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5 dicas para uma educação feminista e antirracista




Pequenas atitudes no dia a dia da educação podem ajudar a formar pessoas com muito mais respeito à diversidade


Luísa Toller

No início de janeiro, a campanha da revista AzMina para o dia das mães de 2020 virou base para uma questão da prova do vestibular da Unicamp. E inspirada pela menção, peço licença ao espaço artístico da coluna para trazer minha versão educadora. Afinal, começo de ano geralmente traz os ventos de planejamento e renovação. Venho, então, oferecer a professores e professoras algumas dicas que os ajudem a elaborar um conteúdo educativo feminista, antirracista e respeitoso à diversidade. E não estou falando sobre dar aulas sobre feminismo e racismo, não. Mas sim como isso pode estar presente no dia a dia da educação, trazendo para os alunos uma visão de mundo mais inclusiva.

1 – DIVERSIDADE EM TUDO

Certifique-se de que sua lista de fontes (sejam elas livros, filmes, músicas ou outros tipos de obras) contenha autores e autoras com o máximo de diversidade possível. Ainda executamos bastante os cânones do homem branco hétero como única via de consulta para o aprendizado. Para mudar isso é necessário que nós educadores saiamos de nossa zona de conforto e busquemos outros pontos de vista para o que já ensinamos há anos.

2 – REPRESENTATIVIDADE NAS IMAGENS

Como as aulas online são realidade de parcela expressiva da população, um dos recursos mais usados tem sido a apresentação de imagens. Caso for usar fotos ou ilustrações de pessoas, cuidado para não cair na armadilha do algoritmo racista e repetir padrões opressores que são considerados erroneamente como senso comum – padrões racistas, heteronormativos, gordofóbicos e capacitistas. Representatividade importa.

3 – NADA DE CANCELAMENTO

Estamos vivendo a era dos cancelamentos e julgamentos na internet, mas isso não deve chegar na sala de aula. Caso queira trazer alguma polêmica para as aulas, procure gerar questionamentos. Em vez de sairmos por aí definindo nossas opiniões, acredito que podemos aproveitar um momento em que as perguntas são mais potentes em desconstruir o sistema do que as respostas.

4 – CONEXÃO COM OS ALUNOS

E viva Paulo Freire! Quanto mais nos aproximarmos da realidade de nossos aprendizes maior a chance de conexão e transformação do conhecimento. Aparelhos eletrônicos, aplicativos e redes sociais nem sempre são adversários da capacidade de concentração. Às vezes podem ser instrumentos para pesquisa e observação.

5 – OLHAR MÚLTIPLO

Por último, justamente o ponto principal: elabore o conteúdo das aulas a partir dessas lentes de olhar múltiplo. A disciplina pode ser matemática, biologia, português, música, educação física, economia, línguas estrangeiras, ou qualquer outra não mencionada (me perdoem por isso), sempre há a possibilidade de criar situações ou escolher textos que retratem a sociedade de forma múltipla, inclusiva e respeitosa.


Natural do Rio de Janeiro, Luisa é musicista, professora e pesquisadora. Formada pela Unicamp, já participou de diversas bandas tocando em Festivais, Viradas Culturais, circuitos e prêmios como ProAC e BNDES. Foi curadora da Caixa Cultural e professora no Ensino à Distância da UFSCAR. Venceu três categorias no 8o Concurso de Marchinhas Nóis Trupica Mais Não Cai com a composição Marcha das Mulheres. Hoje cursa mestrado na USP, tendo participado do 13o. Encontro Mundos de Mulheres, e sua pesquisa (assim como tudo na vida) busca desconstruir padronizações e hierarquias de gênero. Além disso adora cozinhar e descobrir receitas e formas de vida mais orgânicas e menos industriais.




5 dicas para uma educação feminista e antirracista




Pequenas atitudes no dia a dia da educação podem ajudar a formar pessoas com muito mais respeito à diversidade


Luísa Toller

No início de janeiro, a campanha da revista AzMina para o dia das mães de 2020 virou base para uma questão da prova do vestibular da Unicamp. E inspirada pela menção, peço licença ao espaço artístico da coluna para trazer minha versão educadora. Afinal, começo de ano geralmente traz os ventos de planejamento e renovação. Venho, então, oferecer a professores e professoras algumas dicas que os ajudem a elaborar um conteúdo educativo feminista, antirracista e respeitoso à diversidade. E não estou falando sobre dar aulas sobre feminismo e racismo, não. Mas sim como isso pode estar presente no dia a dia da educação, trazendo para os alunos uma visão de mundo mais inclusiva.

1 – DIVERSIDADE EM TUDO

Certifique-se de que sua lista de fontes (sejam elas livros, filmes, músicas ou outros tipos de obras) contenha autores e autoras com o máximo de diversidade possível. Ainda executamos bastante os cânones do homem branco hétero como única via de consulta para o aprendizado. Para mudar isso é necessário que nós educadores saiamos de nossa zona de conforto e busquemos outros pontos de vista para o que já ensinamos há anos.

2 – REPRESENTATIVIDADE NAS IMAGENS

Como as aulas online são realidade de parcela expressiva da população, um dos recursos mais usados tem sido a apresentação de imagens. Caso for usar fotos ou ilustrações de pessoas, cuidado para não cair na armadilha do algoritmo racista e repetir padrões opressores que são considerados erroneamente como senso comum – padrões racistas, heteronormativos, gordofóbicos e capacitistas. Representatividade importa.

Empresa argentina cria tênis a partir de pneus velhos e emprega somente mães solo




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Redação Hypeness

Basta notar a quantidade de carros nas ruas de uma grande cidade, fazer um cálculo rápido sobre quantas vezes cada carro troca de pneu – e, assim, quantos pneus são jogados fora – ou simplesmente olhar de fato uma pilha de pneus em qualquer ferro velho ou lixão por aí, para se ter uma mínima noção do tamanho do problema que somente esse nada discreto item traz para a natureza. 

Somente na Argentina, mais de 100 mil pneus são dispensados anualmente, com a vasta maioria sendo queimada. Foi pensando nesse estrago que três empreendedores argentinos, quando foram criar um negócio, decidiram por criar tênis, mochilas e bonés a partir de pneus jogados fora. 

Para os sócios Alejandro Malgor, Ezequiel Gatti e Nazareno El Hom, pensar somente no meio ambiente foi pouco – era preciso também pensar diretamente nas pessoas. E por isso, quando fundaram a Xinca, além de utilizar os pneus como matéria prima para seus produtos, eles decidiram focar também na questão do desemprego, e contratar especialmente mães solo* para formar o quadro de funcionários da empresa.A empresa fabrica uma média de 1500 sapatos por mês, e todo o material para a feitura dos sapatos, incluindo tecidos, é reutilizado.


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Alejandro, um dos sócios da Xinca


Atualmente a empresa emprega 25 mulheres de áreas rurais da Argentina, onde a maior parte da produção é realizada. Assim, do lixo produzido que se tornaria somente mais um problema nos muitos que assolam o país, a Xinca o transforma em trabalho, renda e empoderamento para essa mulheres, tão importantes em uma sociedade.


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“As mulheres que empregamos querem seguir em frente, melhorar a qualidade de suas vidas e de suas crianças. Nós geramos oportunidades econômicas e sociais para que elas possam fazer isso”, afirma Alejandro, mostrando que o problema nem sempre está no que se produz, mas sim em como – e em quem. 


Postado em Hypeness



* Porque dizer “mãe solo” e não “mãe solteira”


A tarefa de ser mãe não tem nada a ver com um estado civil: entenda porque ter empatia pelas super mulheres que a encaram sozinhas é importante.


Alguém aí já ouviu um pai ser chamado de “pai solteiro”? Não? Mas o termo “mãe solo” resiste, o que desagrada a muitas mamães. Afinal de contas, a maternidade não é um estado civil, certo?

Além disso, a expressão carrega uma conotação negativa por remeter aos tempos em que ter um filho sem ser casada era um motivo para desvalorizar a mulher e causava vergonha. Elas, que se desdobram para dar conta das necessidades do pequeno e de suas próprias vidas, merecem empatia e respeito !


A maternidade implica no laço entre mãe e filho, não em um estado civil 


Ser mãe solo não impede que mulheres no mundo todo criem seus filhos em lares felizes e estáveis. Embora assumir a missão sem a participação dos pais seja uma tarefa difícil, é possível ajudar o seu filho a se desenvolver sem contar com esse apoio.

O que é ser “mãe solo”?

A mulher que assume as responsabilidades pela criança, sejam financeiras ou por disponibilidade de tempo, é mãe solo. Não tem nada a ver com ser casada, solteira ou divorciada. Existem muitas mamães casadas que também se veem frente ao papel principal na educação dos pequenos.

“É preciso uma aldeia para educar uma criança”

Ter filho é um aprendizado mútuo e pode ter certeza que as mães solo não se arrependem! Ainda assim, os papais devem estar presentes para assumir essa nova vida.

Ainda assim, quando há empatia e auxílio dos amigos e familiares tudo fica mais fácil. Por isso, ajude, apoie e acolha mães e filhos, dos locais de trabalho aos de lazer. Faz toda a diferença! E se você é uma mãe solo, não tenha medo de pedir ajuda!

É essencial para toda a sociedade entender o papel de mãe como uma escolha cheia de amor e, acima de tudo, trabalho.

Que tal começar com uma pequena mudança de hábito? Substitua o antiquado “mãe solteira” pela expressão “mãe solo”. Aos pouquinhos grandes mudanças podem ser feitas!


Postado em Blog Tricae 










Além da força de vontade e do apoio de pessoas maravilhosas, ele chegou lá através das políticas de inclusão social criadas pelo governo do Presidente Lula, o Sistema de Cotas e o Enem. E entrou em uma das muitas Universidades Federais criadas, também, por Lula : Do Pinheirinho, a maior ocupação da América Latina, à universidade



pedro cerqueira
Pedro Cerqueira entrou na UFABC


Em vez dos móveis convencionais, a sala da casa onde Pedro Cerqueira, 20 anos, mora desde o último Natal com os avós abriga um freezer e uma mesa tomada por guloseimas. A pequena mercearia foi improvisada por um motivo inédito na família: juntar dinheiro para o começo da vida universitária do jovem.

Aprovado em quatro universidades públicas, ele escolheu o curso de Ciências e Humanidades da Universidade Federal do ABC, a 110 km de onde reside com a família em São José dos Campos, no interior paulista.

“A gente nem acredita que ele, filho de uma analfabeta e de um caminhoneiro, conseguiu tudo isso”, conta Maria Nunes da Silva, 60 anos, a avó que criou Pedro e a quem ele chama de mãe.

Quando não está no trabalho de faxineira, Maria faz pães para vender na mercearia. Seus clientes são moradores do bairro recém-inaugurado na cidade, o Novo Pinheirinho dos Palmares. As 1.461 casas de 46 m2 construídas numa área remota abrigam parte das famílias retiradas da maior ocupação urbana da América Latina, que ficou conhecida como Pinheirinho.

Foi lá que Pedro chegou aos oito anos e viveu até ser expulso em 2012, aos 16. Ele ainda se emociona quando fala daquela madrugada, quando acordou com helicópteros e bombas de gás lacrimogêneo durante a desocupação, comandada por 2 mil policias militares.

“Foi horrível. Com o tempo, a gente quer esquecer e vai deixando pra lá”, diz sobre as lembranças do Pinheirinho que tentou guardar na memória e numa câmera digital, que nunca mais mexeu.

O caso, que foi chamado de “Massacre do Pinheirinho” por diversas organizações de defesa dos direitos humanos, teve repercussão na imprensa internacional. A Anistia Internacional denunciou a operação por diversas violações, como expulsão forçada, uso da violência e prisões indevidas.

Fome e dinheiro no semáforo

Naquele ano da desocupação, morando em alojamentos e mudando de endereço praticamente a cada mês, Pedro fez de tudo para não abandonar o ensino médio. A preocupação da avó era mantê-lo ocupado. “A gente via muita coisa errada na rua, onde a gente morou. Eu queria que ele fosse um menino bom, que ficasse longe disso”, explica Maria.

Foi assim que ela conseguiu uma vaga num curso técnico gratuito para Pedro. A dedicação do aluno rendeu um contrato de trabalho: por dois anos, ele atuou na Embraer, fabricante de aviões, como parte de um programa para incentivar estudantes.

Ao fim dessa jornada, Pedro ouviu falar, pela primeira vez, sobre universidade pública e seguiu a orientação de buscar um cursinho gratuito. Foi aceito no CASD, mantido por alunos do ITA (Instituto Tecnológico Aeroespacial). Ainda assim, era difícil crer que chegaria mais longe: “Eu acreditava que pobre nunca poderia frequentar uma universidade”, diz Pedro.

Na primeira semana de cursinho, ele quis desistir. Foi então que Ana Esteves, colega de turma, entrou em ação. “Ele tinha muita dificuldade em coisas muito básicas na área de Exatas, eu ficava até chocada, mas fiz de tudo pra ajudar”, conta Ana, que acabou de ser aprovada no curso de Serviço Social na Unesp, depois de dois anos de cursinho.

Estar presente nas aulas já era um desafio para Pedro. Sem dinheiro para pagar a passagem, ele pedia ajuda no semáforo. “Eu ia com a mochila, pintava o nome do cursinho na testa e pedia qualquer contribuição. Não era nada legal… Mas muitos me ouviam e me ajudavam.”

Durante as aulas noturnas, ele lidava ainda com outra adversária: a fome. “Eu percebi que ele estava faltando às aulas. Numa conversa, Pedro me disse que não tinha o que comer em casa, que tinha problemas de moradia e que não sabia se chegaria ao fim do curso”, conta Bárbara Camargo, professora de Redação.

Sensibilizada, ela passou a ajudá-lo financeiramente, além de reforçar o ensino. “Eu jamais vou permitir que um aluno desista de um sonho por causa de uma necessidade biológica, como é a fome”, justifica.

Pedro retribuiu e tirou nota 860 na redação do Enem. A maioria dos participantes conseguiu entre 501 e 600, segundo o Ministério da Educação.

A exceção 

O avô de Pedro, Brasilino Gomes Ferreira, 69 anos, fica pensativo quando indagado sobre o desempenho do neto. Foi ele que construiu o barraco de madeira e lona que abrigou a família nos primeiros anos de Pinheirinho. Em dias de tempestade, a vizinhança toda corria para lá.

“O nosso barraco aguentava a força do vento e da chuva. A gente tinha que segurar o telhado pra não voar, outros seguravam a lona pra não rasgar. Mas sempre aguentou os trancos”, relembra Basílio.

Hoje, os avós sonham em ver o neto formado, trabalhando e ajudando as pessoas. “Ele é muito prestativo”, emenda Maria.

Pedro diz que, por ser negro, de escola pública e de baixa renda, enxergou no sistema de cotas a possibilidade de romper com o ciclo da pobreza, e mudar de vida. “Eu não sei definir as cotas. Não é uma vantagem, nem um benefício, ou mérito. Mas me ajudou bastante, eu senti que eu tinha chance de entrar na universidade se estudasse muito”, detalha.

“Estamos diante de uma exceção”, analisa Paulo Jorge Leitão Adeodato, pesquisador da Universidade Federal de Pernambuco e especialista em mineração de dados na área de educação.

Com base nas informações coletadas pelo Enem, Adeodato está em fase de conclusão de uma pesquisa sobre os fatores determinantes para um bom desempenho no exame. A análise parcial mostra que, em escolas onde a renda média dos pais é acima de R$ 2.500, o fator mais importante para o sucesso é a escolaridade do pai.

“A mãe é uma constante, não importa a escolaridade. Ainda que ela seja analfabeta, ela sempre vai cobrar e apoiar o estudo dos filhos”, afirma Adeodato.

O resultado se encaixa no papel que Pedro atribui à avó. “Ela sempre me educou muito bem. Ela mostrava que não precisava fazer mal nenhum, me ensinava a ser correto, honesto, mais humilde e corajoso.”

Quando teve contato com a Filosofia, Pedro reconheceu os ensinamentos da avó: “A Filosofia faz a gente pensar um pouco. Ela tira a gente da ignorância e leva a gente ter sabedoria. É por aí que eu quero seguir.”



Postado em Diário do Centro do Mundo em 04/03/2017



Pela primeira vez Paralimpíadas têm medalhas com guizos para que atletas com deficiência visual possam escutá-las




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Além da sensação de dever cumprido, de conquista e superação, os atletas no pódio das Paralimpíadas do Rio podem ir além de receber sua medalha, senti-la, morde-la e pendura-la em seu pescoço: é também possível ouvir a medalha. Pequenos guizos de metal foram colocados dentro das medalhas, para que elas emitam um som quando chacoalhadas.



A neozelandesa Mary Fisher ouvindo sua medalha de ouro dos 100ms nado costa


Em uma delicada e sensível preocupação dos organizadores dos jogos, as esferas foram inseridas para que os atletas com deficiência visual pudessem ter essa experiência sensorial no pódio. A medalha de ouro possui 28 guizos de aço, a de prata 20 e a de bronze 18.


O nadador brasileiro Matheus Souza curtindo o som de sua medalha de bronze


Além disso, a inscrição “Rio 2016 Paralympic games” vem escrita em braile na face da medalha. Junto, os atletas recebem um simpático mascote Tom de pelúcia, com os cabelos nas cores da medalha conquistada.


A nadadora australiana Ellie Cole e o som da prata




O nadador americano Bradley Snyder ouvindo a medalha de ouro




O vídeo abaixo mostra como são feitas as medalhas e como os guizos são colocados.



Postado em Hypeness



A vergonha dos interesses acima da Inclusão !


fotos abertura dos Jogos Paralímpicos

É uma vergonha e um absurdo que os Jogos Paralímpicos Rio 2016 não estejam sendo transmitidos, ao vivo, pelas TVs abertas ou pela Internet. Apenas pela TV Paga ! 

E a Cerimônia de Abertura não passou nem na TV paga. É um evento sediado aqui no Brasil !


TV Brasil na Internet :






O que mais se fala hoje é na Inclusão da Pessoa com Deficiência, mas o que estamos vendo é um Espetáculo da Exclusão.


Nos estudos sociológicos teóricos é tudo muito lindo, mas na prática é muito diferente.

Os problemas e obstáculos diários que as pessoas com deficiência enfrentam, neste país, são inúmeros, desde os causados pela falta de iniciativas públicas, como a melhoria de calçadas, por exemplo, até preconceitos das pessoas em geral.

Não transmitir na Tv aberta, a Paralimpíada Rio 2016 é absurdo. É odioso que se faça isso com um evento que tem tantas características de humanidade, mostrando, essencialmente, um desrespeito à igualdade de tratamento, à diversidade dos seres humanos e à inclusão.

Os interesses das TVs comerciais e seus patrocinadores predominam sobre os interesses do povo mais humilde, que neste país é a maioria, visto que só está podendo assistir, ao vivo, os Jogos Paralímpicos, quem pode pagar por canais da TV paga.

Não podemos estranhar muito que isto aconteça, pois nosso país passa por mudança drástica na ordem política, saindo de uma democracia onde o povo tinha espaço, direitos e voz, para um regime político dominado pelos interesses do Capital. 






Rosa Maria - Editora do Por Dentro ... em Rosa



Vídeo demonstra o real significado da palavra INCLUSÃO





Moradores de um bairro em Istambul aprenderam a língua dos sinais para surpreender Muaharrem, um dos seus vizinhos, que é surdo e usa essa linguagem para se comunicar. 

Sem saber, Muaharrem participou da gravação de um comercial sobre o primeiro centro especial de atendimento a pessoas com deficiência auditiva da Samsung. 

No dia marcado, ele foi caminhar com sua irmã e ficou surpreso ao ver tantas pessoas desconhecidas conseguindo falar com ele.





Postado no Conti Outra 


Nabil Bonduki: um Plano Diretor contra a especulação imobiliária





Plano Diretor de SP: mais ciclovias, transporte pú


Relator da lei que pretende mudar a face de São Paulo, favorecendo transporte coletivo e ciclovia, explica mecanismos que podem tornar tal transformação possível



Entrevista para o Coletivo Candeia

Em que metrópoles viveremos, no futuro? O Plano Diretor Estratégico de São Paulo define as metas para chegarmos a 2029, horizonte de validade do Plano, com uma cidade mais humana e menos desigual. Para isso, definiu como meta aproximar a moradia do emprego: estimulando a substituição do automóvel, incentivando o adensamento populacional próximo aos eixos de transporte coletivo de massa, levando mais emprego às periferias – hoje, quase 70% dos postos de trabalho estão concentrados no Centro Expandido, que reúne apenas cinco das 32 subprefeituras da cidade.

Desenhado a partir do projeto original, do Executivo, em audiências públicas e diálogo com urbanistas, ambientalistas, cicloativistas, ativistas culturais e movimentos de moradia, o novo Plano Diretor da cidade quer compatibilizar desenvolvimento com preservação de áreas culturais, e tem como eixos mobilidade e moradia. Para tanto, precisa de recursos financeiros. Parte deles virá de um mecanismo criativo. A prefeitura já cobra, das construtoras de imóveis que edificam acima do permitido pela Lei de Zoneamento, taxas de “outorga onerosa”. Agora, 60% dos recursos arrecadados serão dirigidos para habitação de interesse social (30%) e mobilidade por meio de transporte coletivo, ciclovias e vias para pedestres (30%).

Para falar sobre o que significam essas mudanças na vida dos cidadãos, o Candeia Blog entrevistou o vereador Nabil Bonduki (PT), relator do Plano Diretor Estratégico. Arquiteto e urbanista, Nabil explica em detalhes, no vídeo abaixo, o que estabelece a lei (sancionada no primeiro semestre); como foi elaborada; quais os seus impactos para a população.





Postado no site Outras Palavras em 16/10/2014


Não quero padrão Fifa!




Clemente Ganz Lúcio na Rede Brasil Atual

Muitos lutam e trabalham para promover bem-estar, qualidade de vida, melhor viver e sustentabilidade ambiental para todos.

A igualdade é o sentido da direção para as transformações requeridas, cujo significado se materializa na justa distribuição da renda e da riqueza gerada pelo trabalho de todos.

Há muito para ser feito e é muito bom que a sociedade manifeste o desejo de mudança. Aliás, não há avanço no sentido da igualdade sem luta social, sem uma sociedade civil determinada a cobrar de suas instituições a promoção concreta do significado da justa distribuição da renda e da riqueza.

As transformações históricas são construídas no presente contínuo do aqui e agora que se sucede, especialmente porque na luta já se deve anunciar e promover o conteúdo e a forma do novo que se quer promover. 

Esse novo conteúdo se expressa, por exemplo, nas práticas que investem para reunir forças sociais para mudar; no modo democrático como ocorrem os debates e os convencimentos expressos em acordos, deliberações ou escolhas pelo voto; na qualidade das ideias e do imaginário que antecipa o futuro querido e que faz da utopia uma força que nos mobiliza para construir a transformação.

A sociedade, no Brasil, mais uma vez acordou para as mazelas do país e passou a manifestar o desejo de mudança. Ótimo! Faz um ano que, para manifestar o significado do que se quer como qualidade do serviço e dos bens públicos, cunhou-se o bordão “Eu quero padrão Fifa!”.

Considero que referenciar no padrão Fifa o imaginário da utopia da qualidade dos bens e serviços públicos que se busca no presente é subverter o sentido da transformação e dar-lhe um significado oposto. Trata-se de um atraso e de um equívoco!

Padrão Fifa significa uma institucionalidade marcada pelos meandros do poder dos grandes interesses financeiros e corporações, de conexões e ganhos ilícitos, de corrupção do privado e do público, algumas das mazelas já largamente denunciadas.

Padrão Fifa significa a ingerência sobre a soberania de Estados e Nações, com regras que violam a cultura, preceitos, regras, valores de diferentes sociedades. O interesse econômico subverte um encontro encantador entre nações por meio da prática de um esporte mágico que é o futebol, subvertendo a soberana oportunidade de um povo mostrar aos outros o seu jeito de ser feliz e de lutar, mesmo com suas contradições e mazelas.

Padrão Fifa significa transformar esse espaço de encontro, os estádios, em um espaço segregador e elitizado. Uma estética contrária ao encontro, cadeirinhas “bem comportadas”, destroem a nossa cultura de curtir a mágica do futebol em pé, na galera! Arena, esse infeliz nome, recupera a ideia da guerra, do sangue que corre pelas garras dos leões, da diversão oriunda do sofrimento e humilhação do outro.

Padrão Fifa significa excluir, pelos preços exorbitantes dos ingressos das “arenas”, a galera que sempre lotou os estádios. A alegria de ir ao estádio foi transformada em um negócio que exclui a maioria, mais uma vez colocada para fora de um espaço que era seu! Padrão Fifa significa exclusão.

Padrão Fifa significa colocar para fora dos estádios, e no seu entorno, todos aqueles que faziam do picolé, da pipoca, da água, do amendoim, da bandeira, o seu trabalho a serviço do lazer e da confraternização, do sofrimento e da alegria.

Padrão Fifa significa concordar com a mercantilização do futebol como máquina de fazer dinheiro – ou de lavá-lo – na qual elenco comissão técnica e os times viram máquinas do marketing de consumo a serviço da desigualdade. É recorrente o salário de todos os jogadores de um time ser menor que o salário de um dos jogadores do time adversário. O ganho mensal de um craque é maior que o salário de toda uma vida de um trabalhador. 

Padrão Fifa é desigualdade sem fim!

Padrão Fifa significa construir uma estética nos estádios desconectadas da cultura e das condições econômicas da nossa sociedade, um padrão que não permite o acesso a todos, que não é passível de universalização, que não nos leva ao encontro do outro. Padrão Fifa elimina o valor das nossas diferenças para promover a iniquidade da desigualdade.

Seríamos mais felizes com o futebol sem o padrão Fifa!

Não quero esse padrão nem para escola, nem para a saúde, nem para o transporte coletivo, nem para nada! Quero um padrão que seja a nossa cara, que nos permita ter qualidade para todos, sem ser suntuoso e, muito menos, segregador. Quero um padrão que traga o sentido da igualdade e da qualidade como um valor manifesto substantivamente nos bens e serviços públicos.

Quero um padrão de bem público que nos leve ao encontro, que favoreça nosso relacionamento e que nos permita sermos diferentes – não desiguais – e, com os outros, felizes.

Quero um padrão que nos faça criativos para superar nossas iniquidades. Quero um padrão que faça de cada criatura um criador, pelo que é, pelo que pode oferecer ao outro e ao país.

Quero a descoberta, renovada a cada dia, de que a alegria é o contentamento compartilhado com o outro e que cada espaço deve ser construído com essa intencionalidade.

No padrão Fifa, o outro não existe e sem ele não há alegria! Não quero o padrão Fifa! Usar esse bordão é destruir a minha (ou a nossa!) utopia!

Vou me divertir com a Copa. Vou torcer pelo Brasil, vou torcer pelo bom futebol, vou curtir o espetáculo e o encanto desse campeonato. Vou esquecer e ignorar a Fifa.

Depois, vou continuar lutando para avançar no legado da Copa!



Clemente Ganz Lúcio é sociólogo, membro da Plataforma Política Social, diretor técnico do Dieese e membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.



Reciclagem de lixo eletrônico e inclusão digital


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Sabe aquele computador velho que aparentemente não tem mais utilidade? Ele pode ganhar vida nova nas mãos de jovens que participam das oficinas do Centro de Recondicionamento de Computadores.

Esta ação social para a inclusão digital seleciona alunos, acima de 16 anos e em situação de vulnerabilidade social, que recebem aulas de software em um ônibus-escola.

No segundo módulo, após ser avaliado o desempenho dos educandos no manejo de programas básicos de computação, os que tiveram melhor desempenho aprendem noções de hardware, e, enfim, como montar máquinas reutilizando componentes usados.

O Centro de Recondicionamento de Computadores é um projeto coordenado pela Secretaria de Comunicação e Inclusão Digital do Governo do Estado do RS, executado pela Rede Maristas, com patrocínio do do Banrisul e integra o programa RS Mais Digital, que visa ampliar o acesso à internet da população e desta forma integrar governo e sociedade.

Formação cidadã e alternativa de renda


Guilherme Trindade é orientador das quatro turmas que estão em curso no ônibus- estacionado próximo ao Colégio Alcebíades Azeredo dos Santos, na Vila Cecílha, município de Viamão.

Guilherme aprendeu informática da mesma forma que agora ensina, nas oficinas do CRC. “No início nem tinha vontade de fazer o curso, meu padrinho que ficou sabendo e incentivou-me”.

Agora, o jovem que há pouco era um educando, compartilha seu conhecimento. “Não tinha expectativa de estar dando aula de informática. Com o aprendizado que tive nas oficinas, faço manutenções de computadores em casa e consegui uma renda.” relata.

Aluno de Guilherme, Rafael da Silva Prestes, morador da vila Julia, diz que o as oficinas também está contribuindo para seu desempenho na escola.

Estudante do 1º ano do Ensino Fundamental, ele relata que não sabia usar recursos básicos, como um editor de textos e agora já projeta conseguir um emprego. “Quero me dedicar bastante, desenvolver o conhecimento de hardware e montar novos computadores. É uma formação boa para nosso futuro, quem sabe consigo um emprego, como muitos que já passaram por aqui conseguiram”, relata com um olhar esperançoso no infinito.


Entre o período do início do projeto, março de 2013, a janeiro de 2014 está prevista a formação de mais de mil jovens em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e a recuperação de dois mil computadores. 

Nessa primeira fase, o projeto tem foco na região Metropolitana de Porto Alegre.

A secretária de Comunicação e Inclusão Digital do Estado, Vera Spolidoro, frisa que um dos objetivos dos CRCs é  contribuir para a formação da cidadania por meio da inclusão digital. “Além de criar novas oportunidades de emprego e formar pessoas que tenham domínio da máquina, as oficinas são uma política de inclusão social”.

Os cursos do Centro de Recondicionamento de Computadores são todos gratuitos. 

Os computadores montados pelos jovens são doados para instituições que necessitam de auxílio, como escolas, creches e organizações que promovem a inclusão social.

Texto: Josias Bervanger

Fotos: Josias Bervanger e Guilherme Trindade

Postado no site Conexões Globais em Abril/2013



Saques a supermercados e bóias togadas




Por Saul Leblon

Trabalhadores espanhóis liderados pela União de Esquerda fizeram dois saques a supermercados esta semana; um em Sevilha, outro em Cádiz, numa unidade do Carrefour. Carrinhos lotados foram distribuídos em periferias pobres. Foram atos simbólicos.Mas sua aderência à insatisfação social na zona do euro deixou a mídia e a direita de cabelos em pé. 


Esse o ponto a que chegamos pelas mãos do credo que no Brasil resiste em jogar a toalha: saques motivados por fome e incapacidade de poder de compra apresentam-se como plausíveis na quarta maior economia do euro. 


O alcance político desse Rubicão não deve ser subestimado. Sangrar direitos sociais para injetar hemoglobina em bancos tornou pertinente dispensar às gôndolas um tratamento expropriador semelhante. A Espanha tem 5, 7 milhões de desempregados. Doze milhões de espanhóis patinam na pobreza; na Andaluzia, 35% da força de trabalho das grandes cidades está fora do mercado. Mas o governo direitista continua a cortar gasto público para ostentar aos credores 'o maior arrocho em tempos de democracia'.


Programas sociais de renda básica, a exemplo do Bolsa Família (leia reportagem nesta pág.), constituem hoje uma reivindicação de esquerda na Espanha, Grécia, Portugal, Itália. Nos EUA, que já tem um cupom de alimentação herdado de Roosevelt, a direita republicana no Congresso não faz por menos. Quer aprovar um corte de US$ 16 bilhões nos tíquetes distribuídos a famílias pobres --o maior arrocho na história do programa desde os anos 90. O Bolsa Família brasileiro resistiu ao extermínio conservador desde os primórdios do Fome Zero, em 2003.


A exemplo de outras ações inclusivas, como as cotas étnicas e sociais para o ensino superior, aprovadas agora, foi maciçamente alvejado pela artilharia midiática. Felizmente para o Brasil, esse rally perdeu na economia e nas urnas, antes e durante a crise. Paradoxalmente, não fosse por isso, talvez o julgamento em curso no STF não significasse tanto para a direita brasileira, que se agarra às togas como náufragos de uma época histórica.


Postado no blog Carta Maior em 08/08/2012
Trecho grifado por mim