um melhor desempenho profissional e um lugar privilegiado dentro do sistema.

No entanto, isso não quer dizer que o mais importante nos seres humanos seja a eficiência. Não somos máquinas e, portanto, dependendo das circunstâncias, seremos mais ou menos eficientes. Isso não nos torna menos valiosos.

2. A produtividade

A produtividade tem a ver com os resultados que somos capazes de gerar. Produtivo é o adjetivo que damos a alguém capaz de fazer muito em pouco tempo, e cujas atividades permitem obter mais dinheiro ou benefícios. Ou seja, produtivo é alguém “útil”; no entanto, esta “utilidade” é observada, quase sempre, a partir do âmbito financeiro.

Falamos de “pessoas produtivas” ou de “idades produtivas”, mas não falamos que o ser humano é muito mais do que aquilo que ele produz. Assim como no caso anterior, não somos máquinas de fazer dinheiro ou ganhar dinheiro para os outros. Concentrar-se nisso faz com que a única dimensão que acabe prevalecendo seja a financeira e a profissional. Por essa via, nunca se alcança a felicidade.

3. A quantidade

A sociedade atual é particularmente obcecada pela quantidade. Tudo se mede e a palavra “mais” se transformou em uma religião para muitos. Aquilo que é ilimitado não se mede em termos de sonhos ou ideais, mas em função de quanto é possível acumular ou produzir.

Um dia é considerado bom quando “fazemos muito” nele. Um ano foi bom quando conseguimos “muitas” coisas. Uma vida foi válida quanto temos “muitos” objetivos alcançados.




Quão relevante é a quantidade? Geralmente, o seu valor está presente na economia e na produção. É ali que isso se converte em um dos valores que nos fazem infelizes. A partir de uma perspectiva mais humana, a quantidade costuma ficar limitada com a qualidade.

A pessoa faz muito, alcança muito, acumula muito, às custas de sacrificar o sentido profundo do que faz, alcança ou acumula.

4. A velocidade

Em todos os âmbitos, a velocidade se converteu em um objetivo. Conseguir que tudo aconteça rapidamente é assumido como um sinal de que estamos naquilo que é “correto” ou “eficiente”. A ideia é poder fazer mais coisas em menos tempo. Por isso, cinco minutos de pausa são desesperadores para algumas pessoas. O fato de demorarem mais tempo para completar uma tarefa é frustrante para elas.

A velocidade é outro dos valores que nos dirigem, mas não nos levam ao bem-estar. Assim como acontece com a quantidade, o rápido é inimigo daquilo que é bom. É claro que isso não se aplica a tudo, mas a alguns aspectos importantes.

Aqueles que estão obcecados pela velocidade perdem a capacidade de apreciar cada momento único. Também têm dificuldade para compreender o sentido dos processos nos quais o tempo oferece uma vantagem.




Apesar de todos esses valores que nos regem serem importantes para nos adaptarmos ao mundo atual, é importante analisar o seu significado e não os aceitar passivamente, simplesmente porque são aquilo que a cultura impõe.





Estes valores, apesar de importantes, não devem ser nossas prioridades sob pena de nos infelicitar





Gostemos ou não, vivemos uma época em que os valores humanos passaram a um segundo plano. Boa parte do mundo e da vida atual gira em torno do poder e do dinheiro. Trata-se de uma lógica diante da qual existem muitas resistências, mas que, de todos os modos, impõe alguns dos principais valores que nos fazem infelizes.

Muitas vezes nós assumimos essa lógica do mundo atual como se ela fosse a única possível. Isso não é verdade. Apesar de muitos valores atuais estarem associados à produção e ao capitalismo, também podemos ser críticos diante deles e não permitir que determinem completamente as nossas vidas.

Se os assumirmos sem crítica e como algo absoluto, acabam limitando a nossa vida e nos conduzindo à angústia e à insatisfação. Por isso, é importante identificá-los e não permitir que eles invadam tudo. Estes são os principais valores que nos fazem infelizes, muitas vezes sem nos darmos conta disso.

1. A eficiência, um dos valores que nos fazem infelizes

Uma das maiores exigências no mundo atual é a de sermos eficientes. Constantemente, nós recebemos mensagens relacionadas com a importância das conquistas, a necessidade de concentração em nossos objetivos e o sucesso. Não há nada de errado nisso. O que não é bom é dar um peso excessivo a esse valor, e colocar tudo para girar em torno disso.




A eficiência é um dos valores que nos dirigem, porque trata-se de uma característica que facilita o bom desempenho da economia. As empresas querem gente eficiente porque isso é mais rentável. A eficiência garante um melhor desempenho profissional e um lugar privilegiado dentro do sistema.

No entanto, isso não quer dizer que o mais importante nos seres humanos seja a eficiência. Não somos máquinas e, portanto, dependendo das circunstâncias, seremos mais ou menos eficientes. Isso não nos torna menos valiosos.

2. A produtividade

A produtividade tem a ver com os resultados que somos capazes de gerar. Produtivo é o adjetivo que damos a alguém capaz de fazer muito em pouco tempo, e cujas atividades permitem obter mais dinheiro ou benefícios. Ou seja, produtivo é alguém “útil”; no entanto, esta “utilidade” é observada, quase sempre, a partir do âmbito financeiro.

Falamos de “pessoas produtivas” ou de “idades produtivas”, mas não falamos que o ser humano é muito mais do que aquilo que ele produz. Assim como no caso anterior, não somos máquinas de fazer dinheiro ou ganhar dinheiro para os outros. Concentrar-se nisso faz com que a única dimensão que acabe prevalecendo seja a financeira e a profissional. Por essa via, nunca se alcança a felicidade.

3. A quantidade

A sociedade atual é particularmente obcecada pela quantidade. Tudo se mede e a palavra “mais” se transformou em uma religião para muitos. Aquilo que é ilimitado não se mede em termos de sonhos ou ideais, mas em função de quanto é possível acumular ou produzir.

Um dia é considerado bom quando “fazemos muito” nele. Um ano foi bom quando conseguimos “muitas” coisas. Uma vida foi válida quanto temos “muitos” objetivos alcançados.




Quão relevante é a quantidade? Geralmente, o seu valor está presente na economia e na produção. É ali que isso se converte em um dos valores que nos fazem infelizes. A partir de uma perspectiva mais humana, a quantidade costuma ficar limitada com a qualidade.

A pessoa faz muito, alcança muito, acumula muito, às custas de sacrificar o sentido profundo do que faz, alcança ou acumula.

4. A velocidade

Em todos os âmbitos, a velocidade se converteu em um objetivo. Conseguir que tudo aconteça rapidamente é assumido como um sinal de que estamos naquilo que é “correto” ou “eficiente”. A ideia é poder fazer mais coisas em menos tempo. Por isso, cinco minutos de pausa são desesperadores para algumas pessoas. O fato de demorarem mais tempo para completar uma tarefa é frustrante para elas.

A velocidade é outro dos valores que nos dirigem, mas não nos levam ao bem-estar. Assim como acontece com a quantidade, o rápido é inimigo daquilo que é bom. É claro que isso não se aplica a tudo, mas a alguns aspectos importantes.

Aqueles que estão obcecados pela velocidade perdem a capacidade de apreciar cada momento único. Também têm dificuldade para compreender o sentido dos processos nos quais o tempo oferece uma vantagem.




Apesar de todos esses valores que nos regem serem importantes para nos adaptarmos ao mundo atual, é importante analisar o seu significado e não os aceitar passivamente, simplesmente porque são aquilo que a cultura impõe.





A infelicidade pode ser por nossa culpa . . .




Os 7 hábitos mentais das pessoas infelizes


A felicidade pode se apresentar de tantas maneiras diferentes que pode até ser difícil de definir. No entanto, a infelicidade é fácil de identificar. Quantas pessoas infelizes você conhece? A felicidade tem menos a ver com as circunstâncias da vida do que parece, porque a felicidade está sob o controle de cada um muito mais do que pensamos. A felicidade é o produto dos nossos hábitos e da nossa visão da vida.

Quando a gente é infeliz é mais difícil estar próximo dos outros e mais ainda trabalhar com eles. A infelicidade leva as pessoas a se manterem longe, criando um círculo vicioso que as impede de conseguir tudo aquilo do que são capazes.

A infelicidade pode surpreendê-lo. Grande parte da sua felicidade é determinada pelos seus hábitos, tanto mentais quanto comportamentais. Portanto, cabe uma pergunta, o que é preciso observar para garantir que os seus hábitos não o arrastem para o abismo?

Hábitos das pessoas infelizes que perpetuam a infelicidade

Alguns hábitos conduzem à infelicidade mais do que outros. Por isso, é preciso ser especialmente cuidadoso com alguns deles. São os seguintes:

Culpar a todos exceto você mesmo

Em vez de assumir a responsabilidade de ação com a finalidade de criar uma vida melhor para si mesmo, a pessoa infeliz constantemente critica os outros, colocando toda a responsabilidade sobre seus ombros e culpando-os por tudo de errado na sua vida.


Reclamar ao invés de tomar atitudes

As pessoas infelizes gostam muito de reclamar. Além disso, elas constantemente focam no quão grandes são os seus problemas ao invés de tentar encontrar uma maneira de superá-los.

A vida é injusta, e daí ?





Acreditamos que a vida deve ser justa. Acreditamos que pessoas “boas” merecem coisas boas e que pessoas “más” devem ser punidas. Acreditamos que, se fizermos boas obras, o universo terá a obrigação de devolvê-las a nós. Acreditamos que existe uma certa justiça universal que dá a todos o que todos merecem.

Sem dúvida, a vida seria infinitamente melhor se as coisas fossem justas. Seria ótimo se pudéssemos sempre conseguir o que trabalhamos ou se o universo de alguma forma recompensasse nossas boas ações. Infelizmente, a vida não é justa. E quanto mais cedo assumirmos isso, melhor.

Quando o senso de justiça se transforma em um pensamento mágico

O pensamento mágico é característico de crianças pequenas, mas os adultos não são imunes a essa forma de pensar. O pensamento mágico ocorre quando fazemos atribuições ilógicas de causalidade sem evidências empíricas para apoiá-las, como quando acreditamos que nossas ideias ou expectativas podem ter consequências diretas no mundo externo.

Nossa crença de que o mundo é justo pode facilmente se transformar em pensamento mágico. Por exemplo, um estudo conduzido no Fisher College of Business descobriu que, quando somos clientes habituais de uma empresa, acreditamos que temos mais probabilidade do que outros de ganhar um prêmio nessa empresa. Esse fenômeno, conhecido como “lealdade feliz”, é baseado na ideia de que merecemos um prêmio por nossa lealdade. É um pensamento mágico porque não leva em conta as probabilidades estatísticas.

Essa mesma crença é o que nos leva a investir no carma. Em outro experimento conduzido na Universidade da Virgínia, psicólogos avaliaram que, em uma feira de empregos, pessoas que foram levadas a acreditar que o processo de procura de emprego estava fora de seu controle se ofereceram para doar mais dinheiro para uma instituição de caridade. não relacionado a quem dá trabalho, em comparação com aqueles que foram levados a acreditar que encontrar um emprego dependia deles.

Mais tarde, os candidatos a emprego que foram levados a acreditar que sua busca estava fora de seu controle ficaram mais otimistas sobre suas perspectivas de emprego quando deram dinheiro para instituições de caridade do que aqueles que não o fizeram. Isso significa que, no fundo, eles acreditavam que o universo recompensaria suas boas ações. Claro, ser otimista não é uma coisa negativa, mas sentar e esperar que o mundo nos recompense não é garantia de bons resultados.

Pensar que a vida deve ser justa nos conforta, mas também tem um lado negro

Todos nós temos um profundo senso de justiça que pode ser prejudicado de várias maneiras. Embora seja importante lutar para criar um campo de jogo mais justo e equitativo na vida, há momentos em que essa sensibilidade não ajuda muito no longo prazo. Portanto, às vezes é valioso manter nosso senso de justiça, mas às vezes devemos ser maduros o suficiente para desistir da crença de que a vida deve ser justa.

A crença de que o mundo deve ser um lugar justo e equitativo nos dá confiança e segurança. Ele apoia nosso equilíbrio psicológico. Na verdade, entre os sobreviventes do terremoto de Sichuan em 2008, no qual quase 90.000 pessoas morreram, aqueles que perderam familiares e amigos tinham maior probabilidade de acreditar que a vida é injusta. No entanto, aqueles que continuaram a acreditar que o mundo era justo sofreram menos ansiedade e depressão, como mostrou um estudo conduzido na Universidade de Pequim.

No entanto, acreditar que a vida é justa também tem um lado sombrio. Albert Ellis, por exemplo, estava convencido de que existem três monstros que nos impedem de seguir em frente: “ Tenho que fazer bem, tem que me tratar bem e o mundo deve ser fácil ”. Essa psicóloga estava convencida de que a crença de que a vida deveria ser justa se torna, na verdade, um obstáculo que gera infelicidade.

Na verdade, essa crença pode até nos levar a ser mais insensíveis, preconceituosos e injustos. Um estudo conduzido na Purdue University revelou que as pessoas que acreditam na justiça universal têm menos probabilidade de contratar um candidato que foi demitido. Isso porque eles acham que deve haver um motivo, que aquele candidato foi, de alguma forma, punido por mau comportamento ou ineficiência. Obviamente, nem sempre é esse o caso.

Expectativas irrealistas nos condenam à frustração

Quando acreditamos que os outros devem se comportar de maneira agradável ou que não devemos encontrar obstáculos em nosso caminho, estamos na verdade alimentando expectativas irrealistas. Mais cedo ou mais tarde, a realidade nos fará ver que não é assim, que as coisas não funcionam assim e que às vezes a vida é injusta.

Então ficaremos frustrados. Quando crianças, nos sentiremos confusos, magoados e desorientados, nos perguntando o que aconteceu. Não podemos entender um mundo caótico sem justiça aparente e ordem em que coisas ruins acontecem a pessoas boas e vice-versa.

Nesse ponto, podemos ficar extremamente desapontados, tristes ou com raiva. No entanto, a verdade é que esses sentimentos geralmente não são úteis para retificar uma situação injusta. Pelo contrário. É provável que em mais de uma ocasião essas emoções tenham piorado a situação, porque turvam nossa mente racional e nos impedem de encontrar estratégias assertivas para lidar com o que está acontecendo.

Na verdade, existem pessoas que podem carregar essa dor, decepção e raiva por anos, o que vai acabar amargurando sua vida completamente. Essas pessoas se apegam às suas mágoas e erros, tornando-se vítimas eternas das injustiças da vida. Eles vão ao redor do mundo lamentando que “a vida é injusta comigo! ”. Nesses casos, obviamente, o senso de justiça não nos ajuda. Em vez disso, torna-se uma fonte de angústia.

Aceite que a vida é injusta e siga em frente

Albert Ellis observou que “ até a injustiça tem aspectos positivos. Ele nos desafia a sermos o mais felizes possível em um mundo injusto . ” Ser feliz, sentir-se realizado e completo quando o mundo vai bem e nos recompensa não tem mérito. O verdadeiro mérito consiste em desenvolver as ferramentas psicológicas que nos permitem manter a paz interior no meio da tempestade, quando o mundo é extremamente injusto.

Quando coisas ruins acontecem conosco, podemos gastar toda a nossa energia reclamando de como a vida é injusta ou podemos aceitar essa obviedade e seguir em frente. Se o universo não contabilizou adequadamente nossas boas ações, nada podemos fazer a não ser aceitá-las.

Ellis explicou que “ realidade não é tanto o que acontece conosco, mas sim o que pensamos sobre os eventos que criam a realidade que vivenciamos. Isso significa que cada um de nós cria a realidade em que vivemos ”. Temos um enorme poder de construir pensamentos, sentimentos e ações que podem nos ajudar a viver de forma mais equilibrada ou, ao contrário, que nos levam a comportamentos autodestrutivos.

Aceitar que a vida não é justa não significa permitir que todos nos pisem ou violem nossos direitos. Devemos também ser capazes de estabelecer limites, seguindo nosso senso de justiça e direito. Só precisamos ter cuidado para que esse senso de justiça não se torne uma faca de dois gumes, porque podemos facilmente perder a perspectiva e travar uma batalha que se perdeu de antemão ou nos envenenar com a amargura da mágoa.

A noção do que é justo é sedutora, mas devemos ser pragmáticos. Teremos mais facilidade em lidar de forma assertiva com uma reclamação quando aceitarmos a “ aparente” desigualdade na vida. Podemos acreditar que os tribunais foram criados para nos proteger e fazer justiça. Isso está bem. Mas também devemos estar cientes de que às vezes o sistema de justiça pode ser bastante injusto.

Às vezes, só temos que abandonar esse desejo de encontrar sentido em tudo, uma ordem por trás do caos que explica o que nos recusamos a aceitar: que coisas ruins acontecem a pessoas “boas” e pessoas “más” acontecem. coisas boas.

Em suma, precisamos entender que insistir teimosamente na crença de que a vida é injusta comigo inevitavelmente aprofundará nossa dor ou raiva e nos atrapalhará na mágoa, impedindo-nos de seguir em frente.


Fontes:

Walker, R. et. Al. (2014) Lucky Loyalty: The Effect of Consumer Effort on Predictions of Randomly Determined Marketing Outcomes. Journal of Consumer Research ; 41 (4): 1065-1077.

Risen, JL et. Al. (2012) Investing in Karma: When Wanting Promotes Helping. Ciências psicológicas ; 23 (8): 923-930.

Xie, X. et. Al. (2011) Crença em um mundo justo ao encontrar o terremoto de 5/12 Wenchuan. Ambiente e comportamento ; 43 (4): 1-21.

JENNIFER DELGADO SUAREZ

“Sou psicóloga. Por profissão e vocação. Divulgador científico em tempo integral. Neurônio agitador e gerador de mudanças nas horas vagas.”












A vida é injusta, e daí ?





Acreditamos que a vida deve ser justa. Acreditamos que pessoas “boas” merecem coisas boas e que pessoas “más” devem ser punidas. Acreditamos que, se fizermos boas obras, o universo terá a obrigação de devolvê-las a nós. Acreditamos que existe uma certa justiça universal que dá a todos o que todos merecem.

Sem dúvida, a vida seria infinitamente melhor se as coisas fossem justas. Seria ótimo se pudéssemos sempre conseguir o que trabalhamos ou se o universo de alguma forma recompensasse nossas boas ações. Infelizmente, a vida não é justa. E quanto mais cedo assumirmos isso, melhor.

Quando o senso de justiça se transforma em um pensamento mágico

O pensamento mágico é característico de crianças pequenas, mas os adultos não são imunes a essa forma de pensar. O pensamento mágico ocorre quando fazemos atribuições ilógicas de causalidade sem evidências empíricas para apoiá-las, como quando acreditamos que nossas ideias ou expectativas podem ter consequências diretas no mundo externo.

Nossa crença de que o mundo é justo pode facilmente se transformar em pensamento mágico. Por exemplo, um estudo conduzido no Fisher College of Business descobriu que, quando somos clientes habituais de uma empresa, acreditamos que temos mais probabilidade do que outros de ganhar um prêmio nessa empresa. Esse fenômeno, conhecido como “lealdade feliz”, é baseado na ideia de que merecemos um prêmio por nossa lealdade. É um pensamento mágico porque não leva em conta as probabilidades estatísticas.

Todos nós temos um Coringa dentro da gente a ponto de explodir


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Luciano Cazz

O filme “O Coringa” expõe uma ferida que todos têm na alma. Na verdade joga na nossa cara todas as mazelas escondidas atrás dos sorrisos amarelos e das alegrias forjadas.

Nosso Coringa interno guarda todas as rejeições que sofremos durante a vida. De pais que nos abandonaram ou falharam no amor e proteção e de todos os familiares perversos. Rejeição das tantas paixões que nos desdenharam, dos grupos que nos excluíram e dos momentos em que não fomos escolhidos nem convidados. Nosso Coringa engole a seco todas as humilhações que suportamos dentro de casa ou na rua. Todas as risadas da nossa cara, todo deboche cruel. Ele segura no tranco das dores do bullying, que nada mais é do que pisotear em fraquezas ou defeitos para fazer graça como um patético Joker.
O CORINGA QUE VIVE DENTRO DE VOCÊ TEM NA MEMÓRIA CADA DETALHE DE TODOS OS ABUSOS QUE JÁ SOFREU.
Quando seu corpo foi violado pelo desejo do outro ou por tapas. Tem registrado todos os atentados de uma violência psicológica que não se entende nem se mede, mas que o seu Coringa jamais esquecerá. E, por mais que você acredite que tenha superado, lá no fundo, bem escondido no seu íntimo, ele sofre por todas as traições sofridas, por todas as confianças quebradas e os afetos que tentou dar, mas foram jogados no lixo. Ele guarda dolorosamente a forte sensação de impotência diante das frustrações da vida e até das injustiças sociais e políticas.

Ou talvez nem guarde tão bem assim. E deixe escapar na violência doméstica ou no ardiloso usufruto do poder. Nos vícios e promiscuidades. Na falsidade e nas mentiras. Nos julgamentos equivocados e nos destemperos exagerados. Nos egoísmos do dia a dia, nas corrupções diárias e na falta de empatia que impera em uma sociedade, cujo ego infla com a frustração do próximo. E, assim, não implodimos. Nos pequenos delitos, deixamos escapar um pouco do nosso Coringa, como um balão que a gente libera um pouco de ar para não estourar. Então, a gente pune o outro com maldades e sorridentes boicotes pela inveja que nos causa. Jogamos nele as nossas frustrações e o condenamos a um rótulo que é nosso. Competimos com todo mundo por troféu nenhum, atrás de uma autoafirmação do nosso Coringa, mesmo que em cima da infelicidade de quem a gente estima.

Somos todos palhaços de um mundo de aparências. Que finge ser politicamente correto na bolota redonda e vermelha na ponta do nariz, porque, por trás da maquiagem colorida das nossas personalidades virtuais, somos todos sozinhos em nossos sentimentos verdadeiros e amargos no reconhecimento que não temos e negamos às pessoas quando sofremos pelo sucesso do outro e desejamos, secretamente, mesmo que por um momento, o seu pior.
O SORRISO DO CORINGA DESMASCARA UMA SOCIEDADE QUE DISSIMULA FELICIDADE, ENTRETANTO, VIVE INSATISFEITA, DEPRESSIVA OU ANSIOSA.
Que só quer falar sem saber escutar, receber sem saber dar. Saber mais, ter mais, ser mais mesmo que de mentira. Que sofre ao ajudar o próximo e finge que não vê as qualidades alheias. No momento da virada do filme, o Coringa não se liberta do desespero, aprisiona-se. Ele perde o controle sobre a dor para a loucura da verdade humana. A frieza é uma culpa gigantesca que tomou conta de tudo. Ele não tem contraponto e se perde no “não sentir.” Então, pisar nos outros é afrouxar a corda em volta do próprio pescoço, porque a dor que a gente causa é a mesma que desesperadamente queremos nos livrar. Da mesma forma que o narcisismo é o retorno de uma interpretação extremamente feia que temos de nós mesmos.

Segundo Freud a psique se forma em cima do conflito. Mas se o Coringa dentro da gente é natural e inevitável como fazer para não enlouquecer?

Os instintos não de desfazem. Um dia, de uma forma ou de outra, virão à tona. Então, para não implodir e aliviar seu Coringa, procure subterfúgios sadios. Uma luta, um hobby, a arte ou uma religião. A natureza. Viaje! Faça terapia. Procurar razões para gargalhar de verdade. Diga os nãos que calou, os sins que se acovardou. Ou quem sabe tudo isso junto, mas deixe os outros em paz. Pare de fazer, de quem não tem culpa nenhuma, o seu tapete para esconder por debaixo todas as suas frustrações. Encare-se no seu espelho e foque em esvair-se dos rancores escondidos na sua alma.
PERDOE AQUELES QUE SE DEIXARAM LEVAR POR SUA PRÓPRIA LOUCURA E LHE FIZERAM MAL. MAS, MAIS DO QUE ISSO, PERDOE-SE!
Por não ter se defendido, por sua ingenuidade. Perdoe-se por não ter dito: Não! Por ter baixado a cabeça. Por todas as vezes que chorou em vez de reagir e que alimentou o seu Coringa engolindo sapos. Neste mundo torto, foi a maneira que você encontrou de sobreviver. Mesmo assim, afasta-se de quem lhe subestima, como o Coringa não fez, com sanidade.

E caso se identifique com o monstro, principalmente, no momento em que ele vinga o bullying, não se preocupe nem sinta culpa, é só um pouco da pressão saindo, pois ele está em você, mas você está no controle. E, só assim, aceitando e controlando o seu Coringa interno, que você é um ser pleno.

E quem sabe em um futuro não muito distante, o sistema respeite mais a nossa humanidade e, então, em uma civilização mais evoluída e madura, seremos capazes de conciliar melhor os instintos biológicos com os deveres sociais, com menos recalques e mais respeito à expressão individual, e, por conseguinte, tirar a máscara do palhaço para, finalmente, sermos bons de verdade. Como de fato somos.






3 hábitos tóxicos que nos tornam tremendamente infelizes


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Nem sempre as pessoas tóxicas, os maus momentos ou as adversidades nos causam infelicidade. Em muitas ocasiões, mais do que imaginamos, a infelicidade nasce das nossas ações, por meio de hábitos tóxicos que repetimos sem pensar porque se transformaram em parte da nossa rotina. Além disso, em vez de analisá-los e transformá-los, optamos por culpar a sorte enquanto mergulhamos na amargura.

Está claro que ser feliz o tempo todo é impossível. No entanto, é factível manter um certo equilíbrio e bem-estar emocional. Isso é simples quando tudo está bem. O problema surge quando aparecem os obstáculos ou temos que computar um retrocesso, algo que acontece com muita frequência. Por inércia, continuamos mantendo estes hábitos tóxicos, e por definição, quanto mais os executarmos mais difícil será “escapar” deles. Transformaram-se em um círculo vicioso no qual nos sentimos presos.

Não são as dificuldades que nos levam pelo caminho da amargura, e sim os nossos hábitos.

Hábitos tóxicos : ladrões de energia

Muitos de nós nos sentiremos identificados com os hábitos tóxicos que mencionaremos a seguir. É curioso porque fazem parte da nossa vida, sem nos darmos conta do tanto que nos influenciam negativamente. Um destes costumes tão humanos é o de desejar aquilo que não temos. 

Subestimamos aquilo que possuímos, desejamos mais e mais. Perceber que não precisamos de nada mais para sermos felizes é o que evitará que sintamos desgosto e tristeza.

Da mesma forma, ocorre a situação contrária: o estancamento emocional. Uma circunstância na qual não vamos para a frente, mas também não vamos para trás. Ficamos na famosa zona de conforto que nos prende, impedindo-nos de crescer e progredir, avançar e de nos sentirmos realizados. Por que não saímos dela? É por medo? O que nos causa tanta insegurança? Ser sincero consigo mesmo e refletir sobre isso nos permitirá dar um fim a uma situação na qual nos sentimos prisioneiros em nossa própria prisão.

Outro dos hábitos tóxicos que colocamos em prática é o do piloto automático.

Aquele momento das nossas vidas em que não prestamos atenção no presente, não o saboreamos. Avançamos sem nos deter para pensar no que estamos fazendo. É como se caminhássemos por um bosque, sem parar para contemplar a paisagem maravilhosa que se mostra ao nosso redor. Nos afastamos da realidade, não aproveitamos o aqui e agora, e perdemos um grande prazer.

Buscar a aprovação dos demais também é um hábito muito tóxico. Nunca faremos nada porque temos vontade, e sim porque será melhor visto pelos demais.

Também não podemos nos esquecer de algo que muitas vezes deixamos em segundo ou terceiro plano. Estamos nos referindo a nossa alimentação e também ao nosso sono. Comer mal, não manter uma dieta saudável, terá uma clara repercussão negativa em nosso humor: não teremos o nível de energia necessário e contaremos com uma autoestima prejudicada. Da mesma maneira, dormir o suficiente é importante para render no trabalho e para nos sentirmos melhor.

O pior dos hábitos tóxicos : fazer-se de vítima

Deixamos para o final um dos hábitos tóxicos que mais repercutem em nossas relações. Fazer-se de vítima é, para muitas pessoas, um recurso para conseguir atenção, entre outros privilégios. No entanto, este costume leva implícitas muitas outras práticas que fazem com que mergulhemos em uma realidade bastante adversa.

Fazer-nos de vítimas faz com que nos mantenhamos presos a todas as emoções negativas que teríamos que tentar soltar. No entanto, precisamos delas para causar pena e não nos sentirmos responsáveis pelo que está acontecendo conosco. Fechar os olhos, abraçar a negatividade, fará com que tenhamos apenas ira e ressentimento em nossos corações.

Negar a realidade : uma rua sem saída

Relacionado com isso está o terrível hábito de negar a realidade. Quando esta não é a que gostaríamos de observar, simplesmente lhe damos as costas e a negamos. No entanto, fazer isso não evitará que ela esteja presente. Seguirá existindo por mais que não queiramos vê-la, e sem dúvida, nos machucará de forma forte e violenta em um determinado momento.

O hábito de se fazer de vítima costuma estar acompanhado da tendência a culpar os demais. Nós jamais seremos os responsáveis pelo que acontece e, mesmo que este seja o caso, tentaremos fazer com que sejamos vistos como mártires. Por exemplo, se reprovarmos uma matéria na escola nunca seremos os culpados por não termos estudado o suficiente ou por não estarmos concentrados; a culpa foi do professor que fez uma prova muito difícil.

Transformar-nos em vítimas não nos permitirá aprender sobre as experiências passadas para poder enfrentar a vida.

Em conclusão, existem muitos hábitos tóxicos que mantemos em nosso dia a dia e dos quais precisamos nos desprender para nos sentirmos bem. Sem dúvida o último deles – fazer-se de vítima – é o mais complicado de abordar. Não ter a capacidade de ser autocrítico e de aceitar nossos erros impedirá que sejamos conscientes de todos estes costumes que incluímos em nossa rotina e que fazem com que nos sintamos mal com nossas vidas.